segunda-feira, 29 de abril de 2013

Força e prepotência

Rodolfo Juarez
Mais uma vez estão o sindicato dos professores e o governo do Estado esticando um cabo de guerra sem fim. E entre eles, ou ao redor deles, estão os pais de alunos e os alunos, os prejudicados dessa falta de capacidade para o entendimento que demonstram as duas partes.
Há mais de dois anos os dois grupos se engalfinham e durante todo esse tempo, dão a impressão que pouco se importam com o que estão pensando os pais de alunos e os próprios alunos.
Até mesmo o professor, quando se coloca na condição de pai, descobre que estão sendo severamente castigados por uma lide sem contorno, que desperta alguns apoiadores que, ou não compreendem o que está acontecendo ou são defensores do caos e, em regra, se alinham com a tese do quanto pior melhor.
Como se não bastasse a repercussão dos baixos índices de desempenho que são apurados para o Amapá nas provas de avaliação nacional, ordenadas pelo Ministério da Educação, quando se reconhece a medida das dificuldades por quais passa o ensino público local, ainda se convive com a possibilidade de ver essa situação piorar.
Não pode ser apenas teimosia dos dois lados.
Não pode ser desconhecimento do mal que, governo e sindicato, estão fazendo com as crianças e os jovens que confiam na rede pública de ensino. Não dá para entender a falta de consideração, dos dois lados, com os pais dos alunos, que estão vendo os seus planos de férias sucumbirem sob a arrogância de um e a impertinência de outro.
Percebe-se que as faces dos litigantes estão se enrugando devido o cansaço a que estão chegando, tratando de um assunto de extrema relevância, mas que foi transformado em régua de avaliação de força e de prepotência.
Se a equipe que comanda a educação no Amapá aposta no cansaço dos professores certamente não está respeitando os principais prejudicados e que, certamente, não são os professores; se aposta na possibilidade de pulverizar os sindicalizados e retirar a força do sindicato, pode ser um estratégia que não leve a qualquer bom resultado, mas que carrega a garantia de problemas permanentes com a categoria.
Os conflitos não são resolvidos com decisões mal tomadas.
A história está cheia de erros, é certo, mas não tem uma conquista sequer registrada na história que não tenha sido pelos acertos e pelos entendimentos.
A entrada dos deputados estaduais no cenário da disputa, da forma com aconteceu na sexta-feira passada, foi desastrosa.
Poderia ter sido obtido o mesmo resultado com a simples mudança de rumo para as negociações.
Naquele dia os deputados estaduais perderam a oportunidade de exercitar o seu principal fundamento – o debate. Por mais que seja possível uma votação instantânea, jamais essa possibilidade poderia ter sido exercitada no ambiente de uma disputa que precisa acabar.
Foi mesmo que tentar apagar fogo com gasolina.
Agora os ânimos estão exaltados, o raciocínio de um lado e do outro, está diminuído pela falta de espaço onde se precisa de uma grande área de manobra.
Um erro que pode valer mais que os acertos até agora alcançados.
Mesmo assim, basta querer consertar o que foi feito errado, começando tudo de novo, remendando o que foi rasgado e encontrado uma forma de levar para lugar público a mesa de negociação para que as crianças e os adolescentes não fiquem com o resultado ruim de uma ação impensada e desastrosa feita pelos adultos em quem tanto a sociedade daqui confiou.
Os professores ainda são os agentes que podem iniciar a recuperação de tudo o que já foi perdido até agora. O começo dessa recuperação está fora do alcance da equipe de governo e dos deputados estaduais.

domingo, 28 de abril de 2013

Aniversário da minha mãe

Hoje minha mãe, Raimunda Juarez, está completando 85 anos.
Ela nasceu no dia 28 de abril de 1928, teve e criou 12 filhos e desde o dia 3 de dezembro de 1973, quando meu pai nos deixou a todos, foi o esteio e a referência de todos nós.
Valente, confiante e firme, sempre inspirada em Deus, manteve-se como exemplo para cada um de nós.
Hoje filhos, netos, bisnetos reconhecem o quanto ela é importante em nossas vidas, nas vidas dos seus parentes, amigos e amigas.
Parabéns minha mãe!
Para ilustrar a mensagem uma foto da minha mamãe e do meu pai, com o Jurandil e eu.

De olho em 2014

Rodolfo Juarez
São inegáveis e compreensíveis as movimentações de partidos e possíveis candidatos aos cargos que estarão em disputa no ano que vem. Afinal de contas a pressão vem de todos os lados, mas nenhum lado quer perder o terreno que conquistou nas eleições já realizadas.
A inquietude, comportamento próprio dos humanos, declara todo o processo que aflora ao menor chamado ou mesmo à definição do mais singelo sinal.
Sem dizer nem que sim; nem que não, mas todos compreendendo que é sim, o governador Camilo ajusta desde o final do ano passado, o caminho que calcula percorrer no sentido de obter a reeleição, não obstante os resultados da aceitação, até agora, da sua administração.
Inegavelmente esse índice baixo de aceitação é o reflexo do imenso desgaste que tem assumido devido às greves do ano passado, às dificuldades que tem experimentado especialmente na administração da Secretaria de Estado da Saúde e na Secretaria de Estado da Segurança Pública, nesse momento os dois grandes calcanhares de Aquiles.
Os atrasos verificados nas obras e a falta de informação sobre esses atrasos podem ser apontados como alguns dos pontos que tem puxado a popularidade do governador para baixo, muito embora haja um esforço muito grande, noutros pontos da preparação, no sentido de compensar os problemas na saúde, na educação e na segurança.
Os prováveis adversários se movimentam todos os dias e movimentam o seu entorno, muito embora a população eleitora ainda entenda que seja sedo para falar sobre o assunto, também entende que aqueles que vão para a disputa devem dizer logo que é candidato, antes que os compromissos sejam fechados.
Um grupo forte de candidatos e partidos tem com vértice o PTB que trás como principal estrela o vereador Lucas Barreto, já trabalhando as alianças possíveis e não descartando aqueles que vêm nas suas chances de governar o Estado, as suas próprias chances de ter sucesso nas disputas por uma cadeira seja na qualidade de deputado estadual ou de deputado federal.
As especulação sobre a candidatura do senador Sarney, do PMDB, são grandes, pois os 24 anos de mandato de senador pelo Amapá, que vai alcançar até acabar, no final de 2014 o seu terceiro mandato de 8 anos, podem estar contaminados pela rejeição natural, mas também pode ainda ser a catapulta daqueles que estão começando ou que já começaram mais não saíram do lugar.
Há quem diga que a renovação na Assembléia Legislativa será grande, ou seja, não será surpresa se as trocas de mandatários for superior a 12, ou seja, 50%. As razões são muitas, principalmente aquelas que estão baseadas na eficácia dos resultados. O grande problema é a interinidade da atual presidência da Mesa Diretora que já vai alcançar um ano de duração.
A bancada de deputados federais pode sofrer a influência dos eleitos como deputados estaduais e, também, ficar comprometida com a mudança de 4 a 5 nomes dos atuais que estão exercendo o mandato.
Mesmo com a importância das eleições para o legislativo, a eleição para governador é que deve concentrar a atenção de todos, e desde logo, quando o futuro governador, que pode ser o próprio governador Camilo se reeleito for, pois vai administrar um orçamento, no primeiro ano, em 2015, superior a 5 bilhões de reais e, pela primeira vez um governador vai herdar uma dívida bilionária com aqueles que deve ser paga para o BNDES.
Os que podem estar na disputa desde logo, levam vantagem, por exemplo, sobre uma eventual candidatura ao Governo do Estado de um filiado do PDT, que ainda carrega o trauma dos abalos sofridos em 2010, como é o caso do ex-governador Waldez Góes que, para muitos, ainda está vivinho da “silva”, muito embora vivendo que nem jabuti. 

sábado, 27 de abril de 2013

O problema do embarque de minério, em Santana, é das empresas

Rodolfo Juarez
Como se não bastasse a vontade de alguns empresários aventureiros que aparecem por aqui, querendo se dar bem, cantando a música da “sereia”, agora alguns mal informados auxiliares dos agentes públicos, estão prestando o desserviço, tentando confundir a população, com informação inverídica e que não faz parte da história do Porto de Santana.
A falta de respeito com a história e com aqueles que fizeram a história é tão relevante no posicionamento daqueles que querem entregar o porto para terceiros, com se isso fosse de grande interesse para os santanenses que acreditaram que tinham competência para administração o porto e a atividade portuária.
Este mês a PEC da Modernização dos Portos será votada e aprovada no Congresso Nacional e trazendo pontos relevantes com relação ao Porto de Macapá, em Santana, que está sob concessão ao Município de Santana, dando prioridade à licitação de áreas para construção de portos particulares.
Porque as empresas que estão interessadas no Porto Público não se interessam em entrar na licitação e construir o seu próprio porto?
Não, querem o que já está pronto.
E querem de qualquer maneira, inclusive tentando vencer uma proteção muito forte, estabelecido de maneira legal, para que a Companhia Docas de Santana não perca a condição de Autoridade Portuária, fundamental para os interesses de Santana e do Estado.
Embarcar minério pelo porto concebido para outra função é um absurdo e só analisado por quem não estudou o assunto.
O Porto de Santana só é rentável porque foi bem concebido, independente das forças políticas que sempre estiveram dispostas a viciar o processo. Como agora, quando algumas autoridades e alguns dos assessores dessas autoridades, sentem-se surpreendentemente penalizados por aqueles milionários, donos das empresas multinacionais, que, sem argumento para não investir, avançam com a desculpa dos empregos que geraram para os “amapaenses”.
Basta pesquisar para verificar que as vagas de empregos que as empresas exploradoras do minério amapaense, com raras exceções, não são ocupadas por aqueles que aqui estavam e que foram considerados caros e por isso importaram trabalhadores de outras regiões, disposta a aceitar qualquer condição, para trabalhar na exploração do minério.
O minério só dá uma vez. E mesmo assim os atuais exploradores do minério amapaense só instalam por aqui, para explorar as minas, exigindo incentivos fiscais como se o minério baixasse de valor ou mudasse de dono, com o passar dos tempos.
Até agora a exploração dessas riquezas, que já estiveram em montanhas, agora são vistas na linha do horizonte ou sob essa linha, devido a transferência da montanha amapaenses para países asiáticos, americanos e europeus, que deixaram os bolsos dos donos das empresas exploradoras, cheios de dólares, bem longe daqui.
Ceder a estrutura do Porto de Santana para resolver o problema de empresas que não querem investir no Amapá é um erro primário que repete decisões tomadas por governantes que não tinham compromisso com o Amapá e que tinham vindo para estas terras no sentido de povoá-la e ganhar o máximo de dinheiro que pudesse.
O exemplo do milionário Eike Batista é um emblema que pode ser colocado na porta de cada pessoa sofrida, pobre e abandonada socialmente, que habitam as palafitas em Macapá e em Santana.
Bravatear não é um bom exemplo e oferecer o que não lhe pertence, também.
Os problemas das empresas exportadoras do ferro e do ouro amapaenses precisam ser resolvidos por aquelas empresas sob a supervisão e exigência do setor público e não deixar que a seta da lança aponte para o peito da administração do Amapá. 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

A população está com medo

Rodolfo Juarez
A população de Macapá está vivendo uma de suas mais difíceis experiências – a falta de segurança.
A situação está ficando insustentável.
É claro que as pessoas se sentindo inseguras modificam completamente as suas referências e os seus valores, deixando de ser um agente social passivo para ser, na medida em que imaginar, um agente ativo, capaz de preparar-se para o pior em um processo desgastante e que coloca em risco tudo o que conheceu e experimentou nos momento de dificuldade.
O assalto ocorrido esta semana na frente de um banco, no meio da tarde, com um desfecho trágico em que morreu um dos bandidos, é mais um sinal de alerta para todos, inclusive para aqueles que nada têm a ver com comportamento daqueles que assaltam, atiram e fazem reféns.
Esperar que as quatro moças que serviram de escudo humano para o assaltante tenham, desde aquele momento, o mesmo modo de vida, é querer demais de um ser humano sensível e influenciável, como todos aqueles que estão no batente, todos os dias, pelo pão de cada dia.
É uma situação deveras especial.
Mesmo assim são poucas as iniciativas, mesmo as de ordem geral, para colocar um fim nesses assaltos a mão armada, realizados a luz do sol e deixando a própria sorte vidas inocentes cujos donos narram as formas espetaculares de como conseguiram preservá-la protegendo-se do tiroteio.
Nessa história, apenas o terceiro elemento - a população -, não sabe de nada, nem tem idéia do que vai acontecer. A polícia tem o seu plano de treinamento desenvolvido; os bandidos, os que não têm o treinamento, têm uma coragem muito grande e uma disposição, ainda maior, para enfrentar todos os riscos da operação, inclusive a polícia militar do Estado.
A população não. Fica absolutamente desprotegida e, em algumas vezes, devido desconhecer o perigo, ainda aumentam o risco de ser alvo de uma “bala perdida”.
Já faz algum tempo que registramos, em artigo como esse, que esse momento poderia chegar. E chegou e aqui se instalou, levando pânico para os que simplesmente estavam no lugar errado na hora errada.
E grande o número de assaltantes utiliza armas de fogo para alcançar os seus objetivos.
A cada dia os criminosos deixam, cada vez mais, apavorada a população que, percebe um rastilho de desconfiança no sistema de defesa social, comprovando que a situação se agrava a cada dia, a cada mês e a cada ano, quando crianças acabam sendo alvos de incríveis situações de vexame e medo.
Mesmo com todos esses problemas ainda há esperança de tudo mudar. Ainda há a possibilidade de ser encontrado um caminho que possa mostrar a todos que a situação está sob controlo.
A polícia militar, isso é constatado, abandona alguns setores da cidade, deixando os moradores entregues à própria sorte e do jeito que gostam aqueles que estão dispostos a assaltar os mini-boxes e pedestres.
É muito grande o número de mortes violentas no Estado e especialmente em Macapá. A morte proveniente de arma de fogo e mortes provenientes de arma branca são exemplos de como os amapaenses precisam de ajuda e proteção.
Às polícias cabe combater qualquer desse crime, evitar que aconteça, mas especialmente à Polícia Militar cabe uma boa dose de coerência para reconhecer as dificuldades.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Afinal, a quem interessa a greve?

Rodolfo Juarez
Não é possível concordar com a posição assumida pelos professores da rede estadual de ensino através de sua representação sindical quando, para demonstrarem a sua insatisfação, aderindo a uma greve nacional, que não se apoia nos mesmos fundamentos que servem de lastro para as lutas dos professores do Amapá, que não é de agora, e que sempre foi anunciada como sustentada por outros motivos.
Dá a impressão que se trata de uma atitude oportunista dos sindicalistas da educação que, embarcando em uma canoa com propostas nacionais, com mensagens não são coincidentes com os interesses daqui ou se juntam às daqui para justificar a paralisação.
Enquanto isso o calendário escolar que se arrebente, as famílias que se arranjem e os alunos que busquem outros meios – como se houvesse -, para chegar ao final do semestre ou do ano, com o mínimo do conhecimento que precisa ter para seguir adiante na próxima série ou disputar uma das vagas para o ensino médio na rede pública ou na universidade.
A atitude não é coerente com as responsabilidades que tem a categoria, com o compromisso que a sociedade entrega a esses mestres e com os índices mínimos que são esperados quando das medições pelos sistemas nacionais de avaliação feitos todos os anos.
De outro lado, cabe aos profissionais da área do Governo, da área da administração desse processo, bem pagos pela sociedade, anteciparem-se aos grevistas, evitando que os prejuízos atuais ainda possam ser acrescidos àqueles já acumulados nos calendários de 2011 e 2012.
O que está acontecendo por aqui, além de atestar a falta de entendimento, revela a falte de compreensão entre as lideranças dos dois lados que, ao que parece, ainda não entenderam que essas atitudes, além de empurrar para baixo o nível da aprendizagem, leva, com esse empurrão, aquilo que é o mais importante no professor – o sacerdócio, o compromisso, a autoridade e a importância social que tem cada educador.
É preciso que os atuais gestores do sistema educação sob a responsabilidade do Governo do Estado compreendam que, quando a crise se instala, é preciso intervir com a vontade de resolver a questão que possa prejudicar qualquer ponto que leve aqueles prejuízos para os educandos, que ficam vendo tanta irresponsabilidade e pouco caso com eles, jovens que sabem, vão estar, daqui a pouco, gerindo os interesses do Amapá inclusive na Educação.
O governo, na qualidade de patrão, está dividido na escolha da forma de como vai tratar o assunto, uma evidente falta de compreensão da situação ou falta de capacidade para atuar nas tomadas de decisão, a não ser se dispuser – o que não é o caso -, de oportunidades de errar.
Precisa haver nesse momento, por parte do governador do Estado e da secretária de Educação, muita disposição para garimpar a proposta que possa devolver a responsabilidade para os professores.
Não há espaço, também para os professores, continuares nesse cabo de guerra, onde ninguém vence ninguém e ninguém ganha nada, a não ser o atestado da população que passa a acreditar que todos estão fundamentando as suas justificativas no princípio abominável do quanto pior melhor.
Nesse momento, apenas os professores das escolas que resolveram não respeitar à ordem de “pare” do sindicato é que estão mais próximos das verdadeiras realidades da educação estadual, quem sabe, apresentando uma saída para que os teimosos patrões e sindicalistas possam enxergar a verdadeira necessidade da educação amapaense.
Chega de tanta greve. Chega de atitudes que não interessam a ninguém. É hora de pensar nos alunos e nos contribuintes, antes que eles dispensem todos, inclusive os professores.  

domingo, 21 de abril de 2013

Morreu o jornalista Correa Neto

CORREA NETO
A morte do jornalista Antônio Correa Neto constitui um desfalque que a sociedade não vai ter como substituir, tão presente continuará entre nós com seus exemplos e seus princípios.
Ele não foi com o seu corpo.
A sua inteligência, os seus exemplos, os seus ensinamentos, a sua determinação, o respeito aos seus princípios e tantas outras referências personalíssimas, permanecerão habitando a memória daqueles que continuarão o esforço para que a sociedade tenha confiança no presente e no futuro.
Fez enquanto esteve por aqui e continuará fazendo por muito tempo aquilo que os outros tentaram e não conseguiram.
Aos que viveram com ele como esposa, filhos, netos, sobrinhos, parentes afinal, orgulhem-se dele. Merece demais.
Paz e compreensão!  

Desde o começo Correa Neto tinha uma forma de incentivar cada um.

sábado, 20 de abril de 2013

Justiça Itinerante

Rodolfo Juarez
Os resultados dos projetos que alcançam sucesso nas avaliações e respeito de todos entre os que o avaliam, são as mais eficientes comprovações de que esses projetos deram certos e servem de exemplos para aqueles que nunca desistiram de experimentar propostas novas para alcançar os objetivos comunitários e sociais pretendidos.
Entre esses projetos o da ‘Justiça Itinerante’, se não é o exemplo principal por aqui, está entre aqueles que podem ser classificados entre os que alcançaram o sucesso, pela sua eficiência e, principalmente, no alcance de suas finalidades.
O Tribunal de Justiça do Estado Amapá e a Justiça Amapaense como um todo, são catalogadas como referência nacional e internacional em iniciativas que permitem a promoção da Justiça entre aqueles que mais precisam – os mais carentes.
É lógico que o resultado não é questão do acaso. É, isso sim, produto da determinação de todos os que participam e participaram do projeto desde o início, e da confiança que receberam e transmitiram para terceiros, todos aqueles que conseguiram tornar aquele trabalho, algo que pudesse fazer diferente, mas com eficiência e lógica, sempre colocando como principal objetivo o alcance, dos menos favorecidos, à plena Justiça, por mais simples ou mais complexa que se apresentasse.
São magistrados, promotores, procuradores, oficiais de justiça, auxiliares judiciários, advogados, defensores públicos entre outros agentes públicos que, compreendendo o cenário de dificuldades, resolveram enfrentar todas elas e levar, aos que precisam, os meios que a Justiça plena dispõe para colocar como ferramenta de solução de conflitos reais que estavam prejudicando o ambiente de paz entre parentes, amigos, vizinhos ou, simplesmente, aqueles que precisavam de um documento que pudesse definir, claramente, direitos e deveres do cidadão.
Levando a vontade de cada um, os compromissos que assumiram com a sociedade e a certeza de estarem praticando um bom exemplo de cidadania, esses visionários, embarcaram mais de 130 vezes nestes últimos anos, no que chamam de ‘Barco da Justiça Itinerante do Tjap’, confiando no conhecimento da região pelo comandante, nas habilidades do motorista, na culinária do cozinheiro e nos moços de convés, para realizar o que para alguns é uma aventura, mas que para eles é uma atribuição que pode ser desincumbida com alegria, satisfação e comprometimento.
Todas as direções - norte, sul, leste e oeste -, do Estado são as direções do barco da ‘Justiça Itinerante’ e seus animados e conscientes ocupantes. Algumas destas direções, percorridas em rios de águas calmas, noutras, entretanto, os rios não têm as águas tão calmas e, em uma direção, como a do Bailique, sabendo que, no caminho, podem deparar com os efeitos da pororoca ou ela mesma, com riscos próprios da natureza.
A chegada do barco ao destino definido é um dos momentos mais importantes da viagem, pois, além da emoção da equipe que chega há a confiança naqueles que lá estavam esperando. Ás vezes para resolver um problema de documento, mas algumas vezes para tratar de assunto mais complexo, como pensão alimentícia ou a regularização de uma adoção.
É um trabalho aprovado por todos.
Se for feita uma enquete para apurar a satisfação da população com relação aos serviços que são levados pela Justiça Amapaense aos moradores dos lugares mais afastados de um dos centros urbanos, através da ‘Justiça Itinerante’, o pesquisador corre o sério risco de obter aprovação total e resultado definindo completa satisfação popular.
A ‘Justiça Itinerante’ é um dos projetos que deixa todos satisfeitos, tantos os que o realizam, como aqueles que têm os seus litígios resolvidos durante as suas realizações.

Saúde pede bandeira branca

Rodolfo Juarez
Não dá para acreditar no que está acontecendo com os dirigentes a Secretaria de Saúde do Estado do Amapá. Tanta confusão do lado de dentro e tanto sofrimento do lado de fora, justificam a imperiosa necessidade de ser levantada uma bandeira branca que permita a todos, uma oportunidade para buscar a melhor maneira de criar condições para atender o povo que quer apenas que o setor funcione.
O pedido de exoneração do secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Saúde, delegado de polícia Sávio Pinto, do cargo para o qual foi nomeado este mês, é uma demonstração de que por ali tem muita coisa fora do lugar e muita coisa que precisa ser arrumada.
Não adianta esperar bons resultados além dos muros do setor se intramuros o que ocorre é um verdadeiro festival de vaidades, de interesses e de incompreensões, onde o trabalho em equipe não tem lugar e a divisão de tarefas não está definida.
Depois da nomeação, no começo do mês, da enfermeira Olinda Consuelo, para o cargo de secretária de estado da saúde, que já estava na Casa, parecia que o governador havia encontrado a solução para os graves problemas que vem enfrentando par que aquele importante setor do governo funcione a favor da administração.
Mas a exoneração do secretário-adjunto da saúde, o delegado Sávio Pinto, que pertence ao grupo que detém especial confiança do governador, que tinha o seu trabalho no Detran bem avaliado pela administração e pelos usuários, acaba escancarando a grave situação por qual passa esse gigante da administração estadual, onde está colocada a segunda maior parcela do orçamento de 2013 – a Secretaria de Estado da Saúde.
Não dá mais para dizer que o próprio governador não tentou melhorar a administração dali, afinal de contas já foram nomeados 4 secretários e exonerados três nesse espaço de 27 meses. Muitos secretários para pouco tempo em uma mesma unidade administrativa, para qualquer que fosse, muito mais para uma da importância daquela que tem a incumbência de tratar da saúde do povo e agir como ‘cabeça do sistema’ para todo o Estado.
Isso não pode continuar acontecendo. É preciso que os outros entes a gestão entrem no circuito e procurem a resposta que o governador não acha, pois, a impressão exteriorizada é de que as correntes competitivas de interesses são tão fortes, mas tão fortes, que estão superando as correntes da coerência administrativa e, principalmente, daquela que é uma imposição constitucional – a corrente da eficiência.
Até quando isso vai continuar assim?
Pode ter certeza que, enquanto não for encontrado um bom rumo e um bom caminho para seguir esse rumo, a população continuará sendo a grande sacrificada e a cada dia, os profissionais que trabalham no setor e são comprometidos com o resultado, terão que dar muitas desculpas para as dificuldades de atendimento que os pacientes encontram todos os dias e todas as noites, nas casas de saúde que têm o amparo técnico, tecnológico e material da Secretaria de Estado da Saúde.
Se for preciso destruir as correntes que funcionam contrariamente aos objetivos da unidade, que se destrua, em nome da população, que sabe que o sistema local tem condições de melhor tratar os doentes e melhor atender aqueles que vão em busca de tratamento, marcação de consulta e de exames todos os dias.
Os dirigentes, os auxiliares desses dirigentes, os profissionais da saúde, precisam compreender que fazem parte do mesmo grupo e que esse grupo só verá recuperada a sua linha de sucesso quando se unir e entender que todos lutam pela mesma causa.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Barco Naufraga próximo a Cachoeira do Arari

Barco ‘Iate Leão do Norte’ naufraga entre Chaves e Cachoeira de Arari, no Marajó
De acordo com a Capitania dos Portos, doze corpos foram encontrados. Incidente com embarcação ocorreu na madrugada desta sexta, 19.
A Capitania dos Portos confirmou que subiu para 12 o número de vítimas do naufrágio de uma embarcação nas proximidades de Cachoeira do Arari, na região do Marajó, no Pará.
Segundo o prefeito do município, Benedito Vasconcelos, pelo menos cinco vítimas eram crianças. O barco "Iate Leão do Norte" que, apesar do nome, não é um iate luxuoso e sim uma embarcação de passageiros, havia saído de uma localidade do município de Chaves, no Marajó, com destino a Belém, levando aproximadamente 80 passageiros.
O incidente ocorreu no início da madrugada desta sexta-feira (19), quando a maioria dos passageiros estava dormindo.
Equipes do Corpo de Bombeiros e da Marinha do Brasil estão no local realizando buscas aos desaparecidos. A Prefeitura de Cachoeira do Arari decretou ponto facultativo para que os funcionários pudessem auxiliar os sobreviventes da tragédia. "Estamos acompanhando de perto as buscas, junto com o Corpo de Bombeiros. No momento do naufrágio foram encontrados três corpos e agora, na varredura que os bombeiros fazem na embarcação, já tiraram mais dois. Encontraram adultos e crianças", afirma o prefeito Benedito Vasconcelos.
O gestor municipal acredita que ainda há corpos na embarcação. "Com certeza ainda estão dentro do barco. A viagem acontece geralmente à noite, as pessoas estavam dormindo", conta Benedito.
Os moradores da cidade estão abalados com o incidente. "É uma grande tragédia, onde toda a população de Cachoeira está envolvida em questão de solidariedade. São seres humanos, pessoas que sempre viajam na época do inverno no rio Arari e sempre paravam em Cachoeira", diz o prefeito.
As mais de 40 pessoas resgatadas foram encaminhadas para a Casa Municipal, que abriga os sobreviventes e oferece atendimento. Oito pessoas estão internadas no hospital municipal. Uma criança de nove anos, que está em estado grave por ter aspirado água, foi resgatada pelo helicóptero do Corpo de Bombeiros e trazida até a capital.
Equipes do Corpo de Bombeiros e da Marinha do Brasil realizam buscas aos desaparecidos no rio Arari. A prefeitura do município mobilizou seus funcionários para que possam ajudar os sobreviventes.
Em nota, a Marinha afirma que tomou conhecimento do naufrágio por volta das 01h20 e determinou que imediatamente os Navios-Patrulha “Parati” e “Pampeiro” fossem direcionados para a área do incidente, com apoio de duas lanchas e mergulhadores, para auxiliar nas buscas.
Será instaurado um Inquérito sobre Fatos e Acidentes da Navegação para apurar as responsabilidades, com prazo de conclusão em 90 dias.


 

Noticias & Sussurros

MAIS UM
Já está entregando o boné mais um secretário municipal da Prefeitura de Macapá. Agora é o professor Saul Peloso, da Secretaria Municipal de Saúde que está deixando o cargo. Segundo o que apurou a coluna é uma questão muito mais partidária do que técnica. Jorge Amanajás foi quem indicou o secretário e ele está se achando no direito de pedir a exoneração. Por outro lado há quem afirme que o professor gostou da função e entre deixar o cargo e trocar de chefe, deve preferir trocar de chefe.
 
NOVO PARTIDO
O Partido da Mobilização Democrática, criado esta semana em Brasília, como resultado da fusão entre o PPS e o PMN, é a novidade que espera a resolução do Tribunal Superior Eleitoral anunciando o registro do novo partido no TSE. Segundo o presidente da nova sigla, Roberto Freire, confirmou que o novo partido será de oposição ao Governo Federal e começa com 14 deputados federais e com uma janela de 30 dias para receber outros deputados que quiserem mudar de sigla.
 
NO AMAPÁ
No Estado do Amapá o novo partido começa com 8 vereadores, um vice-prefeito (o da capital) e dois deputados estaduais, todos eleitos pela legenda do PPS uma vez que o PMN não tem filiado com cargo eletivo no presente momento. O Partido da Mobilização Democrática, segundo as suas lideranças locais, vai aproveitar a “janela” aberta por 30 dias para atrair outros parlamentares que desejarem mudar de sigla.
 
NÃO DEU
O delegado Sávio Pinto que foi nomeado para ser o secretário adjunto da Secretaria de Estado da Saúde, depois de ter sido exonerado do Departamento de Trânsito do Amapá, já pediu exoneração, que foi aceita, de adjunto. Segundo o que foi apurado, Sávio Pinto não aceitou algumas regras anunciadas pela secretária Olinda Consuelo e pediu a exoneração que foi prontamente aceita pelo governador. Sávio Pinto, como é do staff da Administração Estadual, poderá ser chamado para outra função de comando.
 
DIREITOS DOS NOVOS PARTIDOS
Por 240 votos a 30, o plenário da Câmara aprovou o texto-base do projeto que limita os direitos dos novos partidos ao fundo partidário e ao tempo de propaganda eleitoral na rádio e na TV. O objetivo principal da proposta é mudar o entendimento firmado no ano passado pelo Supremo Tribunal Federal, que concedeu ao então novato PSD tempo de TV e recursos do fundo proporcionais ao tamanho da bancada que montou com deputados eleitos por outros partidos em 2010.
 
MARINA SILVA
A aprovação afeta os planos da ex-senadora Marina Silva de criar um novo partido. O projeto, que ainda precisa ser votado pelo Senado, estabelece que os novos partidos, quando não possuem deputados federais eleitos, têm apenas direito à divisão das parcelas mínimas do fundo partidário e do tempo no rádio e na TV.
 
AUMENTO
Os deputados estaduais aprovaram o reajuste salarial dos servidores efetivos da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá. A lei entra em vigor com a publicação, retroagindo seus efeitos a partir de 1º de abril deste ano. De acordo com o projeto o reajuste de 6% vale para os servidores que estão com salário próximo ao teto constitucional. Os demais servidores de nível básico, médio e operacional, o aumento será de 9%.
 
COMISSÃO PARLAMENTAR
Segundo o que se pode apurar em entrevista com familaires das vítimas do porto de embarque de manganês, em Santana, são poucos os que acreditam que a Comissão Parlamentar Especial, criada pela Assembléia Legislativa para acompanhar a apuração do ocorrido em Santana, pode oferecer alguns resultados. Menso de 10% disse acreditar no trabalho e um percentual ainda menor, acredita no presidente, deputado Charles Marques, e no relator, deputado Jorge Salomão.
 
TAPA BURACO
Continua o drama dos condutores de veículos em Macapá. Segundo os taxistas os prejuizos não justificam permanecer rodando pela cidade. Afirmam que os buracos são tantos e grandes que se transformaram em um dilema para todos: não sabem se ficam em casa esperando as coisas melhorarem, ou se saem e arriscam o trabalho e também, o carro que, mesmo novo, em 15 dias apresenta sérias avarias.
 
DESCONFIADOS
Os professores já começaram a ficar desconfiados com tudo, temendo uma nova greve da qual não querem participar. Mesmo assim estão atentos e já sabem que, até agora, ainda não foram iniciadas as conversas com relação às reivindicações da categoria. Já os policiais civis estão aguardadndo para este final de semana o posicionamento do governo com relação ao aumento decorrente da data base que é 1º de abril.
 
CARGA TRIBUTÁRIA
A elevada carga tributária ainda foi o principal problema enfrentado pela indústria no primeiro trimestre de 2013, segundo a Sondagem Industrial de março divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No entanto, houve uma redução do porcentual de empresários que assinalaram esse problema na comparação com o primeiro e quarto trimestre de 2012.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Retalho Ambiental

Rodolfo Juarez
Sempre foi muito claro o cuidado que a sociedade, independente dos programas oficiais, mantinha em defesa das questões que interessavam ao meio ambiente atual e futuro, com os programas de governo, todos eles, e desde a época de território federal, sempre sendo desenvolvidos no sentido da melhoria do meio ambiente daqui.
O alto percentual de preservação ambiental de então, em todas as faces do sistema, era apenas uma consequência da exigência do senso comum que, na prática, destinava grande parte do seu esforço, para que os gestores públicos e os empreendedores privados destinassem boa parte de suas atenções e controles, para o meio ambiente local.
Todo o aparelho público, de forma automática e comprometido com os programas ambientais compensatórios, atuava no sentido de zelar, para que tudo o que fosse possível fazer para manter intacto ou adaptado às condições favoráveis à participação da comunidade, fosse feito.
As unidades públicas ambientais estavam comprometidas com o desenvolvimento local, mas muito atentas para que não houvesse prejuízos nos interesse difusos, entendido como das gerações de então e das futuras, inclusive aquela que agora está por aqui, descuidada e desinteressada.
O sentimento de preservação ambiental era verdadeiramente muito forte. As regras que orientavam as ações eram seguidas muito antes daquelas que foram estabelecidas com a Constituição de 88 e depois da nossa Carta Magna.
Obras importantíssimas passaram a ser cobradas das autoridades e uma delas era a construção do cais da orla que começava muito acima do Igarapé da Fortaleza e se estendia até o Araxá, como que orientando até onde o grande rio poderia ir deixando que a beira-rio o recepcionasse, em condições que as suas águas respeitariam o limite e não derrubassem as ribanceiras com os seus banzeiros.
Foi assim que foram feitos os contrafortes do bairro onde está a paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, do Bairro Santa Inês, do Araxá, na cidade de Macapá, e a orla Fazendinha no famoso balneário.
Foi nesse ambiente de respeito ao meio ambiente, no Amapá, que o Brasil acompanhou a Conferência Rio-92, que deixou como legado a Agenda 21, com uma lista normativa que pretendia mudar o conceito de meio ambiente no Mundo e especialmente no Brasil.
Praticamente todos os formadores de opinião, os administradores públicos e os empreendedores locais eram ativistas ambientais. Quem tentasse destruir um sitio com elementos ambientais especiais, não teria sucesso na sua empreitada.
Como exemplo tem o episódio da descoberta de 3 fontes de água natural às proximidades da Avenida Henrique Galúcio, uma das mais importantes avenidas da Macapá de então, para que a rua fosse interrompida, para que aquelas fontes fossem preservadas e, em torno delas projetada uma das mais belas praças de Macapá – a Praça Floriano Peixoto.
Foi assim, no mesmo sentido que foi feita a Praça da Bandeira, uma verdadeira obra de arte, desenha por um arquiteto local e se constituindo na primeira praça com elementos elevados que até hoje são elementos da beleza do local e que há 37 anos foi inaugurada e está, a cada dia, mais bonita.
O governador João Capiberibe, durante oito anos, fez de um programa ambiental a viga mestra do seu plano de governo – o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá, principal instrumento que consolidou a importância política que todos de sua família e do seu partido, o PSB.
O que o governador Waldez e sua equipe de governo fez, durante oito anos, foi riscar dos caminhos do Governo do Estado tudo o que fizesse qualquer referência ao PDSA, inclusive renegando, com alguns aliados, por causa disso, o zelo pelo meio ambiente local.
Agora o Amapá já se constituiu em um retalho ambiental, jogado sem proteção e sem protetores, no fundo de um cesto, desprezado por todos, sem inclusive ambientalistas, mesmo os que teriam obrigação funcional de zelar, para segurar as alças do que resta e evitar a destruição do que ainda sobrevive.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Notícias & Sussurros

ENQUETE
Uma enquete realizada na cidade de Macapá, Fazendinha e Igarapé da Fortaleza, quando foram ouvidas 804 pessoas, sendo 404 mulheres e 400 homens, será divulgada durante toda a semana e tem a proposta de refletir o sentimento da população do município de Macapá sobre o que pensam sobre os 100 primeiros dias do prefeito Clécio à frente da Prefeitura de Macapá.
 
DESEMPENHO
Quando o entrevistado foi questionado sobre o desempenho do prefeito Clécio nos primeiros 100 dias como prefeito, ele assim se posicionou: Ótimo: 4,98%; Bom: 11,94%; Regular: 26,99%; Ruim: 30,97%; Péssimo: 18,04%; não souberam ou não quiseram responder a pergunta 7,08%.
 
ESTADO DE EMERGÂNCIA
Uma das questões levadas pelos pesquisadores tratava do Estado de Emergência decretado pelo prefeito Clécio e a pergunta queria saber se o entrevistado percebeu alguma melhora nos pontos tornados emergenciais. Os entrevistados responderam assim: Limpeza urbana: 26,49%; Administração: 9,08%; Saúde: 3,98%; Transporte: 5,97%; Nenhum: 51,49%; Não souberam ou não quiseram responder: 2,99%.

OUTROS PONTOS
Também foram apurados outros pontos e que serão divulgados durante a semana. O entrevistado também respondeu perguntas como: “Qual o maior problema que tem a administração municipal nesse momento?”, “Como você avalia o desempenho do governador Camilo até agora”. Consta também da enquete uma pergunta sobre a anunciada parceria entre o Governo e a Prefeitura.

Caso Anglo: com quem está a verdade?

Rodolfo Juarez
Já se foram mais de 15 dias e, até agora os dirigentes da empresa Anglo American vem encontrado muitas dificuldades para se posicionar ante o problema resultante do deslocamento de terra, que culminou com a morte confirmada de três trabalhadores e o desaparecimento de outros três desde o momento do desastre.
A cerca das responsabilidades decorrentes do desastre, que sabem serem da empresa, os dirigentes da Anglo América dão a impressão que interpretaram, inicialmente, a ocorrência como se pudesse ser debitada à questão de força maior ou caso fortuito e imprevisível.
Com o passar dos dias, se vê que muitas ações preventivas, não foram tomadas e nem, sequer, faziam parte do cardápio do sistema de segurança da empresa, pelo menos daquele que era entregue aos que tinham, inclusive, a responsabilidade de divulgá-lo e mantê-lo.
Já foram evidenciadas questões básicas como a fragilidade da licença de funcionamento do porto de embarque de minério que, para esse tipo de empreendimento, tem uma lista de providências para ser checada, principalmente com relação àqueles pontos que são de interesse ambiental.
A multa aplicada pelo órgão estadual, que corresponde a 20 milhões de reais, conforme repetidas declarações do agente público responsável pela emissão do documento de cobrança, tem a força de um atestado de grave irregularidade, que pode ser diretamente sustentado como uma falha na segurança, pois, além de tudo, tinha condição de licença precária de funcionamento, estando sujeita (a licença) à cassação se não fosse substituída em seu tempo de validade.
E nenhuma licença ambiental é perene.
Precisava ser considerada a idade do porto, mais de 50 anos, e o período de construção, onde as carências tecnológicas, inclusive americanas, poderiam repercutir na qualidade final do projeto e, evidentemente, na sua duração.
A ICOMI, quando detentora da autorização para operar aquele porto de embarque de manganês e ferro, mantinha sistemática verificação às estrutura do porto, devido ser flutuante, estar ancorado diretamente nas margens do rio e oferecer uma força de torção monumental quando das marés altas, devido a correnteza que se formava na área próxima ao berço, local onde atracam os navios.
As seções de dragagem, obrigatória segundo a Lei dos Portos e mantida a obrigatoriedade na recente Medita Provisória que alterou muitos pontos da legislação portuária, eram feitas, quando a responsabilidade daquele porto era da Icomi S.A mais com o objetivo de inspeção, para conhecer a situação em que se encontra a área de ancoragem do porto flutuante.
Também as cargas colocadas no pátio de manobra precisavam levar em consideração as condições de resistência da estrutura ali construída, desde a sub-base até ao revestimento, considerando a movimentação, de carga e de máquinas, que faziam parte da operação de embarque de minério nos navios.
Nem mesmo a obrigatoriedade de manter o operador portuário local, no caso a Companhia Docas de Santana, informada sobre os resultados das operações de dragagem, vinham sendo feitas com regularidade ou, sem notícias se, pelo menos esporadicamente, essa obrigação era cumprida.
E o histórico do porto é complicado, com acusações de contaminação, por agentes nocivos à saúde humana, derivado do minério que havia sido depositado na área e às proximidades, como rejeitos do processo de pelotisação, questão que já rendera muitos problemas para a empresa usuária do porto.
O afunilamento da apuração das responsabilidades, que está sob a responsabilidade da Polícia Civil, Delegacia de Santana, além de apascentar as famílias que hoje choram os seus entes mortos, também será uma resposta à sociedade que quer saber apenas conhecer esses responsáveis e saber a verdade.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Enquete realizada nos dias 11 e 12 de abril de 2013

SONDAGEM DE OPINIÃO
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 11 E 12 DE ABRIL DE 2013
FORMULÁRIOS APLICADOS COM SUCESSO: 804 (404 M e 400 H)
Margem de Erro: 2% para mais ou para menos
Responsável: Rodolfo Juarez
APURAÇÃO
Data: 12:04.2013
RESULTADO GERAL
Sondagem 01:
Como você avalia o desempenho do prefeito Clécio Luis nos primeiros 100 dias à frente da Prefeitura de Macapá?
Respostas Possíveis
Frequência
Percentual
(%)
Ótimo
40
4,98
Bom
96
11,94
Regular
217
26,99
Ruim
249
30,97
Péssimo
145
18,04
NS/NR
57
7,08
    Total .......
804
100,00

Sondagem 02:
Qual o setor colocado como em Estado de Emergência pela administração municipal de Macapá que você percebeu alguma melhora?
Respostas Possíveis
Frequência
Percentual
(%)
Limpeza Urbana
213
26,49
Administração
73
9,08
Saúde
32
3,98
Transporte
48
5,97
Nenhum
414
51,49
NS/NR
24
2,99
    Total .......
804
100,00

Sondagem 03:
Qual o maior problema que tem a administração municipal de Macapá nesse momento
Respostas
Possíveis
Frequência
Percentual
(%)
Buraco nas ruas
193
24,00
Falta de vaga nas escolas
346
43,04
Falta de atendimento nos postos de saúde
120
14,92
Falte de qualidade no transporte coletivo urbano
73
9,08
Outros
56
6,97
NS/NR
16
1,99
    Total .......
804
100,00

Sondagem 04:
Com relação à parceria da Prefeitura com o Governo...
Respostas
Possíveis
Frequência
Percentual
(%)
Tem tudo para dar certo
169
21,02
Não vai dar certo
121
15,05
NS/NR
514
63,93
    Total .......
804
100,00

Sondagem 05:
Como você avalia o desempenho do Governador Camilo até agora?
Respostas Possíveis
Frequência
Percentual
(%)
Ótimo
32
3,98
Bom
120
14,92
Regular
245
30,47
Ruim
205
25,50
Péssimo
129
16,05
NS/NR
73
9,08
    Total .......
804
100,00