Rodolfo Juarez
Os
candidatos ao cargo de Governador do Estado devem estar atentos para as
condições atuais da infraestrutura dos núcleos urbanos, mas também para as
condições do ambiente de trabalho que oferecem para os seus próprios
funcionários.
Ocorre
que a gestão estadual preferiu adotar o sistema de aluguel de prédios para
funcionar as suas repartições e não investiu na manutenção e restauração dos
seus próprios prédios, bem como não construiu outros para o funcionamento de
sua equipe de pessoal, cada vez mais especializado e cada vem mais necessitado
de tecnologia.
No
momento alguns dos prédios do centro administrativo já estão sendo desocupados
por absoluta falta de condições de uso, seja pela precariedade decorrente do
abandono na manutenção, seja pelo tempo de maltrato que o prédio passou,
chegando ao ponto de ser considerado inadequado para o funcionamento de uma
repartição ou secretaria do Governo do Estado.
Esse
procedimento influenciou no mercado de aluguéis e diminuiu o nível do emprego
na construção civil local.
A
influência no mercado de aluguéis decorre dos valores que o Estado paga pelo
aluguel dos prédios que loca. Os altos valores mensais aceitos e pagos pela
administração estadual, a título de aluguel, tornam os aluguéis dos imóveis de
Macapá mais caros que aqueles localizados em privilegiados centros urbanos
nacionais ou internacionais.
A
influência no nível de emprego na construção civil local é a decorrência da
política adotada que não ocupa a mão-de-obra local encolhendo a possibilidade
de ocupação dos trabalhadores do setor, desde os profissionais engenheiros e
arquitetos, até o ajudante de pedreiro.
Essa
política apresenta como resultado ainda uma maior concentração de renda e uma
queda na qualidade arquitetônica dos prédios, especialmente na concepção de
prédios mais modernos, deixando uma cidade cheia de “caixas de concreto” e suas
ruas com desempregados e desocupados.
Essa
reflexão também alcança os próprios prédios públicos onde funcionam as escolas
estaduais. O exemplo mais evidente é o do prédio da Escola Barão do Rio Branco,
no Centro de Macapá, e uma das mais tradicionais escolas do Estado, que não
está funcionando no seu prédio, na Praça Barão do Rio Branco, por desleixo completo
da gestão atual.
O
aspecto é tão deprimente que o Ministério Público Estadual já acionou a Justiça
do Estado para que o Governo seja obrigado a realizar no prédio os serviços
necessários para que os alunos voltem àquele local para continuar os seus estudos.
O
prédio da Escola Estadual Barão do Rio Branco é apenas um exemplo, mas outras
escolas da rede estadual estão próximos das mesma situação, não obstante haja
no Ministério da Educação verbas para resolver questões dessa ordem, mas passou
a ser comum deixar um prédio público abandonado, para o que o tempo o consuma,
como acontece como o antigo “Anhinga”, no Bairro do Buritizal.
Mais
parece que os governantes se acostumaram com esta situação, revelando que é
preciso novas interpretações da realidade para que outros procedimentos sejam
adotados e a gestão modernizada para atender a expectativa da população.
Os
exemplos dados pelo Tribunal de Justiça, com construção de fóruns e juizados em
várias localidades e pontos da cidade; do Ministério Público com a construção
de prédios modernos para a sua gestão; até mesmo a Assembleia Legislativa que
estrutura o ambiente para receber os novos deputados em 2019, não motivam os
gestores do Executivo Estadual.
Dizer
que não dá para manter o que está feito é uma aberração ou uma infeliz decisão.