domingo, 30 de outubro de 2016

O novo mandato de Clécio

Rodolfo Juarez
Depois de 100 dias de espera o município de Macapá conheceu o administrador que vai, durante os próximos 4 anos, gerenciar os interesses do município e da sua população – o atual prefeito Clécio Luis.
Mais de 123 mil eleitores deram uma vitória folgada para o candidato da coligação “Pra Macapá seguir avançando”, formada pelos partidos REDE, DEM, PPL, PSC, PT do B, PSDB e PC do B, sobre o candidato Gilvam Borges.
É até agora e desde 2004 - quando foi instituída a possibilidade da reeleição para os cargos majoritários -, a vitória mais folgada de um candidato a prefeito de Macapá, superando os 60% dos votos válidos.
Ainda estava na memória a “virada” havida nas eleições de 2012, quando o próprio candidato Clécio Luiz, então no PSOL, venceu Roberto Góes no segundo turno, depois de ter terminado o primeiro turno com ampla desvantagem para o candidato do PDT.
Macapá, com 465.495 habitantes é o 51.º município brasileiro em população e o 5.º da Região Norte e, em 2016 viu o seu prefeito ser reeleito para mais quatro anos de mandato se constituindo no segundo a ter essa chance dada pelo eleitor macapaense – o primeiro foi João Henrique Pimentel –, por isso o sétimo prefeito eleito desde 1996 e que vai exercer o nono mandato administrativo desde quando os macapaenses passaram a eleger o seu prefeito em novembro de 1995.
Com um PIB per capita equivalente a R$ 18.862,71 e um IDH – M de 0,733, a Capital do Estado do Amapá tem muitos problemas para serem resolvidos e durante toda a campanha o atual prefeito informava que o caminho para resolver as grandes questões do município já havia sido encontrado e que precisa desse outro mandato para aplainar o terreno, plantar o que precisa, para começar a colher antes de 2020 quando o futuro mandato encerra.
A população e, especialmente o eleitor, acreditou que essa seria uma boa proposta para os próximos quatro anos, apesar da alegada crise nacional, da falta de apoio do Governo Estadual e das pequenas condições que o município oferece para enfrentar as dificuldades que são, todos os dias, levantadas pelo povo.
O apoio que recebeu na estruturação da coligação e na campanha de importantes figuras políticas locais, como os senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues, foram decisivos e precisam ser bem cuidados para que não sejam desperdiçados ou utilizados em questões que não sejam do interesse da população.
É preciso entender que, apesar de ser o mesmo prefeito, a estrutura governamental precisa ser outra, com outra filosofia, para que a população não se frustre vendo arranjos que interessam a grupos e não produzam efeitos benéficos para a população.
Trata-se de uma nova Administração com o mesmo prefeito!
Para muitos isso é muito difícil entender e compreender que a campanha acabou e que o processo eleitoral aguarda apenas a diplomação, prevista para 19 de dezembro e a posse para o dia 1.º de janeiro.
Terminar bem o mandato 2013-2016 e organizar os primeiros passos para o mandato que começa no primeiro dia de 2017 é o que está em pauta.

Então... Boa sorte!

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A eleição de domingo dia 30.10.2016

Rodolfo Juarez
O eleitor macapaense está prestes a demonstrar como quer que o município de Macapá, e principalmente a cidade de Macapá seja administrada.
A escolha do prefeito é um momento de rara responsabilidade da coletividade, que através dos seus eleitores, vai às urnas, para votar, depois de ter analisado tudo o que foi dito no rádio, na televisão, nas caminhadas, nas reuniões pelos aliados daqueles que pretendem exercer o comando do orçamento de quase um bilhão de reais já em 2017.
Os mais de 277 mil eleitores que votam na 2.ª e na 10.ª zonas eleitorais e que têm a responsabilidade de escolher, em segundo turno, o prefeito de Macapá, não podem deixar de interpretar tudo o que foi, e o que não foi, dito na campanha eleitoral que preparava o eleitor para esta votação.
Desde novembro de 1985 quando o eleitor de Macapá foi às urnas para escolher o prefeito e elegeu Raimundo Azevedo Costa para o mandato tampão de 3 anos, que há uma busca por um administrador que tenha habilidade e competência para ser exatamente isso: administrador.
Às vezes até que o eleitor consegue aproximar a Administração daqueles que escolheu para exercê-la. Mas, na maioria das vezes a escolha tem sido feita por candidatos que não sabem qual o verdadeiro papel de um administrador municipal, confundindo tudo e, principalmente, querendo o cargo de prefeito como degrau para se eleger para um cargo cujo exercício é em Brasília ou uma espécie deteste para ser candidato ao cargo de governador do Estado.
A estratégia, para alguns, deu até certo. Já teve quem saísse da prefeitura de Macapá para ser Governador do Estado. Quem saísse da prefeitura para ser deputado federal ou mesmo senador. Nenhum deles, desde 1985 até agora, deixou de usar a prefeitura para ser um laboratório político, onde partidos pequenos ficam grandes à custa do prestígio que o eleitor possibilitou para o prefeito.
Desde quando foi permitida a reeleição que todos, todos mesmo, se candidataram à renovação do mandato. Veja o caso João Henrique (que conseguiu), o caso Roberto Góes (que não conseguiu) e agora Clécio Luiz que vai “tirar a prova”.
É claro que cada eleição municipal tem a sua história e essa, de 2016 terá a sua.
O segundo turno está sendo aplicado desde quando o município de Macapá passou a contar com um número de eleitor apto a votar superior a 200 mil. Nessa realidade o candidato mais votado, para ser prefeito, precisa de 50% dos votos válidos mais um voto. Assim não haverá segundo turno de votação.
Desde quando passou a fazer parte da regra o segundo turno para municípios com mais de 200 mil habitantes, ou seja, desde quando João Henrique era prefeito, que nenhum candidato tem obtido a maioria simples dos votos válidos. Isso mostra a dificuldade que o eleitor encontra para escolher um líder.
A histórica virada havida em 2012, quando o segundo colocado superou o primeiro colocado em um resultado pouco provável, que realmente se tem duas eleições, como agora em 2016, pois, a diferença entre os candidatos que foram classificados em 1.º e 2.º lugares, foi significativa e mesmo assim, não apaga a esperança de uma virada no segundo turno.
A eleição muda as prioridades da administração municipal, principalmente quando um dos que disputa o cargo, nele já está.
As potenciais novas lideranças que poderiam ter se firmado na eleição de 2016, acabaram se comprometendo e agindo como os políticos em decadência, agarrando-se em elos apodrecidos, prejudicando a sua carreira em troca sabe-se lá do que.

Dia 30 encerra a eleição para prefeito e no dia 31 alguns já começam a aplicação do projeto para 2018, ensaiando as campanhas para deputado estadual, deputado federal, duas vagas no senado, governador e vice-governador do Estado, muito embora nem todos que começam completam a jornada.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Adiantou? Mudou alguma coisa?

Rodolfo Juarez
Os militantes políticos, mesmo os mais experimentados, e os que analisam o comportamento da sociedade e de seus entes formadores, não entenderam o anúncio feito pelos dirigentes do PSB e do PT, quando em momentos diferentes, mas não muito distante um do outro, comunicaram que ficariam neutros durante a campanha do segundo turno de votação, quando será escolhido o prefeito de Macapá.
E precisava?!
O desempenho eleitoral no primeiro turno de votação das eleições municipais de 2016, tanto do PSB, quando do PT, é para ser esquecido pelos seus dirigentes, pelos filiados e por aqueles que mesmo não sendo dirigentes ou filiados, deram, em passado recente, densidade eleitoral importante para os dois partidos.
O fraco desempenho das duas siglas, de muito sucesso no Estado do Amapá, desta feita pode ser comparado ao desempenho de partido pequeno, contrariando o que diziam os seus dirigentes até às vésperas da eleição.
Para se ter uma ideia do fiasco eleitoral das duas siglas em Macapá, na eleição majoritária ficaram nas últimas posições e na eleição proporcional, a que escolhe os 23 vereadores para a Câmara, puderam sentir o que ninguém imaginaria: nem o PSB e nem o PT entram 2017 com representante na edilidade da Capital.
Vai ser sentida a ausência do PSB e do PT na Câmara de Macapá? Claro que vai! Mas esse é um trabalho para os seus dirigentes que precisam arranjar força e motivação sabe-se lá onde.
Certamente que os dirigentes dos dois partidos, tanto através dos diretórios estaduais, como através dos respectivos diretórios municipais, terão que buscar forças, sabe-se lá de onde, para motivar a militância, conquistar novos filiados e, até, dirigentes.
O mais grave é que os problemas não terminarão quando terminar a eleição municipal de 2016, aliás, esses problemas se agigantarão logo quando começar 2017 e os dois partidos perceberem que o ano de 2018 já não demora e que precisarão trabalhar muito para continuar com os mandatos que detêm por algum tempo, no caso o PSB, pois o PT já está vivendo esse momento, faz mais tempo.
As perguntas repercutem no meio político e vai testar a força que resta PSB para manter os mandatos que tem na Assembleia Legislativa do Amapá, na Câmara Federal e no Senado da República.
Esta posição de debilidade mostrada pelos dois partidos, o PSB e o PT, nas eleições de 2016, está animando outros partidos, dispostos a lutar pelas vagas que são ocupadas pelos partidos que até pouco tempo, governaram o Amapá, tendo o governador e o vice.
O que deu errado? O que falhou?
Nenhum dos dois partidos imaginava que somariam tão poucos votos na votação do dia 2 de outubro de 2016. Nem mesmo os adversários poderiam acreditar em uma votação onde os dois somados não alcançariam a votação do antepenúltimo, em uma escala onde tinham sete disputantes.
Pois bem, depois destas observações, persiste a questão sobre a decisão dos dirigentes dos dois partidos quando a comunicação aos seus filiados e eleitores que ficariam neutros nas disputas do segundo turno.

Adiantou? Mudou alguma coisa?

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Do ponto de vista do eleitor

Rodolfo Juarez
É importante analisar a campanha política, a poucos dias das eleições, considerando o ponto de vista do eleitor.
Mesmo sendo o objetivo principal da campanha, os marqueteiros e os coordenadores da campanha insistem em pouco ou nada se importar com o que o eleitor está pensando e, obviamente, se ele está satisfeito com as mensagens e as promessas que são levadas na busca do voto na rua, no rádio e na televisão.
Os candidatos, os aliados, os partidos e as coligações recebem, como dádiva do processo, o espaço livre na rua, no rádio e na televisão para dizer o que entendem importante para motivar o eleitor a votar, e mais propriamente, votar de forma consciente neste ou naquele candidato.
Aparentemente, ou propositadamente, não é isso que acontece. As coordenações de campanha dão muito mais importância a uma adesão do que ao eleitor, a uma promessa do que a um programa; a um fato fortuito do que a um projeto.
Criam um ambiente hostil entre os militantes, fazendo de conta que ainda não esqueceram a máxima de que “os fins justificam os meios” e que em uma disputa política “só não vale perder”.
Estas duas máximas, condutoras do processo de militância, representam o que está sendo negado pela população de todo o Brasil nesta mudança que se demonstrar necessária na formação do grupo de representantes sociais e naqueles que recebem a incumbência de bem aplicar os resultados do que recebem dos tributos. A escolha daqueles que vai cuidar dos interesses da população, administrando os recursos, é que está em curso no momento.
Está claro que nem mesmo a administração dos 20 minutos de cada campanha, divididos em dois tempos de 10 minutos, estão sendo bem administrados, tanto que a repetição sistemática - e em profusão -, dos programas do horário eleitoral gratuito, está tornando repetitivo e provocando queda na audiência das emissoras.
Como o eleitor nada pode fazer restam-lhe duas alternativas básicas: ver o programa com o ânimo completamente adverso, ou desliga o aparelho de rádio ou de televisão e espera o horário passar.
A proposta teórica dos programas é dar a oportunidade para o candidato divulgue as suas propostas, explique o que vai fazer se for autorizado pelo eleitor a assumir o cargo de prefeito e de vice-prefeito, de forma que o eleitor possa projetar o futuro avaliando se é isso que quer.
Os candidatos, entretanto, dão ênfase para o passado, destacando o ruim e o péssimo e o eleitor sendo forçado a relembrar o ruim e o péssimo, sem ter espaço para avaliar o que interessa como a competência e a habilidade atual dos pretendentes.
Esse cenário desmotiva o eleitor, retira-lhe a vontade de participar e, em consequência opta por pagar as prendas decorrentes do fato de não comparecer para votar e, assim, não participar do processo de escolha.
As adesões dos perdedores da primeira parte da disputa precisam ser analisadas com cuidado, pois, sempre são “defuntos” que querem ser ressuscitados, mas também quer em troca o que eles chamam de “participação no governo”, uma vergonha sobre todos os aspectos, pois, o eleitor já o rejeitou deixando fora da disputa.

Como o processo eleitoral está sempre em busca de aprimoramento, quem sabe um dia isso seja rejeitado também pelas regras trabalhadas pelos organizadores das eleições.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Nada a destacar

Rodolfo Juarez
Analisamos em dois artigos anteriores, escrito logo depois do resultado das eleições municipais no Estado do Amapá, o desempenho do PSB no artigo “O que aconteceu com o PSB?” e os concorrentes que se habilitaram ao segundo turno de votação, no dia 30 de outubro, com o artigo “O ‘velho’ e o ‘novo’”.
A repercussão foi interessante e, em alguns casos, emocionada, mas nada além do que se pode esperar após resultados desfavoráveis, no caso de PSB, ou de “carimbagem” no caso do ‘velho’ e o ‘novo’.
Mesmo com a campanha curta, entendo que os candidatos poderiam ter adotado o mesmo procedimento havido em municípios que também dependem do 2.º turno para conhecer o próximo prefeito. Naqueles municípios os concorrentes, em respeito ao telespectador e ao ouvinte, reduziram o tempo que lhe oferecia o Tribunal Superior Eleitoral, por entender que a repetição se torna enfadonha, desinteressante e sem a capacidade de atrair o eleitor para o seu programa de campanha no rádio e na TV.
Quando se tinha os sete candidatos, com a divisão do tempo entre todos de forma desigual e baseada em representação na Câmara Federal, ou seja, no poder político do partido, se observava o zelo do candidato não perder tempo, dizer o que pretendia de forma objetiva e, de certa forma, chamava a atenção dos eleitores, que sempre esperavam novidades diárias de um dos sete candidatos.
Agora, com apenas dois candidatos, há muita repetição de programas para atender a exigência dos próprios concorrentes que, sem ter o que falar, repete insistentemente, propostas que não convencem ou se posicionam em assuntos que nada tem a ver com a campanha ou a futura administração.
Além disso, ainda tem as inserções, que são mostradas nos intervalos da programação, com spots com mais vezes repetidos do que os próprios programas apresentados nos horários eleitoral gratuito no rádio e na televisão.
O eleitor, mesmo sendo obrigado a comparecer no dia 30 de outubro na sua seção eleitoral, ele precisa ser motivado a fazê-lo e, neste caso, a motivação não pode ser a obrigatoriedade de votar, mas a vontade de escolher um dos dois concorrentes. E, convenhamos, os candidatos estão passando longe do ponto de motivação esperada.
Não é possível que em um tempo de tantas dificuldades sociais e financeiras, dificuldade de emprego e trabalho, os postulantes ao importante cargo de prefeito de Macapá não encontrem condições que permita mostrar ao eleitor algo diferente e que possa motivá-lo a ir votar?
A crise não pode ser de competência. A crise precisa ser dominada e para isso precisa de pessoas com condições de fazê-lo e, ainda mais, demonstrar que tem condições para tal. Não basta mais ficar olhando pelo retrovisor, seja para lamentar o que não foi feito ou destacar, também, o que foi feito.
As equipes de coordenação de campanha precisam ser mais competentes na abordagem dos temas, mais criativas na apresentação das propostas e inventivas para o enfrentamento dos próximos 4 anos, senão acabam comprometendo o candidato.

Por enquanto nada a destacar nem na campanha de um, nem da campanha do outro.

domingo, 9 de outubro de 2016

O "velho" e o "novo"

Rodolfo Juarez
Desde o domingo do primeiro turno da eleição municipal, que o eleitor macapaense conhece os candidatos que continuam na busca dos votos necessários para ocupar o cargo de prefeito municipal de Macapá.
Também desde aquele momento uma corrida de velocidade, mantendo a tradição, se deu na busca de alianças com nomes que disputaram a eleição, mesmo aqueles que não conseguiram os cargos e até que não votam em Macapá, foram procurados para aderir a fase decisiva da eleição.
No primeiro momento o eleitor foi esquecido e não despertou a atenção dos concorrentes habilitados, demonstrando que muitos ainda não compreenderam o momento, apesar dos recados dados, de forma direta e objetiva, para alguns daqueles que esperavam obter um resultado e que saíram da apuração sem saber explicar o que tinha acontecido.
Aline Gurgel, Ruy Smith e Dora Nascimento foram escolhidos pelos eleitores para demonstrar que eles estão atentos, querendo alterar o quadro de mando. A começar pelos municípios.
Parece que as mal explicadas atitudes do deputado Vinícius Gurgel, o principal líder do grupo de apoio da candidata Aline Gurgel; as avaliações equivocadas do senador João Capiberibe, principal líder do grupo de apoio ao candidato Ruy Smith; e o menosprezo pelo que vem acontecendo, em todo o Brasil, a partir de Curitiba, onde se concentram as ações da Operação Lava-Jato, complicou a votação da candidata Dora Nascimento.
Nem mesmo o cenário mais desfavorável para os candidatos Ruy Smith e Dora Nascimento indicava que a votação dos dois – somadas -, seria inferior à votação do candidato Genival Cruz.
Isso mostra, entretanto, que o eleitor já começou a ser mais exigente, não se conformando mais com as promessas e com métodos já testados e que não deram certo.
O eleitor do segundo turno é o mesmo do primeiro turno e as campanhas serão mais densas, com mais tempo para expor os pontos positivos e negativos de cada um dos candidatos, e os que estarão na linha de apoio a cada um deles.
Está sendo desenhando uma disputa do “velho” contra o “novo”, apesar do candidato Gilvan não ser tão velho, e nem o candidato Clécio não ser tão novo. Mas pode ser assim classificado pelos principais apoiadores de um e de outro.
Senão vejamos:
Os dois principais apoiadores do candidato do PMDB, Gilvan Borges, são José Sarney (PMDB) e Waldez Góes (PDT); os dois principais apoiadores do candidato da REDE, Clécio Luis, são Randolfe Rodrigues (REDE) e Davi Alcolumbre (DEM).
Tanto José Sarney, como Waldez Góes estão em pleno declínio político e administrativo – o primeiro muito mais que o segundo -, enquanto que Randolfe Rodrigues e Davi Alcolumbre estão em plena ascensão. Esses são os dois núcleos em torno dos quais se juntam deputados federais, deputados estaduais, vereadores e lideranças localizadas.
O eleitor, então, vai dispor no dia 30 de outubro, dia do segundo turno de votação, das duas vertentes. A do “velho”, com práticas bem conhecidas e resultados também conhecidos; e o “novo” do qual ainda está em busca de consolidação.

Não se trata de sorte. O caso é sério e está nas mãos, ou melhor, na ponta dos dedos do eleitor.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O que aconteceu com o PSB?

Rodolfo Juarez
Mas, afinal, o que pode ter acontecido com o PSB? O partido foi o grande derrotado na eleição municipal de 2016?
Um partido político que chegou a ter nos últimos anos, no Amapá, a maior densidade eleitoral relativa da sigla, em todo o Brasil, elegendo prefeitos, governador, deputado federal, senador, deputados estaduais e vereadores, além de ser tornar uma referência para a direção nacional do PSB que via o eleitorado aprovar os programas, o ideário e a forma de representar a população e administrar o Governo do Estado e prefeituras municipais diversas.
Para se ter uma ideia, e para não buscar tempos mais distantes, na eleição municipal de 2012, o PSB elegeu 27 vereadores e 3 prefeitos municipais, além de fazer parte do sucesso de outros partidos. Pois bem, nas eleições municipais de 2016, quatro anos depois, o PSB elegeu 2 vereadores (um no Mazagão e outro no Oiapoque) e não elegeu prefeito ou vice-prefeito.
Ainda é importante destacar que o PSB entrou para a disputa à vagas na Câmara Municipal de Macapá com quatro vereadores, era uma das duas maiores bancadas de vereadores da atual legislatura e formada por veteranos militantes do partido como (Neuzinha, Alan Ramalho, Professor Madeira e Washington Picanço).
Para completar, na disputa pelo cargo de prefeito de Macapá, entre os sete candidatos ao cargo de prefeito, o candidato do PSB ficou em penúltimo lugar, com uma votação medíocre de 7.922 votos, correspondendo a 3,71% dos votos válidos, marcando o que pode ter sido a mais acachapante derrota eleitoral do partido durante todo o seu tempo de existência.
Depois de perder o Governo em 2014 e praticamente afundar nas eleições municipais de 2016, a luz de atenção acendeu fortemente na caminhada até o primeiro domingo de outubro de 2018, quando, nas eleições regionais, colocará a prova as emendas feitas nos cacos de 2016, com disputa dos cargos que ainda detém na Assembleia legislativa, na Câmara Federal e no Senado da República.
Pouquíssimo tempo para trabalhar o que pode ser uma nova estratégia que, aparentemente, precisa reformular tudo, juntando os cacos e como Fênix, renascer do que sobrou.
O trabalho é pesado e ninguém sabe se as forças que restaram são suficientes para vitaminar o que sobrou e mostrar que o sucesso do PSB não tinha nada a ver com o PT, que sempre formou dupla vencedora com o PSB.

A tarefa é dos socialistas brasileiros e os planos são dos dirigentes do partido amarelo.