Rodolfo Juarez
A
escolha do eleitor nas eleições de 2016, em Santana, vai ser mais trabalhosa do
que nos outros pleitos. Dos seis candidatos apenas um, a primeira vista,
aparenta ter chances muito reduzidas, os demais estão com chances moderadas na
disputa, e cada grupo pode até apontar favoritismo para o seu candidato que não
seria nenhum exagero.
E como
dispões de pouco tempo o eleitor da 6.ª Zona Eleitoral (Santana), provavelmente
vai precisar acelerar a sua definição para que se acostume com a escolha e não
chegue indeciso no dia 2 de outubro e adote a teoria do “voto útil”.
Acontece
que o cenário da disputa é espetacular, com a participação de todos os
“caciques locais” e algumas novidades que vão embaralhar a cabeça dos eleitores
até uma tomada de decisão.
O
período de construção das alianças levaram alguns partidos a formarem
coligações improváveis considerando o histórico das negociações até maio deste
ano.
Esta
situação criou novas forças e diluiu outras.
Essa
desobediência à tradição, com alianças de partidos considerados antagônicos até
poucos dias, deu uma espécie de nó na cabeça do eleitor que, agora, tem como
principal referência para a escolha, o histórico pessoal do candidato a
prefeito, pouco importando quem está como seu companheiro de chapa.
O
eleitor da 6.ª Zona, que vai escolher entre 6 candidatos ao cargo majoritário,
também é levado a procurar entender o motivo da atração para que tantos
eleitores se interessem a ser candidato a vereador para a Câmara Municipal.
O
vereador eleito para a próxima legislatura municipal vai contar com outros 14
parlamentares na composição da Câmara Municipal de Santana, exatamente porque o
número de cadeiras na casa de leis municipais passou de 13 para 15 e essa condição
fez renascer esperanças para alguns que já tentaram ser eleito e para outros
que ainda não experimentaram a disputa.
Este
cenário levou a uma corrida por candidatura a vereador em Santana, onde o grau
de dificuldade, que é o índice obtido a partir da divisão do número de
candidatos pelo número de vagas é o maior de todo o Estado, chegando a 16
candidatos para uma vaga.
São 232
pretendentes a uma das 15 cadeiras no palácio da Ubaldo Figueira, em Santana.
Devido
ao aumento das duas vagas, o quociente eleitoral diminuiu de 4.172 votos
válidos para 4.010 votos válidos por vaga, muito embora tenha havido, de 2012
para cá um aumento de eleitora aptos a votar equivalente a 6.785 eleitores, ou
seja um aumento realtivo de 10,23% nos últimos quatro anos.
A eleição
em Santana, diferentemente de Macapá, tem a certeza que terá apenas um turno de
votação, isto é, já no começo da noite do dia 2 outubro a população conhecerá o
resultado e o nome do próximo prefeito do município e dos 15 vereadores.
Sabe
também que um candidato a prefeito poderá gastar até R$ 413.485,05, nenhum
centavo a mais e que esse dinheiro não poderá vir de empresas e nem de doadores
pessoas físicas que não obedeçam ao limite de 10% do que declarou em 2015 à
Receita Federal.
Todas
as coligações já deram a largada para a campanha e alguns candidatos já
surpreenderam e colocaram em dúvidas o número de participantes, principalmente
no caso dos “bandeirantes”, muito mais do que os 343 contratados, número máximo
previsto pela Justiça Eleitoral.
A
campanha está só começando e a esperança dos eleitores é que os candidatos -
seja ele quem for -, obedeçam os limites da Lei e se mostrem dispostos a
cumpri-la agora, para que possam entender assim no eventual mandato.
Está
fora de moda (e da Lei) a máxima de que em eleição “só não vale perder”.