sexta-feira, 18 de novembro de 2011

COLETA DE LIXO DOMICILIAR

Rodolfo Juarez
Esta semana ficaram claras as dificuldades que poderá ter a Prefeitura Municipal de Macapá, dentro de pouco tempo, e a empresa contratada para fazer a coleta e o transporte do lixo urbano de Macapá, no quesito eficiência no resultado.
Acontece que os trabalhadores da empresa, tomando como base as ocorrências deste mês, quando, alegando um atraso de 11 dias no pagamento do salário, não fizeram por menos e apoiaram o sindicato na decretação de uma greve enquanto o pagamento não fosse efetivado.
Desta feita foram suficientes 24 horas para que a empresa acionasse o seu departamento de pessoal e quitasse a folha de pagamento do mês.
Mas até quando isso vai ser possível?
O secretário municipal que é responsável, do lado do Município, pela coleta e transporte do lixo doméstico, também está desconfiado, tomando por base as providências que tomou, solicitando ao prefeito da Capital, medidas urgentes para que o contrato fosse rescindido.
Se forem combinadas as alegações complementares e que serviam de justificativa para a solicitação do secretário, sugerindo que a empresa está, no momento, com dificuldades financeiras devido a operações realizadas fora do Estado do Amapá, então se pode concluir que a relação entre os fiscais da PMM e a empresa estão sendo praticadas com reservas, devido a quebra de confiança que foi manifestada de forma clara e indiscutível.
A cidade de Macapá não vem sendo bem cuidada pela empresa contratada da mesma forma que se observava no começo do contrato, isso ainda quando o prefeito era o engenheiro João Henrique.
Os últimos 2 anos, principalmente, têm sido de altos e baixos, e os últimos meses, de muito mais baixos do que altos.
As reclamações são muitas e as explicações da empresa bem poucas. Os meios não foram melhorados e os fins estão sofrendo as consequências com o lixo doméstico permanecendo, em algumas oportunidades, por mais de uma semana em locais impróprios e que leva a população à reiteradas reclamações.
A prefeitura, através da secretaria afim, promete reagir a altura e impedir qualquer problema que possa levar a um sacrifício maior da população com o abalo às condições ambientais urbanas, consideradas prejudicadas pelo excesso de lixo que está deixando de ser coletada.
São grandes as dificuldades atuais, mas também são anunciadas medidas robustas para evitar com que seja prejudicada, ainda mais, a população.
Nos bairros mais distantes, onde a coleta é feita um dia sim outro dia não, as reclamações são mais constantes devido ao acúmulo que se nota quando não há a coleta no dia programado.
Da parte da população, têm-se a impressão que a paciência está se esgotando e, com isso, a tolerância com os responsáveis pela coleta do lixo doméstico também está próxima de zero e tudo que a empresa contratada trouxe de novidades e anunciando outras, já não bastam para aclamar os que estão prejudicados pela coleta irregular que passou a ser uma constante.
Os empregados da empresa - garis, motoristas, auxiliares, entre outros – estão muito preocupados com o caminho que as coisas estão tomando e já temem pelo vínculo empregatício atual e consideram que se trata, também, de um momento especial aonde os comandos vêm do que se tem vontade de fazer no final do ano.
A prefeitura e a empresa precisam reconquistar a confiança na relação que o Município mantém com a contratada e eliminar, de vez, a dúvida que está instalada e crescendo no subconsciente da população.
A esperança da população e dos garis está em uma ação corretiva rápida, por parte de Prefeitura de Macapá, para evitar que haja surpresas ainda este ano ou no começo do ano que vem.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

LOGO AQUI?!

Rodolfo Juarez
Já faz algum tempo e já foi objeto de análise de situação, nesse mesmo lugar, a capacidade da execução da parte do orçamento público destinado a investimentos, aqui no Estado do Amapá.
Isso já vinha sendo observado desde o começo do primeiro governo do governador Waldez Góes, que sempre se mostrou incapaz de cumprir, satisfatoriamente, um dos princípios da Administração Pública – o da eficiência.
Tudo ficou muito mais claro quando, em 2007, por ocasião da disponibilização dos recursos do primeiro Programa de Aceleração do Crescimento para o Estado do Amapá, o PAC/AP 01, no montante de R$ 145 milhões, para serem aplicados em três anos, uma média de 50 milhões por ano.
E a destinação prioritária dos recursos estava apontando para setores públicos de indiscutível necessidade e que não exigiam qualquer especialidade que dependessem de conhecimento que não estivesse ao alcance dos técnicos do Estado.
Áreas como habitação, saneamento, água tratada, rodovias, entre outros, seriam os destinos prioritários dos recursos do PAC. Mesmo assim o governo se atrapalhou todo e não conseguiu executar as obras e os serviços, sendo registrados erros desde a elaboração dos projetos até a aquisição de materiais disponíveis no mercado, como tubos de concreto armado ou dutos para transporte de água.
Não foi por falta de esforço, vontade, condições políticas, falta de recursos ou qualquer outra coisa desse gênero, foi por pura falta de mão de obra especializada ou com disposição para analisar os projetos, autorizar os serviços e acompanhar a execução. Foi uma série de erros jamais vistas no Estado.
Como consequência o Estado do Amapá apresentou, entre todos os outros estados brasileiro e o Distrito Federal, o pior desempenho do PAC 1, não só na contratação dos serviços, como na execução das obras. A única obra que começara, naquele período, fora a do Conjunto Mucajá, com 37 blocos de apartamento, com 16 apartamentos por bloco. Uma obra de pouco mais de 28 milhões de reais que só seria entregue em 2011, quatro anos depois.
As obras de saneamento e água tratada ainda se arrastam até agora, muito embora os financiadores estejam pressionando para que essas obras sejam aceleradas porque precisam ser definidos os planos de gastos dos recursos do PAC 2.
Projetos incompletos e mal feitos têm sido a principal “dor de cabeça” dos gestores das áreas de infraestrutura e transporte do Estado, com exemplos desastrosos de “como não fazer”, como o que aconteceu com a locação das obras em um dos bairros da cidade que, para dar condições de execução conforme prometido pelo Estado, ter-se-ia que destruir a estrutura de uma praça recentemente construída e na qual teria sido gasto mais de 4 milhões de reais.
A população, apesar de compreender a necessidade de executar o projeto da obra do PAC, não concordou com a destruição completa do equipamento já implantado e recorreu aos poderes, inclusive ao Judiciário, para que prevalecesse a avaliação da comunidade, no confronto com a avaliação dos técnicos do Governo.
É claro que se trata de uma situação esdrúxula. Os técnicos teriam que interpretar melhor o cenário do que a comunidade, mas, lamentavelmente, não foi o que aconteceu e, mais uma vez, faltou a massa crítica para os técnicos e para os gestores públicos, aplicarem o dinheiro de que dispões.
Pode ser uma situação única em todo Brasil. Mas ser aqui no Amapá é, verdadeiramente, um desastre.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2012

Rodolfo Juarez
As eleições municipais de 2012 começam a ganhar visibilidade através dos partidos políticos e de seus pré-candidatos.
Esta semana a população do Município de Macapá, por exemplo, já terá a chance de conhecer um dos pré-candidatos ao cargo de Prefeito de Macapá, de inegável densidade política e experiência suficiente, que o credenciam como candidato do Partido Progressista, nas eleições de 2012 – o deputado estadual Edinho Duarte.
As Eleições Municipais do ano que vem estão marcadas para o primeiro domingo de outubro, dia 7. No caso de Macapá, com mais de 200 mil eleitores, está prevista a realização do 2º turno de votação, no dia 28 de outubro, o último domingo daquele mês, quando os eleitores terão que voltar às urnas, caso nenhum candidato, no primeiro turno de votação, alcance a metade dos votos válidos mais um voto.
No dia 7 de outubro passado terminou uma das mais importantes etapas do Calendário Eleitoral para as Eleições Municipais do ano que vem quando, naquela data se esgotou o prazo para filiação daqueles eleitores que pretendem disputar uma das 16 vagas de prefeito, ou uma das 16 vagas de vice-prefeito, ou, ainda uma das 176 vagas para vereador nos 16 municípios amapaenses.
Esse momento é de lançamento das pré-candidaturas para todos os 208 cargos que estarão sendo disputados nas eleições de 2012 (16 para prefeito + 16 para vice-prefeito + 176 para vereador).
No começo de abril, dia 6, termina o prazo para as desincompatibilizações de importantes eleitores que ocupam cargos que exigem a desistência para poder concorrer e, até o dia 30 de junho, os partidos políticos tem o tempo para realizar as convenções, nas quais serão escolhidos os candidatos e firmadas as coligações.
As eleições municipais sempre foram um grande teste para as lideranças partidárias, que, em alguns casos, fazem da eleição municipal um laboratório, onde as lideranças jovens surgem e, muitas delas se consolidam nas eleições seguintes.
Os exemplos são muitos e, ao que tudo indica, as eleições de 2012 serão um campo fértil para o surgimento dessas lideranças jovens, não apenas aquelas que permanecerão nos limites do Estado, mas, também, aquelas que os eleitores mandarão como representantes locais para o Congresso Nacional.
E a eleição sempre tem a capacidade de servir de um “tira dúvidas” do eleitor e da população. Não são raros os casos em que o eleitor-candidato encerra a sua carreira em uma eleição municipal, como também, não são raros os casos em que, nas eleições municipais marcam o início de vitoriosos lideres políticos.
O começo da temporada de lançamento das pré-candidaturas também vai inaugurar o lançamento público dos programas que cada candidato tem para cada município, que é uma peça indispensável para a confirmação do registro da candidatura dos candidatos que disputam as eleições majoritárias.
Pela primeira vez exibido na eleição passada, de 2010 – para governador e presidente –, o “plano de governo” dos candidatos, por questões óbvias, não foram tratadas como peças importantes da campanha, o que, certamente, não deverá acontecer nas eleições municipais.
A população de cada Município que fique atenta, os seus futuros dirigentes estarão sendo escolhidos no dia 7 de outubro de 2012, que, aparentemente está longe, mas são só 347 dias que separam todos do dia da escolha.

sábado, 12 de novembro de 2011

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Rodolfo Juarez
O Governo precisa correr para fazer alguma coisa nestes 49 dias que ainda faltam para acabar o ano. Não pode se conformar em fazer só o que está fazendo e deixar que 2011 seja um ano marcado pela falta de iniciativa e capacidade de resolver as pendências que afirma ter ficado do outro governo.
Dinheiro não foi o problema em nenhum momento, pelo menos até agora.
Só a previsão do excesso de arrecadação - tudo o que vai superar os 2,7 bilhões constantes do orçamento público -, indica que é superior ao total das dividas contabilizadas dos governos anteriores.
Então, o que aconteceu realmente até agora?
Dizer com toda a certeza não dá para dizer. Agora, o que parece é que houve muita timidez da parte da equipe de governo, principalmente pela falta do conhecimento de como se desenvolvem as ações públicas proativas e que são relevantes na confiança da população, sentimento muito importante para o apoio às ações mais arriscadas do Governo.
Também algumas promessas foram feitas sem contar com aqueles que transformariam essa promessa em realidade. Um caso exemplar foi o que aconteceu com as obras do Estádio Estadual Milton de Souza Correa, o Zerão, prometido em entrevista coletiva no local da obra, que em dezembro estaria toda a etapa contratada pronta e em condições de uso.
Naquele momento teve a confirmação do secretário de Estado da Infraestrutura, Joel Banha, que, segundo os mais próximos, induziu o governador a esse erro, que é muito mais grave pela forma do que pela qualidade e, por isso, não está fazendo tanta diferença.
Mas é um exemplo do descuido que teve e, também, demonstra a falta de garra para fazer prevalecer o que tinha prometido, uma vez que, inegavelmente, se tivesse mostrado determinação, não estaria enfrentando o desgaste da promessa descumprida.
Nem a modernização do governo aconteceu.
Tudo está quase como era antes.
Até as variações dos valores totais da folha de pagamento dos funcionários públicos do Estado, antes considerada um absurdo, em nada mudou. Nem mesmo com o recadastramento deixou de crescer o total, mesmo sem ter significativa modificação no número de funcionários e sem aumentos significativos nos salários.
E é por isso que cada vez mais os gastos com pessoal se aproximam do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
As receitas crescentes não são as locais, pois, a atividade econômica foi mantida estacionada durante a maioria dos meses do ano, sem que isso fosse considerado importante pelo Governo. Só depois, quando viu que o prejuízo era para todos é que tentou reagir, mas já era tarde.
A expectativa está toda voltada para os resultados decorrentes do 13º salário, tanto do setor público como do setor privado, pois, os técnicos da área econômica do Governo, bem sabem que “matar a galinha dos ovos de ouro” não é a melhora estratégia.
Já sobra para o ano de 2012, ano de eleições municipais, uma desconfiança maior, implicando em resultados ainda piores, devido ao não alinhamento entre as duas administrações – a do Estado e a do Município de Macapá.
Ao contrário o desalinhamento apenas prejudica a todos, principalmente se for considerado que mais da metade da população do Estado, mora no Município de Macapá.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

PIRATARIA PROFISSIONAL


Rodolfo Juarez
Tive oportunidade de acompanhar a falta de entusiasmo dos candidatos aos cargos que o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Amapá colocou para ser preenchido, em votação que se realizou durante todo o dia de terça-feira, 8 de novembro.
Nem parecia que se estava escolhendo o presidente de um dos mais importantes organismos tecnológico do Estado do Amapá. A abstenção incomum reflete muito bem o desencanto com que os profissionais de engenharia e agronomia, além dos técnicos das áreas votadas para a engenharia, carregam nesse momento.
É claro que não dá para analisar a situação apenas pelo dia da votação. O assunto é muito mais grave do que parece e é composto por vários fatores que vêm desde a forma como as categorias profissionais que são fiscalizadas pelo Crea/AP foram tratadas pelos organismos públicos locais.
A situação causa prejuízos de toda a ordem para o desempenho do setor público e, em consequência, para a expectativa da população que vê obras e serviços de engenharia prolongar-se, sem data para terminar, devido a prioridade que elas recebem dos contratantes, prejuízos que se refletem nos resultados obtidos pelos profissionais que se vêm atraídos pelos salários de outras profissões e pelo risco de ser empresário do setor.
Sem cuidar dos planos de carreira no setor público e sem ter zelo com os prazos contratuais, os donos das empresas, na qualidade de contratados, e os gestores públicos, na qualidade de contratantes, acabam espremendo o profissional que é o mais prejudicado ao longo desse cenário de incertezas.
Mesmo as empresas tradicionais, comandadas por engenheiros, não estão apresentando os resultados que poderiam apresentar e nem prestando o serviço que poderiam prestar em decorrência da forma como são encaradas no contexto local, onde o empresário e a empresa, para sobreviver, tem que se submeter aos caprichos dos gestores públicos.
A eleição também escancara outras dificuldades dos profissionais e, entre elas, está aquela que é sustentada pela desconfiança, devido à projeção que se faz para o setor tecnológico no Estado do Amapá, onde o amadorismo e a o exercício ilegal da profissão de engenheiro não é combatido e por isso, prevalece a “pirataria profissional” muito mais nociva para a sociedade do que a pirataria de CD e DVD, tão combatida e muito menos nociva.
A cada eleição se renova a esperança dos profissionais. Mas, a cada eleição, também se vê a falta de flama, entusiasmo e sentido de proteção da profissão que, não faz muito tempo, era uma das mais importantes do Estado e posicionada em todos os escaninhos da sociedade.
Retomar o seu espaço, ensaiar a garantia de um futuro melhor para os profissionais da Engenharia, da Agricultura e dos técnicos dessas áreas é a também garantir para a sociedade amapaense o caminho certo na construção de suas cidades, suas estradas e tudo o que diz respeito à moderna tecnologia urbana e rural.
Particularmente, ainda acredito que pode haver o reconhecimento dos profissionais e a retomada
da atividade de cada um, para aplicar o seu conhecimento, recompensando a comunidade que investiu na educação de cada um dos profissionais de engenharia e agronomia para que colocassem o seu profissionalismo no sentido de dar melhores condições de vida para a população.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

AS ZONAS DE MACAPÁ

Rodolfo Juarez
O Município de Macapá e, em especial, a Cidade de Macapá, começa a passar por profundas alterações principalmente no que se refere às exigências e necessidades da população.
Depois de vencer a barreira dos 400 mil habitantes, alcançando, segundo o IBGE, no primeiro dia do mês de julho deste ano, 407.023 habitantes, o Município de Macapá começa a identificar zonas bem características e com necessidades de contar com o fornecimento de mercadorias e serviços, nas próprias áreas, constituídas de um conjunto de bairros e residenciais.
Ninguém nega a separação entre a Zona Norte e a Zona Sul da cidade, muito embora as questões de limite ainda não estejam claramente definidas o que ainda causa inquietação para alguns.
Agora, os que moram afastados das linhas que podem ser o limite geográfico das duas zonas, não têm qualquer duvida quanto ao reconhecimento e quando cita o endereço já destaca, juntamente com o bairro e a rua, a zona onde mora.
Ao mesmo tempo em que nasce uma nova regra para o atendimento das necessidades básicas, também são estabelecidas outras relações com as áreas mais distantes que passam a se constituir, na mesma cidade, uma zona de visita esporádica ou de uso para atendimento de necessidades específicas.
As comparações são inevitáveis, principalmente no que se refere às ofertas comuns de serviço e, mais claramente ainda, quando esses serviços são de responsabilidade do setor público.
As prioridades são reorganizadas e surgem com a comparação. Por exemplo, se o atendimento de água é bom na Zona Sul da cidade, precisa ser bom também, na Zona Norte. Nenhum morador vai mais aceitar ser atendido com serviço que carregue qualidade inferior, seja no próprio produto, seja na maneira de ser oferecido à população.
Assim vai ser com relação à energia elétrica, ao atendimento no supermercado, nas lojas de material de construção, na limpeza pública, na sinalização de trafego, na oferta de serviços urbanos.
Essa situação já está sendo vivenciada pelos gestores da Caesa, da Cea, da Prefeitura e do Governo. Não é mais possível deixar de ser feita a comparação.
Então que todos fiquem em alerta para essa nova situação.
Segundo os dados mais recentes com relação à população do Município de Macapá, o percentual de distribuição das populações urbanas das zonas norte e sul da cidade, bem como a população dos distritos do Município, vêm mantendo uma tendência com poucas variações e apontando para a Zona Sul da Cidade como a maior, tendo o endereço de 53,54% da população do Município; a Zona Norte, tem 38,78% dos endereços, enquanto que moram nas sedes dos Distritos Municipais, 7,68% dos habitantes do Município de Macapá.
Então, os 407.023 habitantes estão distribuídos da seguinte forma: 217.929 na Zona Sul; 157.844 na Zona Norte e 31.259 nos distritos.
Natal, Réveillon, Carnaval, São João e as opções de lazer de férias precisam ser duplicadas e com ações simultâneas nas duas zonas urbanas. Essa experiência já vem sendo feita com alguns movimentos e os resultados têm sido os esperados.
O setor privado entendeu essa exigência com razoável consistência e, não fosse a impertinência das casas bancárias, certamente os moradores da zona norte estariam mais satisfeitos.

sábado, 5 de novembro de 2011

SEXTA-FEIRA 11

Rodolfo Juarez
A próxima sexta-feira, dia 11 de novembro, além de ter uma sequência curiosa de números, apresenta uma coincidência espetacular na interpretação dos dirigentes do Partido Progressista que estão programando um aproveitamento que só será possível, outra vez, daqui a 100 anos e um dia.
A próxima sexta-feira cai no dia 11.11.11 e os progressistas vão aproveitar a data e transformar a ocasião em um momento único para toda a geração de progressistas que está no Brasil ou em qualquer local do Planeta e, às 11 horas, 11 minutos e 11 segundos, do dia 11.11.11, vão explorar a criatividade de seus simpatizantes, filiados e dirigentes.
Em 2011, de acordo com dados organizados pelo Tribunal Superior Eleitoral – TSE, de informações dos partidos políticos, existem 15.381.121 eleitores filiados a uma das 29 agremiações partidárias, registradas no TSE, em todo o Brasil.
Desse total de filiados, a grande maioria está concentrada em sete partidos, somando 10.374.547. O Partido Progressista se posiciona como o 3º partido policio em número de filiados, ao registrar o total de 1.436.671. Antes estão o PMDB (2.420.327 filiados) e o PT (1.566.208 filiados). Depois estão o PSDB (1.410.917 filiados), o PDT (1.212.531 filiados), o PTB (1.203.825 filiados) e o DEM (1.124.069) filiados.
Aos outros 22 partidos estão filiados 5.006.574 eleitores brasileiros.
O Partido Progressista está desenvolvendo o Projeto PP 2012, cuja primeira etapa foi declarada concluída no dia 7 de outubro, quando mais de 140 mil eleitores se filiaram no Partido e vai aproveitar a sequência do 11, no calendário e no relógio, para desenvolver o Dia Nacional de Filiação ao Partido Progressista.
Várias são as opções sugeridas para as lideranças municipais, a quando das filiações, como: às 11horas, 11 minutos e 11 segundos, soltar 11 balões nas cores do partido, soltar 11 rojões, organizar um coral de 11 crianças para cantar o Hino Nacional, a Canção do Amapá, vestidos com camisetas do partido destacando o número 11 e homenagear 11 pessoas da comunidade.
O dia 11.11 no Brasil é o Dia da Memória, Dia da Qualidade e Dia do Supermercado. Relações fáceis de serem desenvolvida com a população e com o eleitor para marcar um dia que vai passar um século para ser possível ter a mesma grafia – 11.11.11.
São oportunidades únicas também para cada qual desenvolver o melhor projeto para marcar esse dia especial pela possibilidade de se definir, claramente uma data, apenas com um algarismo.
A curiosidade, se tratado assim o assunto, também pode ser despertada e levantar as possibilidades das pesquisas.
Observe que apenas três momentos por século têm essa equivalência e ser referem aos dias 10, 11 e 12 dos meses de outubro, novembro e dezembro.
Como é o Partido Progressista que tem o número 11 como identificação são os dirigentes do PP que podem ajustar a melhor forma de aproveitar essa curiosa coincidência secular.
A oportunidade está dada, a criatividade tem espaço para se desenvolver e, quem sabe, a população ainda poderá ser surpreendida pelo aproveitamento do momento na elaboração de uma mídia capaz de avançar sobre os dias seguintes e consolidar propostas claras e mostrar as suas condições à população.
O mercado da criatividade está aberto também para outras coincidências que podem estar reservada por outros ambientes. A pesquisa pode ser a melhor ferramenta para matar a curiosidade.
Tente. Invente!

O IDH E SEUS SEGREDOS

Rodolfo Juarez
A ONU anunciou para todo o mundo o IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, para os seus estados-membros e também para os poucos países que não fazem parte daquela organização.
Apesar das críticas que a apuração desses índices reflete, ainda é muito forte o reflexo das divulgações sobre a qualidade do desempenho do país em um determinado espaço de tempo.
Basta considerar os cumprimentos que a presidente Dilma Rousseff recebeu na França, onde estava para a reunião dos 20 países com economias mais forte do mundo e que representam quase 90% do PIB mundial.
Sair da posição 85 e chegar à posição 84 serviu para os nossos vizinhos uruguaios, argentinos e chilenos de um alento de que, com essa velocidade, as suas posições no ranking do IDH não estarão ameaçadas pelos brasileiros pelo menos neste século.
É inacreditável a resistência dos brasileiros.
Para sair da posição 85 e chegar à posição 84 o que mais pesou foi a longevidade, ou seja, a expectativa de vida que o brasileiro tem ao nascer. Nada de extraordinário se for considerada a garra desse povo que, mesmo contra as desvantagens características, avança vencendo situações inacreditavelmente difíceis.
Mesmo assim ainda é muito triste ver constatada a diferença dos IDHs entre os Estados brasileiros que tem um profundo fosso para ser vencido e aproximar um do outro, alguns até em regiões bem próximas.
Os nortistas e os nordestinos continuam sendo o lado mais sofrido do Brasil que tem dirigentes que teimam em colocar a culpa em agentes excepcionais que nada tem a ver com a realidade, mas tudo tem a ver com o desenvolvimento que sempre é protelado para essas duas regiões.
As dificuldades para os nortistas e para os nordestinos sempre são muito maiores e mais demoradas do que para qualquer outro regional brasileiro.
A parte do Brasil que fica próxima dos trópicos, além de contar com um clima naturalmente mais ameno, ainda conta com a proteção dos mandatários; os nortistas e os nordestinos têm que continuar enfrentando as mesmas dificuldades enquanto não forem sanadas todas aquelas dos irmãos que habitam a área tropical do País.
Também, do lado de cima, principalmente aqui por perto do Equador, não tem ninguém suficientemente forte que possa dar um grito e ser ouvido. A maioria deles está treinada para bater palmas, elogiar e agradecer pelas migalhas que caem, por acaso ou descuido, para o lado daqui.
Mas se a população do Norte e do Nordeste não conta com a competência dos seus dirigentes, conta com a proteção de Deus. O Pai de todos nós faz tempo, mandou avisar que dá o cobertor conforme o frio (ou o calor) e do tamanho que pede corpo.
Mas seria tão bom que os mandatários pudessem modificar a sua visão. Deixassem de ser meros expectadores do teatro da boa gestão pública e passassem a ser importantes atores do grande teatro da vida que incluiria o Norte e Nordeste na corrente de desenvolvimento.
As lamentações já vêm de muito. Se quiser tirar uma prova basta ouvir as canções de Luiz Gonzaga, perfeito intérprete dessas dificuldades. Quando essa situação for alterada, também será alterado o IDH de cada Estado, apesar do Amapá não estar tão mal colocado, o problema é que o nosso Estado está em queda, enquanto o Brasil está em ascensão. “Segura peão!”.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

RODOVIAS: UM ANO PARA SER ESQUECIDO

Rodolfo Juarez
O ano que está terminando, está mais para ser esquecido do que para ser lembrado daqui em diante. Foram raros os setores da sociedade atendidos em suas necessidades, mesmo assim, na prestação de contas do dinheiro da Receita decorrente dos tributos pagos por todos e que consta do Orçamento Público será gasta e ainda mais o excesso de arrecadação, aquele pedaço da arrecadação sempre gordo e que supera o previsto para o exercício.
Alguns setores estão claramente prejudicados como é o caso do setor de rodovias.
Sem um plano rodoviário estadual, os amapaenses que precisam dessas verdadeiras “veias”, enfrentaram todo tipo de dificuldade em 2011 e já estão sabendo que têm encontro marcado com essas mesmas dificuldades em 2012.
A malha rodoviária estadual nem manutenção adequada recebeu, fruto da descontinuidade que não permitiu que os mesmos técnicos da Secretaria de Estado dos Transportes, que trabalharam nos dois governos anteriores, pudessem continuara o que vinham fazendo.
A corda encurtou e as desculpas alongaram.
O resultado é que não houve avanço e nem um palmo de asfalto foi lançado, até agora, em qualquer rodovia do Estado do Amapá.
Para quem está precisando de várias pontes sobre vários rios, isso até desanima, cria uma cruel certeza de que nada está certo.
A ponte sobre o Rio Matapi, certamente um impedimento para o desenvolvimento do Município de Mazagão, diretamente, e dos Municípios de Macapá e de Santana, deixou o roteiro dos discursos e não tem merecido uma única linha sequer, mesmo quando não pode justificar as condições em que se encontram as rampas onde raspam os fundos das balsas que fazem a travessia do Rio Matapi.
O secretário atual não pode manter a montanha de problemas que foram deixados pelos anteriores no ano que vem. Basta um ano de reclamação. Se os que estiveram por lá antes não deram a resposta esperada, que seja dada agora.
O que não pode é não se ter, no programa rodoviário do governo, a execução do projeto da ponte sobre o Rio Matapi, a duplicação da Rodovia Duca Serra; a continuação da Rodovia Alceu Paulo Ramos e de outras como, por exemplo, o acesso a sede do Município de Pracuúba, o acesso ao Município de Amapá, todos projetos urgentes e que não podem deixar de ser falado, pois até a população está com vergonha de tratar do assunto tão evidente e tão necessário.
O plano rodoviário do Estado precisa ser anunciado. Não há mais motivo para ser mantido sobre segredo, comandado pela desconfiança de não ser feito nunca ou, pelo menos, nos anos que ainda restam do mandato do atual governador.
Se cada qual assumisse o seu papel e deixasse de querer estar dando pitaco na ação que seria do outro, a equipe poderia oferecer melhor resultado. O que não pode é ficar esperando que caia do céu, como uma mensagem do além, a orientação para que saia do papel, se lá estiver, ou do pensamento, se é que pensam, esses projetos que estão na declaração de necessidade das populações.
Ah! Não esqueçam as questões daqui de perto da Capital, principalmente acessos à região do Pacuí e também o Município de Itaubal e Cutias.
Um plano de obras, ou mesmo uma lista com os títulos das obras em ordem alfabética, ajudaria... E muito.