domingo, 29 de abril de 2012


CAMPEONATO AMAPAENSE DE FUTEBOL 2012



Empate no primeiro jogo do campeonato



Emerson Bala, do Ypiranga, e Esquerdinha, do Santos, foram os que marcaram os gols. Um em cada tempo.

Terminou empatada a primeira partida do Campeonato Amapaense de Futebol Profissional 2012.

Santos e Ypiranga fizeram um jogo pegado desde o início, mas, como é natural em inicio de competição, ficou claro que as equipes ainda estão se acertando e os técnicos terão muito trabalho para aproveitar o potencial de cada jogador.

No primeiro tempo a melhor presença foi do Ypiranga que dominava completamente as jogas pelo lado direito e tinha um razoável aproveitamento no meio de campo até que saiu o gol, depois de uma jogada que teve a conclusão de Emerson Bala o melhor atacante negro anil, fazendo 1 x 0 para o Ypiranga.

Depois do gol o Ypiranga continuou pressionando e só não marcou o segundo gol por falta de tranquilidade de seus jogados.

No segundo tempo quem tomou conta do jogo foi o Santos, mas não tinha objetividade, mesmo depois da expulsão de um jogador do Ypiranga. O Santos não sabia usar o maior número de jogadores em campo, até que, de uma bola parada, Esquerdinha acertou o alvo e empatou o jogo.

O Santos continuou martelando mas seus jogadores, a partir do 35º minuto passaram a sentir o desgaste do esforço para empatar a partida e passaram a errar muito passes.

Depois do apito final o placar foi considerado absolutamente normal para um inicio de campeonato e para duas equipes que estão se candidatando ao título.



FORMA DA DISPUTA

Os oito clubes que estão disputando o campeonato de 2012, jogam todos contra todos, ao final do turno serão conhecidos os dois clubes que irão decidir quem vence o primeiro turno, em partida única, e os dois clubes que não participarão do segundo turno que vai contar apenas com seis clubes.



AUSÊNCIA

Não compareceu no Estádio para a solenidade de abertura o presidente da Federação de Futebol, Roberto Góes, que foi representado na solenidade pelo vice, Paulo Rodrigures, que contou com a presença do secretário de Estado do Esporte e do Lazer, Luiz Pingarilho.

O vice-presidente da Federação de Futebol, Paulo Rodrigues, o secretário de estado de Esporte e do Lazer, Luiz Pingarilho, e o ex-jogador Bira, foram os responsáveis pelo hasteamento das bandeiras no momento da tocada do Hino Nacional Brasileiro pelos membros da Guarda Municipal de Macapá.

Em seguida foi declarado aberto, oficialmente, o campeonato de 2012.






sexta-feira, 27 de abril de 2012


MAS ERA UM SONHO!

Rodolfo Juarez

Hoje é domingo. Imaginei que podia, de repente, perceber que havia acontecido à noite o milagre da transformação e as coisas e os homens poderiam ter sido modificados no que mais importantes têm: as coisas, as suas formas; os homens, o desenvolvimento de suas inteligências. Tinha a impressão que eles, os homens, haviam encontrado uma forma de se comunicar sem ter que, todas as vezes, procurar uma forma de estabelecer uma fofoca, uma intriga, para fazer o outro enfrentá-lo.

Mas não. Era só impressão mesmo!

As coisas lá, acomodadas, não apresentavam qualquer modificação senão aquelas decorrentes da deterioração pelo desgaste que o tempo impõe, independentemente das coisa que não foram feitas e precisavam ser feitas.

Mas como se tratava, provavelmente de um sonho, não custava nada averiguar, procurar uma saída. Justar pessoas, discutir temas e chegar às conclusões que poderiam ajudar no processo de reconquista de valores.

Mas era um sonho!

Mas não custou nada imaginar a reposição dos valores nos homens mandantes de então pois eles sabiam que tinham deixado esses valores, provavelmente por esquecimento, ou nas distantes salas de uma porta (trancada) ou atrás da porta da alma, onde ficam depositados o lixo produzido pela mente humana.

Mas era um sonho!

Mesmo assim dá para apostar na mudança, na renovação e, principalmente no conserto de pessoas através da alma, mesmo que elas estejam machucadas pelo peso de um mal feito ou de uma paixão repentina (ou duradoura).

Paixão é paixão e mesmo o apaixonado se descobre produzindo mais, trabalhando mais e sendo mais eficiente na utilização de suas forças, sejam elas da mente ou dos músculos.

Mas era um sonho!

Mesmo assim conseguia vislumbrar a aplicação de uma professora na sala de aula, transmitindo ensinamento para 45 ou 50 alunos, todos inquietos e muito preocupados com o encerramento do tempo para ir para o restaurante ou, de preferência, para a frente do educandário, ver as mocinhas com uniformes diferentes dos seus balançando o corpo, como que desafiando todos os acostumados em seguir adiante, nem que seja atrás do trio não elétrico.

Mas era um sonho!

Sonhado conforme se podia ver uma turma de promotores, deputados, conselheiros em frenético debate sobre o futuro do Estado do Amapá, apresentando números reais, mesmo aqueles retirados do Portal da Transparência. Nem mesmo a vontade de discutir a elaboração de um TAC limitava o interesse daqueles senhores muito interessado dos resultados, os melhores, para o Amapá.

Mas era um sonho!

E a realidade devolveu o cheiro das águas poluías do Canal da Mendonça Júnior, as brigas entre os poderes, a disputa pela melhor maneira de explicar o que não faz e, até, a utilização de mídia eletrônica, cada vez usada com mais frequência com o propósito de fazer com que a informação falsa vire a informação verdadeira.

Mesmo com o tempo passado e as coisas não acontecendo. Mesmo com o sonho acabando e a realidade predominando, ainda há espaço para a confiança, mesmo que tenha que deixar de lado os dirigentes públicos e cuidar, até sozinho, da parte que entenda que da conta.

quinta-feira, 26 de abril de 2012


FANTASIA OU REALIDADE?

Rodolfo Juarez

O final de semana prolongado devido a segunda-feira imprensada entre o domingo e o Dia do Trabalho, já foi usado como justificativa para que os funcionários públicos municipais de Macapá tenham o ponto facultado, de pouco importando para os gestores públicos municipais as necessidades da população referentes aos serviços públicos municipais.

Daqui a pouco o Governo do Estado também segue a ordem (ou desordem) e também decretar que todo mundo deve ficar em casa desde sábado até terça.

Enquanto isso os ocupados dirigentes públicos aproveitam para beber tudo o que encontrarem pela frente, desde que os deixem alegres ou pela força do que bebem ou pela pouco caso de quem paga.

Mas é assim mesmo! Essas coisas são próprias de pessoas que ainda não compreenderam que tem que trabalhar muito mais do que trabalham, para poder suprir as necessidades inerentes ao cargo e as necessidades apresentadas pela população.

Talvez seja por isso que os anúncios de retomadas de obras, como o caso do Hospital do Câncer; de equipagem de cozinha, como é o caso do restaurante popular; ou mesmo as construções de casas populares, costumeiramente não se confirmam pela falta que faz o tempo que é desperdiçado com o “papo p’ro ar” das “autoridades”.

Mas já que essa medida faz parte do princípio da discricionariedade da autoridade, pouco importando a necessidade da população, bem que poderia, no final de semana prolongado e em uma das pausas da festa, ser reinstalada a tal “mesa de negociação” para encontrar uma saída para a greve dos professores do Estado.

Os pais de alunos e os alunos não estão gostando da idéia de passar mais uma semana sem estudar e vislumbrarem a possibilidade do ano letivo se estender pelos meses de janeiro e fevereiro do ano que vem.

Se fosse para valer, dizem os alunos, até que valeria a pena. Mas não é, dizem eles que tudo se transforma em um imenso faz de conta, sem que as autoridades tenham motivação para continuar o trabalho que eles interromperam faz tempo.

Ninguém tem dúvida que trabalhar um dia a mais (ou uma noite a mais) não modifica o salário no final do mês.

O Estado é a maior mãe que os gestores têm. Apesar de não terem ainda aprendido que tudo tem limite, que tudo precisa de controle e que nem tudo eles podem fazer, muito embora continuem fazendo.

Hoje ninguém garante nada. Ninguém bota a mão no fogo em defesa dos dirigentes.

Aliás, para ser verdadeiro, nem sei se você que está lendo esse artigo concorda comigo. Pode até que eu esteja enganado e injustiçando aqueles que aproveitam o tempo para gozar a vida e gozar do povo.

Mas voltando à greve dos professores e à segunda-feira imprensada. Tomara que, aproveitando o último dia do mês, não para apresentar a declaração de ajuste (IRPF), mas para estudar as saídas para o desenvolvimento do Estado que, senão, quando chegar o final do ano, vão ver gastos os quatro bilhões e cem milhões de reais (3,6 do Estado e 0,5 do Município de Macapá) e nada terá sido feito a não ser pagamento de diárias, passagens, salários e vantagens. E apresentando à população o balanço, cheio de números e “tapetes” sem dar oportunidade para que seja visto o que está debaixo desse “tapete”.

Coisa de louco!

Sem perspectiva, com a maioria triste (sem dinheiro) e a minoria alegre (com muito dinheiro), para esses, tempo de todos; para aqueles, cidade forte.

Fantasia ou realidade?

quarta-feira, 25 de abril de 2012


LUGAR BONITO

Rodolfo Juarez

No próximo dia 10 de junho o Parque do Forte estará completando 6 anos que foi inaugurado. Tido e havido como um “lugar bonito” foram muitos os lemas criados para descrever o resultado do projeto sonhado desde a época do prefeito Azevedo Costa, em 1985.

A primeira investida para a execução do projeto foi de forma parcial e sob a orientação do prefeito João Bosco Papaleo Paes que humanizou a praça como a execução de um projeto que permitia que os carros chegassem até ao cais que já tinha o contorno que preserva até hoje.

Um estacionamento para os visitantes do forte e da orla, servia de apoio para aqueles que chegavam até os quiosques construídos com verba administrada pelo Município de Macapá. O estacionamento durante os dias de semana servia diretamente para os carros dos clientes do Bando do Brasil que, mesmo instado a contribuir para a melhoria do local, acabou tratando as propostas sem qualquer interesse.

João Capiberibe, quando assumiu o Governo do Estado, contratou uma empresa especializada para analisar e desvendar alguns segredos da Fortaleza de São José de Macapá. Os arquitetos e antropólogos que faziam parte da equipe vislumbraram a possibilidade de desenvolver um projeto que protegesse o entorno do forte, o destacasse como monumento, e transformasse o espaço de contemplação em um ambiente integrado onde a cultura pudesse ser desenvolvida sem prejudicar a majestade do monumento.

Nascia assim a idéia do projeto do entorno da Fortaleza de São José de Macapá, com a imposição para que a área desse entorno ficasse livre dos prédios construídos do lado direito da Rua Candido Mendes entre as avenidas Henrique Galúcio e Coaracy Nunes, no sentido Santa Inês/Comércio.

Com essa proposta as autoridades da área do patrimônio histórico, do desenvolvimento urbano e do turismo, ganharam fôlego e dinheiro suficiente para desapropria todas as edificações que ficavam nesse trecho, “descobrindo” o forte para quem estivesse no Mercado Central.

Foram demolidos os prédios do frigorífico público e todos os prédios comerciais, inclusive a lanchonete Zero Grau, que ficava na esquina da Rua Candido Mendes com a Avenida Coaracy Nunes.

Em consequência dessa proposta e da distância que separa o prédio do Bando do Brasil do forte, a intenção que o banco tinha de construir um prédio foi por água a baixo e no local o BB construiu um estacionamento e um autoatendimento.

Projeto pronto, aprovado pelos diversos setores interessados, foi licitado e dado a ordem de serviço para a empresa Estacon executar o projeto com está agora. Nessa época já se aproximava da metade o segundo mandato do Governador João Capiberibe.

O último ano do mandato foi assumido por Dalva Figueiredo que teve dificuldades para tocar a obra que experimentou a sua primeira paralisação.

Dalva perdeu a eleição para Waldez Góes que, depois de algumas indecisões, mandou tocar o projeto que, apenas no final do primeiro semestre do último ano do seu primeiro mandato, portanto três anos e meio depois de assumir o governo, inaugurou o parque que caiu na graça da população macapaense e recebeu a denominação popular de “lugar bonito”.

O espaço ainda é o mais comentado de todo o Estado do Amapá e admirado por todos os visitantes, muito embora enfrente um problema que não é de hoje – não está bem definido quem é o responsável pela manutenção do local.

Enquanto isso os problemas vão crescendo e as reclamações amiudando, pedindo mais atenção para o que, apesar de ainda não ter completado seis anos de inaugurado, já é uma das maiores referências do Amapá além fronteira do Estado.

Admirar os meandros do Parque do Forte, o Lugar Bonito, é lugar comum. O que ainda está faltando é o Poder Público tratá-lo com a atenção que o Parque e o povo merecem.


segunda-feira, 23 de abril de 2012

AS MÍDIAS DE AGORA

Rodolfo Juarez
O Governo do Estado e a Assembleia Legislativa têm abusado dos meios de divulgação baseado em mídia eletrônica, pelo rádio e pela televisão, algumas delas que não correspondem à verdade e fornecem dados parciais e sem objetividade, mas que são pagas com o dinheiro que consta dos orçamentos de cada um dos órgãos.
Recentemente, por ocasião da Semana Santa, o Governo se valeu desse artifício para massificar uma informação dada pela metade e que constituiu instrumento de dúvida para a população, teoricamente objeto da informação, que não encontrava os locais de venda do “peixe popular” e muito menos a variedade que diziam constar naqueles locais.
A divulgação do projeto, como de qualquer outro, deve ser conforme os limites da verdade e não fantasiar com duvidoso objetivo de pretender iludir a população, que apesar de esclarecida ainda tem muitos daqueles que acreditam que os governantes não podem dar informações incorretas.
O mesmo “fenômeno” se verifica na divulgação das atividades dos deputados estaduais. São informações que nada acrescentam ao que espera a comunidade das atividades de um deputado.
São muito poucas as informações de real interesse e muito bem pagas.
Algumas delas, inclusive, são para atestar posições em respostas a questionamentos feitos pela mídia ou produto da desconfiança do próprio eleitor que prefere apresentar-se decepcionado com o mostrado, sem a conseguir ver objetividade na informação prestada com tanto desenho e com muitos truques de imagens.
Basta prestar a atenção para essas inserções que custam caro, sustentam o egoísmos de alguns e não corresponde aos objetivos do parlamento estadual que se atrapalha todo quando tem que responder um quesito que, verdadeiramente, interessa à população.
A estratégia utilizada tanto pelo Governo do Estado como pela Assembléia Legislativa tem apresentado como resultado mais efetivo, o distanciamento dos dois poderes, pelas respostas que são dadas, em muitas oportunidades, através dessas mídias veiculadas pelo rádio e pela televisão.
Esse comportamento coloca, obrigatoriamente, profissionais de um ou de outro lado, conforme a sua vocação ou oportunidade, fazendo com que os limites feitos pelos pagamentos, influenciem nos limites da verdade e da informação.
Especializar-se em defender uns e atacar outros tem sido a alternativa oferecidos pelos gestores.
E isso passou a ser natural. Entende como se fizesse parte dos conceitos da notícia pelo rádio ou pela televisão, chegando ao ponto de um determinado gestor não dar entrevistas para determinado jornalista.
Puro absurdo!
Seriam exatamente esses gestores que teriam que alimentar a democracia da informação para que a população fosse bem informada, não retratando lado ou meia verdade e possa ser escolhida a parte da notícia que “é bom dar” ou que seja mandado noticiar.
Essa situação está dividindo os meios de divulgação - rádio e televisão, principalmente -, os jornalista que estão se especializando e dar a notícia conveniente ou a notícia pela metade, ou sem a tintura da verdade.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A CRISE

Rodolfo Juarez
A crise que está instalada no comando do Estado do Amapá precisa ser enfrentada como crise. Não adiantam os esforços de um ou de outro para, a seu modo, tentar resolver a questão ou mesmo adiar a solução.
A população acompanha atenta e preocupada o aumento do nível de falta de respeito entre algumas das principais autoridades e dessas autoridades com a população que já inquieta, procura uma explicação que pudesse justificar tudo o que está acontecendo.
O Governador do Estado, Camilo Capiberibe, o Presidente da Assembléia Legislativa, deputado Moisés Souza e a Procurado Geral de Justiça do Estado, promotora Ivana Cei, precisam encontrar um espaço para, frente a frente, encaminharem soluções para os problemas que se avolumam, nem que para isso tenham que vencer-se a si mesmos e aos seus egoísmos.
A gestão pública tem suas exigências e uma delas é colocar em primeiro lugar, mesmo à frente da administração do órgão que dirige, os interesses da população.
Se ainda não perceberam, a população está irritada com o comportamento de todos os três agentes públicos, escolhidos para resolver os problemas e não para utilizar esses problemas para medir força e testar os seus apoios.
A forma como estão sendo conduzidas as questões do relacionamento entre os três importantes órgãos do Estado não está sendo instrumento educativo e não é possível enquadrar no manual da boa administração.
Os problemas enfrentados por cada qual precisam ser resolvidos por cada um e aqueles que só podem ser resolvido em comum acordo, que sejam resolvidos em comum acordo.
Não dá para aceitar o clima de permanente intriga entre os poderes, animados por atores que deveriam estar com outro papel, desenvolvendo atividades conforme a maneira legal de resolvê-las sem os prejuízos que, a cada dia, são expostos e acabam desmoralizando a todos.
A não ser que o propósito seja esse.
Mas não seria lógico, não haveria explicação e muito menos compreensão dos expectadores que parecem mais preocupados do que os próprios atores.
A desmoralização da administração estadual, a partir de qualquer dos órgãos do Estado, não pode ser o objetivo de nenhum dirigente. E aqueles que ficam do lado de fora, batendo lata e falando alto, são os que se escondem ao primeiro chamado para intervir ou para agir.
Um pacto de confiança pela moralidade pública poderia ser firmado entre todos os responsáveis atuais pela gestão do Estado.
“Deixar como está para ver como é que fica” desta vez não pode ser a regra.
Nesse momento o entendimento entre os gestores dos três órgãos é fundamental para, inclusive, poder cada um exercer as funções de cada um, definidas constitucionalmente e que são complementares.
Não adianta imaginar que um órgão do Estado, por mais independente que pareça, pode cumprir as suas funções de forma autônoma. Basta a observação literal do que significa órgão e, logo se percebe que ele faz parte de um todo e que o importante e funcionar o todo e não apenas um dos órgãos desse todo.
O Estado do Amapá, através da sua população, selecionou os dirigentes desses órgãos porque acreditou que seriam os melhores para o momento atual do Estado, mas os comportamentos recentes recomendam a necessidade de revisão nos princípios adotados pelo eleitor e pela população.

terça-feira, 17 de abril de 2012

DESPENTEADOS

Rodolfo Juarez
Depois de passar o vendaval que está despenteando os políticos daqui é possível que seja retomado o caminho do entendimento onde a arrogância e a ignorância sejam deixadas de lado, em respeito ao povo que não se conformou em ficar na platéia e desceu para invadir o “campo” dando trabalho, mas declarando, aos gritos, que querem apenas que seja mudado o comportamento dos seus representantes.
Tem muita gente que não está concordando com o seu deputado, com o seu governador, com o seu promotor, com o seu procurador, com o seu prefeito, com o seu vereador e com outros agentes públicos.
Mesmo aqueles mais apaixonados, que acreditavam na pureza de comportamento e na verdade de seu escolhido, não estão conseguindo equalizar a desconfiança que tomou conta de tantos aqui pelas terras tucuju.
As respostas lentas, incompletas e disfarçadas não combinam com os anúncios e os declarados modos de vida. Chocam de frente a proposta com a realização, com uma coisa nada tendo a ver com a outra, a não ser para cair na vala comum do disfarce e da sofisticada função Mandrake.
O fato de ter eleição a cada dois anos, em tempos como esses, é a grande esperança do povo e a oportunidade do eleitor que, arredio com está, pode até se satisfazer em arriscar em desconhecidos, pois, tem certeza: pior do que está não fica.
O tempo, nesses casos, se transforma em elemento que favorece a inércia, caso ele não seja bem usado para mudanças verdadeiras, arejamento de idéias e aproveitamento de oportunidade.
Apenas pelo fato de, no dia 7 de outubro deste ano haver eleição, muitos políticos estão se preservando o máximo que podem para não serem tragados pelo tubo do esquecimento e lançado no valão comum, dando oportunidade para novos eleitos exercerem os cargos que imaginavam que não podiam perder.
Nesse momento muitos se debatem inicialmente pela sobrevivência. Percebem que o “oxigênio” está pouco demais e que não dá para repartir nem com seu mais fiel aliado e que, continuando esse cenário, as dificuldades aumentam devido às mutações que acontecem e que nem acompanham.
Os problemas administrativos são verdadeiros buracos negros que se formam no processo e que precisam ser descobertos antes do eleitor chegar às urnas e votar. Lá, em frente à urna, ele, o eleitor, tem poucas chances de esquecer tudo o que passou recentemente e tudo o que prometeu na hora da raiva.
Compreender isso é fundamental, além do que representa a sobrevivência política, dá nova oportunidade administrativa para exercitar a competência que disse ter e que não pode testar no período da crise.
Ainda há tempo. Muito embora o tempo seja curto demais para ser usado erradamente, sem ter todas as ações focadas diretamente nos interesses do povo do Estado que, atento como está, fará a medida exata do descaso, da desconsideração, do desrespeito e da falta de compromisso.
A questão agora é entender o que está acontecendo, não perder a oportunidade que ainda pode achar e buscar fortalecer as suas ações, usando como instrumento principal a verdade, mesmo que ela seja dura, inconveniente e não mostre qualquer saída, mesmo para quem precisa usá-la.
Não adianta mais a individualidade, o favorecimento pessoal ou familiar, o enfraquecimento do adversário. O que pode dar certo são as ações coletivas, o trabalho para o povo e o fortalecimento de todos, sem limites e com espírito público, elemento que disse ter antes e que, como em passo de mágica, esqueceu completamente.

domingo, 15 de abril de 2012

DIÁRIAS E VERBA INDENIZATÓRIA

Rodolfo Juarez
Os deputados estaduais do Amapá precisam fazer um estudo em caráter urgente urgentíssimo, sobre os tetos que recentemente estabeleceram para a verba indenizatória e as diárias pagas aos parlamentares amapaenses.
Os tetos de R$ 50.000,00, para verba indenizatória e, R$ 1.600,00 para diárias ainda estão muito acima do que está sendo praticado em outros estados, onde as assembléias legislativas são abastecidas com orçamentos bem mais robustos, muito embora, algumas delas tenham os mesmos 24 deputados, como é o caso da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas.
As comparações serão inevitáveis e os mapas com os valores dos tetos das verbas indenizatórias e das diárias serão compostos ou pela própria Assembléia Legislativa do Estado do Amapá ou através de organismos externos que farão a pressão para que se ajustem aqueles valores.
Com relação à verba indenizatória, que se trata de uma questão anômala sobre todos os aspectos, sem correspondência nos outros poderes, é uma invenção que surgiu por uma necessidade alegada pelos congressistas de Brasília e que logo se espalhou por todo o Brasil, em um tempo em que as dificuldades na Capital Federal eram tantas e tão diversas que acabavam justificando as medidas práticas que representava a verba indenizatória.
Com o passar dos tempos, apesar de muitos dos motivos que justificavam a verba terem desaparecidos, os parlamentares não só aumentavam o valor, como também criavam artifícios próprios e peculiares para as prestações de contas.
Com a velocidade da internet esse modelo perdeu o motivo, mas já estava disseminados para outros parlamentos, principalmente nos parlamentos estaduais, alguns com valores de limite fora da realidade e sem qualquer condição de justificativa, como no caso do Estado do Amapá e do Maranhão. O curioso é que as maiores aberrações foram detectadas nos estados considerados mais pobres como menor orçamento para os parlamentos.
Os deputados estavam ali encontrando uma forma de aumentar os seus subsídios para, segundo as suas avaliações, fazer faces às despesas extras por ter que atender todos os dias, pessoas que procuram o deputado para resolver problemas imediatos, inclusive de alimentação.
As diárias se constituíram em outra forma de aumentar os subsídios de forma direta e, ai, os deputados não conseguiram ver os limites que lhes havia sido entregue para estabelecer. Sob pressão ou mesmo para atender aos desejos ilimitados de alguns deputados, os membros da mesa cediam às pressões, principalmente quando precisavam de votos para aprovar projeto de interesse de qualquer órgão do Estado.
Para viajar a maioria dos municípios brasileiros, a diária de ministro de Estado hoje é de R$ 458. Para o Rio de Janeiro e Manaus, por exemplo, ela é de R$ 581. O dinheiro poderá ser usado para o pagamento de refeições, hotel e táxi.
O uso do recurso é livre. Se o ministro não usar todo o dinheiro, não necessita devolver, apenas em casos excepcionais, como, por exemplo, se a duração da viagem for inferior ao previsto.
A diária de um deputado estadual para o interior do Amapá, com a mesma regra de não devolução do saldo, não pode ser de R$ 1.600,00.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

AS NOTÍCIAS QUE MUDARAM A ROTINA

Rodolfo Juarez
Desde a semana passada, com o conhecimento do conteúdo da matéria que seria veiculada no domingo na revista de circulação nacional – Revista Época -, que começaram as especulações sobre a repercussão que a matéria provocaria no seio da população.
Durante a semana passada também, desembarcaram por aqui repórteres da TV Globo procurando informações sobre a verba indenizatória que a Assembléia Legislativa do Estado do Amapá coloca à disposição dos deputados estaduais para que lhes seja ressarcidos os gastos com determinados despesas especificadas para serem aceiras pela Mesa Diretora da AL do Amapá.
Assim, o segundo domingo de abril passou a ser esperado por todos com apreensão e intranqüilidade, principalmente pelo que seriam diretamente afetados.
Os escândalos administrativos, divulgados pela imprensa, causam estragos irreparáveis na carreira dos políticos que estão no exercício do mandato, exigindo muito cuidado e extrema cautela para recuperar o prestígio perdido ou abalado e, mesmo assim, precisa avaliar o nível de contundência da matéria para definir as reações que mais se adéquam aos fatos levantados.
A corrida às bancas de revistas e aos outros pontos de venda da Revista Época foi a comprovação da preocupação de todos aqueles que, incrédulos, ainda precisavam da prova definitiva para compreender a realidade.
Duas páginas da revista foram suficientes para as respostas atravessadas, algumas com lógica e absolutamente resultante de uma verdadeira metralhadora giratória de explicações, desculpas e tentativas de minimização dos fatos.
A nota oficial que o governador liberou para a imprensa e a população, não continha novidades e se limitava às explicações óbvias, mas que precisavam ser reafirmadas à população que via o governador do Estado ser colocado no “olho do furacão”.
Faltava chegar a noite. Faltava chegar a hora do Programa Fantástico da TV Globo.
Como o tempo não para, pouco depois das oito horas da noite o Show da Vida começava e os macapaenses, atentos, acompanhavam o início do programa. As manchetes confirmaram as chamadas que vinham sendo feitas na programação da emissora. Aqui em Macapá, como para o restante do Estado, seria a TV Amapá, afiliada local da TV Globo, encarregada de levar o sinal aos aparelhos de televisão ligados nos lares, nos bares e nas lanchonetes das diferentes cidades do Estado.
As notícias foram contundentes e os resultados foram sendo assimilados por parte: primeiro uma irritação tomou conta, pois, segundo os próprios deputados, os que foram destacados na matéria, com exceção do presidente, são pré-candidatos ao cargo de prefeito de Macapá.
A segunda-feira foi a cara da ressaca moral.
Os diversos assessores e auxiliares, que desde a noite já vinham postando nas redes sociais as explicações e as justificativas, amanheceram a segunda com vontade de explicar tudo. A cada explicação mais uma complicação. Descobriram depois que seria melhor dar tempo ao tempo. Foi nesse momento que os “independentes” apareceram e ocuparam as redes sociais.
A intimação do governador para estar em Brasília, juntamente com um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, no próximo dia 24, para prestar depoimento no Inquérito da Operação Mãos Limpas, foi a desconstrução de muitas afirmações que já vinham tomando conta dos twitteres.
A expectativa é que, a partir de segunda-feira a situação administrativa do Estado se normalize, mesmo que as questões individuais continuem o seu curso, dando trabalho adicional aos prejudicados, mas sabendo que, nem isso, pode deixar o Amapá sem governador e sem os deputados.

CAMPEONATO DE FUTEBOL PROFISSIONAL 2012

Rodolfo Juarez
O Campeonato Amapaense de Futebol Profissional de 2012 está com o seu plano fechado e aprovado para ser executado a partir do dia 29 de abril, às 17 horas no Estádio Municipal Glicério de Souza Marques.
Serão 53 jogos realizados pelos 9 clubes inscritos com o Trem Desportivo Clube buscando o bi-campeonato, uma vez que venceu a competição de 2011 e se classificou para as disputas da Copa do Brasil, competição nacional organização pela CBF, mas ficou no primeiro jogo quando perdeu, em casa, para o ABC de Natal/RN.
Entre os objetivos da competição de 2012 está o aumento do público pagante em 69%, elevando a média apurada na competição do ano passado de 396 pagantes por jogo para 670 pagantes por jogo.
Como no campeonato de 2011, em 2012 os dois turnos terão 53 jogos, com a definição de um vencedor por turno e caso o vencedor do primeiro turno seja diferente do vencedor do segundo turno, então haverá necessidade de serem realizados dois jogos entre os dois vencedores, para saber quem será o campeão e o vice-campeão de 2012.
É importante a definição do campeão e do vice porque o campeão será o representante do Estado na Copa do Brasil e o vice-campeão o representante do Estado no Campeonato Brasileiro da Série “D”.
Os jogos estão programados para serem realizados no Estádio Municipal Glicério de Souza Marques, no centro da Cidade e no Estádio Augusto Antunes, na beira rio, em Santana.
Os custos fixos do campeonato estão estimados em R$ 161.605,00 e corresponde a arbitragem (R$ 53.000,00), quadro móvel (R$ 46.640,00), material e obrigações sociais (R$ 61.965,00)
Alcançando a meta com média de 670 pagantes por jogo, com preços dos ingressos fixados em R$ 5,00 meia (30%) e R$ 10,00 inteira (70%), os custos fixos do campeonato representam 58% de todo o arrecadado, ficando para os clubes disputantes 42%, correspondendo a R$ 2.389,80 em média, para serem distribuídos entre os dos clubes, variando as contas conforme seja registrado no jogo empate ou vitória de um dos times com a consequente derrota do outro.
Os jogos serão realizados em Macapá e Santana. Em Macapá às terças e quintas, sempre às oito e meia da noite e aos domingos, às cinco horas da tarde; em Santana, sempre aos sábados, começando o jogo às cinco da tarde.
A decisão do primeiro turno acontecerá no dia 1º de julho, domingo, às 17 horas e deve fazer parte da abertura do Macapá Verão. A decisão do segundo turno está programada para o dia 5 de agosto, domingo, fechando o Macapá Verão de 2012.
As datas de 12 de agosto e 19 de agosto estão reservadas para as partidas de decisão que só serão realizadas se o vencedor do primeiro turno não for o vencedor do segundo turno.
Esse dois jogos decisivos poderão ser realizados no Estádio Estadual Milton de Souza Correa, como parte da programação de reinauguração do Zerão, o que seria um oportunidade para o torcedor voltar à sua principal praça de esporte que já está há quatro anos fechada.
No campeonato de 2012 está sendo trabalhado um atendimento especial para o torcedor, conforme previsto no Estatuto do Torcedor, com a organização pretendendo ganhar a confiança de cada um dos que forem aos estádios, assistir os jogos do Campeonato de 2012.
Cristal, Independente, Oratório, Santana, Santos, São Paulo, São José, Trem e Ypiranga são os clubes inscritos para as disputas do primeiro turno. Do segundo turno participam apenas as seis equipes classificadas do 1º ao 6º lugares, no primeiro turno.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O RECUO DOS DEPUTADOS

Rodolfo Juarez
Os deputados estaduais ouviram a “voz rouca das ruas” e recuaram nos quesitos verba indenizatória e valor de diária para deslocamento ao interior do Estado e para fora do Estado.
Foram medidas tomadas sob a pressão da população, da imprensa nacional e local, mas que, depois de analisada a questão pelos membros da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, resolveram recuar em 50% do valor da verba indenizatória praticada e, em média, 38% nos valores das diárias tabeladas.
Uma providência que já vinha sendo reclamada pelo contribuinte desde quando a população conheceu os dois aumentos consecutivos e as justificativas utilizadas para fazê-los, que culminou com a maior verba indenizatória do país e, certamente uma das maiores diárias de um agente público para ir ao interior de um Estado.
A redução no teto dos dois gastos, anunciada em entrevista coletiva, concedida pelo presidente da Assembléia Legislativa Moisés Souza, foi obtida depois de argumentações sucessivas aos deputados que não estão na Mesa Diretora, pois, mesmo considerando o encurralamento em que se encontravam os parlamentares, todos eles, não se conformavam em ter que ceder e aceitar a diminuição proposta feita pelos membros da Mesa.
Nas falas do presidente Moisés Souza e do primeiro secretário Edinho Duarte, ficaram claras as pretensões dos membros da Mesa Diretora, entendendo que havia um descontentamento popular e que as implicações não modificariam substancialmente as ações planejadas pelos parlamentares estaduais.
Garantindo que está pronto para avaliar todos os posicionamentos vindos da sociedade, o primeiro secretário Edinho Duarte foi mais além, garantiu que vai ficar atento a todos os movimentos e todos os questionamentos legítimos, para que sejam cuidadosamente analisados tecnicamente pelos auxiliares da Assembléia Legislativa e, politicamente, pelos deputados, de forma direta ou através das suas assessorias.
Do lado de fora, da parte do contribuinte, ainda ficou a sensação de que o recuo foi pequeno e que o mais certo era voltar aos 30 mil mensais de outubro de 2010, reservados no título de verba indenizatória e ainda, apresentar para a população, o detalhamento real dos gastos de um deputado para alcançar esse teto.
Com relação às diárias para viagens dentro do Estado, que foram reduzidas de R$ 2.600,00 para R$ 1.600,00 ainda está fora da média local. Para não deixar dúvidas com relação às reais necessidades do parlamentar, poderia ser adotado um processo de prestação de contas com o saldo sendo, obrigatoriamente, devolvido para aos cofres da Assembléia Legislativa.
Mesmo assim pode-se dizer que foi uma medida histórica a adotada pela Mesa Diretora da Assembléia Legislativa. Fazia muito tempo que atos de pressão popular, com participação da imprensa e do povo, não funcionavam em Macapá, mesmo assim há quem queira mais. E pode ter razão na sua argumentação.
O Estado é o mesmo, dividido em cinco órgãos de gestão: Governo, Assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça, Ministério Público e Tribunal de Contas, com salários diferentes para o exercício da mesma função ou função equivalente; os funcionários são pagos pela mesma Receita. O lógico seria haver paridade, tanto na recompensa salarial pelo exercício das funções, como nos valores das diárias para deslocamento para interior ou o exterior do Estado.
Que tal um ensaio para tornar-se linear as diárias nos três Poderes do Estado e com as mesmas regras de liberação?
Sabe-se que hoje, além de ser muito menor a média das diárias pagas pelo Poder Executivo, quando comparada com a média das diárias pagas pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciário e o Ministério Público, o prazo para a liquidação, no Poder Executivo, demora consideravelmente, mas consideravelmente mesmo.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O MELHOR CAMINHO É A VERDADE

Rodolfo Juarez
O Estado do Amapá vive um clima político-administrativo muito difícil no começo deste segundo trimestre de 2012. O inferno astral das maiores autoridades do Estado é uma dura realidade enfrentada por aqueles que não foram suficientemente atentos às regras que limitam as ações dos agentes públicos.
Muito embora ainda se trate de claras derivações dos fatos que motivaram a operação Mãos Limpas, vem com o crescimento da confiança na impunidade, tanto que muitos dos motivos são continuações do que já vinha sendo feito noutros tempos.
Nesse momento a população do Estado chora pelos seus representantes e governantes. Um choro velado, sentido, sofrido e que atinge os que mais confiavam na possibilidade de que o Estado do Amapá havia tomado outro rumo.
Espalha-se um sentimento de derrota e de desgosto animados pelo arrependimento que descontrola a avaliação e coloca uns contra os outros, em um nível de visão que não interessa para ninguém.
Abatida segue a população; cheia de vergonha escondem-se os valores familiares, procurando tapar os ouvidos e fechar os olhos dos pequeninos que, inquietos por natureza, vêm com suas perguntas, querendo saber de tudo e de cada um.
Desta feita até o tempo vai precisar de vento para dissipar a nuvem de vergonha que teima em não deixar de penetrar pelas ruas, avenidas, travessa e vielas, praças e parques, como se fosse uma fumaça mal cheirosa, da qual não se conhece a origem e que deixa todos preocupados com o resultado final.
As famílias dos afetados são, seguramente, as que mais sofrem; e os afoitos aliados se apressam em querer avolumar o erro do adversário como se isso resolvesse a questão principal – erro na ação como agente público.
Fica a impressão para todos que, nesses momentos, o tempo passa mais devagar, aumentando o sofrimento, garantindo, pelo menos de vez em quando, as lágrimas das mães e filhos que sofrem vendo a forma como estão encurralados os filhos e os pais, pela pressão da alma que não encontra justificativa que possa valer o que os apontados estão passando.
As reações são diversas, mas nenhuma delas garante que vai fazer mudar o ânimo das pessoas amigas ou inimigas; aliadas ou adversárias.
Não resta dúvida que os cruéis também não perdem a oportunidade e os falsos não deixam de investir na situação, imaginando o seu retorno mais tarde quando a força do vento passar e se achar no direito de cobrar fidelidade para garantir as vantagens que imagina ter direito.
A melhora forma de reagir é se agarrar na verdade. Na verdade de cada um. Se ela for sustentável não demorará para que as questões se arrumem e as explicações sejam dadas a quem precisa ser dadas.
Nesse momento os agentes afetados precisam ter calma, assumir a culpa que tiverem e tomar as providências para que consertem tudo e procedam no sentido de não deixar dúvida de que pretende consertar todos os erros e voltar a se alinhar com os interesses da população.
Os que pretenderem fazer da mentira verdade; esconder os erros debaixo do tapete ou continuar mentindo ou errando, são sérios candidatos não a novos mandatos, mas ao desprezo e ao esquecimento do povo.
Esses agentes que estão no olho do furacão não podem, agora, culpar quem quer que seja. Devem lembrar que são eles e apenas eles, os culpados pelos erros cometidos, mesmo que involuntariamente, mas que precisam ser reparados e logo.

domingo, 8 de abril de 2012

ELEIÇÕES 2012 - PRAZOS

PRAZOS

TERMINOU O PRAZO
Terminou no sábado passado, dia 7, o prazo para que secretários estaduais e municipais ou magistrados e defensores públicos que pretendam concorrer nas eleições de outubro a um mandato para o legislativo municipal. A legislação eleitoral em vigor determina que os detentores desses cargos têm que deixar suas funções seis meses antes das eleições. Já os candidatos a prefeito que detêm cargos públicos terão até 7 de junho - quatro meses antes das eleições - para deixar seus cargos.

INELEGÍVEIS
Quem descumprir os prazos estabelecidos em lei estará automaticamente fora da disputa nas eleições de 2012. A Constituição Federal, por sua vez, estabelece que são inelegíveis cônjuges de prefeitos além de parentes consanguíneos ou afins até segundo grau ou adotados. A regra vale aos substitutos dos prefeitos que assumiram o cargo até seis meses antes das eleições.

CANDIDATOS À REELEIÇÃO
De acordo com o calendário eleitoral elaborado pelo tribunal, os prazos para desincompatibilização que devem ser obedecidos pelos candidatos variam, em regra, de três a seis meses. Os candidatos à reeleição, no entanto, não se incluem nesses prazos, uma vez que, por lei, podem concorrer a um novo mandato no comando das prefeituras. A mesma regra vale para parlamentares candidatos a prefeitos.

FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
Os servidores públicos que entrarem na disputa pelo comando do Executivo Municipal têm até 7 de julho - três meses antes das eleições - para deixarem suas funções. Caso contrário se tornarão, automaticamente, inelegíveis. A regra vale para funcionários públicos estatutários ou regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

DE MAL A PIOR

Rodolfo Juarez
Apesar de tudo, nesse momento a população precisa ficar atenta aos passos das pessoas afetadas – e até abaladas -, pelas notícias do final de semana, sobre contas bancárias, verba indenizatória e presente de uma residência darão, no rumo das explicações, para que tirem as suas próprias conclusões.
São, verdadeiramente, situações vexatórias para todos, mas que são reais. E da realidade não se pode fugir.
Percebe-se que, pelo menos até agora, nenhum dos afetados diretamente partiram para comprovar as suas teses e estão achando mais fácil uma forma estranha de explicar para a população o que está acontecendo – alardear os erros dos adversários ocasionais.
São sim adversários ocasionais, de oportunidade, uma vez que daqui a pouco, muitos desses adversários estarão juntos, em palanque único, defendendo as mesmas idéias e, com eles, muitos dos que hoje assumem o papel de arauto, levanto a sua mensagem conforme a amizade ou o pagamento, de pouco valendo a verdade.
E são força importantes da atualidade, não pelo comportamento positivo, mas, principalmente, pelos cargos que assumem e as responsabilidades que se comprometeram e assumiram perante os contribuintes e a sociedade local.
E não adianta um grupo querer transferir a responsabilidade para o outro grupo do fracasso sócio-administrativo do presente. Eles não escapam da ira da maioria que está indignada com o que aconteceu e lhe foi colocado na cara como uma bofetada.
Os dirigentes atuais, as oligarquias atuais, os governantes atuais, precisam desfazer-se dessa pecha para poder rever, com a maioria da população, as suas verdadeiras intenções no comando do Estado.
A relação entre o povo e os governantes, devido o grande número de registros de erros, está se desgastando em uma velocidade maior do que aquela esperada, até por se tratar de um Estado com dificuldades para atender a todas as necessidades da população.
Mas o cenário de necessidades incha completamente quando a população começa a perceber que as coisas vão de mal a pior, que os governantes não encontram o caminho que precisa ser encontrado para governar com eficiência ou que não seguem os planos apresentados nos palanques durante as campanhas eleitorais.
A disputa hoje é para quem mais veicula publicidade do que faz o imagina que pode fazer.
Se de um lado o Governo do Estado se esforça para apresentar peças publicitárias sobre as ações próprias de governo, de outro a Assembléia Legislativa, também coloca na mídia cada suspiro que um deputado dá, nem que esse suspiro nada acrescente ou tenha parte que interesse a população.
Uma disputa midiática que, aqui e acolá, deixa as suas vítimas, em regra aquelas que menos influenciam no desempenho de um ou de outro grupo.
O tempo passa, os erros se sucedem e os resultados não aparecem!
As acusações, cada vez mais graves, desmoralizam as autoridades, preocupam a população e não constroem absolutamente nada daquilo que todos sabem que precisa e pode ser feito, muito embora nunca esteja na lista de prioridades tanto de um quando do outro grupo.

sábado, 7 de abril de 2012

DIA DO JORNALISTA

Rodolfo Juarez
Neste primeiro sábado de abril, dia 7, se comemora o Dia do Jornalista.
É o momento oportuno para se refletir sobre tudo o que é de responsabilidade desse profissional, escalado pela sociedade para ser o informante e para informar tudo o que a própria sociedade contém em seu ambiente.
Todos, desde os graduados até aqueles que são apenas interessados pela informação, precisamos exercer com presteza e clareza a missão de informar, sem esconder a verdade e sem fantasiar o fato.
Garantir a confiança da população é o grande desafio.
As estratégias para informar até que podem ter aspectos diferentes, mas, o fundamento, deve se limitar aos contornos da verdade.
Até as razões apresentadas como motivos para furar os limites da verdade, não justificam, mesmo que seja o único caminho para a sobrevivência de alguns no circuito da informação, não terá a confiança suficiente para que não lhes seja cobrado o compromisso que é inerente ao jornalista.
Criticar sem ofender e elogiar sem bajular é um lema norteador, capaz de orientar a desenvoltura do jornalista que tem compromisso com a verdade e com a sociedade, sempre confiante na informação e na qualidade da informação.
O jornalista não deve se submeter aos caprichos do Poder, às emoções dos fatos e às exigências daqueles que gostam de dar a informação pela metade, com o propósito deliberado de desviar a atenção ou distanciar-se dessa mesma verdade, contanto apenas os contornos e os desvios de rumo que, em regra, ficam à sombra e fora do circuito comum.
Todos aqueles que têm como ofício escrever, publicar ou dirigir jornal, departamento de notícias de emissoras de rádio e de televisão, ou participar de assessorias de comunicação social ou de imprensa, manter páginas de informação nas redes sociais, entre tantas variedades, exercem o Jornalismo e tem a responsabilidade inerente à essa profissão.
O leitor, o ouvinte e o telespectador são os objetivos do jornalista. É para eles que trabalha toda a organização jornalística de uma sociedade. Eles desejam apenas ser informado ou se atualizarem com o que aconteceu, está acontecendo ou vai acontecer.
O jornalista deve escrever em estilo moderno, direto, simples, coloquial e sem os arremates que podem distorcer a informação.
O jornalista deve lutar pela sua independência de pensamento não se permitindo interpretar os interesses de terceiros, principalmente quando sabedor de que há a clara intenção de desinformar ou deslocar o eixo da verdade.
A humanidade e as pequenas sociedades sempre estão com exigências novas, com propostas novas e essa circunstância dá oportunidade para que todos se atualizem e percebam que a essência do Jornalismo continua intocável e que o ofício de Jornalista permanece com a mesma importância para revelar a verdade ou propagar a mentira.
Verdade ou mentira é a opção do profissional verdadeiro ou falso.
Saudar todos aqueles que fazem o jornalismo no Estado do Amapá é a nossa intenção nesse momento. Pedir aos jornalistas para continuar enfrentando os desafios de todos os dias e, principalmente, as investidas daqueles que desrespeitam a dignidade profissional, imaginando que podem, pelo dinheiro ou pelo poder, contaminar o sangue da verdade que deve correr nas veias dos informantes sociais – os jornalistas.
A luta não é de agora.
É por isso que muito se foram e outros irão sem ver a coroação da vitória no pódio da sociedade livre.

domingo, 1 de abril de 2012

MENSAGEIRO

Rodolfo Juarez
Deram-me a oportunidade de ser o mensageiro dos agradecimentos para aqueles que contribuíram para que fosse possível termos a uma realidade modificada em Macapá e nos demais municípios do Estado.
Eu sei que foi preciso muito trabalho, algum esforço e a exploração das toneladas de humildade que os dirigentes dos diversos órgãos do Estado e de cada um dos Municípios amapaenses, sempre tiveram.
Mas tudo chegou a bom termo.
O mais importante foi a descoberta de que todos estão muito comprometidos com o desenvolvimento do Amapá e que sempre estiveram dispostos a colocar os interesses da população em primeiro lugar.
Esse “casamento de interesses”, entre o governador e o prefeito de Macapá, foi um dos principais passos, como disse o responsável pelos casamentos civis- comunitários, depois de mais de 9 mil “sins”: “eu me senti vitorioso, por ter sido testemunha desse entendimento histórico”.
Foi maravilhoso ver, lado a lado, discutindo os grandes interesses do Estado, os membros do Ministério Público Federal, do Ministério Público Estadual e as Varas do Juízo Federal no Amapá, com todas as arestas polidas e suavemente resolvidas. Sabendo que, nunca mais vão esquecer que os Termos de Ajustamento de Conduta com as mineradoras servem mais para o povo do que as multas pelos crimes que, por descuido pratiquem.
Nos bancos acabaram as filas e o gerente é quem fica procurando os clientes para saber se tem alguma reclamação para fazer.
Ah! As CPIs apresentaram os relatórios que foram aprovados sem recortes ou emendas. Cada um dos relatórios elogiando as administrações dos gestores, sempre muito atentos aos interesses da população. Aliás, por sugestão dos próprios pacientes e por votação quase unânime, os serviços de saúde pública do Amapá receberam as homenagens do Ministro da Saúde e as unidades de saúde, todas elas, passaram a ser referência para todo o Brasil.
As ruas, todas sem buraco, sinalizadas em todos os sentidos, como os guardas municipais e do Batalhão de Trânsito, andando como passageiros dos mototaxistas, satisfeitos, pois os clandestinos acabaram. Os autorizados, por serem suficientemente treinados não estacionam na vagas dos carros, respeitam os pedestres e os ciclistas.
Os professores, a partir deste mês receberão, todos eles, 10% acima do salário mínimo estipulado pelo Ministério da Educação e os próprios dirigentes sindicais não querem mais ficar dispensados do trabalho e pediram para ir para a sala de aula, onde são monitores das crianças.
Está sendo preparada na Assembléia Legislativa uma grande homenagem para os senadores do Amapá, por sugestão do senador Capiberibe, que será condecorado com a medalha do mérito, como também será assinado um convênio e parceria, entre o Governo Paralelo e o Governo Oficial, para ajuda mútua nas diversas atividades que haverão os “dois poderes” de realizar.
Não foi registrado nesse período um só acidente de trânsito e o Bolero deixou o seu programa por falta de notícia. Olívio Fernandes e Belair Júnior também ficaram sem o que fazer e, no local dos antigos programas policiais estudam colocar a orquestra do Corpo de Bombeiros que está pronta para executar musica clássica.
Até agora nenhuma reclamação do Procon, do Aeroporto Internacional, do preço das passagens, do transporte coletivo, das carteiras de meia-passagem. Tudo está bem perto da perfeição na administração pública e na administração privada.
Água tratada para toda a população, energia elétrica distribuída sem interrupção, coleta de lixo de meia em meia hora. Para todos os empregados, férias de 60 dias, verba indenizatória cancelada, todos os funcionários públicos ganham o mesmo salário. Apenas o pessoal da limpeza nos hospitais e da coleta do lixo é que tem uma gratificação de periculosidade.
A população agradece pela compreensão e pela conquista.
Primeiro de abril!