Rodolfo Juarez
Chegou a hora da “onça beber água”, de
ver quem tem mesmo “roupa no quaradouro”. Agora, não tem desculpa, começou a
última fase da campanha eleitoral, com as fatias bem definidas depois das pesquisas
divulgadas e debatidas à exaustão.
A primeira fase, antes da chegada do
horário eleitoral gratuito, os candidatos estavam em uma espécie de preparação
para a campanha, sendo que alguns dos candidatos já apresentavam as suas armas
e davam o tom que usariam, objetivando conquistar a confiança e o voto do
eleitor.
A realidade está posta. Desfavoráveis
para alguns e favoráveis para outros, mas correspondendo à expectativa daqueles
que se acostumaram a acompanhar a evolução das campanhas que não deixam de
apresentar as suas surpresas, sempre alimentando a magia do pleito.
Todos os candidatos (ou quase todos)
estão em busca do precioso voto do eleitor. Alguns desses ainda não tinham
experimentado tarefa equivalente e boa parte deles já declara que não conhecia
a cidade de Macapá e muito menos o Estado.
Mesmo sem qualquer treinamento, a
maioria dos candidatos se lança na campanha sem ter um plano para ser seguido e
isso dificulta muito mais a ação pretendida, além do que se vê cercado de cabos
eleitorais, também sem qualquer prática que conhecem apenas e muito vagamente,
às proximidades de onde mora.
Mesmo assim vão a luta – o candidato e
os “cabos” -, de peito aberto, para enfrentara a realidade de uma campanha.
“Descobrem” situações que jamais imaginariam que havia aqui na capital ou em
qualquer outra cidade do Estado ou lugar do interior. Problemas sérios que
passam a constar da lista pessoal do candidato que, conforme a sua vocação, se
interessa e considera as condições em que “descobriu”.
Percebe também que a campanha de rua é
feita com gente e ouvindo gente. Não é feita com sonhos ou vendendo sonhos.
Às vezes não se conforma com os
insultos que recebe, não entende o sacrifício daqueles que moram em condições
impróprias, comem quando tem e o que tem, e estão acostumados ver o choro dos
filhos pela falta do mínimo necessário.
Entende que os problemas não estavam
apenas no foco que atraia a sua visão. Tem problemas de todo tamanho, de
diferente gravidade e urgência. Mas é o comum: ter problema.
A campanha ensina o candidato a
enfrentar situações improváveis e que exigem, antes de qualquer coisa, preparo
emocional para saber entender o sacrifício que vê naquele momento, mas que é o
dia-a-dia da população.
Algumas vezes o candidato sofre com o
eleitor, com a população, com o chefe de família. E se for atento haverá de
assumir as responsabilidades que, até aquele momento, desconhecia.
Esse lado da campanha é um ensinamento
e uma demonstração da importância de conhecer o que acontece na comunidade, no
bairro, na cidade.
Mas nada disso pode esmorecer. A
população precisa de representantes e governantes ativos, comprometidos e
justos.
Quem sabe você não é um desses?!