segunda-feira, 30 de agosto de 2010

BANDA LARGA, UM SONHO ADIADO

Todas as pessoas realmente interessadas no assunto e com um mínimo de responsabilidade para prestar a boa informação, sabiam que Macapá e as demais localidades do Estado do Amapá estavam longe de contar com os serviços de internet utilizando a banda larga, que é uma conexão à internet com velocidade superior ao padrão das linhas telefônicas convencionais, ou seja 56 Kbps – kilobits por segundo, o que permite transmitir dados com muito mais rapidez e manter o usuário permanentemente conectado à web.

A notícia do final da semana passada, dada pelo próprio presidente da Telebras, Rogério Santana, quando divulgou a lista das 100 primeiras cidades que farão parte do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e entre as quais não está umazinha daqui do Estado do Amapá, colocou uma rolha na boca daqueles que vinham anunciando banda larga para este ano no Amapá.

É claro que a vontade de contar com banda larga no Estado do Amapá é de todo mundo. Não resta dúvida que representaria a inserção de um dos fatores mais importantes para a conexão coma web na velocidade com que já conta outros centros urbanos brasileiros, com as mesmas necessidades que os habitantes daqui.

Mas essa realidade não se muda exclusivamente com a vontade ou com reza, orações ou preces. Precisa haver, da parte das autoridades públicas responsáveis pelo assunto, a determinação de criar as condições políticas e de infraestrutura que possibilitasse todos contar com essa tecnologia tão importante para o desenvolvimento regional e para buscar o desequilíbrio na capacidade de competição entre os estados visinhos.

Convênios já foram assinados, promessas já foram feitas, programas já foram elaborados que, às vezes, até aqueles que sabiam que não havia as condições de infraestrutura para contar com a banda larga, com preço e velocidade competitivos, já estavam acreditando que o Estado contaria com essa tecnologia nos padrões que outros estados já contam.

Quando a Telebras divulgou as 100 primeiras cidades que serão atendidas pelo Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), também anunciou os nomes das cidades e as unidades da federação onde estão. As cidades estão em 15 estados e têm uma população conjunta de 14 milhões de pessoas e devem receber o programa até o fim deste ano.
Boa parte dos municípios que integram o Plano fica nas regiões Nordeste (58) e Sudeste (30), além de seis cidades no Norte (Tocantins) e no Centro-Oeste (Goiás). Os estados com mais cidades são Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com 8 em cada estado.

De acordo com o PNBL, os usuários terão uma velocidade mínima de 512 Kbps por preços entre R$ 15,00 e R$ 35,00. O mínimo de velocidade para se considerar uma conexão varia bastante. Em 2006 era comum afirmar que um mínimo de 256 Kbps caracteriza a internet como banda larga. Este ano, entretanto, a Federal Communications Commission (FCC) aumentou a velocidade de banda larga básica nos Estados Unidos para 4 Mbps, quase oito vezes mais que a prometida pelo PNBL.

A expectativa da Telebras é de que o PNBL atenda a mais 1.063 cidades em 2011 e que todo o país seja abrangido até o fim de 2014.

As autoridades precisam apresentar-se, conhecer o Plano Nacional de Banda Larga para que o serviço seja oferecido aos amapaenses, também, até 2014 conforme espera o governo central. Não podemos ficar patinando em informações desencontradas e sem a devida segurança.

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