Significativa
parcela da população está se mostrando muito preocupada com os últimos
acontecimentos que culminaram com denúncias de malfeitos por órgãos do Estado
do Amapá e com a importância que foi dada por alguns setores que se mantiveram
na condição de observadores dos fatos que estão sendo registrados no Estado.
A gravidade das
denúncias feitas pelo Ministério Público Estadual ao Poder Judiciário, com
pedido, inclusive de prisão cautelar para dois deputados e altos funcionários
da Assembléia Legislativa e Banco do Brasil, que embora negada, deixa um efeito
devastador para a gestão pública administrar.
De outro lado,
os deputados embalam uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar
malfeitos, desta feita no MP do Amapá e que depois de instalada, foi cessada
por ordem judicial, que serviu para conter a onda de denúncias que poderiam
gerar com os pedidos e as negativas de documentos e as intimações de pessoas
para depor na CPI.
Nesse tempo já
se encontravam instaladas e funcionando duas Comissões Parlamentares de
Inquérito para investigar possíveis malfeitos ocorridos na Amprev, órgão
previdenciário do Estado, e na Secretaria de Estado da Saúde.
Conselheiros do
Tribunal de Contas vivem um inferno astral depois que foram afastados das suas
funções por ordem do Ministro do Superior Tribunal de Justiça que preside
investigações decorrentes da operação policial realizada no dia 10 de setembro
de 2010.
São muitos os
problemas para um Estado que precisa, enquanto isso acontece, se desenvolver,
com definições de políticas públicas que possam ultrapassar os limites de um
mandato e se constituir em diretriz para as relações institucionais
respeitáveis, a partir dos representantes máximos dos poderes executivos
estadual e municipais.
Todas as vezes
que os problemas internos aparecem, principalmente no Governo do Estado, os
responsáveis pela solução desses problemas têm muitas dificuldades, perdem a
paciência e os esforços derivam para áreas estranhas ou menos comprometidas,
para sugerir à população que a questão está sendo resolvida.
A greve dos
professores da rede estadual de ensino já pode ser considerada o maior problema
do atual Governo do Estado. Afinal de contas os professores da rede estadual
estão em greve há mais de dois meses e não voltarão mais para a sala de aula
neste primeiro semestre e se mostram como se estivessem carregando a bandeira
da insatisfação e da vontade de não voltar em agosto.
Pode-se dizer
que o Estado do Amapá está em crise.
Os dois
principais dirigentes da Assembléia Legislativa estão afastados de suas funções
e não podem, sequer, chegar ao Gabinete da Presidência da AL ou às salas de
onde é feita a Administração do Órgão e, junto com eles, outros onze
funcionários do alto escalão da AL estão sem poder ir buscar os seus marca
textos nas respectivas mesas onde trabalhavam.
Pelo menos cinco
dos sete conselheiros do Tribunal de Constas do Estado estão afastados e,
também, não podem chegar aos gabinetes onde trabalhavam para buscar as suas
anotações.
Os professores,
mas de 10 mil, declaram-se em greve e não comparecem para dar aula, deixando a
maioria dos 240 mil estudantes da rede estadual de ensino sem aula, tanto na
Capital como no Interior.
Já se fala que
os gestores perderam o comando do Estado e que, se deixar correr um pouco mais,
pode ficar à deriva nas águas do desentendimento.