quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Não basta vontade é precisou ousar

Rodolfo Juarez
Até agora ainda não deu para imaginar o modelo de gestão que o prefeito Clécio pretende implantar em Macapá. Quando todos imaginavam que vinha com uma proposta agressiva, priorizando a faixa da população que mais precisa, eis que breca, dá marcha-ré e declara situação de emergência.
Esse impacto, que ainda não foi absorvido pela população, pelas informações que nos chegam, também não foi aceito pelos próprios funcionários da prefeitura e coloca com o pé atrás os empresários, por não oferecer os resultados na velocidade que precisavam ser mostrados à população, aos funcionários e aos empresários.
Não há administração municipal vitoriosa se não for feita junto do povo, nas ruas, com a população vendo o esforço do prefeito e seus auxiliares, mesmo que com dificuldades, mas agindo e mostrando que está disposto a enfrentar todos os problemas em qualquer mês do ano e sob qualquer dificuldade ocasional.
Do gabinete, preso às regras, às mordomias do cargo, limitando-se a ver nas ruas os secretários de obras e o de desenvolvimento urbano, oferecendo cafezinho para visitantes, principalmente parlamentares, que estão ali, fazendo o trabalho que lhe cabe, sem ter que agir nas frentes, onde estão entulhados os problemas e que precisam ser removidos para que as vidas das pessoas passem, fazendo o seu caminho e contribuindo com o próprio gestor.
Não basta ter apenas vontade. Na prefeitura é preciso ousar todos os dias, arregaçar as mangas e estar nas praias, nos balneários, nas ruas, nos bairros e no interior.
É preciso dar um tempo para Brasília. Ir ali e não levar projetos e uma agenda para ser cumprida, é melhor ficar aqui em Macapá, ou no Bailique, no Maruanum, em Fazendinha, no Gurupora, em São Joaquim do Pacuí. Nesses locais, por incrível que possa parecer, está o problema e a solução para um prefeito trabalhador.
E o município de Macapá está precisando de um prefeito que trabalhe nas ruas. Esses que são muito bons de lazer, de festa, de turismo e viagens, não deram certo. Eles acabaram saindo da prefeitura pela porta dos fundos, deixando uma série de trabalhos atrasados, simplesmente jogados, sem qualquer organização e deixado de lado como se pudesse ficar, para sempre, debaixo do tapete.
Até agora nada, nem dentro e nem fora da prefeitura.
Pelo fato da prefeitura ter andado para traz nos últimos meses do ano de 2012, era preciso brecar, parar um pouco, estacionar mesmo, para depois, deixar o ponto morto, engatar uma primeira e sair andando, resolvendo.
Mas tudo indica que está difícil vencer a inércia, mas é preciso.
Gerir um município como Macapá, uma cidade da importância de Macapá, capital do Estado, requer compromisso, responsabilidade administrativa, mas também, compreender o que é mais importante para a população.
A equipe que está em período de adaptação, daqui a pouco vai precisar vestir a camisa e, para alguns, essa camisa pesa muito e, exatamente como diz o jogador de futebol, a camisa deste time é pesada, mas as conquistas compensam.
Cada um pode estar fazendo a sua história, construindo os seus exemplos e todos esperam encontrar o caminho que foi desenhado e colocado no mapa pelo prefeito – sair em melhores condições do que entrou, para que todos se orgulhem da oportunidade que tiveram de trabalhar pela cidade de Macapá.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

As arengas entre autoridades do Estado continuam

Rodolfo Juarez
Estamos começando mais um ano e continuando, da forma mais difícil, as arengas entre as autoridades do Estado.
Pelo fato de ainda sermos uma comunidade relativamente pequena, quando comparada às demais comunidades nacionais que vivem em cidades que têm a mesma proposta da nossa – ser a capital de um Estado - as brigas acabam sendo do conhecimento de todos e a população se lhe atribui o direito de dar o seu “pitaco”, comentando e avaliando o comportamento de um e de outro contendor.
Os resultados sempre são desastrosos.
Agora mesmo as interpretações diversas que foram dadas às declarações públicas de agentes do Ministério Público, colocando-se contrários às decisões de agentes do Tribunal de Justiça, quando da discussão de uma questão que está sendo debatida em segundo grau de jurisdição, serviram para mostrar que está chegando a hora de modificar a estratégia, de recuar nos avanços, para prosseguir a construção de um Estado que depende agora e sempre dependerá, de todos os órgãos que o formam.
Ilegalidade não pode ser tolerada, isso em qualquer tempo e em qualquer lugar, mas também não pode a intolerância ser ponto de partida para os argumentos que, na maioria das vezes, são rechaçados, conforme o entendimento seja ele correto ou não.
Depois de 22 anos da conquista da independência político-administrativa e 21 anos de funcionamento pleno dos poderes, já era para se contar com comportamentos muito mais éticos e republicanos, afinal de contas a responsabilidade assumida é para conduzir mais de 700 mil pessoas que tem endereço no Amapá.
E aqui, no Estado do Amapá, os deputados estaduais, o governador, o vice-governador, os promotores, os procuradores, os juízes, os desembargadores, os conselheiros de contas são bem pagos quando comparados, nacionalmente, com outros Estados, muito embora a população não suporte a comparação da qualidade de vida com esses mesmos estados.
Então, apesar de haver o sentimento de que se está desbravando uma parte da Amazônia, consolidando um estado democrático de direito, é preciso olhar para fora, mesmo que seja através do vidro do carro último tipo, mesmo que esse carro seja oficial, e ver que o povo amapaense sofre muito e para ele estão sendo destinadas migalhas que lhe ofende.
Precisamos de todos. Desde que todos estejam dispostos a contribuir, sem arrogância, essa ofensa ou desrespeito.
Chega de briga, chega de tentar impor uma idéia como se ele fosse a melhor!
É compreensível que é a melhor para o autor da idéia, daquele que expressa a sua vontade e quer, até, antecipar a sua aplicação. Mas é um comportamento que, dificilmente se adapta com um processo onde o diálogo deve ser o fundamento principal dos administradores.
Já estamos em um Estado endividado e com necessidades de avançar na sua estrutura econômica, política e social, que cada vez mais precisa de investimentos que, depende de dinheiro, muito dinheiro, que não será adquirido com incompreensões e brigas.
Já bastam os erros que foram cometidos. Não há mais espaço para outros. Estamos no limite e isso é preciso ser visto por todos, inclusive aqueles órgãos que fazem a estrutura do Estado.
Garantir a paz é preciso. O direito, seja de quem quer que seja, não tem como premissa a guerra, muito menos a briga. O direito tem como premissa a moral e a ética.
Estamos passamos da hora de experimentar um novo tempo. Mas ainda podemos reencontrar o caminho.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Fluminense empata com o Botafogo em 1 x 1

Wellington Nem comemora o seu gol pelo Fluminense no Engenhão (Foto: Bruno Turano/Photocamera)
Fluminense e Botafogo ficam no 1 x 1
Reprise da final do ano passado, confronto terminou em igualdade pela oitava vez desde que o Engenhão foi inaugurado, em 2007: 1 a 1
O primeiro clássico do Campeonato Carioca de 2013 manteve a rotina dos confrontos entre Botafogo e Fluminense no Engenhão: 1 a 1, gols de Wellington Nem e Bolívar, em partida muito disputada, com forte marcação de ambos os lados. Desde a inauguração do estádio, em 2007, cada time venceu o duelo três vezes, com oito empates. Os tricolores não tiveram seu principal atacante, Fred, que faz reforço muscular antes de retornar aos gramados. Os alvinegros, por sua vez, só contaram com o holandês Seedorf no segundo tempo, quando entrou no lugar de Jádson e fez a jogada do gol de empate.
Na próxima rodada, o time das Laranjeiras, que lidera o Grupo B com sete pontos - mesmo número de Flamengo (2º) e Audax (3º), que estão em desvantagem nos critérios de desempate - enfrenta o Friburguense, na quarta-feira, às 22h, no Engenhão. Já o Botafogo, terceiro colocado no Grupo A atrás de Vasco e Friburguense, joga em Moça Bonita contra o Audax também na quarta-feira, às 17h.
Antes do clássico, o estádio se calou. Os jogadores de ambos os times se reuniram com os árbitros no centro do gramado e as torcidas de Botafogo e Fluminense também fizeram silêncio em respeito às vítimas do incêndio em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que deixou mais de 200 mortos.
Nos primeiros minutos, o Botafogo mostrou mais ímpeto, procurando tocar a bola no campo de ataque. A polêmica não tardou. Logo aos três minutos, Lodeiro recebeu livre na frente, mas a arbitragem marcou impedimento equivocado. Com bom toque de bola entre Andrezinho, Fellype Gabriel, Gilberto e Lodeiro, os alvinegros davam trabalho à defesa tricolor, que rechaçava as tentativas na base do chutão, sem que o Fluminense conseguisse passar do meio de campo em condições de criar boas jogadas.
O panorama só começou a mudar aos 10 minutos, quando o Fluminense começou a partir para o ataque com maior consistência, mas sem muito sucesso. Até os 14 minutos, quando Wellington Nem recebeu sozinho na frente e Jefferson teve de sair desesperado da área para interromper a jogada, com um carrinho preciso antes que o atacante dominasse a bola. Na sequência, em contra-ataque, Bruno Mendes tentou de fora da área, mas mandou em cima de Diego Cavalieri, que encaixou com facilidade.
         Com ambos os times procurando encurtar os espaços e usando a repetição de faltas no meio de campo para travar o adversário, o jogo ficou truncado, com poucas chances de gol. Se com a bola rolando estava complicado, aos 27 minutos Thiago Neves teve boa oportunidade de bola parada. Bateu com efeito, com muito perigo, mas para fora. Dois minutos depois, Fellype Gabriel conseguiu escapar da marcação em boa jogada, mas soltou um peteleco nas mãos de Cavalieri.
Aos 37 minutos, Wellington Nem recebeu de Thiago Neves na área, girou e bateu cruzado. Digão e Leandro Euzébio chegaram atrasados e não conseguiram tocar a bola que cruzou a pequena área. O gol veio aos 42 minutos, quando Wellington Nem tabelou com Bruno pela direita, recebeu na área e mandou para a rede: 1 a 0.
No segundo tempo, quem começou partindo para o ataque foi o Fluminense. Logo aos cinco minutos, Valencia quase marcou um golaço, de letra. Jefferson apareceu bem. Oswaldo de Oliveira resolveu sacar Jádson para a entrada do holandês Seedorf. Mas o jogo voltou a ficar amarrado, com os times insistindo em avançar pelo meio, completamente congestionado. Dessa forma, as oportunidades de gol voltaram a desaparecer. O técnico Abel Braga resolveu então chamar Rhayner para o lugar de Thiago Neves.
Aos 21 minutos, por muito pouco o Fluminense não ampliou. Em belo contra-ataque, Jean deu um lençol em Marcelo Mattos e deu passe perfeito para Wellington Nem partir sozinho, em velocidade. Jefferson mais uma vez saiu muito bem do gol e, no rebote, novamente o goleiro alvinegro mostrou reflexo, em mais uma boa defesa no chute de Jean, que acompanhou a jogada.
Aos 27, o Botafogo teve boa oportunidade em cobrança de falta que Seedorf bateu com efeito, mas em cima de Cavalieri. Na sequência, em lance confuso, a bola sobrou no pé do holandês. Com a área congestionada, parecia que a defesa tricolor mataria a jogada com facilidade, mas o craque levantou na medida para Bolívar, que apareceu atrás da zaga tricolor para empatar: 1 a 1.
No fim, ainda houve tempo para um princípio de confusão entre e Seedorf e Valencia, mas o placar permaneceu inalterado.

A banda que tocava na boite Kiss

Banda Gurizada Fandangueira, que tocava na hora do incêndio em Santa Maria, teve um integrante entre os mortos: o sanfoneiro Danilo Jaques, que aparece acima de camisa azul e blazer preto (Foto: Arquivo pessoal)

Novos números do incêndio em Santa Maria no Rio Grande do Sul

Outra vez uma trágia tem data no mês de janeiro. Agora foi no Rio Grande do Sul, em Santa Maria. O número de mortos já chegou aos 231 - a grande maioria é de jovens e pelo menos 166 feridos foram encaminhados aos hospitais da região e Porto Alegre, segundo a BandNews que fez os registros do local onde aconteceu o incêndio.
Estimativas preliminares informam que havia na boite um pouco mais de duas mil pessoas. O fogo começou às duas e meia da madrugada e teria sido provocado por utlização de sinalizadores no palco da boite.

Icêndio mata 180 em Santa Maria/RS, a maioria estudantes

Número de mortos em incêndio em Santa Maria chega a 180, diz polícia
O incêndio começou na madrugada deste domingo na boate Kiss. Polí­cia trabalha no reconhecimento dos corpos e nos escombros.
O número de mortos no incêndio que atingiu a boate Kiss em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, já chega a 180, segundo o major Cleberson Bastianello, comandante do BOE da Brigada Militar.
O número total de vítimas ainda é desconhecido e há centenas de feridos sendo atendidos nos hospitais da cidade. A polícia e o Corpo de Bombeiros ainda trabalham no local, checando as circunstâncias do fogo e retirando corpos da área.
"Nós temos 180 corpos aqui. Pessoas foram levadas em óbito ou feridas para os hospitais da região. Mas repito: esse é o número de mortes que temos aqui. Infelizmente poderá aumentar", disse em entrevista coletiva o major Bastianello.
O número de pessoas que estavam na boate ainda não foi confirmado pelas autoridades. A festa reunia estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, dos cursos de pedagogia, agronomia, medicina veterinária, zootecnia e dois cursos técnicos.
Todos os hospitais da região estão recebendo as vítimas. São ao menos seis casas de saúde. Voluntários estão auxiliando os trabalhos na cidade. "Estamos mobilizando todo o estado, temos hospitais de diversas regiões se disponibilizando para ajudar. De Canoas, Santo Ângelo, Santa Cruz, enfim. Todos estão colaborando para oferecer o melhor atendimento possível. Os trabalhos são intensos e é preciso uma mobilização muito grande", ressaltou o Secretário Estadual da Saúde, Ciro Simoni, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Segundo informações preliminares, o fogo teria começado por volta das 2h30 quando o vocalista da banda que se apresentava fez uma espécie de show pirotécnico, usando um sinalizador. As faíscas atingiram a espuma do isolamento acústico no teto do estabelecimento e as chamas se espalharam.
O incêndio provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. Em seu Twitter, o governador Tarso Genro lamentou a tragédia e disse que vai viajar para a cidade. (Fonte G1)

 

Energia: duplo castigo para o consumidor amapaense

Rodolfo Juarez
De vez em quando começamos a perceber que as coisas estão todas às avessas com relação a determinado assunto e são necessários mais de horas e alguns dias para se entender não o que está acontecendo, mas porque está acontecendo.
A vez agora - mais uma vez -, é da Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA que, representada por um dos seus dirigentes, nem tentou explicar o inexplicável: os motivos pelos quais os brasileiros amapaenses não serão alcançados pelo barateamento da energia elétrica que todos os outros brasileiros – que não os do Amapá.
Duplo castigo pela mesma conduta?
Parece que sim.
Os dois castigos, em forma de punição, são pelos desmandos havidos na companhia os quais levaram federalização da empresa, isto é, a perda completa, pelo governo do Estado, do controle acionário da empresa e que foram materializados pelo empréstimo de um bilhão e quatrocentos milhões de reais para “turbinar” o balanço patrimonial da CEA e pelo “paredão” que a situação criou que impediu que a diminuição na conta de energia chegasse ao consumidor, cliente da concessionária local.
O contribuinte, que vai pagar o empréstimo feito pelo Governo, e o consumidor, que não vai receber o rebate na conta mensal de energia são a mesma pessoa.
Se a situação fosse assemelhada a uma questão jurídica não seria admitida, pois, nem mesmo um réu pode ser punido duas vezes por uma mesma conduta típica. E isso tem nome – bis in idem (não repetir sobre o mesmo).
Ninguém pode esquecer que a dinheirama que os deputados autorizaram o governador emprestar da Caixa Econômica Federal, para equilibrar o balanço patrimonial da CEA, vai ser pago, até o último centavo dos juros, pela população amapaense. Como também os consumidores, clientes da CEA, não vão receber os 18% de desconto na conta, porque são clientes da CEA.
Ou seja, duplo castigo!
Mas, além disso, nem uma explicação convincente para aqueles que sempre tiveram o fornecimento de energia interrompido quando deixavam de pagar a conta mensal da energia. Às vezes esses cortes feitos com aditivos ao constrangimento natural que traz o corte, mas outras vezes, feito como vingança por posicionamento crítico contra a forma como a empresa era administrada, na maioria das vezes entregue a dirigentes partidários dispostos a utilizar a mão invisível da companhia a serviço das campanhas eleitorais do “afilhado” da vez.
Depois da autorização dos deputados estaduais, e as ações do governo, se foge das explicações sobre a federalização da companhia.
Nem mesmo o Ministério Público, tão diligente em muitos casos, até insistentes em outros, não se posiciona, dando a impressão que vai esperar, com a paciência que não deve ter, que algum cidadão lance mão dos instrumentos que pode lançar e questione, ao próprio Ministério Público, os motivos que levaram a CEA à não pagar as suas dívidas, ao ponto de superarem um bilhão de reais.
E o Ministério Público tem um dos seus promotores fazendo parte do Conselho de Consumidores, com objetivo, entre tantas atribuições, de ficar próximo do que acontece na empresa.
A realidade é que, duplamente punidos, os consumidores amapaenses não recebem nenhuma explicação sobre os prejuízos diretos da empresa que tiveram que assumir e sobre os prejuízos indiretos que terão sentidos pela discriminação nacional, fundada em um motivo do qual não conhece e, acredita-se, não são considerados em condições de conhecê-los.
Muito para um povo que precisa tanto.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Remo vence o Paysandu e segue 100% no Parazão

O Clube do Remo venceu o Paysandu por 2 a 1 na tarde deste sábado (26), no estádio Mangueirão, em partida válida pela 4ª rodada do Campeonato Paraense 2013. As torcidas fizeram um show à parte e lotaram as arquibancadas e cadeiras do Olímpico. A organização do jogo divulgou que o público pagante foi de 39.076 e o não pagante de 2.528, para um total de 41.604 pessoas presentes. A arrecadação geral com a venda de ingressos foi de R$ 832.120,00.
O Leão abriu o placar logo aos 8 minutos de partida, com gol de Val Barreto. Thiago Galhardo roubou a bola no meio-campo e lançou Paulista na ponta esquerda. O atacante passou por um marcador, entrou na área e cruzou para Valotelli cabecear forte no canto de Zé Carlos.
Aos 12 minutos o Papão chegou perigosamente com Rafael Oliveira. O atacante entrou na área, mas chutou fraco para a defesa de Fabiano.
As duas equipes tiveram bom volume de jogo ainda no restante do primeiro tempo, mas não conseguiram marcar.
No segundo tempo, o Paysandu começou com tudo e pressionou o Remo, perdendo várias oportunidades. Porém, em água mole e pedra dura tanto bate até que fura. Iarley marcou o gol de empate aos 29 minutos. Com cruzamento de Heliton, a bola ficou no bate-rebate dentro da área e sobrou para Iarley tocar de calcanhar.
Após sofrer o gol de empate, o Remo voltou a atacar e aos 42 minutos fez o gol da vitória. Paulista foi lançado na ponta esquerda, avançou, passou por um marcador e cruzou para Leandro Cearense empurrar para o gol.
Depois do segundo gol azulino, o Paysandu ainda tentou por duas vezes chegar ao campo de ataque, mas a zaga do Leão conseguiu segurar o resultado.
CLASSIFICAÇÃO E TABELA
A vitória manteve os remistas na liderança do Parazão 2013 com 12 pontos e 100% de aproveitamento na competição: quatro jogos e quatro vitórias. O próximo compromisso do Leão será na quarta-feira (30), às 20h30, no estádio Mangueirão, contra o Paragominas.
A derrota deixou o Bicola na 2ª colocação com 7 pontos em quatro jogos. O Papão ainda pode perder a posição caso o Paragominas vença o jogo contra o Santa Cruz de Cuiarana, neste sábado (26), às 20h30, no estádio Arena do Município Verde. O quinto jogo bicolor será contra o Cametá, às 20h30, na quinta-feira (31), no estádio Parque do Bacurau.
ARTILHARIA
Com o gol marcado no início do jogo, Val Barreto chegou a quatro tentos na competição, se igualando a Rafael Oliveira e João Neto, ambos do Paysandu, na liderança da artilharia.

O perigo nas águas continua...

O desastre do Cidade de Óbidos VI
Rodolfo Juarez
Tem sido assim, ao longo dos anos e para muitos dos amapaenses e não amapaenses, o mês de janeiro.
Um mês que alguns gostariam de esquecer, mas por causa de acontecimentos fortes e indesejados, acabam se perpetuando para a vida toda.
Foi assim que o dia 6 de janeiro ficou marcado.
Muitas famílias não conseguem esquecer. Esse dia trás a marca sofrida da tragédia do Barco Motor Novo Amapá, quando mais de 300 pessoas morreram no começo da noite, há 32 anos, em 1981.
Depois o dia 26 de janeiro 2002, marcado por outro acidente fluvial, quando sete pessoas morreram, desafiando a compreensão humana, não só pelas circunstâncias, mas também pela situação como aconteceu. Outra vez uma viagem para Laranjal do Jari. Outra vez uma embarcação de madeira afunda e leva vidas importantes embora, para nunca mais.
Em 2012, dois acidentes, desta feita um no mar e outro na terra; um resultado no afundamento de um navio de luxo, que fazia um cruzeiro, na costa da Itália, afundou e botou ponto final em diversas vidas e, agora mesmo, também de noite, três prédios caem no Rio de Janeiro, eles eram vizinhos e ocupavam endereços nobres no “coração” da cidade que vai sediar as Olimpíadas de 2016.
O mês é o mesmo os anos são diferentes, como diferentes são os socorros que foram prestados na Itália, no Rio de Janeiro e no Amapá.
Uma diferença brutal e uma indiferença que desafia a paciência do cidadão que mora por aqui, fazendo possível a manutenção das fronteiras dessas terras brasileiras.
E, pior, se acontecer, outra vez a necessidade de um socorro urgente para um barco que tenha problemas em uma viagem pelo Rio Jari, o sistema que o Estado dispõe para prestar os primeiros ou segundos socorros, simplesmente vai ser do mesmo nível daquele oferecido em 1981 para os sobreviventes do Novo Amapá.
Não dá mesmo para acreditar no cenário atual. Não dá para imaginar tanta insensibilidade dos homens que poderiam melhor planejar o desenvolvimento desse Estado, colocando-o de frente para o rio Amazonas e seus afluentes, não deixando que população “se vire” como puder, sem que tenha, pelo menos, a garantia de que, quando em perigo, o Estado cumpra o seu papel e mostre os seus aparelhos de socorro.
Os que fazem dos rios daqui, uma estrada molhada para o deslocamento das pessoas e das riquezas, já perderam as esperanças e já, na medida do possível, limitado pelas possibilidades de cada um, constroem as suas alternativas, abrindo mão do direito certo que têm para proteção de suas vidas e das vidas de suas famílias, e procurar na natureza as forças e as condições para sobreviver aos acidentes.
Mas, mesmo indignados, ninguém nega a necessidade da proteção e se valem da mesma esperança de que, um dia, o Estado se prepare para atender esses esquecidos, tão importantes para o desenvolvimento e a segurança da população, como aqueles que andam nas estradas de asfalto ou de chão, transportando riquezas e fazendo o desenvolvimento do Amapá.
Mas janeiro não perdoa. Tem cobrado com a vida de inocentes as condições para que os governantes se mexam, procurem encontrar alternativas para que, o deslocamento das pessoas tenha um mínimo de proteção e que elas possam continuar o seu trabalho permanente de fortalecer a conquista das fronteiras brasileiras.
As tragédias do Cajari, em 1991 (Novo Amapá), e do Jari, em 2002 (Cidade de Óbidos VI), precisam ser analisadas e consideradas as atuações dos agentes públicos em cada uma delas e, daí, avaliar a capacidade de ação de cada um.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Santos é o campeão da Copa São Paulo 2013

Santos bate Goiás por 3 a 1 e é bicampeão da Copa São Paulo
O Santos é bicampeão da Copa São Paulo de Futebol Junior. O título de 2013 foi garantido nesta sexta-feira com a vitória sobre o Goiás por 3 a 1 no Pacaembu. A festa pela conquista ainda teve a presença de Neymar, que foi ao estádio para acompanhar a partida.
No primeiro tempo o clube da Vila Belmiro abriu 2 a 0 em duas falhas da equipe goiana. Allef perdeu a bola para Emerson e cometeu pênalti. Pedro Castro cobrou e fez o primeiro aos 35 minutos. Logo depois, aos 37, Felipe perdeu a bola e Neilton saiu na cara do goleiro Paulo Henrique para ampliar.
Depois do intervalo o Goiás reagiu e aos 3 minutos diminuiu com o atacante Arthur, que tinha acabado de entrar. A equipe se animou e logo depois teve um pênalti para cobrar. Porém Lineker desperdiçou a chance e chutou para fora. O castigo veio aos 17 minutos. Neilton e Giva tabelaram e o camisa 11 entrou na área para fazer o terceiro.
FICHA TÉCNICA:
SANTOS: Gabriel Gasparotto; Alison, Walace, Jubal e Emerson; Lucas Otávio, Leandrinho, Pedro Castro e Léo Cittadini (Paulo Ricardo); Neilton (Lucas Crispim) e Giva (Diego Cardoso). Técnico: Claudinei Oliveira
GOIÁS: Paulo Henrique, Péricles, Felipe, Allef (Arthur) e Mário Sérgio; Túlio, Rodrigo, Liniker e Jarlan (Murilo); Paulo (Caio) e Erik. Técnico: Augusto Sousa.
Árbitro: Leonardo Ferreira Lima
Local: Pacaembu
Cartões amarelos: Leo Cittadini, Péricles, Túlio, Leandrinho
Expulsão: Péricles
Gols: Pedro Castro (pênalti), 35/1ºT, Neilton, 37/1ºT, Arthur, 3/2ºT, Giva, 17/2º.
Público: 25 mil torcedores.

Mudou o calendário para eleição do prefeito de Pedra Branca

         A data da eleição suplementar no município de Pedra Branca do Amaparí, que antes estava definida para o dia 31 de março, agora será realizada no dia 07 de abril. A decisão foi tomada na sessão plenária do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá realizada na quinta-feira, dia 24.
A alteração se dá devido a Resolução do Tribunal Superior Eleitoral que recomenda que as eleições sejam feitas no primeiro domingo de cada mês. Com a alteração da data da eleição, são alteradas também outras datas do calendário eleitoral.
As convenções agora devem ocorrer entre 09 e 12 de fevereiro, os registros de candidatura devem ser requeridos ao Cartório Eleitoral da 11ª Zona Eleitoral até 17 de fevereiro e a propaganda partidária, gratuita no rádio e na televisão, será veiculada entre 27 de fevereiro e 04 de abril.
A diplomação pode acontecer até o dia 22 de abril.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Mazagão Velho: 243 anos

Rodolfo Juarez
Mazagão Velho completa hoje 243 anos. Um local que pode ser tudo: aprazível, bom de morar, bom de ir, bom de passear, bom de viver, místico, mágico, alegre e mais tudo que um interior tranquilo e próximo pode ter e oferecer muito mais para aqueles que ali chegam.
E hoje é o seu grande dia. Dia do aniversário do lugar.
Todos os moradores estão em festa, todos os vizinhos os aplaude e as autoridades têm certeza que tudo o que fizerem pelo local ainda é pouco.
E já faz muito tempo que tudo começou. Foi 1770. É por isso que não tem mais testemunha viva do começo, mas tem quem conte a historia do lugar com tantos detalhes que todos os que ouvem acabam por imaginar a forma que teriam para agradecer a tanto empenho, destemor e coragem dos primeiros moradores de Mazagão Velho.
Mazagão Velho recebeu esse nome por causa da sua importância, afinal de cojntas carrega o nome do município do qual é distrito. Então o velho ficou como sinal de respeito de todos os outros lugares que, junto com ele forma o município de Mazagão.
Mazagão Velho deve muito de sua origem à Guerra Santa, um dos acontecimentos mais marcantes da história do mundo, especialmente no século XVIII, sendo que a vila foi fundada com o objetivo de ser uma réplica da Mazagão Africana, uma cidade ao norte de onde está hoje situado o Marrocos e atualmente conhecida com El Jadida.
Mazagão Africana foi uma posseção de Portugal até 1769 quando, em razão das constantes batalhas travadas entre cristão e muçulmanos, os portugueses sairam da região, deixando a cidade praticamente deserta.
As 340 famílias que sairam da Mazagão Africana e seus escravos vieram para Belém do Pará. De lá uma parte dessas pessoas foram transferidas para o “meio da floresta”, nas proximidades do Rio Mutuacá, onde o governador do Grão-Pará e Maranhão determinaram que morariam no novo local com a construção da Vila do Mazagão, hoje Mazagão Velho.
Uma história que explica a valentia do povo que hoje herda a linhagem desses desbravadores, que por ações voluntárias ou obrigadas acabaram construindo o seu próprio lugar.
Mas a vila, com o passar dos tempos, teve outros nomes. Regeneração, que recebeu em 1833, foi um desses nomes, para voltar a ser vila, depois comarca. Depois de alguns anos foi incorporada à comarca de Macapá para, em 1915, ser a Mazagão Velho que conhecemos hoje.
É impressinante a história de Mazagão Velho e seu povo. Além de rica é surpreendente e não repetitiva. As surpress estão em cada escavação, em cada exploração. Para os aficionados em procurar explicação para a ocupação de uma localidade ou de uma região, Mazagão Velho além de ser atraente é empolgante e desafiadora.
Por isso a região de Mazagão Velho foi objeto de uma operação de prospecção arqueológica conduzida pela Universidade Federal de Pernambuco, na qual foram encontradas ruinas da primeira ingreja fundada na vila e ossadas de seus primeiros habitantes. A lentidão das gestões municiapal e estadual está atrasando a fundação do Museu Histórico de Mazagão Velho com todas as características que podem explicar para a geração atual e a futura, detalhes da ocupação do local.
Há menos de 40 km de Macapá, capital do Esado do Amapá, pela rodovia estadual AP-030, Mazagão Velho deve ser, dentro de pouco tempo, referência em outras áreas cietificas capazes de explicar o bom espírito do mazaganense e a alegria do seu povo.
Os amapaeses e os amazônicas de modo geral, precisam conhecer o local para saber o que representa a aniversariante de hoje para a história, a geografia e a cultura do Estado do Amapá.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Tragédia do Macacoari

O dia 21 de janeiro lembra para os amapaenses a tragédia do Macacoari. Naquele dia, em 1958, morreram o depurado federal Coaracy Nunes, o suplente de deputado federal Hildemar Maia e o piloto Hamilton Silva. Eles voltavam daquela localidade, hoje distrito do município de Itaubal, depois de um pernoite, pois haviam saído de Macapá na tarde do dia anterior para cumprir uma série de compromissos, inclusive políticos. 
 


Deputado Coaracy Nunes
 

sábado, 19 de janeiro de 2013

Situação de emergência: um golpe na esperança

Rodolfo Juarez
A nova administração do município de Macapá, que tem à frente o prefeito Clécio Luis e o vice-prefeito Allan Sales, resolveu adotar a pior estratégia para resolver os primeiro problemas que foram apurados na prefeitura.
Decretar situação de emergência no setor saúde, com o imediato anúncio de que serão suspensos os serviços de atendimento à população, representa um golpe na esperança de melhora na qual teimava em acreditar população.
Durante os próximos 90 dias os dirigentes municipais, em nome da emergência, não serão obrigados a cumprir com a lei que protege os gastos do dinheiro público, não sendo obrigados a comprar material ou contratar serviço depois de regular licitação. Situação que exige pode não ser a mais eficaz, muito embora todos saibam que será a mais cômoda.
Esse modelo de gestão, comprometendo os recursos do município com compras e serviços sem licitação era fortemente combatido pelo vereador Clécio e repugnado pelo candidato Clécio.
Por trás dos levantamentos está desconfiança dos atuais gestores de que não dariam conta da incumbência se tivesse que seguir a Lei desde o começo.
Às favas as licitações. Às favas os preços menores, disputas leais e legais na mesa de oferta de produtos e serviços ou nas salas de disputa de preço nos pregões.
Também vão às favas as propostas da campanha que convenceram mais de 100 mil eleitores a eleger Clécio Luis para governar o Município que, de certa forma permitiu que fosse levado para o buraco pelo prefeito Roberto Góes.
Os funcionários da prefeitura que se cuidem, pois, os administradores estão se protegendo por trás dos ministérios públicos e das polícias, de certa forma desviando a atenção da população, para a declaração de falta de confiança no fazer o que tem que ser feito.
Macapá, com a declaração unilateral – e tem que ser assim – de situação de emergência faz com que a administração declare moratória para os seus credores, ou seja, pede um tempo não só para não pagar o que deve, mas também, para gastar como entender os recursos que sempre serão poucos, mas que precisa de determinação e um plano, para gasta-los com eficácia.
Agora funcionários e fornecedores que esperem. O comandante vai precisar de tempo para mandar servir o lanche e o cafezinho para a tripulação.
Já houve contra-contra ordem, depois de meio mês decorrido, com relação ao pagamento de funcionários, por perceberem ter sido colocado na folha alguns servidores fantasmas ou que desconfiaram estar no além bem perto de alguém.
Então aqueles que o município não paga desde o mês de novembro e dezembro, que esperem mais um pouco, continuem comendo vento e bebendo brisa.
Falta de respeito, com os funcionários, com os anúncios que foram feitos e com as palavras que foram ditas.
Enquanto isso as pessoas não adoeçam, pois as unidades de saúde do município estão com as portas fechadas; que não produzam lixo, pois a coleta continua em condições precárias; mas também que a chuva não caia para não aumentar o número de buracos nas vias e apagar os semáforos, da sinalização, que ainda funcionam.
A situação de emergência, em nenhum momento foi colocada na campanha do candidato Clécio e muito menos fez parte do plano de emergência dos 100 dias. Ah! Vai aproveitar os quase 100 dias que ainda tem até o dia 10 de abril para administrar emergencialmente.
A outra estratégia que poderia ser utilizada pelos novos gestores municipais exigiria muita disposição, certa preparação, alguma experiência, até faísca de competência, além de ter que conquistar a confiança do povo.
Esta estratégia tem a ver com muito trabalho, responsabilidade social e disposição para pagar o que deve.

A corda arrebentou do lado mais fraco

Rodolfo Juarez
O desenvolvimento de qualquer região tem fases bem definidas que precisam ser conhecidas para serem vencidas de forma organizada em sem criar grandes problemas para a sociedade, principalmente para a parcela mais pobre dela.
Evidente fica que para que isso aconteça de forma organizada é preciso que haja uma diretriz, detalhada de forma que permita o acompanhamento e, assim, a antecipação aos problemas que são decorrentes das modificações de cenários que vão sendo encontrados no andar dos projetos, partes de um plano. Ou seja, é condição indispensável que se tenha uma linha de acompanhamento que permita, ao que tem a atribuição de evitar as dificuldades inerentes ao projeto, intervir no processo e redirecioná-lo.
E quem tem a atribuição de evitar essas dificuldades?
É o governo do local, na maioria das vezes, dividido entre a prefeitura do município, o governo do estado e a governo da União, todos eles seguindo um mesmo plano que contém os programas de desenvolvimento e destes são filhados os projetos executivos, alguns desses projetos executados pelo próprio poder público e outros, pela iniciativa privada, não raro, financiado com dinheiro público, retornável ou não.
O Estado do Amapá esgotou uma das fases de seu desenvolvimento. Chegando aos 700 mil habitantes e está inserido em uma região que tem os mesmos problemas, mas que pode não estar usando o mesmo método resolutivo para os problemas.
A nova fase do Estado exige planejamento e é o que não está pronto, apesar de aparentemente ser óbvio. E não está pronto porque muitas falhas foram cometidas ao longo dos 22 anos de emancipação político-administrativa que começou em 1991.
Os governantes erraram nas decisões que tomaram durante os seus governos e isso está repercutindo desde o primeiro mandato do governador Waldez que recebeu como principal aviso o encerramento do contrato da Icomi, empresa que explorava manganês na Serra do Navio.
Ficou claro que ali se esgotava o modelo.
Mesmo assim os dirigentes se ocuparam com questões decorrentes dos erros pretéritos e não elaboraram as defesas para que isso não piorasse a situação. Basta lembrar que quando a empresa que explorava as minas de Serra do Navio anunciou o encerramento do contrato, alguns dos seus funcionários recebiam 17 salários, abona de meio de ano, abono natalino e tinham as suas viagens de férias pagas pela empresa.
O mundo havia mudado e com ele as relações comerciais. E não quer dizer que as mudanças nas relações comerciais decorriam da mudança do mundo. Não, era a nas relações comerciais que estavam acelerando a mudança no mundo.
O que está acontecendo na região do Jari, com a principal empregadora do lugar fechando as portas, não era para ser um fenômeno, mas é. Afinal de contas são mais de 6 mil funcionários que estão sendo dispensados da empresa. E de pouco vai adiantar os discursos que estão sendo feitos agora, por alguns políticos, gestores e até membros da imprensa, que certamente não queriam que isso acontecesse. Ora, também assim pensaval os donos da empresa e os funcionários da empresa.
Acontece que é o modelo que está esgotado. Esse que está instalado ali não é competitivo e basta esse argumento para que a empresa deixe a competição e saia do mercado e faleça completamente.
O discurso precisa mudar. A face do desenvolvimento é outra e ele precisa acontecer, para que o local, o município, o estado e o país continuem no mercado.
Quem quiser compreender esse fenômeno assista o filme “Com o dinheiro dos outros”. Ajuda bastante. 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Financiamento do Carnaval no Amapá

Rodolfo Juarez
Os dirigentes das escolas de samba já estão com a sensação de que os dias estão mais curtos e de que as semanas não têm mais sete dias. A reta final de preparação começou na reta inicial, ou seja, pouquíssimo tempo para preparar tudo para o desfile dos dias oito e nove de fevereiro.
Quando o carnaval acontece no começo do mês de fevereiro é claro que os cronogramas da preparação do carnaval de cada escola ficam muito mais apertados e, este ano, ainda apareceram problemas adicionais para a definição daqueles que estariam dirigindo o desfile oficial.
Executar o desfile oficial das escolas de samba é uma carga de trabalho organizacional muito forte e conta com planos parciais que devem ser muito bem executados para ganhar a confiança dos dirigentes das escolas de samba e transmitir essa confiança para a população que, através do Governo, investe milhões para a realização do evento.
Os que fazem o carnaval no Amapá já perceberam que, a cada ano, as cobranças da população são mais objetivas e muito mais coerentes com o entendimento do que é a aplicação do dinheiro público.
Vai chegar a um ponto em que as justificativas ficarão escassas e os argumentos não serão suficientes para que permaneça o financiamento do carnaval exclusivamente através do patrocínio das entidades públicas.
Não que esses entes públicos não tenham a obrigação de “investir” no Carnaval, como em outras manifestações populares. Isso não, mas deve ser um investimento complementar à outros recursos claramente aplicados no desenvolvimento da manifestação popular como o carnaval.
O cardápio de justificativas do Governo e da Prefeitura, mesmo variado, não tem mais evitado que, muitas vozes se levantem, em número maior a cada ano, pedindo explicação e, na falta dessas explicações, pedindo a cessação do patrocínio público à festividade, analisando que os recursos teriam formas mais eficazes de aplicação, com resultados mais interessantes para a população.
Este ano não podem as escolas e a entidade que congrega as escolas, deixar de prestar contas dos recursos que recebem diretamente dos entes públicos e daqueles outros recursos que arrecadam através da venda de ingressos, patrocínio e serviço.
A inquietação da população, com relação ao financiamento de boa parte do carnaval com dinheiro público, cresce a cada ano e caminha para um momento crítico com sérios riscos de serem feitas exigências que podem prejudicar as condições que hoje as escolas e os organizadores têm para realizar o desfile oficial.
Aparentemente não são notadas razões que dificultem a prestação de contas do carnaval, mesmo assim são repetidas as situações que culminam com dificuldades para que essas prestações de contas sejam realizadas.
Desconfiança e descrédito são os resultados que precisam ser combatidos nas ações pós-carnaval, para que a confiança da população seja readquirida naqueles que se esforçam para executar o melhor que podem fazer e para aqueles que precisam permanecer motivados para não criar dificuldades para financiar o evento com dinheiro público.
Já são claros os sinais de que os limites da população, com relação ao financiamento do desfile das escolas com dinheiro público, estão sendo atingidos e isso pode se não for bem cuidado, criara grandes dificuldades, maiores que as atuais, àqueles que sempre acreditaram que podem fazer, em Macapá, um carnaval de boa qualidade.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

30 anos de fundação do GRIS Solidariedade

No dia 15 de janeiro de 1983, foi fundado o Bloco Solidariedade, nome sugerido por Beloca e Adelson, prestando uma homenagem ao Sindicato dos Trabalhadores Poloneses, exemplo de integração, força e determinação, com as cores verde, vermelho e branco, estas propostas por Nonato e Careca.

Em 1984 o Grêmio Recreativo Império de Samba Solidariedade passou a fazer parte das escolas de samba do segundo grupo e por esse motivo assumiu o nome que hoje ostenta e adotou o jacaré como símbolo quando desenvolveu o enredo “De Jacareacanga a Jesus de Nazaré”.

O primeiro samba da escola foi composto em 1983 por Tadeu e interpretado por Beloca. O primeiro mestre-sala foi o Paraguaçu, a primeira porta bandeira foi Socorro Nascimento. O primeiro mestre de bateria foi Porfírio, que teve o auxílio de Zé Maria. A primeira estilista-costureira da Escola foi a professora Maria Braga.

 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Carnaval 2013: ordem do desfile oficial


CARNAVAL 2013
ORDEM DO DEFILE DAS ESCOLAS DE SAMBA DE MACAPÁ E SANTANA

PRIMEIRO DIA: 08/02 – SEXTA-FEIRA
de
Ordem
 
Hora
 
Escola
 
Enredo
01
22:00
Império da Zona Norte
Batuque e Marabaixo, sons de reis que ecoam da Mãe África
02
23:30
Emissários da Cegonha
Criar é dar forma ao próprio destino
03
01:00
Embaixada de Samba Cidade de Macapá
Energia: Fonte da vida que gera calor, progresso, samba e amor.
 
04
 
02:30
 
Piratas Estilizados
Bar do Abreu é tradição. Estilizados vivencia a sua história na apoteose da ilusão.
05
04:00
Boêmios do Laquinho
Nação Pernambucana:  um frevo no Meio do Mundo

SEGUNDO DIA: 09/02 – SÁBADO
de
Ordem
 
Hora
 
Escola
 
Enredo
01
22:00
Unidos do Buritizal
Da Capadócia para o mundo, salve Jorge e os guerreiros de Ogum Yê.
 
02
 
23:30
 
Solidariedade
Da lança à dança, da espada à fé: amor ferro e aço – sarava São Jorge! És Ogunhaê-Babá.
03
01:00
Piratas da Batucada
Sonho e amores do mito caboclo
04
02:30
Império do Povo
Pedra Branca do Amaparí, o tesouro da Amazônia.
05
04:00
Maracatu da Favela
Tic-tac, tic-tac, tic-tac... Acertem os seus ponteiros: é tempo de folia.