Rodolfo Juarez
Eis que o desafio foi vencido!
E não tinha outra perspectiva. O jeito
como as questões vêm sendo tratadas ao longo dos últimos anos indicavam que o
acontecimento era apenas uma questão de estação e de pouco tempo.
A cidade foi para o fundo!
Bastou uma chuva um pouco mais forte
para que houvesse o inevitável acontecimento, considerando os maus tratos a que
a cidade está submetida, dando a impressão que não tem governo agora e muito
menos percepção de que esse estado de coisas pode levar a cidade a um caos
completo.
Com os bueiros cheios de terra e lixo,
com a tubulação de drenagem quebrada e com os canais abarrotados de lama, a
água da chuva ficou perdida, sem saber para onde ir e resolveu ficar nas ruas,
dentro das casas, uma vez que as suas passagens naturais para o rio estão
obstruídas.
Enquanto isso o prefeito surfa em sua
moto-lancha, pelas águas do rio, refrescando-se pela brisa que vem soprada do
oceano.
As montagens nas redes sociais ficaram um
espetáculo: o prefeito, completamente entregue ao ócio, passando, sorridente,
pelas ruas alagadas de Macapá, sem qualquer constrangimento e sem qualquer
senso de responsabilidade, deixando entregue à própria sorte e a cada chuva, os
moradores que, representados pela maioria, o escolheram para se interessar
pelos problemas da cidade.
Que nada! Apenas um passeante, sem muito
compromisso com a cidade.
Dai imaginar como está o interior do
município começa a dar dor de cabeça em todos aqueles que gostariam de ver uma
administração eficiente, sem ter que estar contrariando tudo o que disseram os
seus agentes durante os momentos em que pediam oportunidade, dizendo que
estavam dispostos a trabalhar melhor pela cidade e estar sintonizado com os
problemas da população.
Coisa nenhuma, inocente!
A cidade precisa ser revisada, pelo
menos tratada, para que as águas das chuvas não continuem revelando a forma
como estão sendo tratadas as entranhas do sítio urbano macapaense.
Dava para imaginar. Afinal de contas se
nem o asfalto, que fica por cima, dando acabamento nos serviços, são bem
tratados, imaginem o que fica por baixo e que é custo invisível e que
representa qualidade da cidade para dar qualidade de vida para a população.
Grande parte da cidade foi,
literalmente, para o fundo depois de duas horas de chuva mais “pesada” havidas
na manhã da última segunda-feira de abril deste ano, dia 28. E entre essas
partes, muitas delas estavam a considerada “área nobre” de Macapá, deixando os
carros de alguns engravatados cheios de água.
Até agora ninguém assumiu a
responsabilidade pelo ocorrido. Parece até que tudo ficará na conta de São
Pedro. Nem mesmo uma “notinha” da secretaria de comunicação do município
veiculou qualquer explicação. Dá a impressão que nada tem a ver com a prefeitura
e com o prefeito!
É preciso encarar, de frente, pelo menos
esse tipo de problema!
Nada justifica Macapá não ter um sistema
de drenagem pluvial que funcionem muito bem, pois, o rio Amazonas está ai para
receber os canais que cortam a cidade, que estão prontos para receber as
canalizações que deveriam ficar prontas junto com as vias.
Estamos na raspa! Sem dirigentes de
verdade e sem programas urbanos que interessam.
Tudo está na base do engana. Até pescar,
como na Floriano!