domingo, 24 de agosto de 2014

Quem sabe?

Rodolfo Juarez
Chegou a hora da “onça beber água”, de ver quem tem mesmo “roupa no quaradouro”. Agora, não tem desculpa, começou a última fase da campanha eleitoral, com as fatias bem definidas depois das pesquisas divulgadas e debatidas à exaustão.
A primeira fase, antes da chegada do horário eleitoral gratuito, os candidatos estavam em uma espécie de preparação para a campanha, sendo que alguns dos candidatos já apresentavam as suas armas e davam o tom que usariam, objetivando conquistar a confiança e o voto do eleitor.
A realidade está posta. Desfavoráveis para alguns e favoráveis para outros, mas correspondendo à expectativa daqueles que se acostumaram a acompanhar a evolução das campanhas que não deixam de apresentar as suas surpresas, sempre alimentando a magia do pleito.
Todos os candidatos (ou quase todos) estão em busca do precioso voto do eleitor. Alguns desses ainda não tinham experimentado tarefa equivalente e boa parte deles já declara que não conhecia a cidade de Macapá e muito menos o Estado.
Mesmo sem qualquer treinamento, a maioria dos candidatos se lança na campanha sem ter um plano para ser seguido e isso dificulta muito mais a ação pretendida, além do que se vê cercado de cabos eleitorais, também sem qualquer prática que conhecem apenas e muito vagamente, às proximidades de onde mora.
Mesmo assim vão a luta – o candidato e os “cabos” -, de peito aberto, para enfrentara a realidade de uma campanha. “Descobrem” situações que jamais imaginariam que havia aqui na capital ou em qualquer outra cidade do Estado ou lugar do interior. Problemas sérios que passam a constar da lista pessoal do candidato que, conforme a sua vocação, se interessa e considera as condições em que “descobriu”.
Percebe também que a campanha de rua é feita com gente e ouvindo gente. Não é feita com sonhos ou vendendo sonhos.
Às vezes não se conforma com os insultos que recebe, não entende o sacrifício daqueles que moram em condições impróprias, comem quando tem e o que tem, e estão acostumados ver o choro dos filhos pela falta do mínimo necessário.
Entende que os problemas não estavam apenas no foco que atraia a sua visão. Tem problemas de todo tamanho, de diferente gravidade e urgência. Mas é o comum: ter problema.
A campanha ensina o candidato a enfrentar situações improváveis e que exigem, antes de qualquer coisa, preparo emocional para saber entender o sacrifício que vê naquele momento, mas que é o dia-a-dia da população.
Algumas vezes o candidato sofre com o eleitor, com a população, com o chefe de família. E se for atento haverá de assumir as responsabilidades que, até aquele momento, desconhecia.
Esse lado da campanha é um ensinamento e uma demonstração da importância de conhecer o que acontece na comunidade, no bairro, na cidade.
Mas nada disso pode esmorecer. A população precisa de representantes e governantes ativos, comprometidos e justos.

Quem sabe você não é um desses?!

sábado, 23 de agosto de 2014

Horário reservado

Rodolfo Juarez
Apesar de se tratar de uma oportunidade única para alguns candidatos, principalmente os que concorrem aos cargos definidos em eleição proporcional, algumas coligações e partidos, não aproveitam todo o tempo, tanto do rádio como da televisão, para a propaganda gratuita.
No mínimo, fica estabelecido um paradoxo entre a importância alegada (o que é verdadeiro) e o aproveitamento da oportunidade.
A realidade, entretanto, mostra a cada dia, no rádio e na TV, que durante a apresentação dos programas políticos, em alguns preciosos minutos e segundos, fica a faixa indicando que não foram enviados os programas, com uma música ao fundo.
Então, dá a impressão que o tão importante não é tão importante assim, prevalecendo o dito pelo não dito e as explicações para o eleitor - convocado todos os dias, pelos partidos, coligações, Justiça Eleitoral e os candidatos -, nunca aparecem.
Os programas, alguns até interessantes, outros nem tanto, seguem ocupando um espaço nobre, com justificativas que não estão servindo à sua finalidade e, por outro lado, entretanto, acabam por ser um momento de folga para um descanso da TV, do rádio e dos ouvidos do eleitor e do não eleitor.
Uma pena!
Uma desconsideração que, em alguns momentos serve para decidir o voto dos indecisos, acabar com a quantidade do voto em branco que é apurada e dos votos anulados, às vezes suficientes para eleger um parlamentar.
É por isso que se avalia a importância dessas atitudes tomadas pelo eleitor, que podendo contribuir com o resultado (ele é obrigado a votar no dia da eleição), se irrita e anula ou ignora a importância do pleito, votando em branco, indo o seu voto parar na coluna dos votos inválidos.
O voto nulo e o voto em branco são votos de revolta do eleitor, mas que, seguramente prejudica a boa escolha, pois o eleitor comparece, ficando na fila, apresentando-se perante o mesário e ocupando o mesmo tempo, ou mais, que aqueles que vão e decidem-se por um nome.
O voto banco e o voto nuto podem ser resultado do pouco caso das coligações, dos partidos e candidatos, que com essa omissão, mesmo sem querer, ofendem o eleitor que se irrita com as letrinhas brancas sobre o fundo azul preferido pelos operadores de másters de televisão geradora selecionada pelos representantes da Justiça Eleitoral.
A definição de qual será a emissora geradora do sinal, áudio e imagem da televisão e do sinal e áudio do rádio se transforma em um “presente de grego”, isto porque os operadores não conseguem agradar a todos os encarregados da distribuição dos programas e das inserções. Como há necessidade de um mínimo de tempo para verificação da gravação com relação à qualidade e o tempo, nem sempre a relação entre as secretarias das emissoras geradoras (rádio e televisão) e os entregadores dos programas e inserções permanece boa e o mais comum e se tornar uma zona de atrito que só irrita funcionários das emissoras e os entregadores.
Como geradora é geradora e em Macapá são apenas três emissores de televisão com essa qualificação, ninguém quer ficar com a incumbência, devido a zona de atrito que é criada e, até, as questões que vão parar na Justiça devido aos inevitáveis erros de execução.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A meta

Rodolfo Juarez
O final da semana que passou a violência mostrou quanto está intensa a sua presença no Amapá. De nada adianta as autoridades escamotearem as informações ou abastecerem os bancos de dados com informações que não retratam a realidade social que a sociedade amapaense está experimentando.
Morreram mais de uma dezena de pessoas por morte violenta!
O que isso representa? Porque isso está acontecendo?
São questionamentos que precisam não apenas de respostas, mas de detalhado estudo, pois, o contribuinte, através dos tributos, paga muita gente para garantir a segurança pública que não pode ser um item de uma campanha política ou uma referência da eficiência do servidor público da área da segurança.
Os responsáveis pelo setor precisam fazer uma análise do que está acontecendo, encontrar uma forma de combater a criminalidade que seja duradoura, confiável e que evite as desavenças entre os profissionais, servidores do Estado, que precisam estar, todos do mesmo lado.
Discutir que os percentuais de subida ou queda das estatísticas não pode servir a argumentação das autoridades que administram a segurança pública, não pode ser indicador de satisfação ou eficiência no serviço se, pelo menos uma morte violenta foi anotada.
A meta deve ser morte violenta zero!
De nada adianta a satisfação estatística dos gestores, o que interessa é a felicidades das famílias. Pode-se assegurar que muitas famílias choram pela dor da perda, pelo inesperado incidente e por não ver-se amparada e garantida pelo Poder Público, que dá a impressão que não está interessado em evitar o sofrimento, mas simplesmente, em defender-se perante o “chefe”.
O pico de mortes violentas havidas no final da semana passada demonstra que ninguém tem o controle de nada na segurança pública. Até mesmo o respeito à sociedade está se perdendo quando se refere ao sistema que o setor público dispõe.
Unir todo o mundo da defesa social no Amapá, encontrar o entendimento entre os setores administrativos e operacionais, definir uma estratégia eficiente para os operacionais executarem, deve ser, por enquanto, a meta das polícias fardadas ou não, doutra forma, até mesmo os exageros como os da semana passada, entrarão no cotidiano da população e desacreditarão, ainda mais, a ação dos órgãos responsáveis pela defesa e tranquilidade do cidadão.
Focar nos resultados da semana que passou e estabelecer metas, em números absolutos a partir daqueles apurados de quinta a domingo, pode ser uma estratégia que se torne eficiente.
Não fanfarrear resultados falsos, sendo duro no anúncio dos resultados reais, também pode contribuir para, quem sabe um dia, voltar a contar com o apoio da população que anda escasso e em queda.
Se não, declarar a independência das forças de segurança, com os seus gestores tendo mandato outorgado pela população, será o caminho único.

domingo, 17 de agosto de 2014

Horário eleitoral gratuito

Rodolfo Juarez
Este é o último domingo, antes da eleição do dia 5 de outubro, que vai passar sem os comentários sobre o desempenho dos candidatos nos programas gratuitos de rádio e televisão. Isso porque, a partir do meio da semana começam as propagandas dos candidatos para convencer o eleitor a votar neles.
Este ano, mais até que os outros, o eleitor está na expectativa dos programas que serão levados ao ouvinte de rádio e ao telespectador de televisão e se justifica essa apreensão pela forma como os partidos políticos e os seus dirigentes utilizaram os espaços que lhes foram concedidos na televisão para apresentação de programas de 10 ou 5 minutos e as inserções.
A comparação será feita inevitavelmente. Afinal de contas há um desalento com relação ao tipo de comunicação que os partidos e os políticos utilizam para pensar a realidade, sempre muito mais favorável do que aquela vivida no dia a dia pela população.
Em alguns momentos, principalmente na propaganda oficial, o exagero chega a ultrapassar os limites da coerência e apresentar a cidade ou o estado com condições que não são experimentadas pela população que vive na cidade ou no campo real.
As equipes de divulgação passaram a utilizar critérios que ultrapassam o bom senso e se não vão além da boa fé, mas fica muito próximo da má fé, em uma atitude que desagrada e descredibilisa as próprias divulgações que, certamente, são tomadas com o objetivo de agradar o contribuinte e valorizar o trabalho daqueles que lidam com os recursos públicos.
Por essas e outras que há uma expectativa fora do normal com relação aos programas gratuitos e de divulgação eleitoral, no rádio e na televisão.
Começa dia 19, terça-feira, e os candidatos que seguirem a mesma linha das divulgações oficiais perderão a credibilidade e terão muito mais dificuldades para firmar as suas propostas, por melhores que possam parecer.
É um momento em que o zelo das coordenações de campanha deve ser redobrado para que os horários sejam ocupados sem promessas ou ataques ou que sejam apenas repetições do que já se tornou conhecido, mesmo que sejam com outras imagens, mas se tiverem o mesmo sentido, o risco de não dar certo é muito grande.
E são muitos os candidatos que estão apostando tudo nos programas gratuitos que farão veicular no rádio e na televisão.
Os que pensam assim têm toda a razão, afinal é a última cartada legal antes da votação. É o momento para mostrar-se, de corpo presente ao eleitor, dando oportunidade para que haja a definição dos indefinidos e, até, mudança para aqueles que repensarem o seu apoio.
Os programas irão até a antevéspera da eleição, tempo suficiente para que todos os candidatos se apresentem.
Para alguns haverá mais dificuldades de que para outros. As coligações ou os partidos (no caso de estarem “solteiros” na disputa) são os responsáveis pela definição de quem e quando cada candidato vai aparecer principalmente nas eleições proporcionais. Nas eleições majoritárias (para governador, para presidente e para senador) cada candidato já tem o seu tempo definido pelo próprio Tribunal Regional Eleitoral.
Se os candidatos e os partidos souberem tirar proveito dos programas, como mensagens adequadas, poderão ter sucesso. Doutra forma, poderão irritar o eleitor e jogar todo o trabalho no lixo.

Ah! Os domingos serão o único dia da semana sem os programas eleitorais gratuitos no rádio e na TV.

sábado, 16 de agosto de 2014

Administrar e fazer campanha

Rodolfo Juarez
Administrar e fazer campanha decisivamente não são tarefas para qualquer um e aqueles que estão experimentando, pela primeira vez, essa situação, precisam estar atentos aos erros que podem cometer e pelos quais podem ser responsabilizados.
Erros que podem estar diretamente relacionados com a administração e erros que dependem da campanha propriamente dita, com suas limitações e com as suas necessidades que podem trair o executor do processo e, até, imaginar que pode mais do que a regra permite.
É uma delicadeza esse processo que exige tempo, principalmente dos candidatos, tanto para manter a administração funcionando, como para ativar a campanha que tem os concorrentes que se tornam cada vez mais forte quanto mais errada é conduzido o processo.
Nem mesmo vantagens excepcionais funcionam nesses casos. Vale a habilidade para separar as duas obrigações, igualmente importantes e das quais tem que prestar conta por cada passo e por cada ato.
O eleitor está atento à tudo e não admite erros, muito embora aqueles que são eleitores e auxiliares da gestão ou da campanha, às vezes não entendam dessa forma e metam os pés pelas mãos, comprometendo o candidato que, não raro, ficam no que se chama comumente “sinuca de bico”.
É um belo exercício quando se compreende o cenário, mas é um caminho perigoso quando se confunde a coisa e se mistura a administração com a campanha ou a campanha com a administração.
Este ano quem está vivendo essa experiência é o candidato do PSB e atual governador Camilo Capiberibe. Duas frentes estão ativadas para trabalharem cada uma em uma direção: o governo do Estado e a campanha pela reeleição.
Alguns problemas já surgiram, muito mais pelo desconhecimento da regra ou pela interpretação dela. Os desvios mais perigosos são efetivados por aqueles que são adeptos do modelo de que “em campanha política só não vale perder”. Esse perigo é enfrentado todos os dias por aqueles que formam no time que trabalha pela reeleição do governante.
As possibilidades de erro são muito mais frequentes do que aqueles que trabalham sem o compromisso de ter que administrar o Estado.
Não é a mesma circunstância que enfrenta, por exemplo, os que tentam a reeleição para os cargos de deputado e senador um vez que, na prática, deixam completamente os seus afazeres legislativo e se dedicam, completamente à campanha, comparecendo apenas como ouvinte nas sessões do parlamento que são absolutamente obrigatórias.

Então, os que estão com a responsabilidade de governar o Estado e fazer a campanha pela reeleição, tenham calma e muito cuidado para não serem prejudicados por ações e arroubos daqueles que querem ser mais ativos ou eficientes do que realmente precisam ser.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A crise do Estado

Rodolfo Juarez
Faz tempo que o Estado do Amapá está procurando um rumo para o seu desenvolvimento e, mais que isso, para a consolidação de uma proposta que dê confiança aos investidores e garantias para que isso seja uma realidade à médio prazo.
Não tem sido fácil definir esse caminho. As dificuldades se amontoam desde quando o Amapá foi transformado de Território Federal em Estado pela Constituição de 1988. Aqueles que podiam encaminhar o desenvolvimento se valendo das questões diretamente relacionadas com as justificativas da transformação.
Mas não aconteceu assim!
As dificuldades só fizeram aumentar desde lá. Os governantes se atrapalharam e ainda se atrapalham quando esse assunto precisa ser tratado com objetividade, considerando que as mudanças podem ensejar prejuízos políticos para este ou aquele grupo que fez dos cargos eletivos meios de sobrevivência finaceira.
Essa interpretação foi decisiva!
As chances de darem certas as propostas ficaram anuladas pelo egoísmo e pela falta de preparo das equipes que assumiram as responsabilidades do desenvolvimento local a partir do chamamento público, que não poderia ser substituído por qualquer outro, pois, lá estavam todas as chances para o desenvolvimento.
Os erros vieram se acumulando e crescendo. Os passos dados acabavam sendo interrompidos sempre pelo governante que assumia e os prejuízos foram se somando e alcançando montanhas de entulhos que de nada serviam, mas que estacam e prejudicam as tentativas para alterar o que o Estado poderia oferecer de garantia e, principalmente, de desembaraço para o capital.
Os sonhos variados e inviáveis ocuparam a cabeça dos governantes. As chances para o desenvolvimento se acabavam e continuam se acabando no desprepara ou inexistência das equipes de planejamento para o desenvolvimento. Elas se aplicaram no exercício do desenvolvimento do governo esqueceram-se do desenvolvimento do Estado que aguentou até o limite que cada vez se tornava mais exigente e mais caro.
Até que os problemas da maior empresa pública, com maior número de ações do Estado, a Companhia de Eletricidade do Amapá, se tornaram insuportáveis e obrigaram ao Estado tomar emprestado um bilhão e quatros milhões de reais para equilibrar o balanço patrimonial da empresa para dela se desfazer, sem antes procurar uma série de desculpas que apenas prejudicaram, ainda mais, as condições do Estado.
Depois vieram os empréstimos para investimento como o objetivo de justificar o endividamento. As aplicações propostas nas justificativas para autorização do empréstimo não estão sendo seguidas e, mais uma vez, os resultados não conferem com o que foi prometido.
Esses empréstimos de maior monta se juntam ao outros de menor volume, mas igualmente comprometedores, em longo prazo, das receitas de transferência do Estado que ficam dessa forma, sem recursos orçamentários para cobrir as seus compromissos e, certamente, os investimento que o desenvolvimento exige.
A espiral está formada. A força que movimenta a capacidade de ação do estado está comprometida e as relações externas, principalmente para atração de capital, cada vez mais se tornam raras e asfixiando a capacidade de injeção na frágil economia de mercado que se pratica no Amapá.

As esperanças de modificação sempre estão abertas. Por outro lado os indicadores não são favoráveis e o nível de confiança prejudicado contribui, ainda mais, para a estagnação e o atraso no desenvolvimento que é tão esperado e está demorando tanto.

domingo, 10 de agosto de 2014

Dia dos pais

Hoje é o Dia dos Pais.
Um momento que vem se consolidando com o passar dos anos. Antes apenas um contraponto com as demais datas comemorativas anuais, agora uma realidade que se impõe.
Muitos aspectos têm contribuído para isso, mas o principal está na nova consciência social que procura valorizar a figura do pai, devolvendo aos filhos os direitos inerentes e se tornando membro importante da família, com todos os defeitos e suas pessoalidades.
Um dia para homenagens, para agradecimentos, para procurar compreender a importância do pai na família, na sociedade e na relação com os filhos.
O formato das homenagens ainda está em construção, nem mesmo o comércio, antes o principal e único interessado, definiu a melhor maneira para tratar a data e se vale de apelos emocionais desinteressantes, que pode ser debitado ao reflexo da busca.
Os familiares estão mais atentos: esposa, filhos e netos já entenderam a oportunidade da homenagem, momento em que pode ser iniciado um novo modelo de relacionamento, onde o respeito sobrepõe-se ao que se convencionou chamar “arroubos da juventude”.
É maravilhoso compreender o sentido da paternidade, tanto a partir do ambiente do pai, como do ambiente dos filhos. É um momento especial para reflexão, para compreensão das dificuldades que são próprias da relação familiar, mas que podem ser domadas pela compreensão, pelo perdão e pela indulgência de pais e filhos.
Não dá para ignorar os momentos de dificuldades enfrentados pela família, mas neste domingo deve prevalecer a compreensão e o entendimento entre todos.
Hoje, Dia dos Pais, é um dia para ser comemorado, destacado no convívio e reverenciado quando o filho não puder mais contar com o pai nesta vida, ou mesmo dele esteja distante no momento.
Cabe a cada um refletir, profundamente, sobre esse momento, sobre o Dia dos Pais, dedicando a sua atenção para aquele que sempre esteve atento a tudo o que diz respeito ao filho e quando não, acompanhar as voltas que o coração dá, para não deixar escapar qualquer questão que possa prejudicar a vida do filho ou da família.
Então, que cada filho tenha a clareza desse momento, interprete a importância do seu pai e que cada esposa, nesse dia, possa compreender o que representa o pai na estrutura da família, mesmo quando não está composta da forma convencional.
Abraçar muito deve ser a regra!
Saber a melhor maneira de ajudar deve ser o comportamento.

Mas, em qualquer circunstância, amar o pai deve ser não uma obrigação, mas a consequência de tudo o que ele representa. 

sábado, 9 de agosto de 2014

O momento das "equipes"

Rodolfo Juarez
A contagem regressiva para as eleições está acontecendo em cada partido político, em cada coligação e, muito especialmente, nas coordenações de campanha.
Os candidatos continuam acreditando em alguns gurus que se credenciaram ao longo do tempo e adotaram estratégias que, mesmo não dando certo na prática, são apoiados em teorias que respondem aos candidatos, dando motivação, mesmo que não lhes deem os votos que precisam.
Os grupos se formam por bairro e os trabalhadores de campanha se organizam em grupo, avaliam o seu trabalho e fazem a proposta que diminui com a aproximação das eleições e o interesse do candidato.
Mesmo assim há quem confie plenamente nesses grupos, dizem: “nem que seja para não fazer campanha contra”.
O fato é que eles são os primeiros que vão às ruas e são os mais tradicionalistas, não levando em consideração outros fatores que entraram, recentemente, no processo de divulgação de nomes, candidatos a cargo eletivo e que estão nas redes sociais.
Assim como as “equipes de rua” há aqueles que planejam tirar “a barriga da miséria” em uma campanha, participando do que chamam “equipe de mídia”, normalmente responsável pela imagem e divulgação dos candidatos através dos “santinhos” folders, filipetas, adesivos, gravações para o rádio e gravações para a televisão, além da preparação para os debates.
Os preços, se comparados aos que foram praticados na década passada, caíram bastante, não se sabe se pelas dificuldades de pagamento pelos candidatos (principalmente os que perdem a eleição), ou se pelas dificuldades de arrecadação que cada vez mais é fiscalizada pelos responsáveis das eleições, cada vez mais detalhada, para evitar o que chamam de “desequilíbrio eleitoral” provocado pelo poder econômico.
Mas as campanhas estão mais contidas é verdade, mas cheias de inovações e cuidados, muito embora, sempre para o dia da eleição os candidatos preparem meios para surpreender os eleitores e até a fiscalização, se valendo de meios nem tão convencionais para chamar a atenção do eleitor a votar neste ou naquele número, pouco interessando o próprio nome ou as propostas do candidato.
O momento é importante. Convencer é importante. Votar é decisivo.
Muitas vezes o próprio protagonista – o eleitor - não entende o processo ou finge não entender, mostrando-se de certa forma relaxado com  o momento e esquecendo que aquele é o momento, aquela á a última palavra.

A eleição não dá segunda chance para o eleitor, muito embora, nas eleições majoritárias, dê segunda chance para o segundo colocado na eleição.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Sem opção

Rodolfo Juarez
Está começando o mês de agosto e mais uma vez sem perspectivas e sem qualquer cuidado especial que possa motivar a população para um novo momento, para um novo tempo.
Tudo como se viéssemos de um período sem qualquer reclamação, onde a população estivesse satisfeita com o que os administradores públicos realizaram nos primeiro sete meses do ano.
Dá a impressão que apenas com a mudança do tempo é suficiente para que a população esqueça todos os problemas que viveu durante o período das chuvas, com um inexplicável abandono da cidade.
Afinal de contas o que os gestores públicos querem realmente para a cidade de Macapá?
Como eles pretendem tirar a cidade desse imenso buraco em que entrou e não sabe sair?
Basta de tanta displicência!
Basta do pouco caso, do gasto de dinheiro sem resultado. Da falta de qualidade nos serviços e nas condições que são oferecidas à população.
Não dá mais para aceitar as desculpas, agarrar-se nos problemas, nas dificuldades e, principalmente, alegar que faltam condições e que o município não tem como garantir a melhoria da cidade com os seus orçamentos e as emendas parlamentares.
É preciso agir, ir para as ruas, mostrar que a administração está disposta a sair dos gabinetes querendo resolver esse monte de problema que vem se acumulando e que é empurrado com a barriga sob as mais diversas alegações.
Reconhecer que a cidade passa por um momento difícil e mostrar os motivos é um primeiro passo.
Não tem um macapaense ou morador dessa cidade que está satisfeito com a situação dos serviços que são de responsabilidade da prefeitura.
Não há uma frente de trabalho que indique que alguma coisa está mudando.
Nada acontece!
Nada reacende a esperança daqueles que um dia sonharam com uma cidade em condições ser modelo urbano, pelo menos para essa região amazônica.
Os homens públicos precisam ser mais objetivos, declarar os problemas da administração e as suas possibilidades. Se não der conta, que declare claramente para que venha a ajuda.
Ficar como está é desrespeitar toda a população.
Não mostrar que está, pelo menos, com vontade de resolver os problemas e empenhado em encontrar a melhor forma é o mínimo que o prefeito pode fazer.
Deixar-nos a todos, como idiotas é demonstrar o pouco caso ou a falta de prepara para fazer o que disse que iria fazer.

A cidade de Macapá precisa ser revitalizada e logo. Não tem segunda opção! 

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Segurança pública independente

Rodolfo Juarez
Outra vez está em debate a segurança pública que é oferecida à população do Estado do Amapá. Mais uma vez os índices “falam” despertando as interpretações contraditórias das autoridades. Interpretações cada vez mais confusas e que discutem o nível exagerado da violência que atualmente é registrado nesse estado.
Há de se reconhecer que as tentativas têm sido variadas, diversificadas, mas todas, entretanto, com um forte viés amador, que não permite a mutação da estrutura policial preventiva e nem se dá espaço para o desenvolvimento do que se tornou comum chamar a “inteligência da polícia”.
A vinculação ao Governo do Estado parece o maior problema.
Independentemente da força a que se esteja referindo, a educação policial está distorcida, com forte tendência a defesa do governo de plantão e não à população do estado.
Os comandos e as direções não se sentem à vontade para praticar uma política policial isenta, longe das amarras providenciadas pelo “rei” de plantão que, de vez em quando, está lembrando que quem nomeia e autoriza as promoções é o “chefe”.
Há um impedimento para que a sistema de segurança aja pelo interesse de todos e as questões que são de estado se transformam em questões de governo.
Seria diferente se as forças de segurança social (polícia civil, policia militar, policia federal, corpo de bombeiros) ficassem isento dessa gangorra do cargo de confiança. Afinal de contas a compreensão da segurança pública não pode depender do governador e o estágio atual, precisa que o sistema público de segurança procure o seu caminho, pois, os indicadores demonstram, claramente, que todo o sistema está sem rumo.
Infelizmente as comparações feitas com o sistema de segurança estaduais obrigam aos analistas a lançarem mão de dados extremos, inaceitáveis, mas que são reais e, mesmo horrorizando a população e os próprios comandos, não mudam de rumo e nem alteram a rotina.
As declarações intestinas feitas pelos dirigentes das entidades de classe, sindicatos ou associações, são esclarecedoras, mas, estarrecedoras quando são apresentadas as condições de trabalho dos profissionais do sistema, sejam dirigentes ou dirigidos.

A independência do sistema para a prática de uma política estratégica de interesse da população necessita que as corporações sejam claramente definidas na sua proposta de ação, atuando na defesa dos interesses da sociedade e não na defesa dos interesses, as vezes inconfessáveis, dos governantes de plantão.