Rodolfo
Juarez
Macapá,
capital do Estado do Amapá, completa na próxima quinta-feira, dia 4 de
fevereiro, 258 anos de fundação. Um momento para reflexão sobre tudo o que está
acontecendo naquela que já foi conhecida como a Cidade Jóia da Amazônia.
Está
claro que alguma coisa aconteceu nesse período de cidade jóia. Até agora quando
alguns princípios fundamentais foram ficando pelo caminho sem qualquer
possibilidade de recuperação.
Perdemos,
ao que parece, a capacidade de querer uma cidade melhor e esquecemo-nos de
postular por direitos que temos, por exemplo, com relação à qualidade de vida.
Os
representantes que a população do município de Macapá escolhe para postular, em
seu nome, na Câmara Municipal de Macapá têm preferido alinhar-se ao prefeito –
o escolhido para administrar os interesses da população – sem exercer as suas
atribuições e permitindo não apenas o desgaste natural pelo tempo, mas os
desacertos nas propostas de gestão que são apresentadas.
Mesmo
com todos eles conhecendo a importância da coleta, transporte e destino final
do esgoto sanitário, nenhum deles, objetivamente, vereador ou prefeito desses
últimos 20 anos, reage ao abandono que está relegado o projeto de esgoto para
Macapá, pouco importando se quem cobra é a companhia de águas e quem paga é a
população.
Macapá
passou a ser uma cidade doente, com muitos dos seus moradores precisando de
atendimento médico e da confiança nesse atendimento. Os locais até que existem,
mas não ganharam a atenção devida dos gestores que continuam, a cada mandato,
sendo a fotografia da personalidade de cada um dos gestores.
Macapá
já passou dos 440 mil habitantes e ainda trabalha como se fôssemos 200 mil,
deixando nos cálculos de atendimento mais da metade dessa população desassistida,
desde a coleta do lixo, até as sugestões técnicas para as áreas de expansão
onde poderia receber os novos moradores.
Vias
maltratadas, sistema de transporte precário e sem abrigos ou terminais
ajustados com a modernidade. Sinalização de baixa qualidade, para uma cidade
plana e favorável ao oferecimento de serviços urbanos de qualidade que,
entretanto sofre com o maltrato dispensado aos canais de drenagem e ao sistema
de drenagem.
Uma
cidade sem um parque ecológico, mesmo sendo a capital do Estado mais preservado
da Amazônia, sem praças nos bairros que surgem mais distantes do centro da
cidade e, ainda, deixando de cuidar do seu mais belo cartão postal: a Praça do
Parque do Forte São José ou Lugar Bonito
Aqueles
que têm a responsabilidade de fazer com que a população adote a cidade como um
dos seus amores, não conseguem, sequer, melhorar os serviços básicos muito
embora não execute os serviços de água e de esgoto, por isso se exonera da
responsabilidade ficando sem dizer o que quer e o que pretende para o povo da
cidade.
Os
esforços ficam nos limites do prédio da prefeitura. Dá a impressão que falta
tempo para tratar do futuro ou que o presente é suficiente para as pretensões
do gestor que não se vê como um bem querente da cidade.
É isso
mesmo!
No dia
que o prefeito e os vereadores se dispuserem a demonstrar que gostam de Macapá,
nesse dia saberão encontrar os caminhos para o desenvolvimento e serão
reconhecidos pela população.
Neste
momento, os vereadores preferem ser reconhecidos pelo prefeito e o prefeito,
pelos sues auxiliares e parceiros do grupo político.