Rodolfo Juarez
Estamos
nos últimos momentos de 2015 e na expectativa pela chagada de 2016. Hora de
balanços e avaliações, reflexões e tomada de decisão, de realidade e pé no
chão, com cada qual tendo a obrigação de entender o seu papel na sociedade que,
pelo menos este ano, não viu as promessas deixarem de ser apenas promessas.
O ano
de 2015 ainda não tem a seu definitivo codinome definido podendo receber
aqueles que outros anos ruins receberam como “ano perdido”, “ano das mentiras”,
“ano das promessas”, entre tantos outros emblemáticos significados.
Os
amapaenses viveram o drama da incerteza em 2015 como há muito não viviam.
Incertezas que começaram com uma indefinível propaganda negativa a partir
daqueles que teriam que transmitir tranqüilidade e substituir o culto ao caos
pela criatividade e a responsabilidade daqueles que assumiram postos públicos
para resolver os problemas e não deles fazer motivos para lamentos e
reclamações.
Desde
os primeiros dias o culto às dificuldades tomou conta da administração a partir
do Executivo Estadual que contaminou todos os setores da sociedade acreditando,
sem reservas, no que era anunciado.
Não
escaparam da onda de problemas anunciados, nem mesmo aqueles que tinham o dever
de enfrentar qualquer crise e, ainda mais, uma crise interna na gestão que
começou com o anúncio de uma crise econômica e que se confirmou como uma crise
administrativa ou de competência.
Mesmo
assim houve quem acreditasse que tinha força para enfrentar a realidade, ou
mesmo ficar longe de suas influências. Outros não, ao que parece fizeram do
ambiente de crise instrumento de trabalho e cultivaram, sorrateiramente, os
meios adequados para não ser engolido pela situação e parecer que é um dos mais
prejudicados.
Alguns
setores fracassaram outros não. Deram a resposta à altura e se tornaram
referências para a população e para a própria administração.
A
Segurança Pública acabou oferecendo o bom resultado para aqueles que
acreditavam de verdade (poucos!) e os que acreditavam que o ambiente era apenas
de dificuldades.
Um ponto
não evoluiu e pode até ter piorado: o sistema de saúde pública do Estado do
Amapá.
Os
problemas que foram camuflados nos primeiros meses do ano acabaram reaparecendo
muito mais preocupantes, com aspecto indomável, assustando a todos aqueles que
precisam do sistema de saúde pública estadual. A mudança no comando do sistema
deu novo alento, mas não a tranqüilidade que o usuário do sistema precisa.
A
relação política foi um grande fracasso. Os problemas ganharam formas
gigantescas e as tentativas de afastamento e os efetivos afastamentos chamaram
a atenção da população. Os agentes políticos não se entenderam e chegam ao
inicio do novo ano com vários problemas para serem resolvidos.
2016
está ai!
Chance
para começar tudo de novo em outro nível, necessariamente o mais adequado, com
objetivos mais definidos, trazendo no centro das discussões o interesse da
população. Desta feita com chances de não precisar manipular pessoas e com a
compreensão de que os erros de 2015 não podem ser repetidos no ano novo.
Desejo para
todos que o ano de 2016 seja palco de alegria, realizações e felicidades.