sábado, 30 de novembro de 2013

Turismo: por enquanto apenas uma coleção de problemas

TURISMO: POR ENQUANO APENAS UMA COLEÇÃO DE PROBLEMAS
Rodolfo Juarez
Os responsáveis pelo desenvolvimento da infraestrutura turística do Estado do Amapá e, especialmente de Macapá, estão encontrando muitas dificuldades para mudar a realidade, ou estão sonhando, profundamente, com uma realidade muito difícil de ser alcançada.
A metodologia que possa identificar os pontos de convergência do setor ainda não está disponível. Tanto a Prefeitura de Macapá, através de sua coordenadoria especializada, como o Governo do Estado, através de sua secretaria executiva, não conseguem alcançar os resultados que constam dos seus planos.
Alguma coisa está muito errada ou todas as tentativas não estão dando certo.
Dá para perceber que não falta vontade da parte dos técnicos e até, dos coordenadores e do responsável pelo setor, mas, os resultados alcançados pouquíssimo têm a ver com a potencialidade anunciada pelos próprios técnicos e pelos gestores.
Como se não bastasse a insegurança, o maltrato e a indisciplina no uso de toda a orla da frente da cidade, especialmente a que fica entre o Igarapé das Mulheres e o Araxá, agora o Trapiche Eliezer Levy, com menos de 100 metros de comprimento, se transforma em um desafio – evitar que o local vire em um ponto de uso de drogas e de exercício da marginalidade.
Até mesmo o bondinho, entregue em abril de 2011 como se fosse um grande troféu da administração, não funciona há bastante tempo, mostrando que a negação do que foi afirmado, mais uma vez entra para a conta das medidas que não deram certo.
E nunca vai dar certo se continuar assim...
É evidente que esses locais precisam ser especialmente cuidados, onde não pode haver qualquer sinal de insegurança ou de mau uso.
E é exatamente a insegurança e o mau uso que está evidenciado.
Por causa da insegurança, as pessoas deixam de frequentar o local. Esse é o comportamento natural de qualquer um que perceba que não lhe é dada a garantia de tranquilidade.
Por causa do mau uso dos locais as pessoas também se afastam e não se arriscam a se aproximar. Afinal, quem não procuraria evitar a aproximação dos filhos de pessoas que estão consumindo drogas, seja do tipo que for, seja no lugar que for.
É preciso que as autoridades reconheçam a situação atual, elabore um plano e enfrente o problema, de outra forma o problema pode aumentar e quando programar intervir, as questões já estarão agigantados e fazendo exigências que podem não estar mais ao alcance das administrações.
Por enquanto, a solução depende de uma tomada de decisão, com o setor tomando conta das atividades a ele inerentes, deixando de sonhar, pois aqui, não é um dos locais que estão descritos nos livres acadêmicos ou de divulgação de pontos turísticos.
Qualquer unidade turística começa fazendo turismo para os que fazem o cotidiano no local.
Errado está aquele que pensa em preparar a infraestrutura turística do Estado para aqueles que vêm aqui de vez em quando, nos transatlântico, que desembarcam pro uma ou duas horas, às vezes apenas para atender necessidades da própria condição humana, não deixam nada, a não ser o pagamento de um chapéu de palha e muita reclamação do calor.

Não é exagero, mas qualquer um pode dizer que até agora ainda nada deu certo e que, nesse aspecto, houve regressão na qualidade, que já chegou a pontos bem melhores quando foi trabalhado considerando outros parâmetros.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A desculpa está pronta

A DESCULPA ESTÁ PRONTA
Rodolfo Juarez
É preciso que algumas pessoas, agentes públicos pagos com o dinheiro do contribuinte, entendam qual o seu papel, nesse momento, na sociedade.
Não satisfeitos com os lamentáveis erros e procedimentos carregados de má-fé, prática de agentes públicos corruptos, ainda, pelo meio deles se metem alguns, com procedimentos igualmente errados, para comparar os procedimentos dos outros e os deles.
Uma situação que em nada contribuiu para o fim a que se destinam todas as ações policiais, judiciais e sociais que têm como objetivo eliminar, de forma definitiva, os modos avaliados como errados e que estão sendo combatidos, afastando os que falharam na consecução de suas atribuições.
Comparar mal feitos é o fim da picada para qualquer um.
O mais grave é quando essa comparação é feita por aqueles que estão com a incumbência de evita-las, eliminá-las definitivamente, para que os mais jovens compreendam que o que tem que ser feito dá trabalho, exige dedicação e, principalmente, compromisso com comportamentos corretos.
Se os gestores públicos compreenderem que precisam desempenhar o papel a que se propuseram, também dando exemplos, não mandavam trabalhar no sentido ganhar a simpatia de um ou de outro, através de atitudes que não se baseiam no interesse comum.
Nesse momento, a impressão que se tem e que está na vez, fazer com que as pessoas mais pobres acreditem que não tem como modificar de vida e que é muito bom aceitar as migalhas das sobras daqueles que têm muito.
Só resta acreditar que, sem perceber, os que mais podem vão empurrando para mais longe, os que menos ou nada têm ou podem. Afastando-os definitivamente da zona onde poderiam gritar e reclamar das condições às quais foram levadas e lá deixadas, de preferência com os olhos vendados e os ouvidos tapados.
Quem disse que a solução para os problemas dos mais pobres da sociedade não está com eles, com os mais precisam?
Quem pode deixar de considerar todos os dados que indicam que essas pessoas, irmãs de todos nós, foram empurradas para a situação de miséria em que vivem, enquanto os poderosos, a cada dia, mais demonstram poder e riqueza, mesmo que entre eles esses estejam a União, os Estados e os Municípios.
Mas, mesmo neste cenário, algumas autoridades nem olham para o rumo onde sabem que estão essas pessoas, preferem ficar comparando os malfeitos, gastando o tempo que têm bem pago, também por aqueles mesmos miseráveis, para os quais não querem olhar.
O ano que está terminando não foi bom para a imensa maioria dos que moram nesse Estado. Boa parte deles está, nesse momento, pedindo que o ano acabe, para que, como se num passe de mágica, tudo revirasse e os que mandaram em 2013, sejam os mandados no ano que começa daqui a pouco.
Não se trata de A ou B. Se trata isso sim, de uma realidade que, tem grandes chances de não estarem sob a influência, até, do A e do B.
Como não dá para desconectar, o jeito é continuar conectado, acompanhando os gastos do orçamento, os atrasos nos projetos e o aumento da energia elétrica.
Os amapaenses, além e pagarem o preço dos problemas financeiros e fiscais da Companhia de Eletricidade do Amapá, agora terão que engordar os bolsos das estatais que têm compromissos extranacionais que precisam apresentar resultados positivos, nem que para isso tenha que aumentar a tarifa de energia local, pagas pelas pessoas que moram aqui e com as quais pouco ou nada se importam.
Mas cuidado!
A desculpa está pronta!


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Censura: a amiga da mentira

Rodolfo Juarez
A censura, conforme definido na Constituição Federal, não é admitida no Brasil. A Carta Magna manda, claramente, que é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação independentemente da censura ou licença.
Esse tema, aliás, suscitou uma intensa discussão patrocinada por aqueles que planejam escrever e publicar biografias de personalidades nacionais que, entretanto, está sendo compreendido ou admitido pelos que negavam o que está na Constituição.
O tema foi destaque nacional e protagonizado pelas mais relevantes representações da manifestação popular brasileira, que precisaram ouvir, analisar e entender que a censura é algo indesejável, sob qualquer forma em que se apresente, e deve ser sempre guerreada por todos aqueles que defendem a verdade e não têm medo da notícia.
Macapá, como de resto todo o Estado do Amapá, está sob essa égide, entretanto, já faz algum tempo que algumas personagens estão retirando esse direito deles mesmos e, certas vezes, colocando como se não fosse importante e como se pudesse ser manipulado ou colocado em escala de prioridade.
A censura está sendo praticada de forma ampla em vários setores da sociedade, prejudicando o nível de informação. Basta que uma notícia não seja do agrado de um pagador para que ela seja bloqueada, retirada do veículo e jogada no lixo, em um desrespeito ao autor.
O monitoramento indireto é uma constante, chegando ao desrespeito integral, não de um ou de outro profissional, mas da ordem primeira, emanada da Carta Nacional, que é aviltada e agredida por atitudes daqueles mesmos que prometeram zelar e defender o cumprimento.
Se qualquer notícia, mesmo que verdadeira, ou qualquer análise, mesmo limitada pela retidão da verdade, não for do agrado de um mandatário, lá ela fica isolada e, mais, jogada fora do alcance daqueles que podem divulga-las.
Muitas vezes a verdade é anunciada como uma mentira deslavada e a mentira como se fosse a mais pura das verdades.
Mas isso não está certo. Nada disso dignifica quem quer que seja, principalmente quando o agente é público, pago com o dinheiro público.
Um problema a mais: o conhecimento.
O responsável pela censura, na maioria das vezes, é um leva-e-traz que, em não tendo condições de interpretar a notícia ou a análise, se choca com o propósito que lhe foi dito e, dai em diante, nada mais interessa, nem mesmo o compromisso ético firmado quando recebeu o título.
Uma pena!
O que está acontecendo é proibido e contraria as regras nacionais.
Mas, enquanto isso, a verdade vai descobrindo passagens, mesmo que tenha mais trabalho para chegar a se mostrar para a população de forma compreensível e dentro dos padrões que são recomendados pelo conhecimento.
E não são os indefesos, aqueles que se comprometem com a censura prévia. Os indefesos ficam sempre procurando um meio para fazer a verdade aparecer, mesmo sabendo que correm o risco de serem ditas pela metade, ou incompletas.
A população acha que o volume de gastos feitos com a divulgação do setor público é muito grande, considerando a comparação que se é levado a fazer com outas unidades de despesas públicas, mas essa conta é fechada para poder atender a censura e não privilegiar a verdade.

Os setores públicos já tiveram tempo suficiente para definir o que querem dos meios de comunicação, sem precisar censurar as produções e cercear a liberação da verdade.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A mobilidade veicular em Macapá

Rodolfo Juarez
Chegou a hora de mudar a forma como são interpretadas as necessidades do sistema de trânsito de veículos e pessoas em Macapá.
As tentativas feitas, com estudos diversos, sobre a mobilidade urbana pro aqui é a indicação de que também precisa ser estudada o transito de veículos ou, como queira, a mobilidade veicular, para que a cidade comece criar condições para que não trave nos momentos mais importantes.
O não funcionamento de um sistema público, como o sistema veicular de uma cidade, não pode ser encarado como circunstância do crescimento. Primeiro porque não seria uma projeção aceitável à luz da técnica; depois, porque não é mesmo necessário que o trânsito de uma cidade trave porque ela recebeu mais carros.
Os administradores precisam dispor do conhecimento – que está disponível – para enfrentar a situação, como também serem mais ágeis na solução, uma vez que uma cidade com um índice de crescimento que apresenta Macapá, não espera por orçamentos, por emendas parlamentar ou mesmo por disposição dos seus administradores para ocupar os seus espaços.
Pode-se cuidar da cidade como um ente vivo que faz quase tudo que um ser vivo faz. A cidade respira, se movimenta, procura a melhor posição, oferece alternativa, cabendo aos seus gestores, encontrar a melhora maneira de fazer isso, acompanhando o seu desenvolvimento.
Macapá vem de duas administrações desastrosas: o período do segundo mandato do prefeito João Henrique e todo o mandato do prefeito Roberto Góes. Naquelas gestões a cidade não recebeu, sequer, o que seria necessário para a sua manutenção, quanto mais o que seria indispensável para enfrentar o adicional de crescimento, bem acima da média nacional e, por isso, com exigências naturalmente extraordinárias.
O prefeito Clécio Luiz ainda não acertou o passo com os problemas. Quando equilibra em um setor, desequilibra em outro, dando a impressão de que lhe falta capacidade para atender as necessidades mínimas das secretarias municipais.
Em alguns momentos se observa o prefeito empolgado com os resultados, noutro, imediatamente seguinte, sofrendo por não ter alcançado as metas que havia definido para determinado período. Isso leva o prefeito a ficar em uma gangorra, o que não é bom, principalmente para a população, mas que também afeta o ânimo dos auxiliares que começam a aceitar a rotina da incapacidade de realizar.
Uma administração municipal não tem sucesso se não contar com uma equipe sempre motivada, acreditando que pode alcançar os resultados anunciados ou calculados, nem que para isso tenha que fazer um esforço acima daquilo que seria o normal e que seria feito sem grande de forma natural.
Destacar o trânsito em Macapá é apenas colocar em evidência um dos problemas que tem concorrente forte dentro da administração e que precisa ter agente cuidador determinado e que confie no plano que elaborou.
Mas precisa ser destacado. Afinal de contas as mortes nas ruas não podem se transformar em rotina, ou pior, em um acontecimento que endureça completamente o coração das pessoas que já não se importam com os outros, pois, tem que destinar toda a sua atenção para a sua própria defesa ou segurança.
Nessa confusão prevalece tudo o que se é mostrado conforme o conceito. Se o que se está mostrando é bom, prevalece o bom; se o que se está mostrando é o ruim, prevalecerá o ruim.
Agora é preciso entender que não se dá choque administrativo se valendo das mesmas atitudes ou não fazendo as suas obrigações. Por isso é importante que os órgãos municipais que cuidam da mobilidade adotem como princípios indicadores que se sustentam na satisfação do povo.
Apenas com vontade não haverá solução para qualquer dos problemas é preciso que haja um plano bem definido, conhecido de todos, que ai as chances aumentam.

domingo, 24 de novembro de 2013

Retirando os ciscos

RETIRANDO OS CISCOS
Rodolfo Juarez
O dia a dia de uma administração precisa ser realimentado de motivação todos os dias, nem que seja para que o mundo exterior possa sentir as modificações que são naturais, pessoais e necessárias.
Perceber isso é muito difícil, principalmente quando a relação se fundamente em princípios que são diversos daqueles que são adotados na gestão pública e na orientação profissional, mais, ainda, o que se lhes são exigidos quando se trata do interesse público.
Claro que desde o começo desta administração do PSB José Ramalho, fiel soldado do partido, era esperado como o secretário de estado do Planejamento Orçamento e Tesouro. Afinal de contas o preparo técnico e a experiência administrativa indicavam exatamente isso.
Mesmo assim, foi convencido a aceitar a Presidência da Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA, uma empresa em dificuldades extremas e tendo como alternativas de solução, a federalização ou a caducidade.
Chegou sabendo que nenhuma das duas saídas apresentadas agradava quem quer que fosse. Ainda estavam nos ouvidos dos amapaenses, os apelos, tão frequentes na campanha de 2010, que se sustentavam em expressões como: “a CEA é nossa” ou “a CEA é patrimônio do povo amapaense”.
Duas verdades incontestáveis. O que não fora dito, entretanto, que esses apelos eram rótulos de uma empresa em vias da falência, com uma defasagem no balanço patrimonial que superava um bilhão de reais.
Pois foi lá que José Ramalho foi parar! E não deixou de prestar a contribuição que pode, mesmo, em algumas oportunidades, dando a impressão que se enganara com os dados que lhe havia recebido ainda no período da transição de governo, em 2010.
Os anos de 2011 e 2012 foram, ao mesmo tempo, de muito trabalho e de muitas desculpas, algumas destas sem qualquer fundamento e, até necessidade, a não ser as que tinham o propósito de ganhar tempo para, então, trazer a realidade da empresa ao conhecimento da população.
No final, deixou a Presidência da empresa entregue ao representante do novo dono, incumbido de continuara o trabalho e de receber, por inteiro, a empresa.
Enquanto isso os governistas viam a aproximação da eleição de 2014 e o surgimento dos adversários, alguns com capacidade de disputa e outros apenas com vontade de experimentar uma candidatura em 2014.
Juliano, ocupado na Secretaria de Planejamento, Orçamento e Tesouro, tinha que dividir o tempo, já escasso, entre a secretaria e a preparação da campanha, inclusive no sentido de aparar algumas arestas dentro do partido do governador, o PSB.
Sopa no mel: sai Juliano, da Seplan (Secretaria de Orçamento e Tesouro), para assumir a novíssima Segov (Secretaria de Governo) onde, mais livre, poderia cuidar dos interesses políticos do governador, entre eles, algumas alianças que são consideradas fundamentais para viabilizar a campanha de 2014.
Esse novo arranjo para o Governo do Estado realimentou os ânimos, pois, agora, acreditam que podem evitar, antes de ser tornarem públicos, os erros cometidos e que vinham preocupando a todos os que fazem o PSB e que precisam assumir as rédeas das negociações.

A ordem agora é trabalhar para que não haja qualquer cisco no caminho da administração, porque já está claro que o modelo de gestão tem encontrado dificuldade para ser compreendido pela população, ou para alcançar os resultados que foram planejados e que fazem parte dos planos do governo.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

DESCUIDADOS COM O PRESENTE, DESLEIXADOS COM O PASSADO.
Rodolfo Juarez
Afinal de contas o que é que as pessoas estão entendendo como cultura, conhecimento, cidadania, responsabilidade, conceito, respeito por aqueles que foram responsáveis por grande do que a sociedade dispõe hoje?
Tomara que os acessórios não estejam colocados, definitivamente, nos lugares do essencial, distorcendo tudo aquilo que é bom ficar registrado definitivamente na memória da população, que está vendo algumas das principais referências de outrora se transformarem em referência secundárias na formação das pessoas e, até mesmo, na estruturação do modo de vida.
Duas referências da história do Brasil não foram tratadas dessa forma por ninguém aqui pelo Amapá, que se mostra muito preocupado com a atualidade, como se ela fosse maravilhosa e não precisasse de comparação com aqueles que possibilitaram o Brasil chegar onde chegou e o Amapá vingar como vingou, mesmo que as condições ainda não sejam as desejadas.
Foram poucas, pouquíssimas as referências feitas à Proclamação da República, mesmo que tenhamos tido a oportunidade de comemorar ou refletir sobre aquele acontecimento no dia 15 de novembro.
Pois bem, nem nas escolas, públicas ou privadas, de ensino infantil ou ensino universitário, trataram do assunto, disseram o que representa para o Brasil de hoje o que aconteceu no dia 15 de novembro de 1889, quando alguns brasileiros decidiram romper com o sistema daquela época e proclamar uma república para o Brasil.
O Brasil de hoje, conforme delineado na Constituição Federal de 1988, tem como fundamentos a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político, sustentados por uma máxima que nos dá certeza de que temos condições de ser felizes, quando todos concordam, mesmo os mandatários, de que o poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos.
Essa condição foi uma conquista e para chegar até ela, nossos antepassados tiveram que ser corajosos, arrojados e visionários.
Dizer isso para as crianças, para os jovens que terão que assumir o Amapá e, de resto, o Brasil é a responsabilidade de todos, mas, principalmente, daqueles que, voluntariamente, se dispuseram a assumir cargos públicos, pagos pelo povo, para preparar os nossos futuros dirigentes – os educadores.
É preciso resgatar o bom sentimento de ser brasileiro e isso só é possível expondo as referências que a Nação tem sem deixar qualquer oportunidade passar, com essa do dia 15 de novembro.
Não é preciso esperar pela Copa do Mundo para gritar “Brasil”.
Não é preciso esperar pelas conquistas esportivas e como tal efêmeras, para que se enalteça o povo brasileiro. Esse povo tem as suas âncoras bem fincadas e que, nesse momento, parece que estão esquecidas pelos educadores que se mostram descuidados com o presente e desleixados com o passado.
Não é possível os estudantes de o Amapá saírem de suas respectivas escolas, independentemente do ano que estejam, e saibam apenas que o dia 15 de novembro é feriado, mas não sabe porque.
O que estão fazendo os professores responsáveis por dar essa informação aos alunos?
O que estão tratando em sala de aula, nos grupos de estudo, pois não é possível que não haja motivação ou conhecimento para informar os alunos o motivo pelo qual o dia 15 de novembro é feriado?
Já foi assim com o 7 de setembro, com o 13 de setembro, agora com o 15 e o 19 de dezembro, e, certamente, assim será com o 1º de dezembro.
Essas datas fazem parte do que era chamado Calendário Cívico, de obrigatório conhecimento de todos, mas que agora, nem os principais guias pelo calendário se interessam.

Uma vergonha!

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Espectro da eleição

Rodolfo Juarez
As eleições do ano que vem desde agora já tem o seu espectro. Não é porque só terá o seu ponto máximo no dia 5 de outubro de 2014, dia da eleição, que as questões não apareçam agora e exigindo solução imediata.
Os candidatos mais certos se esforçam para dizer que “ainda não é hora de falar” em eleição e aqueles que ainda estão “cavando” uma vaga para disputa-la, se apressam em dizer que “apesar das dificuldades” vão para as disputas.
Desde agora, portanto, cada qual se vale da estratégia que entende que pode dar melhora resultado e que, além de aumentar as chances de vitória, ainda imagina uma colocação, no caso das eleições proporcionais, que lhe garanta não depender de outros para chegar aos objetivos que tem definido.
É por isso que os pré-candidatos se apresentam ao eleitor de forma diferente. É por isso que as chances de cada qual são vistas de forma diferente por aqueles que estão exercendo mandato e aqueles que não estão exercendo mandato, mas todos eles sabem que os fatos políticos estão atrelados diretamente aos fatos sociais.
Até agora, para as disputas do cargo de Governador do Estado, uma das eleições majoritárias do dia 5 de outubro de 2014, pelo menos oito candidatos já se apresentaram aos seus partidos e, certamente, apresentaram o desenho de suas campanhas, inclusive a forma como pretendem disputara os votos.
Camilo Capiberibe (PSB), Lucas Barreto (PSD), Waldez Góes (PDT), Aline Gurgel (PR), Gilvan Borges (PMDB), Jonas Pinheiro (PTC), Moisés Rivaldo (PRP), Jorge Amanajás, além de outros nomes que serão apresentados ao eleitor até as convenções de junho do ano que vem, estão com planos prontos e cronogramas adequados às situações que cada um vislumbra para a campanha e que, certamente, tem como foco a vitória.
Como se sabe, a eleição para Governador de Estado é realizada em dois turnos de votação: o primeiro turno, no primeiro domingo de outubro, e o segundo turno, no último domingo de outubro, e os atuais coordenadores dos trabalhos já discutem a melhor estratégia para estar no segundo turno, etapa da eleição que apenas é provável, pois, só ocorrerá em caso especial, e só se saberá, depois da apuração dos votos havidos no primeiro turno de votação.
Por enquanto equilibrar as declarações é o que melhor estão aconselhando os que estão analisando a atualidade, ou seja, os olhos estão voltados para o desempenho do governador Camilo e, conforme a maior ou menor a aceitação da população, maior ou menor será a chance da reeleição e, certamente, as chances dos outros candidatos.
Não é que a condição seja todos contra um, mas é de se compreender, que para a oposição são duas frentes, bem distintas e treinadas agora: uma para acompanhar a evolução do atual governo e outra para acompanhar o desempenho dos demais concorrentes.
Enquanto um tem a máquina, os outros contam com a insatisfação da população com os resultados que estão sendo apresentados pelo atual governo.
É por isso que é importante, demais, para os estrategistas que estão trabalhando a reeleição, apresentarem os melhores resultados e de uma forma bem dosada, para que não seja exagerada e, ao mesmo tempo, não ser simplificada demais, para que tudo não seja entendido como apenas o cumprimento de uma obrigação.
A população espera sempre que o seu governante faça algo extraordinários, inesperado e que, fundamentalmente, goste e lhe sirva para alguma coisa.

Vale lembrar que as eleições de outubro não são apenas para governador. Naquela oportunidade os eleitores estarão definindo os nomes de um senador, oito deputados federais e vinte e quatro deputados estaduais. Responsabilidade suficiente para que cada um desses eleitores procure conhecer as necessidades da população e as condições de cada candidato e, assim, minimizar a possibilidade de erro.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A aposentadoria de um mestre

Rodolfo Juarez
A aposentadoria é entendida como um justo prêmio para aquele que completa um ciclo pré-definido em um cargo ou uma função.
O entendimento de prêmio está deixando de prevalecer por uma série de razões e, em algumas situações, se transforma em ordem mesmo que a pessoa não aceite assim e a coletividade assim não queira.
No Judiciário, entretanto, existe a aposentadoria compulsória, aquela que independe da disposição e o querer do aposentando ou das necessidades que tem a sociedade. A pessoa tem que ir para casa e no entendimento da regra, lá ficar o mais tempo que puder, mesmo que seja importante a sua presença ativa para a sociedade.
Dôglas Evangelista Ramos está experimentando, nesse momento, essa a sensação que a Lei lhe impõe e como magistrado que foi por quase toda a vida profissional, compreende e segue o que a Lei manda.
A sociedade local, entretanto, está lamentando não poder contar com o talento, a competência e o desempenho de Dôglas Evangelista, pois a regra manda que ele vá para casa, sem ele ter a oportunidade de dizer se quer isso ou não.
Aos setenta anos o desembargador Dôglas, além de experimentar um espetacular momento de amadurecimento, demonstra equilíbrio para distribuir entre os seus pares e entre aqueles que, junto com ele, construíram o dia-a-dia do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá.
Um baiano de Barreiras, no interior do Estado da Bahia, onde começou e concluiu o curso primário e de onde, aos dezoito anos foi levado por um dos seus 12 irmãos para Brasília, com o objetivo de melhorar de vida.
Na capital federal começou ganhando o equivalente ao salário mínimo da época e reservava a metade para pagar o alojamento e a outra metade para a alimentação, mesmo assim fez o segundo grau, no mesmo período em que começou a trabalhar de datilógrafo em um cartório de notas da Capital Federal.
Vestibular, Curso de Direito e concursos fizeram sequência de sua vida. Foi professor universitário. Já como juiz, trabalhou em Rondônia onde estava quando foi nomeado para o cargo de Juiz de Direito da 1ª Circunscrição Judiciária de Macapá, isso em 1983.
Em Macapá começou a implantar o sistema que havia implantado com espetaculares resultados, em Rondônia. Mesmo sendo “substituto dele mesmo”, tinha a tempo para dedicação quase integral aos cuidados e exigências das eleições que eram realizadas em Macapá.
As sábias decisões que tomava, não só distribuía a paz entre os litigantes, mas também servia de exemplo para o comportamento das pessoas que estavam contribuindo para a construção socioadministrativa do Amapá.
Nos anos 80 as eleições tinham um sistema de apuração manual, conferindo um a um os votos, e o doutor Dôglas criava as equipes de apuração, constantes das regras da época, sabendo da dedicação a correção com que seriam realizados os trabalhos. Mas quando foi preciso guardar armado as urnas, ele mesmo assumia a guarda, para garantir a certeza da verdade.
Neste mês o desembargador Dôglas Evangelista Ramos completou 70 anos de idade e 30 anos de Amapá. Pelos 70 anos de idade teve que deixar a magistratura, mas sabe que pelos 30 anos de Amapá, terá o eterno agradecimento do povo que às vezes não sabe quem é o governador do Estado, mas sabe que é Dôglas Evangelista
Ramos, acima de tudo um humanista capaz de compreender o que pensam aqueles que não tiveram a oportunidade de exercer o potencial que Deus deu a cada um.

A população queria que ele continuasse no desembargo, pois sabia que seria um agente da Justiça e, principalmente, um humanista dedicado àqueles que confiam no poder da verdade e na qualidade do tratamento. O conforto é saber que deixou bons continuadores. 

domingo, 17 de novembro de 2013

Gol contra

GOL CONTRA
Rodolfo Juarez
São evidentes as dificuldades que os executivos públicos que atuam nesse momento, no Estado do Amapá, estão encontrando para convencer a população a acreditar no plano que dizem ter para melhora a condição de vida da população.
Ainda não dá afirmar os motivos que travam o avanço dos projetos e a aceitação do resultado dos projetos ditos findos. O que dá para dizer é que apenas uma pequena parcela da população consegue sentir, favoravelmente, os resultados.
As dificuldades se evidenciam quando se busca informações - sejam elas quais forem - que pretenda fazer a apuração do grau de satisfação atual da população. Sempre prevalece a reclamação. O que mais choca é que não se trata de uma insatisfação forçada é, sim, o resultado de um sentimento verdadeiro, sem qualquer exagero, que os populares expressam sem qualquer limite.
Esse tempo, passado da metade do período do sol, se tornara comum se ver a satisfação da população com ela mesma, embora pudesse até não estar satisfeita com os dirigentes do Estado ou representantes do povo.
Fica a impressão de que já não dá mais para apenas um, ou um grupo, assumir a responsabilidade por tudo. Já está clara a exigência social de que cada um precisa assumir a sua própria responsabilidade, aquela que faz parte do todo e que tem às mãos porque quis, isto é, recebeu a incumbência de forma voluntária.
É provável até que o modo imposto durante os últimos anos - isso falando de dez anos em diante - tenha contribuído para o desgaste da engrenagem que precisa funcionar automaticamente, sem ser alimentada por desculpas ou por troca de favores onde uma das unidades de troca é o voto.
É claro que os políticos precisam fazer política todos os dias, mas também está claro que fazer política não significa limitar-se a conversar ou dialogar apenas com os seus, quase sempre procurando a melhor forma de renovar os mandatos, de como vai ser conduzida a próxima campanha.
A população vem percebendo que todas as mexidas na “máquina administrativa” são feita no sentido de aumentar as chances no “próximo pleito eleitoral” e, nesse contexto, entram todos aqueles que estão com mandato e procuram uma forma de perpetuar-se nos cargos que lhes foram dados pelo eleitor para serem exercidos em nome da população e não em nome da família.
A situação é difícil para os que manipulam o processo, mas está muito mais difícil para a população, essa mesma população que vai mandar os seus eleitores às urnas em 2014, no dia 5 de outubro, para definir quem receber os diplomas para o exercício executivo ou para o exercício de representação.
A evolução da gestão pública é muito lenta na maioria dos rumos, mas para alguns daqueles rumos, chega a estar de marcha-a-ré, empreendendo um retrocesso que não é superado nem pelas realizações que são efetivadas no processo de gestão.
Pode ser até que algumas providências administrativas ou algumas condescendências administrativas estejam contribuindo para isso e fazendo com que a administração pública se movimente em círculos e não saia do lugar.

É preciso despertar para a realidade, descer das fantasias trazendo o de bom tiver por lá, dispensado os marqueteiros que insistem em desmoralizar a gestão, produzindo mídias irreais, colocando obstáculo para que os gestores pulem, fazendo gol contra e, quem sabe, se cansem também.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Ação e Responabilidade

Rodolfo Juarez
Apesar de não fazer parte de um plano onde o principal objetivo é seguir um rumo que possa melhorar a segurança dos passageiros, dos tripulantes, donos de embarcação e donos de cargas que usam o rio como via para deslocamento, a ação da Marinha do Brasil, através da Capitania dos Portos do Amapá, realizada na semana passada, pode ser considerada, se não um bom começo, pelo menos um começo para que haja mudanças no nível de risco para quem usa aquelas embarcações.
A sociedade esperava uma resposta mais firme, mais objetiva, mas não descartava a possibilidade de se ver ações tímidas, pouco construtivas e que não fizesse parte da rotina das autoridades da marinha que estão lotadas no Amapá, mais especificamente, no município de Santana.
É preciso mais e logo.
Apenas divulgar que foi alto o número de pessoas identificadas comandando as embarcações sem estar habilitada, só aumenta a desconfiança da população que precisar acreditar nas autoridades e ter a certeza de que, quando em viagem, está dentro de uma embarcação que conte com os requisitos mínimos que são exigidos para que a tranquilidade dos embarcados - passageiros e tripulantes - seja recuperada.
A blitz que apreendeu embarcações sem condições e deteve comandantes sem habilitação foi importante, mas confirma a insegurança que todos sabiam que havia no sistema e que não era atestado por quem de direito.
Ora, como deixar navegar uma embarcação que não tem qualquer referência técnica para ser conferida com os padrões de manobrabilidade e navegabilidade que estão disponíveis nos órgãos responsáveis pela fiscalização.
Os donos de embarcação serão os primeiros interessados em saber se a embarcação que colocou n’água e pela qual assume responsabilidade, pode ou não navegar ou precisa saber em qual condição pode ou não navegar.
Será que é tão difícil trabalhar um meio para que as embarcações tenham de onde sair, ou seja, dispor de um terminal de carga e passageiros, onde além de embarcar a carga, se saiba que carga é e quanto essa carga pesa; quantos passageiros são e se a embarcação está com as suas revisões em dias?
Um alerta daqueles que têm a responsabilidade de fiscalizar, para aqueles que têm a responsabilidade de cuidar da população, certamente encaminharia soluções definitivas para cada um dos problemas e devolveria a coragem para que todos enfrentem as dificuldades que estão identificadas e os riscos desnecessários que precisam ser eliminados.
O último acidente (que já não é mais o último) ocorrido no dia 12 de outubro deste ano, envolvendo embarcações com passageiros, durante o Círio Fluvial 2013, ainda está vivo na memória de cada um e não vai dissipar enquanto pelo menos um plano não for anunciado indicando que esse problema está sendo analisado, dando a esperança de que está sendo encaminhada uma solução.
Não é possível continuar ‘enrolando’ desse jeito. Afinal de contas os usuários das embarcações estão vendo o mês de dezembro se aproximar e, com ele, se aproxima a necessidade de viajar, seja para visitar pessoas no final do ano, ou simplesmente para voltar para as suas casas que só têm acesso pelo rio.
E por que desprezar o rio?
Porque deixar que essa dádiva divina não seja adequada para ser usada pela população com segurança e confiança?

Agir é a palavra! Responsabilizar-se o comportamento!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

UMA QUESTÃO DE ESTRATÉGIA
Rodolfo Juarez
No próximo dia 29 de novembro, uma sexta-feira, termina o prazo para que o eleitor já inscrito e aqueles que, têm condições de fazer a inscrição eleitoral, mas que ainda não a fez, realize o seu cadastramento através do registro biométrico.
As autoridades que estão coordenando o trabalho de cadastramento biométrico e do recadastramento eleitoral dizem-se preocupadas com a ausência de significativa parcela do eleitorado potencial, que ainda não compareceu para realizar a sua inscrição que vai deixa-lo apto a votar.
Algumas considerações precisam ser feitas para que, a partir dai se busque uma forma de atrair os eleitores para que compareçam nos últimos quinze dias da revisão e faça a sua inscrição eleitoral biométrica.
Entre as considerações vale lembrar que, em torno de 15% dos eleitores aptos a votar nas eleições, sejam municipais, regionais ou nacionais, não comparecem para exercer o direito e a obrigação de votar.
Então é razoável esperar que essa seja uma marca que terá grande chance de ser registrada no final dos trabalhos. Ora, se 15% dos leitores não comparecem para votar é provável que esse mesmo percentual de eleitores não compareça para fazer a revisão ou o cadastramento biométrico.
Em nenhum momento a campanha que visava motivar os eleitores foi destinada àqueles que se acostumaram, por uma razão que só diz respeito a ele, a justificar o não comparecimento à seção eleitoral no dia da eleição ou que prefere pagar a multa a ter que votar.
Claro que faltar a uma eleição em um país como o Brasil é um equívoco de cidadania, mesmo assim tem-se observado que esse equívoco sempre esteve na mira para ser combatido, através do bom combate, mas nunca assim foi. Os resultados apurados, a cada pleito, com relação ao não comparecimento, nunca foram tidos como prejuízo eleitoral, considerando a vertente da cidadania.
Mesmo agora, quando da campanha de chamamento para o comparecimento, as falhas na estratégia adotada pelo Tribunal Superior Eleitoral, se foram identificadas, elas não foram eliminadas, uma vez que os problemas continuaram.
Uma dessas falhas foi destacar as punições para aqueles já inscritos como eleitor, que não comparecessem para o recadastramento e a inscrição biométrica. Afinal de contas, as eleições servem para eleger os dirigentes nacionais, estaduais e municipais e as pesquisas mostram a decepção daquele eleitor. Esse dado, se bem analisado, poderia mudar o rumo da campanha.
A insistência na mesma linha punitiva foi um erro grave, pois, o percentual daqueles que precisam do título eleitoral para levar a sua vida e não estão dispostos a comparecer é muito pequeno. O maior contingente de eleitores que não comparece para votar e não vai comparecer para recadastrar-se é de eleitores insatisfeitos com os resultados que vê serem anunciados todos os dias pelos meios de comunicação social.
Outro importante elemento pode ser debitado para aqueles que estão com mandato que também deixaram para os últimos dias fazerem o que poderia ter sido feito logo no começo da campanha. Mas não, só agora e, por absoluta necessidade!
A Justiça Eleitoral, não só a daqui do Amapá, mas de qualquer parte do Brasil, pode se preparar para ter dificuldades para alcançar as suas metas e ter o eleitorado com os menos números biométricos de quando o cadastramento eleitoral não precisava conferir as digitais.

Não pelas digitais, mas porque o momento o percentual de decepcionados com os seus líderes é maior do que o histórico teto de 15% de eleitores que preferem a coluna da abstenção no dia da eleição.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Maldade e Irresponsabilidade

MALDADE E IRRESPONSABILIDADE
Rodolfo Juarez
O homem público, verdadeiramente comprometido com as atribuições que voluntariamente assumiu, sempre está desafiado para resolver problemas que aparecem quando saem debaixo do tapete ou quando ele é puxado para aparecer, seja lá por quem for e nas circunstâncias que ocorrer.
Cabe ao homem que exerce uma função pública, por ter sido eleito para aquela função, escolhido para exercê-la eventualmente ou por conquista através de concurso conforme a regra que orienta essas admissões, todas as iniciativas ou adesões a elas.
Depois de empossado no cargo, cabe àquele que assumiu a responsabilidade pelas atribuições decorrentes do cargo, independentemente do tamanho, da origem, ou do histórico que a novidade trás, encontrar a solução que não existe ainda.
Desde quando o Batalhão Ambiental, braço da Polícia Militar do Governo do Amapá, com incumbência específica de combate aos crimes listados nas leis que protegem o setor, que começaram a haver necessidade de adaptação e de compreensão para o assunto que faz parte do cotidiano do batalhão e, ao mesmo tempo, acumular informações que precisam ser analisadas, no sentido de distinguir que o crime ambiental e muito mais abrangente que um dos crimes concentrados no Código Penal ou nas leis penais extravagantes.
O caso, por exemplo, do transporte de combustível para as regiões ribeirinhas não pode ser simplesmente um caso de polícia, pois, claramente, também é um caso de política pública, onde a sociedade, através de seus órgãos de representação e execução, precisa agir para que aquela faceta da rede criada pelas necessidades primárias do homem e da mulher chegue ao ponto de ser interrompida ao ponto de leva-lo a piorar as condições de vida que desfrutou até agora.
Existe uma regra bem clara definindo as condições e a forma como se pode transportar o combustível. Uma regra que levou em consideração o homem e a mulher ribeirinhos que moram na Amazônia. Porque se assim fosse, teria definido as condições para que, sem risco para ninguém, os motores dos barcos pudessem abastecer sem os riscos que têm que enfrenar agora, aos quais acrescentaram a implacável fiscalização dos homens de farda verde, que estão prontos a dizer o que não pode, imaginando que a sobra e o que não é obrigação do ribeirinho, está perfeito.
O maior erro é daqueles que definiram a regra sem conhecer uma parte das necessidades do homem da Amazônia. Se tivesse o conhecimento de que as catraias e as pequenas embarcações não têm autonomia para ir para os pontos que precisam, isto é, os tanques dos motores, tecnicamente calculados, têm um tamanho definido e que aguenta uma quantidade de combustível que se a embarcação for apenas com aquele volume de combustível, não terá como voltar, pela simples condição de que o combustível, seja a gasolina, seja o óleo diesel, acaba.
Então, o que fazer? Não ir?
Claro que não. Os fornecedores do combustível têm que encontrar uma solução para a questão e os responsáveis pela fiscalização têm que conhecer essa responsabilidade.
O fluxo entre a cidade e o campo, feito pelas pequenas embarcações, é responsável por boa parte do abastecimento da cidade, como também pelo sustento da totalidade da população que se vale desse meio de transporte para trazer os produtos e levar o que precisa.
As autoridades não podem ser incoerentes ao ponto de entender que deve apenas resolver o “lado delas” e os ribeirinhos, donos de pequenas embarcações, que se virem.
Quem tem a responsabilidade de eliminar todos os riscos desse tipo de transporte são os agentes públicos e não aqueles que são parte do processo, isso quer dizer que cada apreensão de material poderia implicar em punição para os que gerem errado.
As soluções estão ai para serem tomadas, as forma são do conhecimento de muitos, basta apenas enfrentar o problema com a confiança para resolvê-lo.

Mandar que os que precisam “se virem” além e ser uma maldade é uma irresponsabilidade.

domingo, 10 de novembro de 2013

TEIMOSIA
Rodolfo Juarez
É preciso ficar claro que a obrigação e coletar, transportar e dar o destino final para o lixo doméstico de uma cidade é do prefeito do município dessa cidade. Para isso a população, que gera esse lixo doméstico, paga os tributos municipais nas suas diferentes formas.
Pretender transferir seja lá para quem for, a responsabilidade pela coleta, o transporte e a destinação final do lixo doméstico é uma decisão que está na lista de atribuições e iniciativas do gestor municipal.
Em Macapá, a capital do Estado do Amapá, o problema da coleta, transporte e destino final do lixo vem se constituindo em um embaraçado processo que desafia os prefeitos, a paciência e a saúde dos moradores, que já parecem cansados de reclamar e já não têm confiança naqueles que assumem a responsabilidade de resolver o problema.
Já faz mais de um ano que o setor da limpeza pública macapaense entrou em crise. Nesse tempo os contratos de emergência não asseguraram qualidade e continuidade para a realização daqueles serviços.
Ora, quando a atual administração municipal assumiu a prefeitura no dia 1º de janeiro de 2013 recebeu, com destaque, esse problema “no colo” já sabendo, desde a transição, que a situação era delicada e precisava ser enfrentada com urgência.
Pois bem, estamos nos meados do décimo primeiro mês do ano e, até agora, ainda não foi concluído o processo licitatório para escolha de uma empresa para realizar aqueles serviços. Enquanto isso, a prefeitura paga, mensalmente, para uma empresa realizar um serviço que não atende o padrão de qualidade mínimo e mantém uma insegurança permanente para a administração e a empresa.
E a administração segue sem ter condições de equipar-se para suprir as necessidades emergenciais, alegando que precisaria de pessoal qualificado e equipamento adequado que é caro para adquirir e manter.
Por tudo isso o desgaste avança e, daqui a pouco, começam a surgir as marcas que serão impossíveis de serem reparadas, uma vez que provocadas, principalmente, pelo grau de insatisfação da população que, por mais compreensiva que seja, não aceita esses erros, em sequencia, que dão margem para paralização do processo de escolha de empresa.
O assunto é demais sério para ser deixado pendente. Além disso, escancara as dificuldades que a administração municipal tem para elaborar um edital e realizar uma licitação onde não haja margem para que as decisões sejam atacadas pelos que se sentem prejudicados.
O lixo amontoado nas ruas continua sendo um problema da prefeitura. Não cabe a justificativa de que o processo foi parado pelo Judiciário. Afinal de contas esses erros não podem se repetir tanto, pois, pelo menos no casso da coleta de lixo domiciliar, se trata de um assunto que tem implicações na saúde da população, no aspecto da cidade e no grau de satisfação do povo.
O erro foi detectado e o único jeito é assumir a responsabilidade pela correção e logo, e rápido.
Quando mais tempo passar sem a definição da empresa que vai coletar o lixo da cidade, mas frágil fica a confiança da população nos administradores, uma situação que não é desejada por ninguém, pois, nesse clima, as soluções parecem mais complicadas e as ações mais propícias às dúvidas.

O erro faz parte da rotina de todos aqueles que agem, mas continuar errando indica que além do erro há viés de descuido, desleixo e pouco caso ou teimosia.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Não é por acaso.

Rodolfo Juarez
A recente avaliação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre o desempenho dos tribunais estaduais colocou o Tribunal de Justiça do Estado do Amapá como um dos mais eficientes de todo o pais.
Uma situação que precisa ser destacada, não apenas pelo resultado apresentado pelo Conselho, mas pela maneira eficiência demonstrada pelos gestores e servidores do Tribunal aqui no Amapá.
Inovação, celeridade, capacitação, qualidade nas decisões e uma equipe de desembargadores, juízes e servidores que se mostra comprometida com a missão do Tribunal, age de forma afinada, colocando como parte dessa ação o próprio jurisdicionado.
E não é por acaso. A impressão que fica é que os desembargadores e juízes que estão atuando no Amapá e, através de seus despachos, sentenças e acórdãos, buscam a paz, oferecendo o direito ao cidadão, muito embora se entenda que se trata de uma lide onde apenas um é o vencedor.
Os advogados, daqui e de outas seccionais, pouco ou nada reclamam das decisões, pois cada qual se sente muito tranquilo para apresentar os seus recursos ou requerimentos, sabendo que serão analisados à luz do direito e nos limites da Constituição Federal.
Administrativamente os desembargadores que têm tido a oportunidade de presidente o Tribunal de Justiça do Amapá, têm conseguido, apesar dos recursos serem sempre menores do que as necessidades acompanhar o avanço tecnológico e aproximar-se dos jurisdicionado, com programas de interiorização, melhoria dos ambientes de trabalho e a presença de juízes na jurisdição.
Manter o equilíbrio entre as necessidades e as possibilidades tem sido o grande forte dos gestores do Tribunal de Justiça do Amapá, pois a população não percebe nem os erros administrativos, naturais na dimensão que tem o Tribunal do Amapá e, muito menos, notado uma reclamação sobre uma administração anterior.
Até mesmo aqueles embates ocorridos para conhecer os desembargadores que devem assumir as vagas surgidas pelas aposentadorias, apesar de muito fortes, têm sido mantido nos limites da discussão técnica e do comportamento ético que exige a administração.
Há de se entender que as substituições dos desembargadores experientes que deixaram a Corte não são fáceis de serem feitas. Edinardo Souza, Mario Gurtyev e, agora, Dôglas Evangelista, são detentores, não só do conhecimento técnico, mas também, da experiência própria dos homens de 70 anos. Mesmo assim não se observa solução de continuidade, não que elas não apareçam, mas são tratadas com a competência e a urgência necessárias.
Os novos desembargadores têm conseguido, através da dedicação e do compromisso, não substituir os que se aposentaram ou se aposentam, mas entender que, antes de qualquer outro sentido, o desembargo é um sacerdócio exigente e aquele que o jurisdiciona sempre conta.
 Agora, por exemplo, a administração do desembargador Luiz Carlos dos Santos, moço daqui, que fez todo o estudo inicial e médio em Macapá e o superior em Belém do Pará, mostrar a sua competência, entendendo, perfeitamente o sentido do Tribunal e a sua importância para que o Estado estabeleça o equilíbrio entre os pobres e os ricos; os que detêm o conhecimento e aqueles que não têm conhecimento algum, procurando distribuir, com justiça, o direito de cada qual, atento às leis e ao fiel cumprimento da Constituição Federal.

O excelente resultado atestado pelo CNJ é motivo de orgulho para todos os jurisdicionados e para o Brasil. 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

O aumento no preço da gasolina

Rodolfo Juarez
Os brasileiros devem preparar o bolso para pagar a conta da Petrobrás.
O Governo agora não vai querer vender ações da empresa com promessas mirabolantes, mas vai aumentar o preço dos derivados de petróleo para forrar o caixa da empresa que precisa pagar 6 bilhões para o próprio governo.
Sim, seis bilhões, esse é o desembolso que terá que fazer para honrar o contrato que terá que assinar para exploração do petróleo da região do pré-sal que foi leiloada no mês passado.
Tentando desviar a atenção da população foi antecipado o lançamento de um projeto que aponta uma redução de 94,5% do enxofre na mistura que hoje é utilizada na gasolina de motores de automóveis, reduzindo de 800 partes por milhão, para menos de 50 partes por milhão.
A campanha já está nas ruas, nos jornais, nas revistas, no rádio e na televisão. Afinal teria que ser encontrado uma forma para equilibrar as já desequilibradas contas da estatal de petróleo brasileira.
Aliás, com relação ao leilão, ao contrário do que dizem as autoridades do Governo, os especialistas estão afirmando que esse primeiro, para exploração do pré-sal brasileiro, foi um fiasco.
Fiasco ou não, o que se sabe é que a Petrobrás acabou tendo que assumir boa parte dos riscos para a exploração do primeiro lote, uma vez que os esperados competidores internacionais recuaram depois de analisar a estabilidades das regras nacionais para o caso, que não são vistas pelos que deveriam investir na exploração.
O certo é que o brasileiro deve preparar o bolso para o aumento da gasolina, do óleo diesel, do querosene e de todos os demais derivados, inclusive o asfalto.
O preço da gasolina mexe com todos os brasileiros!
Os taxistas já estão analisando a questão, pois sabem que terão muitas dificuldades para, com a tarifa atual, rodar e manter o tanque cheio. Eles já imaginam que terão dificuldades pela frente com o tal aumento.
Também os passageiros de avião, que não têm qualquer certeza com relação ao preço das passagens, também já sabem que terão mais um ponto para aumentar os preços, apesar de todos reconhecerem que está muito caro viajar de avião, dentro do Brasil.
Então, preparem-se os donos de carros para o aumento da gasolina e dos demais derivados como pneus e óleo lubrificante; que se prepare o contribuinte para pagar a contar do aumento do asfalto que tanto Macapá precisa.
Além de tudo isso o Governo Central vem avisando que uma das estratégias que estão sendo estudadas para equilibrar o caixa da Petrobrás será a o que o ministro da pasta passou a chamar de equilíbrio no preço.
Estão divulgando intensamente que o preço da gasolina vendida no Brasil está defasado em torno de 30%, isto é, o preço do litro na bomba precisaria ser aumentado em 30% para equilibrar o balanço da Petrobrás, muito embora a empresa tenham anunciado, há poucos dias, um lucro no terceiro trimestre superior a 3 bilhões de reais.
A impressão que fica e que os gestores da área do petróleo estão sabendo que têm a necessidade de aumentar o preço da gasolina e o que estão buscando é uma forma de fazer o anúncio e ainda obter os aplausos da população.
Tradicionalmente esses aumentos são deixados para depois da eleição, mas a situação da estatal brasileira é tão crítica, no olhar dos seus acionistas, principalmente os externos, que vai ser antecipado e para logo, no dia primeiro de janeiro de 2014.
Estão sendo feitos vários “ensaios” com a população para, então, decidir qual o modelo que será adotado para o aumento. Até agora dois testes foram feitos: o aumento de acordo com o preço internacional do barril do petróleo em dólares; ou o tal projeto de diminuição de enxofre na gasolina.
Nos dois quem paga a conta é o consumidor!

sábado, 2 de novembro de 2013

Um balanço nada favorável

UM BALANÇO NADA FAVORÁVEL
Rodolfo Juarez
Das situações mais difíceis é possível tirar lições decisivas.
O mês de outubro deste ano foi impiedoso e registrou acontecimentos que acarretaram em situações difíceis para as famílias e para a administração pública local e ainda projeta continuar acarretando por um bom tempo.
Além dos acontecimentos graves que, infelizmente, já fazem parte da rotina das famílias da cidade e dos distritos, o macapaense foi abalado por três eventos, não tão comuns, e com graves consequências que afetaram, diretamente, o dia-a-dia das pessoas.
As 18 mortes nas águas do rio Amazonas, ocorridos em um dia de festas, durante o Círio Fluvial de Nossa Senhora de Nazaré, quando o barco motor Reis I naufragou com 64 pessoas a bordo; as explosões em série que destruiu três embarcações, na região do Delta, no rio Matapi-Mirim, e deixaram feridos e dois mortos; o incêndio que destruiu 250 casas e deixou outras sem condições de habitação, no bairro do Igarapé das Mulheres, em Macapá, se tornaram motivos para reflexão sobre a atualidade dessa sociedade que foi surpreendida por aqueles problemas.
Isso não pode ser colocado na lista de acontecimentos do ano, como fatos inevitáveis e debitados na conta do acaso ou das ocorrências acidentais.
É certo que o que aconteceu, aconteceu. Não dá para voltar no tempo e fugir das circunstâncias que levaram ao que está registrado – mas não foi fatalidade.
O que aconteceu precisa ser considerado como motivo para reflexão das autoridades públicas e estas autoridades públicas entenderem que lhes cabe esse papel. Também os que puderem colaborar, ou porque têm prática ou porque detêm o conhecimento, também não podem deixar de contribuir para a construção dos elementos que possam resguardar a comunidade de novos acontecimentos como aqueles.
Reconhecer os erros, a falta de preparo das equipes e a falta de equipamentos de combate e socorro, é o dever de cada um. Independente do cargo que ocupe na administração e a função social que exerça no momento.
É preciso proteger a população. É preciso dar segurança para aqueles que confiam (não confiam) nos gestores que escolheram para desempenhar o papel de gerente dos interesses comuns.
Ficar preocupado com a avaliação futura, com a eleição futura, não é para esse especial momento. Deixar de considerar aqueles acontecimentos como motivos para ação no sentido de evitar a repetição, pode ser considerado irresponsabilidade.
Continuar cuidado daqueles que precisam e e que são resultados dos fatos, seja nos abrigos improvisados, seja na alimentação diária ou cuidando para que, na medida do possível, as pessoas voltem à sua rotina, é a obrigação primária. Mas é preciso que sejam tomadas as medidas necessárias para evitar a repetição de qualquer daqueles fatos.
Três perguntas devem ser fundamentais àqueles que têm a obrigação de agir:
E o que eu já fiz ou estou  fazendo para que sejam evitados acontecimentos como do barco motor Reis I?
O que eu já fiz ou estou fazendo para evitar os fatos como o do Delta, no Rio Matapi-Mirim?
Afinal o que esta se fazendo para evitar o que aconteceu no bairro do Igarapé das Mulheres, em outras áreas de igual risco pelas cidades amapaenses?
Até agora nenhum anúncio de modificação, nenhuma notícia de melhoria, nada que tenha a ver com a prevenção.

Muito embora todos saibam que precisa ser evitado, a qualquer custo, o repetido comportamento de “deixar como está para ver como é que fica”.