sábado, 20 de dezembro de 2014

Diplomação dos eleitos em 2014

DIPLOMA
Foram diplomados na noite do dia 18, quinta-feira, todos os eleitos e os suplentes para os mandatos que começam em 2015. O governador, o vice-governador tem a sua posse programada para o dia 1º de janeiro, já os deputados federais, os deputados estaduais e o senador têm a posse confirmada para o dia 1º de fevereiro, em Brasília, e já participam das respectivas eleições para as mesas da AL, CF e do SF.

NOMINATA DOS DIPLOMADOS
Governador do Amapá: Waldez Góes (PDT); Vice-governador Papaléo Paes (PP); Senador Davi Alcolumbre (DEM). Deputados Federais: Roberto Góes (PDT); Nilson Borges - (PMDB); Vinicius Gurgel (PR); Marcivânia Flexa (PT); André Abdon (PRB); Marcos Reategui (PSC) e Jozi Rocha (PTB). Deputados estaduais: Junior Favacho (PMDB); Augusto Aguiar (PMDB); Dr. Furlan (PTB); Pastor Oliveira (PRB); Edna Auzier (PROS); Mira Rocha (PTB); Ericláudio Alencar (PRB); Fabrício Furlan (PSOL); Dr. Jaci Amanajás (PROS); Jaime Perez (PRB); Jory Oeiras (PRB); Kaká (PT do B); Luciana Gurgel (PHS); Cristina Almeida (PSB); Maria Góes (PDT); Marília Góes (PDT); Max da Aabb (PSB); Michel Jk (PMDB); Moisés Souza (PSC); Paulo Lemos (PSOL); Pedro da Lua (PSC); Raimunda Beirão (PSDB); Charles Marques (PSDC) e Roseli (DEM).

OS SUPLENTES DIPLOMADOS

Além dos titulares, ainda foram diplomados 15 suplentes que exercerão o mandato no impedimento do titular. Suplentes de senador: José Alcolumbre e Marco Ribas; Suplentes de deputados federais: Fátima Pelaes, Patrícia Ferraz e Zilma Santos; Suplentes de deputados: estaduais: Haroldo Abdon, Janete Tavares, João de Deus, Jorge Souza, Edinho Duarte, José Pingarilho, Manoel Brasil, Márcio Clay e Maria Salomão.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Engenheiro há 43 anos

 No dia 17 de dezembro de 1971, às 18 horas, no Teatro da Paz, em Belém do Pará, eu recebia o grau de engenheiro formado pela Universidade Federal do Pará em Engenharia Civil.
Minha mãe, Raimunda Juarez (na foto colocando o anel de formatura) estava com meu pai presente na solenidade ocorrida há 43 anos, mas viva na minha memória.
Aproveito para juntar a essa declaração uma mensagem que recebi do colega Fernando Aragão, ao qual agradeço e estendo esse agradecimento a todos os demais colegas e para meus familiares, que ainda não perderam a empolgação pelo saber e pela interpretação da realidade.
Todos os 43 anos, desde a formatura em engenharia civil, foram dedicados ao Amapá e à nossa região.
Obrigado meu Deus, obrigado à milha família e aos amigos!
Feliz Natal e Prospero Ano de 2015.


Recebi.

Caríssimo colega e amigo,
Hoje, estamos completando 43 anos de formatura.
Se incluirmos os cinco anos de estudo em nossa saudosa Escola de Engenharia, chegaremos a um longo período de 48 anos.
Portanto, há quase meio século, somos amigos.
Assim, vale a pena voltar no tempo para fazer mentalmente um compacto de nossas vidas nesse período, começando pelas noites de estudo para enfrentar o vestibular, recompensadas com a festa da vitória.
No prédio da Campos Sales, vivemos momentos inesquecíveis de nossas vidas, entre aulas, provas e brincadeiras.
Ali estavam sendo construídos os alicerces, não apenas de vidas profissionais, mas de amizades que, como todas as amizades verdadeiras, apesar da distância, seriam mantidas e renovadas, sempre.
Esse período foi encerrado com aquela solenidade no Teatro da Paz, em 17/12/71.
A partir dela, nos dispersamos, cada um em busca da realização de seus sonhos.
Hoje, podemos dizer, com toda a certeza, que valeu a pena!
Certamente, cada um de nós tem uma bela história para contar. 
Agora, vivemos o momento de desfrutar com serenidade dos dois maiores patrimônios que conseguimos acumular ao longo de todos esses anos: nossa família e nossos amigos.
Sem eles, a vida não teria sentido.
A maior prova disso é que hoje, estamos unidos novamente, embora de maneira virtual, após tantos anos de distância.
Vamos, portanto, comemorar a nossa amizade e a vida.
Precisamos nos manter unidos e, se possível, trazer outros colegas para o nosso convívio.
Parabéns pelos 43 anos!
Aproveito a oportunidade para desejar a você e à sua família, um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de saúde e realizações.
Um grande abraço,

Fernando Aragão

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Não há tempo para revanche

Rodolfo Juarez
O final de um mandato de governador de um estado dá oportunidade para que a comunidade que tem condições de analisar cenários se pronuncie, em nome da população que quer apenas o melhor, venha o governo que vier.
Mesmo quando o administrador que sai tem pouco interesse em deixar as contas públicas como é orientado pelas regras previstas em lei e noutras orientações com peso de lei, é possível começar a nova gestão com noutro rumo, noutra direção, sabendo que aquela adotada até agora, pouco ou nada se alinhou com o que expectava a população.
O que a equipe do governador Waldez Góes precisa ter em mente é que de nada vale lamentar o passado ou dela fazer apoio para suas próprias iniciativas administrativas, como também é preciso ter condições de reconhecer aqueles pontos que estão orientados no rumo certo.
Ignorar tudo. Partir para revanche. É um caminho que nunca deu certo, pois a estrutura de uma administração estadual (ou municipal, ou federal) não reserva tempo para revanche, uma vez que todo o tempo disponível é para enfrentar as necessidades atuais e quanto mais novas, mais exigentes e mais avassaladoras.
Então, seguir olhando para frente desde o primeiro minuto do tempo que assumir a responsabilidade pelas questões do Estado deve ser uma regra a ser considerada.
O governador deve desconfiar daqueles que deram errados em outras oportunidades, evitar aqueles que dizem que têm solução para tudo, daqueles que não querem discutir os detalhes da solução dos problemas, pois, certamente, estes estão de frente para o passado, olhando o que se foi e sem saber o que tem pela frente.
Apesar de todas as crises que são anunciadas por aliados do governo que começa no dia primeiro de janeiro, o Estado do Amapá ainda tem jeito, basta tratar os assuntos olhando para a população, reconhecer todas as suas estratificações, mas, principalmente, atender às necessidades daqueles mais pobres que apesar de nada dizerem, são os que mais precisam.
Enxugar a máquina pública, juntando as competências e concentrando os gastos para que os resultados apareçam, não para os administradores, mas para a população que está – e com toda a razão – cansada de ver as promessas serem feitas e não cumpridas ou pelo menos lembradas.
O povo do Amapá já tem seus próprios problemas, mas também tem aqueles que conhecem esses problemas e que sempre estiveram dispostos a contribuir com os administradores, aproveitando o conhecimento e a competência que têm e que já foram ou não exercitadas.

O governo sozinho não dá conta de resolver os seus problemas. Nesse momento todas as forças da sociedade, ativas ou inertes, precisam ser direcionadas para ficar na corrente de desenvolvimento que pode levar o Estado para um lugar minimamente seguro e com aeração adequada à vida de sua população.

sábado, 13 de dezembro de 2014

A crise na Federação das Indústrias do Estado do Amapá

Rodolfo Juarez
Está difícil a situação da Federação das Indústrias do Estado do Amapá. Fundada no dia 14 de dezembro de 1990 como uma entidade sindical, patronal, de grau superior, não demorou a criar condições para a regionalização do Serviço Social da Indústria – SESI e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI.
O primeiro presidente, o empresário da construção civil, Francisco Leite da Silva, soube conduzir os primeiros passos da instituição que ganhou notoriedade regional pela importância e pelo que projetou para o desenvolvimento industrial do Estado do Amapá.
Os encontros anuais da indústria, dos quais três deles realizados na Serra do Navio, contou com a participação de todos os entes interessados no desenvolvimento do Amapá, principalmente o Governo do Estado que via na Federação uma grande porta de entrada dos negócios que precisavam ser realizados por aqui.
Desde 2002 quando assumiu o comando do sistema o presidente Sivaldo, sob a batuta da deputada federal Fátima Pelaes, houve a inserção da política partidária na instituição com a aquiescência dos conselheiros do Conselho de Representantes, trazendo as dificuldades para a Federação das Indústrias.
Depois veio a presidência de Telma Gurgel, com a influência do mandato de deputado federal de Vinicius Gurgel, concluiu o processo de politização das eleições da instituição, com o inchaço de sindicatos filiados sem a necessária representação das categorias econômicas pelas quais requeriam o direito de participar.
Os litígios foram para o Judiciário, principalmente para definir a representatividade dos sindicatos que pleiteavam o direito ao voto e, com esse voto, o direito de participar das unidades regionalizadas do SESI e do SENAI que passaram a ser cabide de emprego para os parentes dos dirigentes sindicais filiados à federação.
O Estatuto da entidade passou por reformas claramente tendenciosas à agasalhar os sindicatos que se alinham, em maioria, de um dado ou de outro dos pretendentes, até chegar em uma disputa interminável na justiça para saber quais os sindicatos que tinham ou não direito de votar e escolher os dirigentes da Federação.
O presidente da Federação das Indústrias depois de tomar posse assume a direção regional do SESI e a presidência dos conselhos regionais do SESI e do SENAI, além de passar a comandar o Instituto Euvaldo Lodi - IEL através de superintendente de livre nomeação do presidente.
A última eleição elegeu a presidente e o vice-presidente, sendo que, depois da posse o vice-presidente renunciou o cargo que foi entregue pelo conselho ao irmão da presidente, a deputada federal eleita Josi Rocha.
Por uma série de irregularidades apontadas por uma auditoria externa, o SESI e o SENAI foram retirados da tutela da Federação, sob várias alegações e perigo de continuar sendo prejudicadas as duas instituições, com a direção da Federação não tendo, até agora, forças suficientes para desfazer a intervenção que já perdura por mais de um ano.
Nesse momento Sesi e Senai continua sob o comando das respectivas direções nacionais, a Federação das Industrias do Estado do Amapá riscada do quadro societário da Confederação Nacional da Indústrias e os empregados da Federação sem receber salário desde Setembro, além de 13º, e o depósito do Fundo de Garantia.

Dia 14 de dezembro a Federação completa 24 anos sem saber o que pode fazer e sem ter o que fazer, a não ser continuar a luta para que a normalidade volte a fazer parte do dia-a-dia dessa importante instituição estadual.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Residencia oficial

Rodolfo Juarez
A deputada estadual Marília Góes não titubeou quando respondeu à pergunta que fiz sobre a Residência do Governador, em Macapá, durante uma entrevista que dava a um programa de rádio no domingo pela manhã. Disse a deputada: “meus filhos, meu marido e eu vamos continuar morando na nossa casa, não vamos para a residência oficial.”
A residência oficial do governador, em Macapá, já cumpriu a sua finalidade e pode, perfeitamente, mudar de conceito para atender, por ser um prédio público, outras necessidades da população.
Quando os governadores do Amapá, no tempo de Território Federal, vinham para cá nomeados pelo presidente da República e por aqui nunca tinham vindo, se justificava a disponibilidade de uma residência onde pudesse o governador se instalar. Agora não, depois que o Amapá foi transformado em Estado, isso em 1988 e instalado como Estado, isso em 1991, todos os que se candidatam ao cargo de governador do Estado, obrigatoriamente, tiveram que comprovar domicílio eleitoral no Amapá, ou mais propriamente, residência no Estado, não sendo mais um “sem teto” por aqui.
É claro que a Residência Oficial é um chama para o gestor devido a vários fatores, mas, principalmente, aqueles ligados ao glamour do cargo que ainda oferece carro de graça e segurança pessoal especial, além de uma farta dispensa, onde se gasta com o que quer e quando quer.
Deixar isso de lado é obedecer à força da atualidade. Prestar a atenção no que está verdadeiramente mudando e entender que o salário do governador ou o subsídio é entendido como suficiente para manter-se e ainda fazer uma poupança gorda.
Governar um Estado como o Amapá, antes de ser um desafio é um privilégio para qualquer um. A coragem de assumir a responsabilidade pela gerência dos interesses de uma população de mais de 700 mil pessoas precisa ser grande e entendida por todos para que não meta os pés pelas mãos.
Ser governador é uma honra que precisa ser entendida, principalmente pelo próprio governador, para que a população assim também entenda para que possa dar ao governador e sua equipe, todo o apoio que precisam para bem administrar os interesses que são de todos e não de uma parcela da população, de um partido político, de um grupo de amigos, ou de uma família.
Abrir mão de morar na Residência Oficial é a demonstração de que está disposto a, realmente, separar a relação individual da relação com a coisa pública, essa de interesse de todos e que não mais justifica favorecimentos de alguns mesmo entre esses alguns esteja o mandatário máximo indicado pelo povo.
Tomara que a demonstração de cisão entre o público e o privado não fique apenas no caso da residência oficial e se estenda a todos os demais órgãos do Estado, acabando com a inexplicável necessidade de, por exemplo, qualquer auxilio moradia.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Mais uma chance

Rodolfo Juarez
A administração pública amapaense tem, outra vez, uma grande chance de se apresentar para a população e para o Brasil como administração eficiente, moderna e adequada aos tempos que exigem completa transparência dos gastos públicos.
Já faz algum tempo que o discurso não representa a prática dos administradores que, querendo ser populares acabam por adotar medidas que centralizam as decisões e dificultam o desenvolvimento de todos os setores.
Nem mesmo aqueles setores que são de direta responsabilidade do Estado, como o setor de serviços públicos, consegue ser modelo e apresentar-se como referência para aqueles setores que dependem de outras forças, principalmente as forças políticas e as forças empresariais.
A transparência, ao contrário do que é apresentada hoje, é uma necessidade administrativa muito mais eficiente para evitar os erros do que para apresentar esses erros para a população. Os erros podem ser maquiados, protegidos e enlatados ao ponto de nem serem percebidos. A prática de esconder ou dissimular os erros é muito presente e suficientemente estudado para ser eficiente.
É lamentável que seja assim!
Dessa forma a administração dispensa, sumariamente, a contribuição que a população pode dar a qualquer processo administrativo que esteja sendo colocado em prática, sem a retroalimentação necessária ao mais simples sistema de planejamento.
Aparentemente não há razão para se trabalhar com uma transparência tão embaçada, tão difícil de ser entendida, a não ser quando se buscam a desavença e a discórdia, temas que foram preferidos de alguns administradores nestes últimos anos da administração pública amapaense.
Para tornar eficiente a máquina estatal é preciso agir no começo dos mandatos, pois, de outra forma, quando a equipe “se acostumar com o padrão” as dificuldades serão bem maiores.
Abusar da simplicidade deve ser a regra. Aliás, faz tempo que a administração pública no estado do Amapá se mostra muito mais pela aparência do que pela eficiência.
Agora mesmo, no Natal, imaginando diminuir os pecados administrativos praticados durante todo o ano, os órgãos se apressam para parecerem interessados no povo, fazendo campanha de doações, cantatas natalinas e outras coisas do gênero.
Apesar de caber esse tipo de ação, seria muito melhor cultivar a racionalidade nos comportamentos e uma busca continuada da paz entre as pessoas que são responsáveis pela gestão dos órgãos do Estado e reconhecesse as dificuldades de todos, equalizando os comportamentos e deixando o individualismo de lado, entendendo as dificuldades que o povo está passando e, até empregados diretos e indiretos do Estado que estão tendo dificuldades para receber os seus salários.
Simplificar a administração amapaense, juntar o Amapá Real ao Amapá Virtual, que está desenhado na cabeça dos administradores, é uma necessidade que se impõe sob pena de continuar a perda de tempo, a pioria da qualidade de vida da população, o desentendimento entre os administradores e a falta de confiança nas propostas que são apresentadas pelos governantes.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

TFD e o caos

Rodolfo Juarez
É muito séria a questão dos que precisam se valer do Programa Tratamento Fora de Domicílio para continuar com esperança de cura, principalmente quando a doença é o câncer, que é majoritária na comparação com outros males.
Para enfrentar esse tipo de problema, além de ser autoridade pública, é preciso que a pessoa que esteja investida nesses cargos, seja sensível, reconheça a premente necessidade de que todas as outras pessoas têm para serem atendidas pelo programa e principalmente, demonstre um mínimo de respeito à pessoa humana.
Não se trata de responsabilidade de um setor, uma seção, ou uma repartição da unidade pública de saúde, se trata isso sim, do envolvimento de todos, desde o secretário de estado, ou mesmo o governador, até aquele que vai acompanhar o doente para receber o tratamento que o Estado, como ente, não consegue oferecer.
Está claro que, economicamente, tudo indica que tomar as providências para que o Estado possa atender a sua população é o caminho mais certo e que, os casos excepcionais, esses sim, sejam tratados em centros mais avançados.
É importante o agente público que é responsável por qualquer parte do atendimento ao necessitado doente, entenda que está preservando um direito que está posto nas regras definidas na Constituição Federal, aceita pelos governantes e esperança dos contribuintes.
Não podem os agentes públicos, continuarem errando tanto, deixando as questões se avolumarem, ao ponto de criar mais problemas para aqueles que já têm um problema maior – um problema de saúde.
A situação problemática do tratamento fora de domicilio não é de agora, deste governo, é seguramente um problema de estado e que ganha prioridade devido às condições que foram permitidas chegar o cenário.
Agora uma coisa é certa, um governo que não consegue domar um problema dessa monta está muito longe de domar problemas mais graves e que precisam de decisões difíceis e feitas no limite da regra. Esse não. É um problema escancarado, no âmago do governo e que consegue alimentar as dificuldades da administração e a gordura da rejeição dos governantes.
Otimizar o tempo é uma das providências iniciais dos gestores públicos. Em regra não há tempo a perder com problemas que estariam resolvidos se bem cuidados fossem. Afinal ninguém quer sofrer, ninguém quer dor, mas ninguém quer também, ser deixado pelos cantos, abandonado pelo Estado.
Um problema que se resolve apenas com boa vontade, com dedicação, com responsabilidade.
Entender que não tem tempo para esperar deve ser a regra dos que assumiram a responsabilidade, sem ter que alegar as regras, acordos feitos com quem pode pela metade, muito menos que isso, com agentes públicos que não estão lotados na área de saúde.
Se não tiver capacidade de compreender a necessidade dos doentes, que compreenda a dor que eles sentem e das respectivas famílias.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A morte de meu pai.

Um dia como o de hoje, 3 de dezembro, meu pai, Heráclito Juarez Filho, nos deixava definitivamente, morrendo internado em um hospital, com apenas 51 anos de idade.
Nasceu no dia 7 de outubro de 1922 e morreu durante a tarde do dia 3 de dezembro de 1973, deixando minha amada mãe, onze irmãos e eu, além de uma lição de vida que provando que os ribeirinhos educam os filhos e ainda podem preservar, defender e manter a Amazônia.
Que Deus o tenha.

Muitas saudades da minha mãe, dos seus filhos, netos e bisnetos.

sábado, 29 de novembro de 2014

Orçamento: o monstrengo em números



Pulando fora do barco

PULANDO FORA DO BARCO
Rodolfo Juarez
Está complicado, mais do que era para estar, o final do governo do governador Camilo. São muitas as reclamações e poucas as informações sobre soluções para problemas que corroem a base do governo e que são considerados como se fosse um vento mais forte, externo, batendo na estrutura administrativa do Estado.
Assim como no dia da posse, apenas o governador e o vice-governador tomam posse, no dia da saída, apenas o governador e o vice-governador saem.
Seria importante para o presente e para o futuro que a saída fosse pela porta da frente, com agradecimento do povo, sem a presença dos lambe-botas que, se acostumaram a enganar o governador que, ao que tudo indica, gostou e deixou-se enganar por todos.
O Amapá não é um feudo de quem quer que seja e muito menos terra de ninguém aonde as pessoas chegam, se apossam e aqui ficam, mesmo que não tenham prestado um bom serviço.
Reconhecer que o tempo é próprio para aqueles que sempre quiseram dizer alguma coisa e temiam a reação. Agora sabem que a reação é impossível e começam a esgoelar-se, como se fosse assim todos os dias ou todos os tempos.
Isso, entretanto, prejudica toda a avaliação do dirigente que será retratado por adversários e vaiado também por esses adversários, sem qualquer proteção ou direito de explicação.
Apesar de se saber de tudo isso, os problemas têm mostrado que a situação ainda pode ser mais difícil do que aquela imaginada.
Não dá para saber se o próprio governador que sai tinha avaliado tudo isso, levantado as possibilidades que agora lhe estão sendo posta no colo e na sua conta, sem a preocupação com o tamanho e a resistência do colo ou a capacidade de absorver todas as contas que lhes são cobradas.
Seria uma ilusão imaginar que os problemas criados agora seriam ruins para o governador que entra. Muito ao contrário. É melhor para ele que vê aumentado o leque de desculpas e de salvador da pátria. O primeiro empurra o governador que sai para a floresta dos esquecidos e a segunda tem como reflexo o aparecimento do salvador da pátria que, por mais que diga que não quer esse título, será nele colocado quer queira quer não queira.
O que era chamado de equipe de governo já se percebe destroçada, cada qual procurando o que lhe parece melhor, mais adequado pessoalmente, com pouco interesse no que vai acontecer no Estado de nos todos.

Alguns até, estão pulando fora do barco!

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

O Orçamento do Estado é um monstrengo

Muito longe, mas muito longe mesmo, de ser um instrumento para o desenvolvimento do Estado, a Projeto de Lei do Orçamento (Nº 021/2014) de autoria do Executivo, que será transformado na Lei do Orçamento Anual de 2015, é um monstrengo quando se procura coerência com as necessidades que são apresentadas, todos os dias, pela população.
Na peça não há qualquer indicativo de que haverá melhoria na aplicação da receita anual prevista, decorrente dos tributos que são pagos pelo contribuinte brasileiro e que serve para abastecer os programas de políticas públicas do Governo do Estado.
Obediente ao princípio da legalidade deixa todos os outros princípios da Administração sem quaisquer perspectivas de serem seguidos ou visualizados durante o processo de execução da Lei do Orçamento 2015.
Impessoalidade, Publicidade, Moralidade e Eficiência ficam longe e algumas dessas quatro vigas mestras da Administração jamais serão alcançadas, não porque os executores queiram assim, mas sim, porque não serão dados os elementos necessários nem para os executores e nem para os que previnem os prejuízos ou contribuem para o gasto dos recursos públicos com eficiência.
Ao longo do tempo o orçamento público do estado se tornou a principal peça para aqueles que cuidam dos gastos públicos e, depois, terem que explicarem as bases do desenvolvimento local.
Carente de outra peça técnica ou política para orientar o desenvolvimento do Estado, o orçamento é uma espécie de muleta que tem deixado em pé a estrutura administrativa estadual, sempre dependente das ordens do governador.
Como só tem o orçamento como guia os governantes têm imensas dificuldades para avaliar o resultado do que estão empenhados em fazer, independentemente do esforço pessoal ou da política de governo que seja usada na administração.
Como está todos perdem!
O governante por estar executando um plano mal feito e a população que não consegue ver as suas necessidades atuais atendidas. Os resultados são os desastres que são apurados ao final de cada exercício ou ao final de cada mandato.
Se está definido que o Orçamento Anual do Estado será a única “bússola” para orientar os executores das políticas pública, então vamos reavaliar essa peça, atualizá-la, pois nem tudo o que deu certo há 20 anos continuará dando certo até agora.
A proposta orçamentária para 2015, objeto do Projeto 021/2014, que está com os deputados estaduais para ser analisado e votado, não é um proposta proativa, é uma proposta viciada, com erros grosseiros e completamente desequilibrada, orientando mal os executores e que deixará a população, ao final de 2015, mais descontente e mais carente.

Tentar disfarçar os erros depois do erro consumado, se valendo de ações dentro do próprio orçamento, mudando o nome, ou seja lá o que for, é mais perda de tempo e falta de coragem para enfrentar a realidade.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Entrega da Carteira da Ordem

No próximo sábado, dia 29.11, estará acontecendo a solenidade de entrega de carteiras da Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho Seccional do Amapá, para 72 novos advogados entre os quais eu estou.  Agradeço a Deus, meus familiares, meus amigos e aos livreiros e aos revisteiros por mais essa oportunidade.
A solenidade será realizada no Centro de Convenções do CEAP, na Rodovia Duca Serra, às 18 horas.

Rodolfo Juarez

sábado, 22 de novembro de 2014

Sem limites para dificultar

Rodolfo Juarez
Tenho a impressão que o tempo passa, as questões principais mudam, mas os  políticos continuam com a mesma tática: prejudicar o adversário o máximo que puder.
Veja o que está ocorrendo com relação à transição de governo. De um lado os que estão precisando das informações oficiais e corretas, reclamam de que elas não estão chegando; do outro lado, aqueles que teriam que fornecer essas informações, dizem onde elas estão e que basta chegar lá e acessá-las.
Pode até que os que estão chegando estejam exagerando. Agora, os que estão saindo, não estão facilitando nada, como se o governo do Estado fosse uma questão particular ou objeto de estrema vingança, sob a alegação de que, há quatro anos, foi assim mesmo.
É preciso os agentes públicos, tanto os escolhidos pelo povo, como aqueles escolhidos por aqueles que o povo escolheu, entendam que a informação deve ser oferecida de tal forma que possa ser compreendida pelo outro e não da forma que possa prejudicar o entendimento desse outro.
Fica uma brincadeira de esconde-esconde, onde os documentos mais importantes terão que ser achados pela parte da equipe de transição indicada pelo governador que entra, pois a parte da equipe de transição, indicada pelo governador que sai, dá a impressão que está disposta a dificultar tudo.
Aliás, isso é equipe?
Enquanto isso os prestadores de serviço não recebem, os próprios serviços públicos que já não são bons pioram e a população, começo e fim de tudo, fica desconsiderada e, de certa forma, abandonada e já entregue ao governador que entra.
Enquanto não houver um caminho claro a ser seguido, que seja conhecido por todos, claro que não dá para dizer nada, pois, afinal de contas, as pessoas, todas elas, precisam dessa mínima orientação.
Há de ser firmado um protocolo (enquanto não tiver clara a regra) entre as equipes que entram e as equipes que saem, de realizarem uma transição continuada, para que a população não sinta as consequências dos problemas que os governos enfrentam no início dos mandatos.
É uma pena!
Esta compreensão não é uma alternativa das pessoas que estão para cumprir a incumbência é uma obrigação de todos aqueles que fazem os governos, tanto o que entra como o que sai.

Não há transição efetiva e eficiente se não for realizada com boa vontade, responsabilidade e espírito público. Como também não há transição quando os assuntos de governo relativos à mudança vêm por ordem judicial. Isto é usurpação ou trabalho forçado. 

domingo, 16 de novembro de 2014

A nova sociedade

A NOVA SOCIEDADE
Rodolfo Juarez
O clima de expectativa volta a animar os diversos setores da sociedade local na espera da nova administração estadual.
Se alguém nega isso, quem quer que seja, comete um erro primário e elementar principalmente de avaliação ou de compreensão do pensamento coletivo da maioria da população que espera tempo novo.
É claro que, em se tratando de expectativa, ninguém assevera que dará certo e o máximo que se arriscar a dizer é de que torce para que tudo dê certo.
Essa pode ser a grande motivação dos amapaenses.
O conjunto do estado, principalmente a sua população, não está satisfeita com muita coisa que acontece no Amapá e, por isso, tenta novamente, aproveitando a regra da mudança, mesmo trazendo de volta um governador que foi estigmatizado e até, vitimizado por questões ligadas à sua recente participação na administração estadual como governador.
Por outro lado se observa que a população aposta, e muito, em uma nova postura do governador eleito, na comparação com a postura dos sete anos dos mandatos anteriores, tendo como base as experiências pessoais que acumulou.
Muitos erros poderão ser evitados, desde que adote uma linha de acompanhamento com respostas mais rápidas, obediente à realidade local, mas sustentada na eficiência calculada para cada programa ou projeto.
Precisa adotar uma administração profissional e com repartição de responsabilidades para que os erros da gestão passada não se repitam e os auxiliares escolhidos, além de serem de confiança política, tenham competência administrativa para gerir o setor que lhe for entregue.
Comparar o planejado com o executado deve ser o principal papel do governador, principalmente nas áreas sociais que estão sentindo falta da autoridade pública na realização dos serviços que precisam e esperam já há algum tempo.
A assistência pura e simples chegou ao seu ponto de exaustão, como qualquer outro programa. Precisa o governante, nessa área, de novos ares, motivações que possam devolver, a todos, a confiança perdida ou esquecida ao longo desses pouco mais de 10 anos.
Há muito o que fazer...
Não há tempo nem para ficar pensando. Tudo tem que ser renovado, remoçado, para que a nova sociedade amapaense seja entendida e compreendida pelas autoridades dirigentes, por muito tempo preocupado em garantir o nome político, sem qualquer esforço extra, que não aqueles que possa levar a adicionar votos nas urnas.
É hora de alguns se dedicarem exclusivamente ao trabalho, sem pensar no poder, que tem sido a argola a ser alcançada sem as mãos para sustentar o próprio peso do poder aumentado pelo egoísmo, pela vaidade e pela vontade de vitória em todas as eleições.

Considerar tudo importante e tudo precisando de nova arrumação, nova forma de execução, onde a população será o principal alvo e não o resultado de uma eleição que existe, exatamente, para alternar as pessoas no poder.

sábado, 15 de novembro de 2014

Orçamento do Estado do Amapá para 2015

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2015
Rodolfo Juarez
Estão outra vez os deputados com um projeto de orçamento estadual para analisar. Desde às cinco horas da tarde do dia 30 de setembro que o Executivo Estadual deu entrada na Casa do Povo no Projeto de Lei 021 que trata da estimativa de receita e a previsão de despesa para o ano de 2015.
O primeiro ano de um governante à frente do executivo seja estadual, municipal ou mesmo da União, é de reclamações, basicamente alegando que não participou da elaboração da proposta. Obvio, não tinha competência para isso.
É uma desculpa esfarrapada, pois nada impede, por exemplo, que sejam acompanhadas as discussões no fórum próprio, a Assembleia Legislativa, nas discussões nas comissões específicas e no plenário, no momento das votações.
A votação final do orçamento acontece nas proximidades do dia 18 de dezembro, dia em que os parlamentares, por regra, entram em férias regulamentares, mesmo no encerramento do mandato. E se não houver sido efetivada a decisão sobre o orçamento, os deputados não podem sair para o recesso, com a obrigação de estar em Plenário a cada votação do Projeto de Lei do Orçamento.
O total do orçamento deste ano supera os cinco bilhões e oitocentos milhões de reais, com uma disponibilidade, por habitante, de R$ 8.302,52 retratando a possibilidade de, se bem aplicado, não causar dificuldades para cada um daqueles que contribuem através dos tributos que paga.
Muito embora a maior parte do orçamento vá para o Executivo, a grande discussão se concentra nos 17,25% do Orçamento Fiscal (parte do orçamento total) que é distribuído aos órgãos estaduais, mais conhecidos como Poderes do Estado que são a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Contas do Estado, o Tribunal de Justiça do Estado e o Ministério Público. No Amapá a Defensoria Pública Estadual ainda não está estruturada e, por isso, não entra no rol dessa repartição do orçamento estadual.
Este ano, apesar de todas as instigações, a proposta do Executivo aumenta, em termos absolutos, os valores de todos os Poderes. Senão vejamos: o Duodécimo da Assembleia Legislativa vai para R$ 13,67 milhões; do Tribunal de Contas para R$ 4,58 milhões; do Tribunal de Justiça para R$ 20,7 milhões e o Ministério Público para R$ 12,1 milhões.
Como a população ainda não está motivada para a discussão do orçamento do Estado, toda a responsabilidade está com os deputados, mas seria importante que houvesse, da parte da AL, preocupação em manter informado o contribuinte sobre o andamento do projeto. Quem sabe não viria do povo uma proposta importante.
A população não vai lá e os deputados não vêm cá, e com isso não há a popularização do mais importante instrumento de planejamento do Estado do Amapá, carente de um plano de desenvolvimento e de orientações de programas de longo prazo.
Mais uma vez a chance está posta. Só vai até 18 de dezembro, no máximo.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Os laranjas podres

Rodolfo Juarez
Volto a tratar do assunto da transição de governo. Entendo que deixar como está é arriscar demais a gestão que vai começar.
É muito simples a visão: com informações incorretas ou incompletas, os planos e programas da administração que começa no dia primeiro de janeiro de 2015, podem vir contaminados por vícios insanáveis.
Vícios que servirão de argumento para desculpas, atrasos e falta de eficácia nas ações, prejudicando não só a administração que entra, mas e principalmente, a população que está esperando para ver o comportamento do novo governo.
Até agora as informações que chegam àqueles que se dizem membros da equipe de transição governamental são adquiridas por vias escusas, utilizando maus funcionários, que insistem na tese de que os fins justificam os meios.
Nada disso!
É preciso, necessário e oportuno que esta etapa seja vencida, se deixe de lado os falsos ajudantes, aqueles que entregam os seus atuais chefes em troca da esperança de continuar nos cargos que ocupam ou melhorar com a justificativa da colaboração.
Uma espécie de delação premiada administrativa esquecendo os delatores que, nesse caso, o que merecem é punição e não prêmio. Além do procedimento abominável, esses maus funcionários e maus colaboradores, se ouvidos ou considerados, serão a laranja podre do cesto.
Não há justificativa.
O governador que sai vai ter que entregar o governo, queira ou não, e o governador que entra, vai receber o governo caso queira. Não pode, nesse recebimento, deixar que comportamentos de pessoas sem princípios, contamine o processo e prejudique a população.
A transição não pode ser uma espécie de vingança.
O que foi dito, foi dito. O que não foi feito, não foi feito. A população elegeu um novo governador para fazer e não para reclamar deste ou daquele que não fez por que não quis ou não fez porque não teve auxiliares competentes para fazer.

Nesse momento não dá para acreditar em tudo que recebe o carimbo de oficial. Pode ser que um desses documentos carimbados seja apenas uma informação contaminada pelo ódio ou mesmo pela incapacidade gerencial ou necessidade de manter o seu próprio salário com o dinheiro público.

domingo, 9 de novembro de 2014

Aconteceu na semana

PARCERIA
Enquanto Governo e Prefeitura de Macapá não tratarem o problema do sítio urbano da Capital como precisa ser tratado, através de um programa de estado, acatado pelo município, de nada adiantam as parceiras oportunistas. As parcerias além de serem impróprias e insuficientes, sempre vêm em momentos de apelo, seja por um evento, seja por uma eleição. Dessa forma os problemas continuarão.

SEM CONDIÇÕES
O município de Macapá não tem condições financeiras para bancar a conta dos serviços que precisam ser feitos nas vias da cidade. Está estimada em um pouco mais de 800 km de extensão a malha viária de Macapá, dos quais a metade não recebeu qualquer tipo de serviço, nem o tratamento primário. Para se ter uma ideia, apenas para recuperar as vias com algum tipo de asfalto o município precisaria de 600 milhões de reais, número impensável para qualquer mandato de prefeito.

DENÚNCIA
O período de estiagem está escancarando uma realidade que fora imagina por alguns moradores das margens do Rio Araguari, o maior rio genuinamente amapaense, mas que foram negados pelos técnicos que elaboraram o projete de aproveitamento da energia do rio, transformando-a em energia elétrica. A população da localidade temia o que está acontecendo, os técnicos e autoridades urbanas negaram essa possibilidade.

ESFORÇO
O governador eleito quer que o governador atual faça um esforço para que o trecho da BR-156, que se transformou em um extenso atoleiro entre Calçoene e Oiapoque, tenha as obras necessárias executadas nos meses de novembro e dezembro de 2014. O entendimento tem o respaldo da população de Oiapoque que ainda não esqueceu a falta de produtos, inclusive de alimentação, que enfrentou este ano.

PAGAMENTO
Depois de levantada uma dúvida sobre o pagamento do Estado para os seus funcionários sairia no dia 31 de outubro, os barnabés tiveram que esperar até pouco mais das 18 horas para notar que o salário estava na conta. Dai receber foi outra história que só se confirmou para os que recebem no Banco do Brasil. Nos outros bandos os funcionários esperaram até segunda-feira, dia 3 de novembro.

SEM NADA FALAR
Até agora as discussões sobre o futuro do governo e do próprio Estado do Amapá continuam centradas nos serviços. Saúde pública, educação e segurança são as necessidades mais comentadas. Está fazendo muita falta a discussão sobre o futuro econômico do Estado, nível de emprego e paz social. Para muitos estes três pontos também são fundamentais.

REGRA
Os deputados estaduais estão dispostos a manter a volta da regra anterior que não permitia que promotor de justiça assumisse o cargo de Procurador Geral de Justiça. O colégio de procuradores, a exemplo do colégio de desembargadores, é muito restrito e quando o tema foi analisado pelos deputados, houve a permissão legal. Agora a pretensão é acabar com a prerrogativa e, para os promotores, passou a ser revanche.

PRESIDÊNCIA DA AL
Já corre solta a informação de que o deputado Moisés Souza (PSC) será eleito, no dia 2 de fevereiro de 2015, novamente para a Presidência da Assembleia. O deputado - e atual presidente da AL -, já contaria com a confirmação de pelo menos 17 dos 24 deputados, que sufragariam seu nome no dia da eleição para os membros da Mesa. Até o vice-presidente já estaria definido: Kaká Barbosa.

TRANSIÇÃO
Como a lei que trata do assunto, apesar de votada e aprovada pelos deputados estaduais, ainda não foi sancionada pelo governador do estado, a transição de governo, mais uma vez será feita nas “coxas”. Os dados obtidos por quem entra não têm um caminho administrativo, mas sim um caminho tortuoso da informação não oficial. Se for assim, mais uma vez, os problemas para o inicio da gestão serão maiores do que era para ser.

MUITO COMPLICADO
A se confirmar que o material para as obras das passarelas nas baixadas de Macapá está sendo retirado mesmo depois de pagos, o assunto é sério. A população que mora nesses locais queria apenas a recuperação e não ser responsável pela eleição ou não de qualquer dos candidatos. Alegam que se trata de uma questão de acessibilidade e que a responsabilidade é do Estado.

TROCO
Os deputados, passada a eleição e conhecendo o resultado, se sentiram fortalecidos e demonstram estar dispostos a recuperar o prestígio e a importância da Assembleia Legislativa. As providências tomadas ainda pela atual legislatura apontam para uma nova postura, sem medo e dispostos a fazer valer a sua importância. A votação da lei da transição e a anulação da nova lei que influi na escolha do Procurador Geral de Justiça demonstram o novo tom.

OBRAS INACABADAS
Já começam a pipocar os possíveis motivos de obras públicas que estão paradas e que com boa parte realizada e paga. Estruturas parcialmente danificadas, fundações comprometidas e licenciamento vencido foram alguns dos problemas levantados pelo método expedido e que tornam a obra comprometida e sujeita à recuperação antes de ter servido para a finalidade que levou à licitação e a ordem de serviço.

PRECISANDO DE RECUPERAÇÃO
Já quanto às obras mais antigas, que estão em uso e que precisam de recuperação urgente, também precisam de ação imediata. O problema é que o orçamento que está sendo desenhado para 2015 não contempla essas situação e os recursos dos empréstimos não podem ser utilizados para essa finalidade, pois, quando da contratação, já definia o que seria feito com esse recurso.

CANAL DA MENDONÇA JUNIOR
Os moradores da Avenida Mendonça Júnior na extensão de influência do canal estão esperançosos de que, a partir de 2015 a obra seja retomada e a cidade volte, pelo menos, a ser como era antes naquela região. Parada há mais de 5 anos, a obra de revitalização do Canal da Mendonça Júnior foi destruído e não foi reconstruído. Inclusive a arborização foi completamente arrancada.

SEM REPASSE
A área técnica de obras da Prefeitura Municipal de Macapá está em uma sinuca de bico. A população e parte da imprensa pegando no pé para que os serviços iniciados continuem e a área econômica está encontrando dificuldades para disponibilizar os recursos que estão no plano de aplicação do Convênio firmado entre o Estado e o Município de Macapá. Se continuar assim e a chuva chegar se pode esperar mais um ano complicado para a população e a administração municipal.

DILEMA
Mesmo depois de aprovada a PEC e transformada em Emenda Constitucional, até agora os servidores dos municípios e alguns do Estado, não sabem como fazer para passar para o quadro da União. Esses servidores temem que o assunto seja esquecido pelos deputados federais que perderam as eleições e vão ter o mandato encerrado em 31 de janeiro de 2015.

ASFALTO
Está cada vez mais difícil acreditar que a população não terá os mesmos problemas nas vias de Macapá. Acontece que se chega ao meio do mês de novembro com pouco serviço realizado, muito embora haja planos e planos para serem executados pelo Município. A parceria, segundo o Governo do Estado e a Prefeitura da Capital, continua com perspectiva de resultado antes do final do ano.

CORREDORES CHEIOS
Os corredores do Hospital de Emergência continuam cheios de gente precisando de atendimento que é feito nas macas e cadeiras e colchonetes estendidos pelo chão. Os médicos e médias, enfermeiros e enfermeiras, se dizem cansados de ver tantos problemas, todos os dias, e não poder resolver. As providências são tomadas, mas, a cada dia, aumenta a demanda.

SHOPPING POPULAR
Desde quando os pequenos empreendedores foram deslocados para o meio da rua Antônio Coelho de Carvalho, em 2009, que eles esperam a construção do Shopping Popular que, de onde estão, vêm cada vez mais distante a construção. As dificuldades apresentadas pelo Poder Público contrastam com as vantagens anunciadas para convencer os trabalhadores vir para o meio da rua.

MERCADO CENTRAL
Não fossem os “zeladores espontâneos” o Mercado Central, em Macapá, já estaria em fase de demolição. Nem a Prefeitura de Macapá, nem o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional e nem o Governo do Estado dão dicas de que estão interessados em preservar aquele monumento. Entregue à própria sorte, para aqueles entes públicos o Mercado Central mais parece um problema do que qualquer solução.

RODOVIA DUCA SERRA
A cada dia o problema do trânsito na Rodovia Estadual Duca Serra, que liga Santana (Distrito Industrial) e Macapá aumenta de intensidade. Como se não bastasse a via completamente cheia de veículos, as sucessivas batidas, inclusive engavetamento de veículos, transformam a utilização daquela via como uma atividade de extremo risco para a vida. Mudar é preciso!

VENTOS FORTES

Desde meados do mês de outubro que os ventos fortes, próprios desse período do ano, sopram sobre a cidade de Macapá. Bom para a ventilação da cidade, péssimo para os que precisam proteger as embarcações ancoradas nas diversas ribanceiras ou fundeadas às proximidades. A cada dia, pelo menos uma embarcação de pequeno e médio porte tem a sua estrutura prejudicada.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Período crítico

Rodolfo Juarez
O governador eleito, Waldez Góes (PDT), já começou o quebra cabeça para definir a sua equipe de governo.
O trabalho começa com a transição de um governo para o outro, desta feita com as regras definidas antecipadamente e que deve facilitar o trabalho da equipe, provavelmente muito mais técnica do que política, ficando para esta nuance as definições com relação aos auxiliares de confiança.
Mesmo durante os sessenta dias da transição de governo serão necessários os exercícios de uma administração compartilhada para que os problemas, notadamente os que se manifestam no inverno, não tomem conta das ocupações de todo o Governo.
O caso da BR-156 é um exemplo.
Durante o período chuvoso as dificuldades para a execução dos serviços se multiplicam, encarecem os serviços e causa muitos transtornos à população usuária. Ainda estão presentes na lembrança recente dos usuários daquela estrada, os sacrifícios que tiveram que enfrentar durante o último período chuvoso, para vencer parte do trecho entre Calçoene e Amapá.
Por mais de uma vez a BR-156 tanto no sentido norte como no sentido sul teve o fluxo de veículos interrompido, devido a queda de pontes de madeira, que sem manutenção, ou com manutenção mas, sem fiscalização para o peso que poderia receber, romperam e deixaram pessoas, mercadorias e veículos retidos e sem poder prosseguir a viagem que faziam.
As cidades de Macapá e Santana precisam de urgente atenção para que não seja tomada pelos buracos e se transforme e um risco maior para os condutores urbanos, tanto de carros leves como de carros de transporte coletivo ou de mercadorias.
Essas ações precisam ser iniciadas antes de dezembro ou, no máximo, até o mês de janeiro, então, precisam ser tomadas pela administração que se prepara para sair e, para isso, vai ser preciso muito espírito público para que o bem-estar da população seja colocado em primeiro lugar.
Não são apenas essas as medidas. Os pacientes internados nos hospitais, os professores na fase de elaboração do programa anual e os alunos se preparando para começar o ano letivo. O sistema de segurança social além dos programas que não podem ser solução de continuidade.

O empenho do novo governo para compreender essa fase será necessário como o espírito público do governo que sai que sabe dos problemas que serão gerados caso os procedimentos não sejam feitos a tempo e a hora. O período é curto e crítico.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A prova

Rodolfo Juarez
Depois de uma campanha eleitoral que deixa poucos bons exemplos, a eleição do domingo marcou o que a população, através dos eleitores, em sua maioria, anunciava desde o primeiro tuno – a vitória da oposição.
A situação, sempre representada por quem está no poder estadual, viu-se enfrenando várias frentes e deixou a impressão que não deu importância a todas e imaginou que poderiam superar todos os problemas, diminuindo a importância do adversário.
Não deu certo!
O enfrentamento à rejeição acumulada desde o começo da gestão não recebeu a atenção daqueles que se inscreveram para gerenciar o processo da campanha.
A obrigação de quem administra uma campanha é conhecer a realidade, sem rodeios ou fantasias. Até mesmo o candidato precisa ser alertado para as dificuldades que eventualmente enfrente. À vezes ele prefere seguir em frente do seu jeito, pois, a meta que desenhou tem outros propósitos.
No caso, a rejeição do candidato Camilo Capiberibe superava a metade da vontade do eleitor e, por mais que houvesse cem por cento de acerto na outra ponta da campanha, não alcançaria a maioria necessária para reelegê-lo governador do Estado.
A aposta foi alta, mas o erro foi grosseiro!
Não se deu atenção para a rejeição, ou se teve essa atenção foi equivocada, tanto que o resultado final não deixou qualquer dúvida.
Reconhecer os pontos fortes do adversário, mesmo sendo considerado inimigo, é também, uma obrigação de qualquer coordenador de campanha. E as preferências do eleitor estavam muito claras e, até, davam as dicas de como poderiam ser estancadas. Outra falha que não deixou o candidato da situação avançar.
Do lado da oposição, que tinha Waldez Góes como referência, havia uma  simpatia popular que se consolidava com cada agressão e com cada enxovalho que era praticado pelos adversários políticos.
Waldez Góes antes mesmo de ser candidato já havia sido vitimizado na avaliação da maioria do eleitorado que passou a se instalar como um exército de defesa de alguém que é agredido sem ter a condição de defesa.
Isso não foi percebido pelos “agentes” da situação.
Sem mudar a estratégia de luta e sem considerar a rejeição da maioria, cada dia ficava mais difícil avançar e cada dia da campanha ficava mais difícil mudar o cenário favorável, a priori, para quem faz a oposição.

As urnas serviram a penas para a prova dos noves.

sábado, 25 de outubro de 2014

Eleições 2014 e outras tiras

EM DIMA DA HORA
Os eleitores indecisos esgotaram o seu prazo de espera e decididos ou não vão às seções eleitorais neste domingo ou ficam de fora apenas torcendo pelo resultado. No primeiro turno a abstenção foi superior a 10% e, pelos fatores próprios do segundo turno de votação é de se esperar que esse número aumente, até pela falta de motivação, pois, além de não haver o apelo dos demais candidatos, a campanha no segundo turno não foi atraente.

VALE LEMBRAR
Uma abstenção de 12%, por exemplo, implica na ausência de 54.644 eleitores, número que fará falta na contabilidade do Tribunal para a eleição do Governador e do vice-governador. Os indecisos não entram em conta nenhuma, mas os que preferirem votar em branco ou anular o voto participam do processo, muito embora o seu voto não seja contado como votos válidos.

ESFORÇO
Foi grande o esforço dos organizadores das eleições deste ano para que o eleitor vá votar hoje. Acreditam que quanto menor a abstenção (falta do eleitor na seção de votação) mais legitimidade terá o eleito. Explicar isso para o eleitor está sendo difícil, a campanha dos candidatos não ajuda e as dificuldades que o eleitor enfrenta normalmente serão sopesadas no domingo.

IDENTIFICAÇÃO BIOMÉTRICA
Os eleitores também esperam não ter que passar por constrangimento na hora da identificação biométrica. Ocorre que na votação do primeiro turno, um dos responsáveis pelas filas que se formaram e o atraso no encerramento da votação, foi a dificuldade que o equipamento tinha para ler a digital recentemente registrada na base do Tribunal Regional Eleitoral.

BANDEIRADAS
O local preferido para as bandeiradas dos candidatos continuou sendo a orla de Macapá, principalmente os arredores do Forte São Jose de Macapá. As famílias que já tinham eleito o local como o preferido para o lazer do final de semana têm sido visto saindo, praticamente expulso do local que, apesar de ser público, já havia um costume da população de, aos sábados e aos domingos, ir para aquele local.

COMEMORAÇÃO
Nesse domingo já sabem que nem adianta ir para lá coma intensão de lazer familiar, pois o local é o preferido para a festa dos vencedores e a lamentação dos perdedores. Todas as correntes festivas tomarão aquele caminho e os órgãos de segurança sabem disso e já tomam as providências para que tudo amanheça bem na segunda-feira.

INTERIOR
Do interior do estado, principalmente nas concentrações urbanas mais significativas, chegam a informação de que o voto é buscado de forma irregular e sem qualquer respeito à chamada decisão livre e soberana do povo. Segundo as informações, a forma como foram feitas as campanhas não têm nenhum disfarce para que ela seja exercida contrária ao que manda a legislação eleitoral.

HOMENS & MULHERES
Dos 445.514 eleitores aptos a votar no domingo, 222.408 (48,825%) são de homens e 233.106 (51,175%) são de mulheres. Mesmo com a maioria nenhuma das chapas concorrentes no dia 26 tem o apelo de uma candidata mulher. Chapa PSB/PSOL tem dois homens, o mesmo acontecendo com a chapa do PDT/PP que também tem dois homens.

FAIXA ETÁRIA
Os eleitores estão divididos em 10 faixas etárias que possibilita uma análise bem próxima das intensões da população. A maior concentração do eleitorado esta na faixa entre os 25 e os 34 anos, com 127.388 eleitores (27,966% do eleitorado) e a faixa dos eleitores acima de 70 anos, com 1.850 eleitores (0,406 %)  é a que apresenta menor índice.

CURIOSIDADE
Do total de eleitores (455.514) , que representa 0,319% do eleitorado brasileiro, 343.319 foram cadastrados como solteiros (75,370%); casados 92.892 (20,393%); viúvos 8.061 (1,770%); separados judicialmente 3.427 (0,725) e disseram-se divorciados 7.815 (1,716%).

HORÁRIO DE VERÃO
Mesmo estando em período de horário de verão, em Macapá, como em todo o Estado do Amapá, não há modificação no horário de início e término da votação, isto quer dizer que o horário local vai ser a referência para a eleição no Amapá, ou seja, os trabalhos de votação começam às 8 horas e terminam às 17 horas.

ATENTOS
A fiscalização das eleições de 2014 estará atenta para a questão do transporte de eleitores que não poderá ser realizado por ondem de qualquer dos candidatos. Qualquer situação duvidosa será investigada pela fiscalização com a ajuda das forças nacionais que foram solicitadas pelo Tribunal e que estarão atuando em cinco municípios do Estado durante todo o dia da votação.

OS VICES
Os vices são os substitutos eventuais dos titulares eleitos pelo povo, entretanto, as coordenações de campanha não ligam muito para o vice e o deixam distante do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, mesmo assim o médico Papaléo Paes (PP), vice de Waldez e Rinaldo Martins (PSOL), vice de Camilo, quando tiveram oportunidade de participara da propaganda eleitoral o fizeram bem feito.

SEGUNDO TURNO
Tomara que o Tribunal Regional Eleitoral tenha dado um jeito para que a votação no segundo turno não tenham todos os problemas que foram listados no primeiro turno, principalmente com relação a identificação biométrica. Foi dito ao eleitor que era mais seguro e ele acreditou e não fica bem ele chegar lá e ter que fazer as 10 tentativas possíveis para que a máquina reconheça.

VOTAÇÃO
A votação no segundo turno será apenas para Presidente da República e Governador do Estado, por isso, bem mais rápido do que as cindo votações do primeiro turno. O eleitor está votando para um dos candidatos a presidente, anulando o voto ou votando em branco; o mesmo procedimento vai ser para a votação para governador do Estado: um ou outro, ou ainda branco ou nulo.

FALANDO EM VOTO NULO...
Para votar nulo o eleitor não dispõe de tecla, como no caso do voto em branco, mesmo assim pode anular o voto. A melhor maneira de registrar essa vontade é digitando, para cada votação – presidente ou governador – a tecla zero e confirmando. Assim você anulou o seu voto. Na votação de domingo serão apurados, para decidir o pleito, apenas os votos nominais. Brancos e nulos apenas para estatística.

OS VOTOS NULOS DO PRIMEIRO TURNO
No primeiro turno o eleitor anulou 29.895 votos quando votou para o Senado; 20.023 votos quando votou para governador; 10.706 votos quando votou para deputado federal e 7.771 votos quando votou para deputado estadual. Menos votos anulados refletem um maior número de votos válidos é por isso que, quando o assunto é voto válido, a votação para o senado foi a menor e a votação para estadual foi a maior.

RESULTADO
O resultado da eleição para governador do Estado do Amapá sai antes do resultado para Presidente da República, isto porque o Tribunal Superior Eleitoral terá que esperar a acabar a votação nos estados que têm duas horas de diferença de fuso horário para poder anunciar a primeira parcial. Isso quer dizer que o anuncio da primeira parcial será com mais de 50% dos votos apurados.

NO AMAPÁ

Apesar das dificuldades para chegar em algumas localidades onde foram instaladas seções eleitorais para votação, a questão foi superada com providências que vão dar condições para a transmissão de dados direto para o TSE que fará a totalização. Assim a Justiça Eleitoral espera terminar o processo de apuração para governador antes das 21 horas.