segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Novo rumo para o Governo

Rodolfo Juarez
O governador do Estado precisa, urgentemente, posicionar-se quanto à estratégia que escolheu para exercer o cargo de mandatário do Poder Executivo do Estado do Amapá.
Não está dando certo a proposta que escolheu para dar rumo ao Governo que tem a responsabilidade de comandar.
Os auxiliares mais diretos, ou não entenderam os comandos ou não confiaram e estão reagindo não fazendo o que é preciso ser feito e, ao contrário, pouco ligando para as dificuldades que o Estado atravessa.
É certo que muitos dos que compõem o Governo do Estado, atualmente, não estão compromissados com a governabilidade. Não colocam entre as suas necessidades profissionais as prioridades que nascem da população. Preferem utilizar as suas próprias regas administrativas e que, sabidamente, não estão dando certo.
Até mesmo profissionais comprometidos com a causa do Governo e que estão responsáveis por importantes setores, mostram-se decepcionados com os resultados obtidos até agora e, principalmente, com o ‘sapato alto’ de alguns dos seus colegas de administração.
É preciso encontrar uma forma que possibilite retomar o comando da administração, mudando as características da medição de resultados.
De nada adianta confiar em quem não apresenta os resultados, naqueles que insistem em velhas teses e não se valem de alternativas e muito menos, não mudam o comportamento para atender as limitações dos tempos atuais.
Não faz tempo que o Estado não tinha uma dívida pública consolidada e, com isso, precisando destinar parcelas da receita para pagamento das parcelas dos empréstimos.
Há necessidade de estruturar o Executivo Estadual para que ele não se torne frágil nas exigências dos outros órgãos do Estado.
Não dá para admitir que, no estágio atual de delicadeza administrativa ainda se atue com amadorismo, onde as respostas mais difíceis são dadas pelo próprio governador e onde se registre a fuga constante da responsabilidade daqueles que se propuseram a ser responsáveis por manter o Estado em condições de desenvolver-se e melhorar a qualidade de vida da população.
Os empregos estão indo embora. As dívidas com fornecedores estão crescendo. A desconfiança entre os funcionários do Estado aumentando. São poucos os profissionais responsáveis pela tarefa de gerir as facilidades e as dificuldades do Estado, que se apresenta para informar ou noticiar o que acontece e quais as providências que estão sendo tomadas.
A vaidade, no ambiente atual do Estado está em alta, quando deveria, nesse momento, estar em alta a profissionalização, o comprometimento e a vontade de falar a verdade, não escamoteando os resultados e sem fugir dos compromissos.
Não tem justificativa, por exemplo, a forma de divulgação adotada para a 51.ª Expofeira, quando depois de ocupar quase todo o Governo, repassa para órgãos estranhos à administração o gerenciamento de quase 2 milhões de reais da publicidade sabendo que, desse valor, 20% fica diretamente com o gerenciador, não fortalecendo a administração e muito menos a divulgação da Expofeira.
Esse é um exemplo.
A impressão que fica é de que não existem dificuldades e a maneira de tomar decisão obedece regras que nada tem a ver com a crise, dando a impressão que há sobra de dinheiro e muita ocupação da equipe, coisas que, verdadeiramente, não estão ocorrendo.
É preciso dar novo rumo para o Governo enquanto o leme ainda não quebrou, pois, como vai as dificuldades só aumentarão e as soluções ficarão, cada vez mais, como impossíveis de serem encontradas.

O tempo não espera! 

sábado, 24 de outubro de 2015

Plano mal feito

Rodolfo Juarez
Um momento de crise sugere criatividade, exploração de conhecimentos, tentativas de êxito e, principalmente, personalidade.
De pouco ou nada adianta reclamar de situações sobre a qual pouco ou nenhuma influência tem qualquer executivo ou gestor, para modificar o rumo tomados pelas novos elementos gerados em situações externas e que foge, completamente, a qualquer possibilidade de influência do prejudicado.
É natural que se noticie, alardeie até, as consequências dos problemas para os quais não houve contribuição local, ou sobre os quais não se tem qualquer possibilidade de modificação.
Ora, se as receitas esperadas não estão sendo atingidas, obviamente que não haverá condições para atender os planos de despesas estabelecidos em qualquer instrumento de controle ou orçamento.
Controlar o que não está sob o domínio direto da Administração é impossível!
A proposta inicial de realização – Plano de Gastos – quando não se confirmam os recursos de financiamento, precisa ser alterada imediatamente. Não há alternativa. A intervenção do administrador (ou gestor) precisa ser imediata, sem rodeio, fundamentado em documentos de conhecimento de todos.
Não é correto esperar por suplementação que não vem, por financiamentos duvidosos ou realizar despesas sem a certeza prática de que haverá recursos para honrar todos os compromissos assumidos.
As equipes econômicas e de planejamento precisam estar atentas e não podem estar envolvidas com a gestão, atuar contingenciando despesas ou dizendo que pode gastar isso ou aquilo, sem que haja o convencimento do executor de forma completa e com entendimento perfeito da situação.
Como está, nem mesmo os decretos governamentais são seguidos. Ora, quando é decretada uma providência, a execução da medida deve ser inerente ao comportamento dos gestores que, no caso atual do Governo do Amapá, não é observado, ao contrário, a maioria procura retardar ao máximo a providência autorizada, sempre olhando para o lado para saber se o seu “vizinho” está cumprindo a ordem.
Esse conceito também não chegou a ser desenvolvido com os órgãos do Estado que continuaram executando o orçamento prometido sem atentar para as alterações que estavam se procedendo do lado da receita.
O caso havido entre o governador do estado e os deputados que se declaram integrantes do que chamara de “grupo independente” foi exatamente isso.
Acostumado a excesso na arrecadação, houve o acerto para os repasses por conta desse excesso arredado que não se confirmou, então, com a aproximação do final do ano e com isso a necessidade de fechar a coluna de repasses, sem que tenha havido o excesso prometido, os auxiliares do governador tiveram que achar uma desculpa para apresentar aos deputados que ficaram em dificuldades e reagiram, não contra a dificuldade, mas contra a promessa mal feita e que descredibilisa a própria palavra de importantes agentes públicos.
Tudo isso poderia ter sido evitado se a equipe de planejamento e de ajuste fiscal, que é pago pela população para fazer isso, houvesse, no tempo certo alertado o chefe do governo com relação às perspectivas do orçamento aprovado para 2015.
Agora, o problema está criado e é preciso alguém habilitar-se para resolvê-lo para que o grande prejudicado não seja o povo do Amapá.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Ponte sobre o rio Matapi

Rodolfo Juarez
A realização dos serviços de construção do meio acesso à ponte sobre o Rio Matapi, na estrada que liga Macapá e Santana à Mazagão, continua sem definição apesar dos anúncios do secretário de estado do Transporte, para o provável valor, a fonte do recurso e a data para entrega dos serviços, além do fundamento adotada para a contratação da empresa construtora.
Os que precisam fazer a travessia do rio Matapi não se conformam em olhar para a obra de arte, que custou muito caro para o bolso do povo e ver que, por falta do acesso, a ponte não pode ser usada, transformando uma travessia rápida para o progresso em uma penosa espera de uma das balsas nas filas que, dependo do dia e da hora, pode ser classificada como interminável.
Está demorando demais a construção do acesso, mesmo sem considerar que trata-se de um erro de projeto, que certamente encarece o preço final da obra, além de retardar o desenvolvimento das áreas que se prepararam para atender os anúncios voluntários feitos pelo setor público sobre a data de liberação da ponte.
Não tem explicação!
Tudo já começara pelo atraso havido na conclusão dos serviços de construção da ponte e agora ainda ter que esperar, sabe lá para quando, a construção do acesso, é explorar demais a paciência do contribuinte.
As desculpas já não cabem mais. A equipe de gestão que assumiu a Secretaria de Transporte do Governo do Estado vai completar 10 meses de atividade e, em todo esse tempo, não consegue dar a ordem de serviço para que as obras do acesso comecem.
Isso sem considerar que, no momento em que foi locado o eixo da ponte e conhecida a altura do acesso, já daria para tomar as providências para a construção do acesso.
A população ainda lembra-se do primeiro anúncio, já pela nova equipe, de que a ponte estaria liberada para uso no mês de julho de 2015, para atender os visitantes de Mazagão Velho, por ocasião da tradicional festa do local.
Não deu. As desculpas foram as mais diversas e a que predominou foi a falta de liberação de uma das parcelas dos recursos decorrente do empréstimo junto ao BNDES de mais de um bilhão de reais.
O tempo passou, a festa passou, os romeiros reclamaram, as balsas continuaram e o que não acelerou ou continuou em uma marcha aceitável foram as providências, por parte do secretário de Transporte, para que a obra fosse completada.
Até agora os usuários das balsas, quando olham para a obra da ponte, se perguntam :
Estamos sendo feitos de bobos?
A resposta, apesar de não ser dita em alto som, ocupa o imaginário de todos aqueles que reclamam da situação e vivem transtornos inesperados.
É preciso tratar melhor os que têm que atravessar o rio Matapi, cuidar melhor daquelas pessoas que reclamam da inexplicável demora na conclusão da obra.
Várias hipóteses são levantadas, todas fundadas no pouco caso ou na falta de compromisso uma vez que, se sabe, os recursos para pagar a obra estão financiados e engordados por juros para o financiador e, além disso, em processo de pagamento pelo povo que não tem o serviço correspondente à sua disposição.
É preciso sair da inércia.
É preciso respeitar o povo!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Dirigentes de partidos em rota de colisão

Rodolfo Juarez
Já começaram os desentendimentos entre os dirigentes dos partidos que formaram a coligação inicial e que elegeu, como governador, o cabeça de chapa, Waldez Góes.
PDT, PP e PMDB foram os partidos que coligaram e escolheram a chapa Waldez-Papaléo, para disputar os cargos de governador e vice-governador e Gilvan Borges  como candidato ao Senado.
No final de setembro o PDT, um dos partidos aliados com o PP e o PMDB realizou um dia de filiação e houve insistentes propostas para que filiados do PP e do PMDB assinassem fichas mudando de partido.
Esse comportamento irritou os dirigentes do PP, principalmente o vice-presidente estadual, Edinho Duarte, que ‘soltou a língua’ reclamando do procedimento e considerando a insistência uma afronta.
Entendem os dirigentes do PP que o PDT não deve ter esse procedimento, principalmente quando vem de pessoas que firmaram o pacto pela respeitabilidade no sentido de fortalecer os partidos aliados olhando a governabilidade.
Os observadores mais próximos avaliaram a situação como um desafio à paciência dos dirigentes do PMDB e PP, pois, sabiam perfeitamente, de todas as condições em que a coligação fora estabelecida e naquelas condições não estava o “vale-tudo” que foi adotado pelo PDT.
Apesar de ser um problema partidário essa questão tem repercussão na Administração uma vez que alguns dos postos chaves do Governo estão entregues ao PP e outros ao PMDB.
E ainda tem os partidos que aderiram ao projeto inicial para o segundo turno de votação, assegurando o resultado onde a então oposição ao governo que estava no exercício não cresceu, tanto no total de votos como no percentual de votos, atestado isso na comparação entre o primeiro e o segundo turnos de votação.
Os dirigentes dos partidos que se sentiram afrontados já procuraram identificar as pessoas que falaram em nome do PDT e que tentaram retirar filiados dos partidos aliados, sabe lá com qual intensão.
O clima político não ficou bom e, em estado pequeno como o Amapá, os problemas se interligam com facilidade e migram para setores da administração que nada ou pouco tem a ver com um caso de filiação.
Faltou ética para aqueles dirigentes que aliciaram os filiados do PP e do PMDB.
O restabelecimento pleno das relações que foram boas durante a campanha e logo depois da campanha é importante para que essas questões não impliquem em tomadas de decisões que representem revanche de qualquer uma das partes.
O respeito e a ética precisam estar acima das vontades de agentes políticos de visão curta e que não têm capacidade de pensar no geral e acabam querendo ser “espertos” e dão tiros no pé, prejudicando a todos.
Segundo se pode apurar há, da parte de alguns dos principais dirigentes do PDT e que estão servidores públicos, com cargos comissionados ou função gratificada ou  mesmo contrato administrativo, querendo “contribuir” com a parcela que podem, acabaram metendo os pés pelas mãos e criando o mal estar entre a cúpula dos partidos.

Além disso, alguns dos auxiliares de primeiro escalão do Governo se mostram com “sapato alto” e não compreendem a relação política que precisa ser fortalecida para que o próprio Governo não enfraqueça.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

A diminuição do Estado é para valer?

Rodolfo Juarez
Na semana passada o governador do Amapá determinou a extinção de algumas unidades de gestão da estrutura do Governo, a diminuição do número de cargos comissionados e o corte de alguns poucos contratos administrativos, entre outras providências.
Com relação à extinção de algumas unidades de gestão, como secretárias e fundos, na prática ainda não foi executada, ficando apenas na ordem, sendo que as providências para a efetivação correm vagarosamente e, este mês, não está garantida a efetivação daquela ordem.
Nos casos de diminuição do número de cargos comissionados e de corte no número de cargos administrativos, é possível que essa “economia” ainda não seja sentida quando da elaboração da folha de pagamento.
Esses anúncios públicos deveriam ser feitos juntamente com a mostra da lista nominal dos cortes ou da solução que é dada, não deixando dúvida para o próprio corpo do Governo com relação àqueles contratos e cargos comissionados que estão sob a proteção de agentes estranhos à administração ou de outros órgãos do Estado.
Estão criados uma confusão e um clima de desconfiança que não faz bem para ninguém: nem para o governador, nem para as pessoas que são saem e também, para aqueles que ficam.
A autoridade dos mandatários e seus auxiliares tendem ao desgaste desnecessário e à desconfiança do que realmente se pretende com as medidas.
Que são medidas necessárias, ninguém tem dúvida! Que tem o apoio da população, isso é fato comprovado!
Então, porque não agir de forma definitiva a cada decisão?
Até agora nem o corte de 25% no total de contratos administrativos, anunciado no primeiro decreto, ainda foi avaliado e agora, se a nova ordem for descumprida, daqui a pouco não haverá espaço para atitudes como essas, importantes sob todos os aspectos, inclusive o econômico e o da governabilidade.
As outras medidas precisam ser consideradas irreversíveis, pelo menos por enquanto, e não permitir que as coisas fiquem conforme o humor de um auxiliar, secretário ou colaborador. A autoridade, que já está arranhada, precisa ser tratada, recuperada e se apresentar nutrida para evitar problemas internos e enfrentar, objetivamente, os problemas externos.
O primeiro teste será na apresentação da Proposta Orçamentária para 2016, para a qual foram criadas muitas expectativas, mas que, também, deve trazer novidades e modernidade, para substituir o carcomido modelo adotado durante os últimos 10 anos, tendo que ser reconstruído, a cada ano, pela comissão de orçamento da Assembleia Legislativa.
O orçamento para 2016 pode fortalecer a mensagem do Governo durante a abertura do ano legislativo. Estabelecendo um diálogo franco, realista e que possa produzir um relacionamento novo entre o Executivo e os demais órgãos do Estado, como Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça e Ministério Público.
A dívida pública precisa ser tratada com responsabilidade e não como desculpa pelos “não feitos” administrativos.
A administração dessa conta é um projeto que precisa ser do conhecimento da população, a principal sacrificada e que não ainda não teve oportunidade, sequer, de ouvir uma explicação e muito menos decidir sob qualquer parte se a sua aplicação.
Já passou da hora de ser esmiuçada a conta total, para que todos compreendam como o pagamento está sendo feito e a importância de honrar esse pagamento, para que não seja o Estado do Amapá um devedor contumaz e mal pagador, alardeando esperança de perdão para uma dívida que fez e que está apresentando pouquíssimos resultado: veja o caso da federalização da CEA.

O Amapá precisa de ações transparentes e debatidas à exaustão para melhorar a eficácia dos resultados. 

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Ainda há tempo para evitar o pior

Rodolfo Juarez
Não adianta imaginar que as recentes medidas tomadas pelo Executivo amapaense são suficientes para que o Governo do Estado chegue ao final do ano sem outros sacrifícios.
A medida tomada pelo governo e anunciada pelo governador no começo da semana foi absolutamente necessária, mas, é preciso reconhecer que foram tímidas e que só apresentarão os resultados esperados se houver, da parte dos executores, completo comprometimento com a proposta.
De pouco adiantariam as medidas tomadas se esperar que elas se instalem por elas mesmas, ou se o Governo se acomodar, sem continuar não só entendendo o momento de dificuldades, mas adotando medidas que possam fazer enfrentamento sem maior sacrifício da população.
O contribuinte está preocupado, os prestadores de serviços também.
Imaginam que as economias feitas sejam suficientes para a retomada do esforço coletivo que também influencia na arrecadação, dando elementos para a receita pública crescer sem que tenha que sacrificar, ainda mais o contribuinte, que já vê a inflação corroer as suas economias e o seu salário.
O estado de emergência para ser efetivo precisa de competência para administrá-lo e de avaliação permanente, diária, para acompanhar com a possibilidade de intervenção na proposta a qualquer momento.
A população percebe que as inteligências do governo estão encruadas, principalmente aqueles das quais o momento exige mais. Alguns responsáveis estão acabrunhados, lotados de serviços, concentrado atividades e prejudicando os resultados que precisam ter sustentação na simplicidade, inclusive na comunicação.
A atual equipe não foi preparada e nem esperava ter que enfrentar toda essa tormenta. Alguns membros, inclusive, ainda nem perceberam que a campanha eleitoral acabou no ano passado e que o momento e de trabalho, de aproveitamento das competências.
Se tiver que trocar os membros da equipe ou reforçar a equipe, o momento é agora.
Para a governabilidade não basta atender as exigências dos outros órgãos de governo é preciso que todos eles entrem em fase produtiva para animar o setor privado a desenvolver-se, acreditar, produzir e passar a faturar mais para poder pagar mais tributos.
É uma equação difícil, mas que precisa ser definida para que sejam encontradas as melhores soluções para todos e não para alguns de fora ou de dentro do Governo.
Também não basta o esforço de alguns. Todos precisam compreender e se submeter a uma ordem, obedecendo igualmente, principalmente aqueles que se acham com mais direitos de usufruir os cargos.
É importante considerar que a falta de sensibilidade ou o modo de governar adotado não deu o resultado esperado, pois, isso é certo, ninguém governa para errar. O erro deve ser a consequência de uma tentativa de inovar, criar, avançar na crise, nas dificuldades, dando exemplo de dedicação e, principalmente, competência.
Nem tudo está perdido. Ainda há tempo para evitar o estrondo do desastre completo, mas, para isso, é preciso que haja compreensão do que está sendo feito e abandonadas as práticas do toma-lá-da-cá que não está dando certo, inclusive, no Governo Central.

Coragem para mudar o que precisa ser mudado e preparação para fazer tudo às claras, com absolta transparência seja para quem for. De outra forma, as perspectivas não indicam sucesso administrativo nem político.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O tamanho do Governo

Rodolfo Juarez
Demorou muito para o Governo do Estado fazer o dever de casa reduzindo o tamanho de suas despesas e o tamanho do Governo.
Não foi o corte que precisava ser feito. Possivelmente faltaram ao Executivo estadual as condições políticas para diminuir o tamanho da administração estadual ao tamanho da receita que será apurada até o final do ano.
Mesmo assim dá para se imaginar como sendo um bom começo considerando, inclusive, a comunicação que foi feita durante o anúncio das medidas que afirmou que ainda estão em estudos outros cortes importantes e absolutamente necessários.
O ano está terminando e o que todos percebiam está se confirmando: a receita estimada para 2015 não se confirmará e serão contabilizados - a menor -, tanto as receitas de transferências constitucionais como as receitas próprias, decorrentes dos tributos locais cobrados e do imposto de renda retidos na fonte, entre outros.
A redução do salário do governador, do vice-governador, dos secretários e dos secretários adjuntos tem um efeito político forte, muito mais forte do que o efeito orçamentário. Na prática pouco contribuirá para diminuir o “rombo”, mas será uma demonstração de que é preciso que todos compreendam o que está acontecendo com as receitas previstas para o orçamento desse ano.
A área econômica e de planejamento do Governo do Estado é que não transmitiu segurança nem no que fez e nem no que pretende fazer para assegurar governabilidade e efetividade administrativa.
O redirecionamento da proposta do orçamento público para 2016 pode ser considerado o ponto mais importante, com a redução do tamanho das vontades ou necessidades transformadas em programas. Já está claro que as necessidades da população são muitos maiores do que a capacidade de realização do Governo que não consegue atingir o objetivo anunciado na campanha que o tornou o candidato, ao governo, mas votado e com direito de receber o mandato.
Agora é preciso enfrentar as dificuldades de frente e não ficar na retaguarda esperando que os problemas se alinhem e se mostrem um a um para serem resolvidos. A pequena redução do tamanho do Governo não é suficiente para adequá-lo ao tamanho da receita e da capacidade produtiva dos servidores públicos.
Nesse momento é preciso fazê-los compreender os detalhes da medida e os seus objetivos. Não dá para imaginar que o conhecimento é automático, pois, não faz tempo a mesma equipe que agora alega os problemas, afirmava que tinha a solução para cada um deles de forma definida e cristalina.
A dívida pública, que já assustava os que tinham a preocupação de acompanha-la e analisar as suas influências na capacidade de realização do Governo do Estado, pela primeira vez foi destacada como uma questão que precisa ser acompanhada de forma profissional, sabendo que os erros podem levar ao sacrifício da administração e também do povo amapaense que já sabe que deve esta conta até o ano de 2034.
Tivessem os responsáveis pela administração, desde o ano passado quando começou a se desenhar o quadro atual, se preocupado com último quadrimestre deste ano, era bem provável que a forma de enfrentar os problemas seria mais eficientes e os resultados já estariam sendo favoráveis à população.
A espera não serviu para nada e para ninguém!
Todos precisam reconhecer que o Amapá está em crise. Que as receitas previstas não irão se realizar e que, por isso, serão inevitáveis os cortes em projetos e possivelmente programas que são importantes para a população.

A principal cabeça do monstro ainda não está abatida. A cabeça do Governo é muito maior do que o corpo que dispõe para sustenta-lo o que o deixa desequilibrado, vacilante e com dificuldades para alcançar os objetivos traçados.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Eleições municipais 2016

Rodolfo Juarez
Estão postas as novas regras para as eleições de 2016 quando serão eleitos vereadores e prefeitos dos mais de cinco mil e setecentos municípios brasileiros.
Nada que venha garantir mais segurança ao voto do eleitor e muito daquilo que vem favorecer os currais eleitorais, os caixas-dois e as irregularidades que deverão, mais uma vez fazer ser a eleição municipal uma eleição em dois ou três turnos de votação com o último sendo realizado nos tribunais.
Uma pena que se gaste tanto tempo e tanta energia na adaptação de forma que favoreça os candidatos dos grandes partidos e prejudiquem os candidatos que poderiam renovar a política brasileira.
A importância das eleições municipais de 2016 é tão grande que delas podem surgir novas lideranças, jovens lideranças, capazes de mudar o quadro político nacional que dá sinais de esgotamento com os procedimentos que são atoados pelos mandatários.
O mau exemplo da venda de mandatos, por alguns partidos dede que seus representantes votem no escuro, ignorando as prioridades da população é o flagrante que o eleitor precisava.
A recente transformação da Presidência da República em um balcão de negócios para garantir ao PT continuar tendo a presidente da República é vergonhosa. O toma-lá-dá-cá está institucionalizado em um regime que se define como Presidencial, mas que não passa de um regime parlamentar com todos os defeitos impregnados pelas maracutaias, pela corrupção e pela falta de vergonha.
As mudanças nas regras das eleições de 2016 são uma declaração de favorecimento para os grandes partidos e para os caciques desses partidos. O eleitor ficou completamente de fora e ainda com a obrigação de comparecer no dia 2 de outubro para votar.
A rebelião do eleitor pode ser votando em nomes novos, em uma tentativa desesperada para mudar o quadro político a partir do município, pouco importando o tamanho, a representação política ou a consideração que as lideranças tenham com ele, diferente da interpretação que tem de curral eleitoral.
Uma das formas de combater a corrupção ou de não ter dirigentes tão encrencados com a justiça como os que presidem, atualmente, o Senado e a Câmara Federal é escolhendo pessoas que possam intervir no processo e mudar a realidade atual.
Para mudar a realidade política nacional é preciso participar, conhecer os candidatos, os partidos aos quais pertencem, os vínculos que têm. De nada adianta continuar com o sistema atual quando as pessoas são eleitas pelos eleitores com o compromisso de se comportar conforme o seu financiador de campanha ou aquele que lhe apoiou na campanha.
Não dá para pensar que a mudança virá apenas com as manifestações de ruas onde a insatisfação pode ser declarada. Não adianta vociferar pelas redes sociais onde alguns se escondem por traz de memes com a finalidade de desmoralizar aqueles que estão certos e valorizar o imprestável ou aquele que tem comportamento vencido.
É uma questão de oportunidade para o eleitor!
O Brasil já experimentou situação idêntica. Não agiu e teve que aturar ditaduras que, decididamente não é boa para ninguém, inclusive para os ditadores.
Mas o Brasil precisa ser repensado, reorganizado para poder aproveitar o seu potencial e aplica-lo em favor do povo e não em favor dos poderosos que são descobertos depois de todo o mal que causaram.

Avante para uma eleição libertadora!

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Que país e esse?

Rodolfo Juarez
Está difícil acreditar nas soluções que estão sendo propostas para resolver a crise que está instalada no Brasil.
Nem a presidente da República, Dilma Rousseff, nem o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros e muito menos o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha transmitem qualquer confiança para a população que vê o pais entrar em recessão técnica, perder o controle da inflação, gastar mais do que arrecada e contribuir para prejudicar a qualidade de vida durante os quatro anos deste mandato que ainda tem mais de três para serem cumpridos.
Não há respeito pela situação em que estão metidos os municípios e os estados, colocando em debate o pacto federativo, tão atingido internamente pela má gestão das receitas oriundas dos tributos pagos pelo contribuinte.
O orçamento negativo foi a prova que faltava para declarar a má vontade do governo em abrir mão de suas mordomias que vão desde a utilização de jatos até aos carros luxuosos que exigem para ficar à disposição.
O exemplo dado pelas autoridades do executivo e do legislativo nacionais segue em cascata, ganham força e chegam até aos municípios que viram os seus prefeitos fazerem paralização de um dia, em protesto à queda na arrecadação, enquanto alguns estados já sacrificam o povo aumentando a alíquota dos impostos até o ponto de suas necessidades atuais que são do tamanho das irresponsabilidades na administração dos interesses públicos.
Enquanto isso instala-se um balcão de negócios na sala principal do prédio onde está instalado o comando do Executivo Brasileiro, em Brasília, dividindo cargos entre partidos desde que garanta os votos, às cegas, no Plenário do Congresso durante a votação dos vetos, alguns deles sufocantes e prejudiciais ao povo brasileiro ou parte dele.
A voracidade do partido que está à sombra do Poder, o PMDB, mais uma vez se revela absolutamente insaciável, querendo mais poder ou lugar para colocar os seus apaniguados, pouco importando se vão ou não se interessar em resolver o problema do País ou estão apenas atrás de favores e mordomias que o poder pode lhe proporcionais.
As mexidas nos ministérios da Saúde e da Educação são demonstrações de pouco caso com esses dois setores que verão outras diretrizes definirem o seu rumo, certamente sem ter o contribuinte como seu principal objetivo.
O que o povo sofreu durante a greve o INSS não foi suficiente para despertar a competência dos dirigentes desses órgãos ou seus superiores, para evitar as lágrimas daqueles que saíram durante esta semana com marcações de atendimento para o ano que vem.
Ora, ainda estamos começando o 4.º trimestre do ano e já não tem atendimento antes do Natal.
É ou não um vergonhoso?
A indignação provoca um sentimento de revolta e de não compreensão das medidas equivocadas que estão sendo tomadas pelo Governo e ainda vêm os dirigentes do PT falar de um Brasil que não existe e apresentar resultados falsos no sentido de, mais uma vez, iludir a população.
Os brasileiros estão indignados por acreditarem tanto e começam a desconfiar das oposições oportunistas que se apresentam para ocupar momentos precisos nas tribunas das Casas Legislativas, apontando o dedo para a irresponsabilidade ou o crime daqueles que estão sentados na cadeira principal.

Uma vergonha!