sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

As Escolas de Samba do Amapá

Rodolfo Juarez
Macapá/AP, 28.02.2014

As escolas de samba que disputam o titulo de campeã do carnaval amapaense a cada ano, vêm, com o passar do tempo, definindo a melhor forma para manter-se nesse seleto grupo, certamente um daqueles que conseguiu vida longa na sociedade local.
Nem mesmo os contratempos e as dificuldades novas que sempre se apresentam para os dirigentes, têm sido capazes de fazer desistir de qualquer uma delas, principalmente devido ao esforço, a dedicação e o compromisso dos seus dirigentes.
Motivos certamente não faltariam para as desistências, mas a renovação de forças e de ideais podem ser apontadas como as responsáveis pela manutenção não só da atividade, mas do incrível crescimento dos grupos que se fortalecem pela história que escrevem a cada carnaval e pelos sustos que acabam tomando todas as vezes que precisam fazer as contas para levantar os gastos.
Desde os barracões até a avenida do espetáculo, as dificuldades são muitas, mas todas superadas pela garra dos dirigentes e dos brincantes e pelo acatamento dos resultados, alguns difíceis de compreender, mas que, não raro são os ingredientes da retomada e a força para a inovação.
As seis vagas do Grupo Especial estão, em 2014, ocupadas pelas escolas: Maracatu da Favela, Piratas Estilizados, Boêmios do Laguinho, Piratas da Batucada, Império da Zona Norte e Solidariedade.
As quatro vagas do Grupo Especial estão ocupadas, agora em 2014, pelas escolas: Império do Povo, Cidade de Macapá, Unidos do Buritizal e Emissário da Cegonha.
As regras da competição alteram a composição todos os anos, com duas escolas saindo do Grupo Especial, as duas últimas colocadas na avaliação dos jurados, para compor o Grupo de Acesso no desfile seguinte, e duas escolas, as duas primeiras, deixam o Grupo de Acesso para compor o Grupo Especial.
Pode ser essa fórmula a responsável pela manutenção, em permanente crescimento, a qualidade interna das escolas e a qualidade externa do espetáculo que, cada vez mais, convence um número maior de pessoas, atraindo simpatizantes e melhorando as apresentações.
A geração de dirigentes se renova a cada ano, assim como a geração de interpretes de samba de enredo, de carnavalescos e, afinal, de todos aqueles que estão contribuindo para a profissionalização e a grandiosidade do evento.
Nem mesmo a fragilidade da associação que reúne as escolas de samba, que não tem conseguido manter-se em condições de representar e agasalhar os interesses das organizações tem sido motivo para influir na evolução do carnaval local.
As escolas têm se renovado, não apenas nas suas estruturas, mas também na sua razão, ampliando as suas finalidades e objetivos e atualizando as respectivas organizações administrativas, para poder suportar as novas exigências da nova escola.
O carnaval de 2014 será mais uma oportunidade que os artistas, responsáveis pelo espetáculo do carnaval, terão para mostrar a evolução das suas artes e a capacidade que têm para reunir até duas mil pessoas, de forma organizada, e fazê-las compreender o papel da apresentação que é feita em oitenta minutos, é resultado de muito trabalho, grande dedicação e especial emoção.
Faz tempo que se fala muito nos jurados e nos quesitos, mas sempre eles não superam a importância que têm o enredo, o samba de enredo, a bateria, a fantasia, a alegorias e os adereços, a harmonia, a evolução, a comissão de frente e o mestre sala e a porta-bandeira de cada uma das escolas.
GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA
EMISSÁRIOS DA CEGONHA

SÍNTESE HISTÓRICA
Em 1974, um grupo de jovens amigos que costumeiramente se encontravam na Praça Floriano Peixoto, no centro da cidade de Macapá, imbuídos da vontade de participar do carnaval da cidade, decidiu criar um bloco de carnaval que, por iniciativa da senhora Maria Augusta, foi fundado com o nome de Bloco Carnavalesco Emissários da Cegonha, nome que tem a ver com os próprios fundadores, a maioria jovens, casados e, naquela oportunidade, com várias esposas grávidas.
O bloco teve como primeira sede provisória a residência da senhora Deolinda Teixeira Cardoso, na rua Tiradentes, número 1410, esquina com a avenida Ataíde Teive, no Bairro Central.
Como os dirigentes tinham por costume se reunir na Praça Floriano Peixoto, após essa etapa inicial, o bloco passou a ser dirigido pelos familiares do Senhor Caveira, figura pública ilustre do bairro e morador antigo que, juntamente com a senhora Deolinda, desempenharam um papel muito importante para a instituição, com o incentivo ao bloco para participar do carnaval de rua, disputando as competição oficiais.
A participação do bloco nos desfiles oficiais rendeu-lhe o título de campeão do ano de 1976, com o tema “Sinal dos Tempos”, sendo essa conquista fator preponderante para a consolidação definitiva do bloco no bairro do Trem.
Por decisão dos seus membros, em 1987, o bloco Emissários da Cegonha é transformado no Grêmio Recreativo Escola de Samba Emissários da Cegonha, tendo como presidente o senhor Roberto Ribeiro que, juntamente com outros integrantes da diretoria realizaram um marcante trabalho na solidificação da escola junto à comunidade, chegando, em 1990, à conquista do título máximo do 2º grupo.
Em 1997, tendo como presidente Gilberto Martins, a escola conquista o primeiro título do 2º grupo da era sambódromo. Antes já havia conquistado o mesmo título nos anos de 1992 e 1995.
No período presidido por Paulo Chucre a escola acumulou os títulos, vencendo o segundo grupo nos anos de 1998 e 2000.
As cores oficiais da escola são: vermelho, azul e verde.

ENREDO PARA 2014
“Tem sonhos e mistérios nos mistérios e sonhos”

DIA E HORA PARA APRESENTAÇÃO
Sexta-feira, dia 28 de fevereiro, das 22h00m às 23h20m.

DESEMPENHO NO CARNVAL DE 2013
4ª colocação no Grupo de Acesso, onde permaneceu.


ASSOCIAÇÃO CULTURAL ESCOLA DE SAMBA
CIDADE DE MACAPÁ

SÍNTESE HISTÓRICA
A Associação Cultural Escola de Samba Cidade de Macapá foi fundada no dia 04 de outubro de 1964, como o nome de Embaixada de Samba Cidade de Macapá, por um grupo de carnavalescos, entre os quais Raimundo Barros e Alice “Gorda”, liderados pelo artista plástico R. Peixe, que vinha de uma dissidência havida no Bloco Piratas da Batucada, do Bairro do Trem.
Já neste ano a escola conquistaria a sua primeira vitória, quando recebeu o prêmio “Cultura Popular”, sendo este o motivo principal para continuar nas disputas do carnaval de rua macapaense.
O primeiro presidente da Escola foi o carnavalesco R. Peixe, que juntamente com os outros membros da agremiação tiveram marcante trabalho na consolidação da instituição, principalmente no Bairro Alto.
As cores oficiais da Escola de Samba Cidade de Macapá são o azul e o branco e tem como símbolo uma cartola e uma bengala, ambos dentro de um círculo com o nome da escola.
A Escola, além da conquista do prêmio “Cultura Popular”, tem em seu acervo os títulos de campeã do carnaval amapaense de 1965 e 1966, portanto um bicampeonato.
No ano de 1978, a Cidade de Macapá, alegando dificuldades financeiras, a diretoria da época o afastamento da escola das disputas por tempo indeterminado. Retorna aos desfiles em 1993, por iniciativa do filho de R. Peixe, Sidney “Peixinho”.

ENREDO PARA 2014
“Do Maranhão para o Amapá, a viagem poética de um político vencedor”

DIA E HORA PARA APRESENTAÇÃO
Sexta-feira, dia 28 de fevereiro, das 23h30m às 00h50m.

DESEMPENHO NO CARNAVAL DE 2013
6ª colocação no Grupo Especial, rebaixada para o Grupo de Acesso.


ASSOCIAÇÃO RECREATIVA IMPÉRIO DE SAMBA
SOLIDARIEDADE

SÍNTESE HISTÓRICA
O Grêmio Recreativo Império de Samba Solidariedade nasceu durante um bate-papo, em um domingo, rotina entre amigos que moravam no bairro Jesus de Nazaré.
Na rodada de bate-papo estavam presentes: Raimundo Lino da Soledade (Dico), Porfírio Souza dos Santos, Francisco Barriga Fortunato (Mariposa), Manoel Nunes Ramos (Duca), Adelson da Silva Uchoa, Raimundo Nonato Nunes da Soledade, Pedro Crispim e Wilson Maciel de Araújo (Careca). Esse grupo conversava alto e consumia os petiscos de dona Maria Vilça Nunes Nogueira, que preferia ser chamada de Tia Vilça pelos íntimos.
Dona Vilça era a dona do barzinho, ponto de encontro do pessoal do bairro.
Nesse dia, a conversa já estava pelo meio quando chegou o Beloca (Belarmino Cezar Picanço) alertando: “todos os bairro de Macapá têm uma escola de samba ou um bloco carnavalesco, apenas nós não temos, isso não pode acontecer...”
- Será que não temos competência? Disse Beloca.
- Tivemos sim, responderam em coro. Tu não lembras do Bloco da Vila do IPASE?
- Tá certo. Mas não vingou.
A prosa teria virado completamente do foco costumeiro e uma discussão, onde todos falavam, tomou conta do ambiente.
Quando Beloca fez mais ums intervenção:
- Chega de discussão. A hora é de decidir. Vamos ou não vamos criar o bloco para brincar o carnaval?
Nesse momento a “Tia” Vilça, esposa do Dico, entrou na conversa e disse:
- O Terreno da minha casa (Ana Nery/Leopoldo Machado) está à disposição de vocês para usar para o bloco.
A partir desse momento as coisas tomaram outro rumo, as tarefas foram distribuídas e, quando saíram de lá, cada um já sabia o que fazer.
No dia 15 de janeiro de 1983, era fundado o Bloco Solidariedade, nome sugerido por Beloca e Adelson, como sendo uma referência e homenagem o Sindicato dos Trabalhadores Poloneses, que estava em evidência como exemplo de interação, força e determinação.
O nome foi aprovado por unanimidade e sem qualquer restrição, pois tinha o espírito que todos haviam pensado para o bloco.
As cores adotadas foram o verde, o vermelho e o branco, por sugestão de Nonato e Careca, dando origem à bandeira com um circulo branco no meio, com duas mãos cruzadas em forma de cumprimento.
Em 1984 o bloco é transformado em escola de samba e recebe o nome de Grêmio Recreativo Império de Samba Solidariedade e adota o jacaré como símbolo, quando desenvolveu o enredo “De Jacareacanga a Jesus de Nazaré”, uma homenagem à própria comunidade.
O primeiro samba enredo da escola foi composto em 1983 por Tadeu e interpretado por Beloca. O primeiro mestre-sala foi Paraguaçu e a primeira porta-bandeira foi Socorro Nascimento. A batuta para ser o primeiro mestre da bateria foi entregue para o Porfírio, que teve o auxílio de José Maria. A primeira costureira da escola foi Maria Braga e, segundo os amantes da escola essa equipe conquistou o respeito, o amor e o carinho dos moradores do Bairro Jesus de Nazaré.

ENREDO PARA 2014
“Alenquer a ‘Cidade dos Deuses’: esculpido por ti natureza e envolvida pela magia e os mistérios da floresta Ximanga”.

DIA E HORA PARA APRESENTAÇÃO
Sexta-feira, dia 28 de fevereiro, de 01h00m às 02:20m.

DESEMPENHO NO CARNAVAL DE 2013
2ª colocação no Grupo de Acesso, promovido para o Grupo Especial.


ASSOCIAÇÃO RECREATIVA E CULTURAL ESCOLA DE SAMBA
PIRATAS DA BATUCADA

SÍNTESE HISTÓRICA

O Piratas da Batucada surgiu para o carnaval de rua, em Macapá, no carnaval de 1962, quando um grupo de animados brincantes do carnaval, do bairro do Trem, resolveu ir para as ruas do bairro, fantasiado de pirata, conforme idealizado por Raimundo Braga de Almeida, que mais tarde seria reconhecido como o grande artista plástico R. Peixe.
O nome da escola foi inspirado no rótulo da garrafa do Rum Montilla, bebida apreciada e bastante consumida pelos foliões da época antes de ir para as ruas e avenidas. A principal fantasia era composta a partir de um pirata com um papagaio no ombro que, até nos tempos atuais, é preservado como o principal símbolo da escola.
O interessante é que os primeiros membros do bloco estavam diretamente vinculados à três das principais agremiações esportivas e culturais do bairro: Trem Desportivo Clube, Atlético Latitude Zero e Grupo Escoteiro do Mar Marcílio Dias.
Mesmo como bloco carnavalesco, a Piratas da Batucada, por decisão do seu carnavalesco R. Peixe, foi a primeira instituição carnavalesca a introduzir na sua bateria instrumental metalizado, e fazer as primeiras propostas que podem ser consideradas como alegorias próprias do carnaval.
Sob o comando de Luiz do Apito, a bateria dos piratas se tornou uma das mais famosas do carnaval amapaense, sendo a base da grande bateria que a escola leva para a avenida nos tempos atuais.
A partir do dia 31 de março de 1973 a escola passou a ser designada de Associação Recreativa Piratas da Batucada, passando esta a ser a data oficial de fundação da escola por decisão de um grupo de carnavalescos do bairro do Trem, entre os quais se destacaram: Jaconias Araújo, Walber Damasceno, Antonio Pinheiro “Pancho”. O primeiro presidente da Associação Recreativa Piratas da Batucada foi o carnavalesco Walber Damasceno Duarte.
As cores oficiais da associação são: amarelo, escolhido com a cor básica principal, o azul, o vermelho e o branco.
Piratas da Batucada já conquistou 13 títulos, além de dividir o título de 2001 e ter sido protagonista de uma das maiores indecisões no carnaval local, havida em 2010 que, depois de ser declarada campeã, acabou perdendo o título depois de uma batalha judicial sem precedentes.
É a escola que acumula mais títulos a partir de 1997, exatamente quando começaram a ser realizados os desfiles no Sambódromo.
Hoje o nome da escola está ampliado para poder atender aos objetivos da entidade e chama-se Associação Recreativa e Cultural Escola de Samba Piratas da Batucada.

ENREDO PARA 2014
“40 anos de glória e superação – o renascimento de um campeão”


DIA E HORA PARA APRESENTAÇÃO
Sexta-feira, dia 28 de fevereiro, das 02h30m às 03h50m

DESEMPENHO NO CARNAVAL DE 2013
4ª colocação no Grupo Especial, onde permaneceu.


GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA
PIRATAS ESTILIZADOS

SÍNTESE HISTÓRICA

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Piratas Estilizados foi fundado no dia 05 de janeiro de 1974, como bloco de animação, pela estilista Celi Del Castilho que foi a primeira presidente e desfilou seis anos como bloco, conquistando cindo títulos nessa categoria.
A partir de 1980 Piratas Estilizados passa a ser escola de samba e vence o carnaval de 1996, marcante porque foi a última edição da competição na Avenida FAB, uma vez que a partir de 1997 o desfile das escolas passou a ser no Sambódromo.
O Piratas Estilizados sempre apresentam um carnaval criativo, com a participação feminina muito forte, sendo ousado em seus enredos e esperado como muita expectativa na avenida.

ENREDO PARA 2014
“No meio do mundo a Banda vai passar”

DIA E HORA PARA APRESENTAÇÃO
Sexta-feira, dia 28 de fevereiro, das 04h00m às 05:20m

DESEMPENHO NO CARNAVAL DE 2013
2ª colocação, vice-campeã do Grupo Especial, onde permaneceu.


GRÊMIO RECREATIVO CULTURAL ACADEMIA DE SAMBA
UNIDOS DO BURITIZAL

SÍNTESE HISTÓRICA

O Grêmio Recreativo Cultural Academia de Samba Unidos do Buritizal, tem sua base geográfica no bairro mais populoso da cidade de Macapá.
A escola foi fundada no dia 22 de junho de 1990, por uma grupo de pessoas do bairro, entre as quais: Cila França Trindade, Nair Rodrigues França, Graça Monteiro, Ricardo Mesquita, Arcilene França Trindade, Filomeno Araújo, Almir Maciel e Reginaldo França.
Neste mesmo ano de 1990, a Unidos do Buritizal filiava-se à Associação das Escolas de Samba do Amapá, depois substituída pela Liga das Escolas de Samba do Amapá, sucedida pela Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá, e fazia a sua primeira apresentação nos desfiles oficiais.
O primeiro presidente da Escola foi o carnavalesco Reginaldo Costa França, que conduziu administrativamente a agremiação por apenas 8 meses, assumindo após esse período, uma junta governativa que realizou a primeira eleição da escola e que teve como vencedora, para um mandato de 4 anos, a professora Cila França Trindade.
As cores oficiais do estandarte da instituição são: azul, branco e amarelo dourado. Tem como símbolo principal a palmeira buritizeiro, de onde vem o nome do bairro – Buritizal.
 A escola, desde a sua fundação, jamais deixou de participar de um desfile oficial.
Em 1997, ano de inauguração do sambódromo macapaense, conquistou o título do segundo grupo com o enredo “Lendas e Mitos na Terra de Santa Ana”.

ENREDO PARA 2014
“Essa tribo é minha rua. Minha e tua buriti”

DIA E HORA PARA APRESENTAÇÃO
Sábado, dia 1º de março, das 22h00m às 23h20m.

DESEMPENHO NO CARNAVAL DE 2013
3ª colocação no Grupo de Acesso, onde permaneceu.


ASSOCIAÇÃO RECREATIVA ESCOLA DE SAMBA
IMPÉRIO DO POVO

SÍNTESE HISTÓRICA

A Associação Recreativa Escola de Samba Império do Povo foi fundada por um grupo dissidente da Escola de Samba Império Santanense, que chegou a participar do desfile oficial das escolas de samba de Macapá, conseguindo o 2º lugar.
Do grupo dissidente destacam-se: Rosivaldo Braga, Belcivaldo, Rogel Braga, Ricardo, Kito do Império, Roosivelt, Fernando Pinto, Ancelmo, Marinelza, Marco Antônio, Antônio Arinaldo, Carlos Lubi, Odenilson, Antônio Wilson, Paulinho e vários outros moradores do Bairro Comercial da Cidade de Santana que formavam o Bloco do Povo, considerado a instituição que foi transformada em escola de samba.
O Bloco do Povo participava, com brilhantismo, do carnaval de Santana, rivalizando com o Bloco Constituinte a preferência dos santanenses.
A necessidade de transformar o bloco em escola, para poder participar das competições oficiais em Macapá foi o que levou, no dia 03 de fevereiro de 1993, a transformação.
A estreia nas disputas aconteceu no terceiro carnaval do Sambódromo, em 1999, sob o comando do presidente Rosivaldo Braga.
A Escola de Samba Império do Povo adotou como símbolo a figura de uma águia imperial, que consta da sua logomarca e tem como cores oficiais o verde e o branco.
Após a primeira participação em 1999, apesar do grande desafio de trazer uma escola de samba de Santana, a pouca experiência carnavalesca de seus membros, o baixo poder aquisitivo demonstrado pela população, o que obriga a comercialização das fantasias a preços populares para viabilizar a participação da comunidade, a dificuldades de transportar todos os componentes e alegorias, a Império do Povo vem se notabiliza por realizar grandes desfiles.
A Associação Recreativa Escola de Samba Império do Povo conquistou o seu primeiro título no Sambódromo no carnaval de 2008, depois de conquistar o coração e a confiança dos carnavalescos e da torcida amapaenses.

ENREDO PARA 2014
“No palco da folia a Império anuncia: Porto de Santana – do Amapá para o mundo”

DIA E HORA PARA APRESENTAÇÃO
Sábado, dia 1º de março, das 23h30m às 00h50m.

DESEMPENHO NO CARNAVAL DE 2013
5ª colocação no Grupo Especial, rebaixado para o Grupo de Acesso.


ESCOLA DE SAMBA MOCIDADE INDEPENDENTE
IMPÉRIO DA ZONA NORTE

SÍNTESE HISTÓRICA

A Escola de Samba Mocidade Independente Império da Zona Norte até o ano de 2010 era denominada Escola de Samba Mocidade Independente Jardim Felicidade, uma homenagem ao bairro que lhe servia de endereço, em Macapá.
Tem como data de fundação o dia 2 de julho de 1987, tem como escola madrinha a Portela do Rio de Janeiro.
As cores principais são o azul, o amarelo e o branco. O símbolo é a uma águia.
Em 2009, com o enredo “A Odisseia de um Mestre Sala que virou Rei Negro na Corte do Carnaval”, sagrou-se campeã do Grupo de Acesso, com direito a desfilar no Grupo Especial.
Em 2010, inicialmente foi declarada campeã, junto com todas as demais escolas do Grupo Especial, porém após a abertura dos envelopes e a desclassificação de uma das concorrentes, ficou em 4º lugar.

ENREDO PARA 2014
“Dos jardins do mundo eu faço um império de ilusões”

DIA E HORA PARA APRESENTAÇÃO
Sábado, dia 1º de março, de 01h00m às 02h20m.

DESEMPENHO NO CARNAVAL DE 2013
1ª colocação no Grupo de Acesso, promovido para o Grupo Especial.


ASSOCIAÇÃO UNIVERSIDADE DE SAMBA
BOÊMIOS DO LAGUINHO

SÍNTESE HISTÓRICA

A Associação Universidade de Samba Boêmios do Laguinho foi fundada no dia 02 de janeiro de 1954 por um grupo de boêmios moradores bairro do Laguinho, tendo como primeiro presidente o senhor Benedito dos Passos, o Mestre Bené.
Está estabelecido na avenida General Osório, no “coração” do bairro do Laguinho, em sede própria.
Sua característica principal é a preservação da identidade de agremiação carnavalesca, pela manutenção de suas raízes, como a Ala de Veteranos, Ala de Compositores, além do inconfundível vermelho e branco, cores adotadas desde a sua fundação.
Em 2014 a associação completou 60 anos sendo a maior detentora de títulos do carnaval amapaense, 15 conquistados sem qualquer contestação, um dividindo o título, isso em 2001 e outro, em 2010, um título contestado e que pode ser contado à parte, mas sem qualquer demérito para a escola.
A escola tem o maior número de conquista dos carnavais já realizados no Amapá.

ENREDO PARA 2014
“É boemia, amor!”

DIA E HORA PARA APRESENTAÇÃO
Sábado, dia 1º de março, das 02h30m às 03h50m.

DESEMPENHO NO CARNAVAL DE 2013
3ª colocação no Grupo Especial, onde permaneceu.


GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA
MARACATU DA FAVELA

SÍNTESE HISTÓRICA

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Maracatu da Favela foi fundado no dia 05 de julho de 1947, mas só 10 anos depois, em 15 de dezembro de 1957, os documentos de fundação da escola foram registrados em cartório.
Da fundação até agora há unanimidade quanto à melhor sambista que a Escola e o Amapá já conheceram – a Maria Sambista.
Maria Gonçalves defendeu e consolidou a verde-rosa, com magia dos seus requebros e a simpatia nas suas apresentações.
São destacados como fundadores da escola Maracatu da Favela: Vagalume, Gertrudes, Pinheirense e as filhas da Generosa e do Velho Peres: Luzia, Domingas, Esmeralda e Lelé. Fazem parte desse grupo: Manoel de Souza, os irmãos Cadico, Biló, Raimunda Mendes, Carioca “Alcides”, Zeca Serra, Heitor de Azevedo Picanço, Heitor de Azevedo Picanço, Cândido e Geraldo.
Embora nos registros oficiais a Favela não tenha recebido a designação oficial de bairro, esse local da cidade de Macapá está muito presente na memória coletiva dos macapaenses como oriunda das intervenções de política urbana implantadas na década de 40, após a instituição do Amapá como Território Federal. Naquele tempo os moradores da frente da cidade foram transferidos, contra a vontade, para as áreas periféricas de então, que passaram a ser conhecidas como Favela e Formigueiro.
Maracatu da Favela participou da maioria das batalhas de confete que foram realizadas na Praça Barão do Rio Branco, no Centro, e na Bar do Barrigudo, no bairro do Trem.
Maracatu da Favela acumula 9 títulos. O primeiro foi conquistado em 1975 e foi a escola campeã nos dois últimos anos: 2012 e 2013.
 
ENREDO PARA 2014
“Acredite se quiser...”

DIA E HORA PARA APRESENTAÇÃO
Sábado, dia 1º de março, das 04h00m às 05h20m.

DESEMPENHO NO CARNAVAL DE 2013

1ª colocação no Grupo Especial, campeão de 2013, onde permaneceu.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Os outros candidatos

Rodolfo Juarez
Se não é possível esperar surpresas do tamanho daquelas havidas nas eleições de 2010, também não será por isso que os pequenos partidos deixarão de apresentar os seus pré-candidatos ao Governo do Estado.
E isso é bom! Pelo menos demonstra que serão oferecidas alternativas para o eleitor e, mas do que nunca, caberá a eles definirem aquele que pode executar os projetos que gostaria que fossem executados.
Faltando pouco mais de sete meses e ainda tendo antes uma Copa do Mundo, os eleitores se preparam para não serem apanhados de surpresas e, também, para a necessidade de permanecer atento a tudo o que acontece no Estado e, principalmente, na gestão da área pública do Estado.
A participação direta de partidos que ainda não tiveram a chance de governar o Estado ou de ter em suas fileiras representantes federais ou estaduais, devido as circunstância, não apenas nacionais, mas mundiais, podem, perfeitamente, obter sucesso e garantir uma cargo para o seu filiado.
Estão reservadas 36 vagas para os que tiverem as suas candidaturas aprovadas pelos partidos e registradas no Tribunal Superior Eleitoral: 24 para deputado estadual, 8 para deputado federal, uma para senador e outra para suplente de senador, além de uma para governador e outra para vice-governador.
É por isso que a perspectiva é grande e as avaliações bastante animadoras, pois, se observa que muitos têm grandes chances, basta se organizar e não permitir que a candidatura seja maculada por agentes que possam prejudicar a saúde da proposta e, principalmente, a mensagem do candidato.
No geral, mesmo com chances reduzidas de vencer uma eleição, o que o povo gosta de ver e o eleitor sente vontade de ter é alternativa, para fugir da mesmice, dos costumes, que acabam formando uma rede forte e muito mas muito comprometida ou com o passado, ou com a família, ou com a linha política.
O vigor da campanha vai estar diretamente relacionado ao nível de exigência do eleitor. Esse agente importante da democracia, lembrado muito mais na época da eleição, do que no dia da matricula de seu filho, no dia do exame médico de um dos seus parentes, ou no dia de oferecer a segurança que tanto gostaria de ter.
A Democracia dá essas oportunidades para o eleitor que, em nome do povo, vai às urnas sufragar o nome do futuro dirigente, exatamente aquele ao qual vai entregar o comando do Estado, a representação federal do povo e do Estado e a representação do povo do Estado no parlamento estadual.
Mesmo assim é importante levar isso em consideração, observando o comportamento e o potencial compromisso do candidato com o desenvolvimento do Estado e, principalmente, com o bem estar da população.
São questões bem simples, mas que não admitem falhas. Qualquer delas é imperdoável porque as consequências são imprevisíveis.
E muito cuidado com aqueles que se agarram com os donos de muito dinheiro e se comprometem em defender projetos não republicanos e que funcionam contra os interesses do povo e que acabam ficando acima do domínio do eleito, exatamente porque, antes da eleição, vendeu o compromisso que disse ter com o povo para aquele magnata ou endinheirado que não olha para o povo.
As populações de diversas partes do mundo estão dando exemplo do que precisa ser feito, isso em uma situação extrema, onde acaba comprometendo bens, valores e a própria vida de membros de uma comunidade que simplesmente errou e percebeu, mas que também “descobre” que a dura traição que o eleito exerce com o povo, pelo comportamento e pelas decisões.

Acautelar-se ainda é o melhor comportamento. Prevenir-se ainda é o comportamento padrão para que os erros sejam minimizados, pois, do contrário, só daqui a quatro anos a chance de acertar será oferecida. 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

PSB & PSOL: O tempero esquecido

Rodolfo Juarez
Por essa o PSB não esperava e, por isso, não está conseguindo se posicionar frente ao PSOL, sem saber se ainda pode continuar alimentando a esperança na aliança para as disputas eleitorais de 2014 ou se o prejuízo é menor deixando de lado os elementos de comunicação que ainda restam.
Muito embora os dirigentes do Partido Socialista Brasileiro do Amapá soubessem que a política precisa ser conduzida conforme a sua delicadeza, também podiam entender que o objetivo de qualquer grupo político, principalmente quando organizado em um partido político, é a conquista do poder.
Está certo que ninguém “engorda a cobra para ser engolida por ela”, uma situação dessa além de ser indesejada é sempre surpreendente, pois a primeira coisa que um aliado esquece-se do outro, é a fidelidade bem como a necessidade de conhecer todos os segredos ou aqueles mais importantes.
Qualquer dirigente partidário precisa entender que, da mesma forma como imagina fazer com que o seu partido vença as eleições, os dirigentes dos partidos aliados, ou não, também pensam.
Como o objetivo é o mesmo, então resta sair para o convencimento do eleitor.
O PSOL, depois que elegeu um Senador da República pelo Amapá, teria que sonhar com outras possibilidades, por isso não teve dúvida quando saiu para a disputa da prefeitura da Capital e obteve sucesso. Primeiro acreditou que podia vencer, depois acreditou nos incentivos vindos dos limites de Macapá e de fora de Macapá, e venceu o pleito e, não só isso, venceu os dois maiores grupos políticos instalados no Amapá: aquele que está comandando o PDT e o que está comandando o PSB.
Uma vitória assim, até faz esquecer as circunstâncias e transforma as forças internas em verdadeiras resistências de superfície.
No momento, no Amapá, não tem partido que tenha chance de vencer uma eleição majoritária sem alianças.
A tradição na política amapaense é de ter uma oposição forte. Isso não é de agora, mesmo assim, os dirigentes partidários têm dificuldades para assimilar essa realidade.
O sentimento de oposição é muito mais frequente no meio dos eleitores, do que entre as lideranças partidárias.
As razões são variadas, de cunho essencialmente sociológicos, mas também tem aqueles de sentimento político, permeado por modelos trazidos de outros centros, principalmente aqueles que envolvem, de maneira total, lideranças independentes que não tiveram reconhecidos o seu valor.
Apenas o eleito entende que a campanha eleitoral acaba quando o resultado da eleição é promulgado.
Os aliados não.
Ficam sempre na expectativa do reconhecimento, que necessariamente não é de cargo, mas de interesse em manter a aliança que deu resultado.
Nessa prova nenhum eleito para cargo público obteve aprovação. Todos são reprovados, pois, dá a impressão que os aliados de ontem, passam a ser os inimigos de agora, pois querem ser ouvidos.
Essa condução pós-eleição é difícil e o resultado dos erros só é notado quando mais os dirigentes partidários, o partido e os candidatos precisam de apoio.
Um tempero que foi esquecido e que está fazendo falta na composição entre o PSB e o PSOL.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

A população não se conforma com migalhas

Rodolfo Juarez
Os prefeitos municipais dos municípios do Estado do Amapá não têm sido poupados pelos adversários políticos e pela população. Tem sido desprezados pela maioria dos “padrinhos” políticos, principalmente os dirigentes partidários, mas continuam sendo contados como importante cabo eleitoral para as eleições regionais.
Nesse momento cada prefeito, seja do pequeno, médio o grande município do Estado recebe o paparico dos candidatos a governador, senador, deputado federal e deputado estadual, seja para atender questões da futura campanha eleitoral, seja para a troca de favores inconfessáveis, alguns coberto sobre o manto da parceria.
Recentemente um dos candidatos a governador, muito ligado a um prefeito municipal de um dos municípios amapaenses, demonstrou a sua definição do que identifica como parceria. Os aliados do atual governador do Estado, não gostaram de definição e passaram a apresentar as suas (deles) próprias definições, deixando claro que, parceria tem que ter mão dupla e tem que ser material, tendo como principal “moeda” o voto nas urnas.
Acontece que muitas das dificuldades vividas pelos gestores municipais são decorrentes da falta de definição do papel de cada qual: governador e prefeito. Não é porque um tem a função específica de cuidar da cidade, que o outro não tenha a função complementar.
Para que isso se torne uma realidade organizada não é preciso que os dois tirem fotos juntos, mas que os dois tenham um programa que se complementem. Nada pode ficar a mercê da boa vontade, ou da má vontade, de um ou de outro.
Pobres como estão e sobrecarregados de serviço, os municípios, assumem o polo hipossuficiente da relação, ficando dependente, na maioria das vezes, do “bom relacionamento pessoal” entre o governador e o prefeito. Uma situação que não contribui para os interesses da população, mas é fundamental para os interesses pessoais de uma das partes ou o interesse partidário de um dos grupos políticos.
Aqui no Amapá as questões de dependência são ainda mais evidentes, pois, até agora, os políticos ainda não entenderam a linguagem da população. No máximo entendem a linguagem dos seus partidários, correligionários ou aliados, dividindo o que faz entre o mérito de quem manda e o demérito de quem quer mandar.
Essa disputa de “quem manda” com “quem quer mandar” vem prejudicando as conquistas sociais e fazendo com que “quem manda” tenha como sua principal estrutura a Secretaria de Comunicação, com projetos ambiciosos de incutir na cabeça do povo de que a verdade é aquela que defende e, não só isso, apenas aquela.
O tempo passa e o mesmo tempo consome o mandato e o mandatário, que sempre sai muito mais experiente em brigas e em “engolir sapo”, mesmo reconhecendo os traidores entre aqueles dos quais se cercou.
O resultado chega à população em migalhas e/ou atrofiados pelo tempo, seja pela demora injustificável, seja pela espera angustiante.
Seria bem mais fácil que as instituições executoras definissem o que vão fazer em um plano comum. Para isso não é preciso tirar foto, não é preciso fazer “café da manhã” ou chamar coletiva de imprensa para demonstrar união. Essa, a união, todos estão sabendo que se trata de oportunismo eleitoral e que não tem união.
Dessa forma a população, que precisa cobrar, tem como alvo principal o prefeito, seja de Macapá, Santana, Laranjal ou de qualquer outro município. É sempre ele o culpado, chegando a não perceber que as forças do estado, muito maiores, se recolhem tendo como cortina de proteção, as forças do município.
Chega ser até ser desesperador, pois, afinal de contas, além de não contribuir, ainda usa a frágil força municipal como escudo de proteção.

O fraco acaba sendo o grande protetor do forte. O poderoso coloca o frágil para fazer a sua defesa e na hora que quiser sai como “salvador da pátria” e asfaltando algumas ruas, fazendo algumas casas, sem esquecer em aumentar a sua frequência na mídia.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Carnaval: mudança que desagrada

Rodolfo Juarez
A uma semana da apresentação das escolas de samba do Amapá na competição do Sambódromo, os organizadores ainda estão mexendo, ou prometendo mexer, na forma de avaliação que vai definir quais as escolas que mudarão de grupo para o carnaval de 2015.
O anúncio deste “ajuste”, mesmo que definido pelos poderes da própria instituição que é formada pelas escolas samba, precisa ser muito bem avaliado, pois, outros agentes privados e públicos, aderiram ao projeto e estavam certos de que não haveria mais alteração - por mais simples que fosse -, nas regras que estavam aprovadas.
A decisão que foi tomada pelos que têm a responsabilidade sobre o resultado do evento está arriscando todas as conquistas feitas até agora. Mesmo que seja para atender a uma situação inadiável da instituição, altera o que foi ficou subtendido tacitamente às instituições participantes, mas também o que ficou explicito nos contratos feitos com os patrocinadores, especialmente aquele firmado com as instituições públicas – Governo do Estado e Prefeitura do Município de Macapá – que já repassaram dinheiro público para a realização do evento.
A intimidade da organização e os motivos que certamente têm os dirigentes da entidade que é responsável pelas apresentações das escolas, avaliação do desempenho e a classificação final, devem ser fortes e terem justificativas robustas para arriscar, com tanta intensidade, a credibilidade do evento.
Uma das questões que precisa ser esclarecido é se os patrocinadores, entre eles o Governo do Estado e a Prefeitura de Macapá, sabiam que havia uma pendência a ser definida e que influenciaria não só no carnaval de 2014, mas também, no carnaval de 2015, com a mudança de paradigmas decisivos para a classificação das escolas.
Imaginar que o assunto só interessa para o Carnaval e, mais precisamente, aos dirigentes do desfile dos dias 28 de fevereiro e 1º de março, é minimizar demais a importância dos compromissos assumidos pelas escolas e a própria liga.
Se os patrocinadores sabiam que havia essa pendência, então também sabiam dos riscos que poderia correr. Se tudo está explicito no contrato de patrocínio, então não há o que acrescentar. Agora, se os patrocinadores não sabiam, há de se entender que a medida que altera as regras da competição, inclusive diminuindo o número de escolas que caem para o grupo de acesso ou desse grupo, sobem para o grupo especial, agride violentamente, o bom senso e deixa aberta a exibição a má-fé.
Será que se os patrocinadores soubessem dessa pendência teriam assumido a responsabilidade pelo patrocínio que foi negociado entre eles e os organizadores do evento?
Será que os gestores do dinheiro público não sentiram necessidade de analisar, detalhadamente, o projeto que foi apresentado para a tomada de decisão?
O fato é que muitos dos que integram a entidade que assumiu a responsabilidade pela organização e execução do carnaval não estão satisfeitos com a mudança, criando um ambiente de desconfiança, inclusive entre dirigentes de escolas que estão prontas para participar dos desfiles, conforme a regra dos outros anos e que lhes tinha sido dado conhecimento.
Quando as regras mudam, em cima da hora, mas que são para melhorar o espetáculo, ninguém reclama, mas quando acontece o que está acontecendo, com prejuízos morais e materiais, para, pelo menos, três escolas, então isso não pode prosperar e deve ser corrigido imediatamente, antes que de enfraqueça o evento na sua principal sustentação: as próprias escolas.

Ninguém acredita que se trata uma manobra para favorecer esta ou aquela escola, mas é exatamente essa possibilidade que está povoando a imaginação de alguns dirigentes, de todos os patrocinadores, dos brincantes e dos observadores.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O efeito Zerão

Rodolfo Juarez
É possível que o governador Camilo tenha percebido a importância dos investimentos em obras no Amapá, depois das possibilidades que viu abrir-se com a reabertura do Estádio Estadual Milton de Souza Correa.
Deixando de lado os exageros propagados pelos arautos inconsequentes, ficou claro que, mesmo correndo riscos políticos, a questão eleitoral tem chances de avançar satisfatoriamente, desde que seja dosado o assunto, tanto para não irritar a fiscalização eleitoral, como para acalmar aquele que precisam agradar o “chefe”, mesmo que para isso tenha que esconder os erros que os outros e eles mesmos cometem.
O futebol, como o carnaval, tem um grande número de pessoas que estão dispostas a cooperar, fazendo funcionar o meio que lhe é colocado à disposição.
O que passa a impressão é que os gestores estaduais ficaram - ou se sentem - reféns dessas duas atividades que são eminentemente sociais, mas, desde quando o setor público, para participar com primazia, se dispõe a gastar dinheiro público, e muito dinheiro público, na execução daquelas atividades, encruando as iniciativas dos dirigentes do carnaval e do futebol e privilegiando a mediocridade ou aqueles que são oportunistas e querem fazer meio de vida de uma atividade social, baseada no prestígio e na honraria.
Como no carnaval e no futebol, as outras manifestações sociais também só acontecem ser receberem o mesmo tratamento: com os festivais que são realizados conforme a época ou conforme a disposição deste ou daquele dirigente.
Mas voltando para o ponto principal, basta prestar a atenção para a falta que faz a conclusão da obra do Canal da Mendonça Júnior, do Shopping Popular, do Complexo Beira Rio (etapa da frente da Residência Oficial), do Píer 2 do Orla do Bairro Santa Inês, do Hospital do Câncer, de melhoria das rodovias estaduais Duca Serra e JK.
Deixar essas obras como estão prejudicam o resultado das outras, quando o munícipe é levado a observar apenas os pontos negativos, como são muitos, encobrem os pontos positivos, deixando todo mundo aborrecido, inclusive o governador. O secretário para agradar, ou mudar o clima, prefere dizer para “não dar ouvidos”, pois, os que reclamam “são da oposição”.
Basta lembrar que todos (ou a maioria), da “oposição” ou da “situação”, moram na mesma cidade e sentem os mesmos problemas ou convivem com esses mesmos problemas, com uma diferença básica: a “oposição” vê o lado ruim da bondade; e a “situação” e os “aliados”, destacam o lado bom da maldade.
O exemplo do Estádio Estadual, que foi reaberto na sexta-feira passada, dia 15, só não terá efeito positivo se o local tiver, outra vez, desvio de finalidade, ou seja, por exemplo, colocando no Estádio um Batalhão da Polícia Militar, um guarnição do Corpo de Bombeiros Militar, uma repartição da Secretaria de Esporte e Lazer, ou outra qualquer atividade, inclusive não governamental.
O Estádio Estadual tem as suas dependências preparadas para dar conforto àqueles que vão lá ver os jogos de futebol ou as competições relacionadas, mas apenas isso e lá deve estar apenas administração do próprio estádio, não para ser vigia, mas com poder de decidir questões importantes e que tenham referência com a sua finalidade.

Tomara que o governador tenha percebido isso e, além de dar continuidade à obra e terminar o que falta, também entenda, ele e seus auxiliares, que ali é um local para realização de competições oficiais, nem que para isso tenha que cobrar dos responsáveis pela Federação de Futebol, um calendário para fazer com que o uso, além de ser racional, seja pleno.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

José Jansen


José Jansen
Dois momentos da vida de José Jansen: um no seu local de trabalho em Macapá, na Avenida Mendonça Júnior, no Centro da Cidade e outro, participando de um simpósio de futebol, no Rio de Janeiro, ao meu lado (Rodolfo Juarez) e do Bolero (João Bolero Neto).
José Jansen foi um dos fundadores de uma grande instituição literária no Amapá e a publicação é um pedido do Paulo de Tarso, que não tem registro fotográfico de tão importante amapaense.

BR-156: Trecho sul

Rodolfo Juarez
A construção de uma estrada seja federal, estadual ou municipal, não depende apenas da disponibilização do dinheiro para a obra, mas de um projeto que precisa ser discutido, considerando todos as elementares constitutivas da obra e que considere todas as intervenientes que se tem que enfrentar no trecho.
Estou ouvindo algumas pessoas falar que agora o trecho sul da BR-156 vai sair. Claro que é importante a decisão política, mas é preciso que os técnicos estejam dispostos a conhecer todo o trecho, que passa por localidades que estão sujeitas a proteção ambiental.
É lógico que para superar esses entraves é preciso que todos os estudos de impacto ambiental estejam bem estudados e que, nesse estudo, possa ser ancorado o Relatório de Impacto Ambiental que terá que ter a aprovação das populações que serão afetadas: exploradores e índios.
Não adianta querer se sustentar em estudos antigos, feitos há mais de 10 anos, pois, nessa época, ainda não estavam definidas algumas das regras de proteção da floresta, da fauna e da flora, que vão desde os locais de onde serão feitos os empréstimos para a construção da obra, até aqueles lugares onde serão instaladas as usinas e os barracões de apoio ao pessoal que vai atuar na construção.
A diretriz definida para o tramo sul da BR-156 e que se encontra na Secretaria de Transportes, tem grandes chances de precisar ser refeito, não só para encurtar a distância, eliminando curvas e cabeceiras de rios, como também para servir de suporte para identificar as comunidades que serão afetadas pelo trecho.
É claro que, nesse momento, há a vontade de se trabalhar em “toque de caixa”, porque o secretário e, o Governador, precisa dar respostas às perguntas que são feitas pelos agentes públicos responsáveis pela preservação ambiental, como também para as comunidades indígenas ou não, que serão afetadas pela obra.
Esse período agora, o período de chuva, é o melhor para fazer as picadas, através de aparelhos, utilizando ou não, o moderno apoio dos satélites, entretanto, não é possível dispensar os profissionais que estarão locando as picadas, pois, não raro, aqui e acola, são encontradas barreiras intransponíveis que não são percebidas pelo satélite.
O Governo do Amapá já tem vários exemplos no encolhimento de seu plano de obras por não considerar pontos importantes que estão fora do alcance da decisão local. A Rodovia Norte Sul, de pouco mais de 6 quilômetros, está empacada exatamente porque as autoridades entenderam que se tratava de um “galho fraco” as pendências existente, mas encontraram um barreira que está impedindo a continuação da obra.
Ninguém discute a importância do trecho sul da BR-156. É claro que o desenvolvimento dos municípios de Laranjal do Jari e de Vitória do Jari, dependem, fundamentalmente, da estrada pronta. Mesmo assim a estrada enfrentará problemas por causa das peculiaridades.
Para dimensionar o custo da obra é necessário que se tenha o projeto pronto e observados todos os detalhes, inclusive com relação aos empréstimos de material que terão que ser feito para a construção da estrada e não adianta querer passar uma informação que não corresponda a verdade. Adotar uma medida desse porte seria prejudicar todos os que estão atualmente à frente do Governo.
O secretário Bruno Mineiro e o governador Camilo Capiberibe precisam estar seguros para iniciar as obras, pois, estrada, antes de ser uma obra política é uma obra técnica de importância singular para todos.

Ninguém precisa estar propagando coisas que sabe que não poderão ser feitas ou obras que não sairão do papel. Os exemplos estão aqui mesmo no Amapá.