quinta-feira, 28 de setembro de 2023

52.ª Expofeira de Macapá: sua importância, periodo de duração e caminhos abertos

Rodolfo Juarez

Depois de uma temporada sem ser realizada, a volta da Expofeira, no Parque de Exposições da Fazendinha, para ser a grande atração dos próximos 10 dias. As programações começam hoje, dia 29, sexta-feira e se estendem até o dia 8 de outubro, com o encerramento fazendo parte das comemorações do Círio de Nazaré.

Durante o período haverá shows de artistas nacionais, escolha da Rainha da Expofeira 2023, exposições, prática de comércio, entretenimento, negócios, serviços,  experimentos e uma série de outras atividades que constituem em atração para levar, conforme o estimado pelos organizadores, em torno de 120 mil pessoas por dia ao Parque.

A longevidade do evento é decorrente de um enigma, até agora inexplicado, que chama a atenção da população e que dá a impressão de que a população só destaca o local, Feira de Exposição da Fazendinha, o seu nome de “batismo”, por ocasião deste evento, em pleno período do Verão Amazônico.

A área do Parque de Exposições é muito boa. Bem trabalhada, poderia ser local de outras das programações que são realizadas em locais nada próprio, inclusive shows que são atrações nacionais.

O investimento na infraestrutura para abrigar as necessidades decorrente da Expofeira são altos e, dificilmente são aproveitados durante o ano ou mesmo “na próxima feira” devido não ser construído com material com possibilidade de durar “para a próxima Expofeira”. Isso acarreta despesas que só não são classificadas como desperdício por causa da participação de empresas de grande, médio e pequeno porte.

Também há o frenesi dos microempreendedores individuais, que com a sua garra também quer estar, e está, no meios dos negócios, com suas pequenas e selecionadas ofertas, ganhando para gastar na compra do pão de cada dia, da roupa de filhos e filhas e, também, fazendo o lazer que a oportunidade oferece.

Nesse momento, ninguém desconhece a realização da 52.ª Expofeira. Crianças, adolescentes, adultos, todos estão sabendo que a Expofeira começa hoje. Pode até nem saber o que lá vai acontecer, mas que sabe que começa hoje, ah, isso sabe!

É por isso que, a partir de hoje, todos os caminhos levam à Expofeira. Artistas famosos, parque de diversão, guloseimas, luzes, exposições e tantas outras atrações aumentam a força do imã que atrai a cada um da cidade para o evento.

A preocupação está com o trânsito na Rodovia Josmar Pinto (antiga Rodovia JK), o acesso oferecido para quem mora na Zona Sul, Zona Leste e Centro de Macapá, onde a fiscalização, que precisa ser cuidadosa, muitas vezes não atende a expectativa dos condutores e seus passageiros.

A Rodovia Josmar Pinto está malcuidada, com trechos de pistas irregulares, sem acostamento, com sinalização defeituosa e iluminação ainda em recuperação. Esse parece ser o ponto crítico para aqueles que vão à Expofeira a partir de hoje.

Os moradores da Zona Oeste e da Zona Norte, se não quiserem atravessar a cidade, podem chegar ao Parque de Exposição dando a volta pela Rodovia Duca Serra, dobrando o trecho a ser percorrido, mas sem deixar de ser alternativa.

A Expofeira, nesse momento, é o grande evento em todo o Estado pelos próximos 10 dias.

O melhor resultado depende muito da segurança que será feita pelas polícias de segurança, que devem cuidar para que, ao final, nada de extraordinário ou inesperado aconteça. Assim seja!

 

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Transplante de rim: tomara que dê tempo

Rodolfo Juarez

Era 13 de setembro, às 15:30 horas do dia da data magna do estado, quando fui comunicado que a consulta inicial, visando o transplante de rim ao qual me submeteria, e que estava marcado para o dia 26 de setembro, teria que ser adiada devido não haver vaga para hemodiálise em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba.

De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes, o Estado do Paraná permanece na liderança nacional, por milhão de população, em transplantes de rim e em segundo lugar em transplantes de fígado. É também um dos quatro do País que realizaram transplante de pulmão em 2021.

Como o Estado do Amapá é um dos poucos estados brasileiros que ainda não se faz transplante de rim eu, como morador de Macapá, no Amapá, tive que procurar outro estado para atender às necessidades que a mim se apresentaram já que desde 2019 faço, continuamente, 3 vezes por semana, sessões de hemodiálise.

A hemodiálise é o procedimento através do qual uma máquina filtra e limpa o sangue, fazendo parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento retira do corpo os resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos.

As pessoas que precisam realizar a hemodiálise são aquelas diagnosticadas com a insuficiência renal. Considera uma doença silenciosa, a insuficiência não apresenta sintomas no início das complicações, mas apenas quando os rins já estão apresentando um grau elevado de perda de função.

De acordo com os especialistas, os principais fatores de risco para doenças renais são a hipertensão arterial, o diabetes e o histórico familiar de doenças renais, além de outros fatores que podem afetar o funcionamento dos rins.

A sessão de hemodiálise é acompanhada por um médico ou médica, enfermeiras e enfermeiros e, técnicos e técnicas de enfermagem.

Quando o paciente ainda não tem fístula, é usado o cateter. O cateter de hemodiálise é um tubo colocado em uma veia no pescoço, tórax ou virilha, por meio de anestesia local. Ele é uma opção, geralmente, temporária para os pacientes que não têm uma fístula e precisam fazer o tratamento dialítico. A fístula é a ligação entre uma artéria e uma veia e, assim criar a fístula arteriovenosa.

Em Macapá sou paciente na Clínica Uninefro, localizada na Procópio Rola, onde me submeto a 3 sessões de hemodiálise por semana, quatro horas por sessão, perfazendo um total de 12 horas por semana.

Como o setor de saúde do Estado do Amapá ainda não dispõe de ambientes hospitalares e equipes médicas para realizar os transplantes, o Governo do Estado está obrigado, por definição constitucional, a criar condições para que os pacientes renais crônicos tentem o transplante em outros centros médicos fora do Amapá.

No meu caso específico, o estabelecimento de saúde onde está proposta a realização do transplante é o Hospital do Rocio, em Campo Largo, no Estado do Paraná. Ocorre que, um paciente renal crônico não pode deixar de fazer as sessões de hemodiálise semanais e, por isso, antes de confirmar o deslocamento, precisa estar acertada a clínica onde serão realizadas as sessões de hemodiálise.

Até agora não houve definição do local de realização da hemodiálise e, enquanto isso não for resolvido, não poderei sair de Macapá.

Tomara que dê tempo!

 

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

13 de setembro, Data Magna do Amapá

Rodolfo Juarez

Hoje é dia de festas e celebrações em todo o Amapá. Afinal o Dia 13 de Setembro é a Data Magna do Estado, prevista na Constituição do Estado do Amapá, no Título IX – Das Disposições Constitucionais Gerais, no artigo 355 que assim faz o comando: “O dia 13 de setembro, data magna do Amapá, é feriado em todo o território do Estado”.

Apesar de ser dia de festas e celebrações, alongando uma tradição que começou o seu significado em 13 de setembro de 1943, quando da criação, por Decreto-Lei Federal que recebeu o número 5.812/1943, do ex-Território Federal do Amapá.

A instalação do Estado do Amapá, ocorrida no dia 1.º de janeiro de 1991 com a posse dos eleitos em 1990. Foram eleitos o Governador, três senadores, oito deputados federais e vinte e quatro deputados estaduais, estes com a incumbência inicial de deputados constituintes, com o objetivo de escrever a Constituição do Estado do Amapá, votá-la e promulgá-la, ciclo que foi completado em 20 de dezembro de 1991.

As primeiras grandes alterações no texto da Constituição do Estado do Amapá aconteceram através das Emendas Constitucionais n.º 0035, promulgada em 21.03.2006, e 0036, promulgada em 08.08.2006, no período em que o presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado era o deputado estadual Jorge Amanajás. Mesmo com as profunda alteração havidas, os deputados mantiveram a Data Magna do Estado no dia 13 de setembro.

No dia da Data Magna do Estado do Amapá, por ser feriado prevista na Constituição do Estado, as instituições de ensino não têm aula e repartições públicas fecham porque a Data Magna presta homenagem ao ato que criou o Território Federal do Amapá e àquele que instituiu o Estado do Amapá.

A Lei Federal n.º 9.093, de 12 de setembro de 1995, que completa hoje 28 anos, dispõe sobre feriados civis. Trata-se de uma Lei com 4 artigos e, logo no primeiro artigo, define feriados civis como: os declarados em lei federal (inciso I); a data magana do Estado fixado em Lei Estadual (inciso II); os dias do início e do término do ano de centenário de fundação do Município, fixado em Lei Municipal. O texto desta Lei foi publicado no Diário Oficial da União no dia 13 de setembro de 1995.

Criado em 1943, o ex-Território Federal do Amapá durou 47 anos, 3 meses e 27 dias e, desde 1944, concentrou celebrações importantes para cada um dos 47 momentos de comemoração do aniversário do ex-Território, com os estudantes aproveitando a oportunidade para mostrar temáticas de satisfação e insatisfação com o status que ocupava o Amapá no cenário nacional.

Depois de instalado o Estado do Amapá e com pleno funcionamento dos Executivo, Legislativo e Judiciário houve uma espécie de amortecimento cívico por parte dos estudantes que, desde 1991 não foram apoiado nas suas boas formas de informar com a sociedade amapaense, em regra, vinha as diversas administrações nos Poderes do Estado.

O dia 13 de setembro foi, assim, por muito tempo, um dos grandes momentos de avaliação do desenvolvimento da cidadania, do patriotismo e da vontade de querer melhorar a qualidade de vida no Amapá, onde quase 800 mil brasileiros acreditam que podem construir o futuro que precisam.

A certeza medida e refletida pela sociedade não representa apenas a negligência de alguns gestores, mas e também, um acomodamento que vem prejudicando a colocação do Estado do Amapá que deixa a sua população na rabeira das tabelas de qualidade de vida apresentado em coleção nacional. 

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Seleção brasileira estreia hoje nas Eliminatórias da Copa FIFA de 2026

Rodolfo Juarez

Hoje a seleção brasileira de futebol profissional inicia um novo ciclo, com nova comissão técnica que tem à frente o treinador Fernando Diniz.

Desde 2002 que o Brasil não vence a Copa do Mundo da FIFA, quando da campanha memorável no Japão e na Coréia. Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e companhia marcaram seus nomes na história do futebol mundial em uma campanha histórica. Lembremos: o caminho para o penta brasileiro teve sete jogos - nos quais a Amarelinha se saiu muito bem, com um aproveitamento de 100% - ou seja, não perdeu nem empatou nenhuma partida.

De lá para cá, tentativas e tentativas e lá se foram 20 anos sem título, sem festa e sem a alegria que os brasileiros demonstram quando apoiam a seleção penta campeão do mundo.

Hoje, no Estádio Mangueirão, em Belém do Pará, a seleção brasileira de futebol profissional estreia nas eliminatórias sul-americanas disputadas com as seleções dos outros nove países do Continente. A primeira seleção que os brasileiros vão enfrentar, mirando a classificação é a Bolívia.

Nas eliminatórias para a Copa de 2022 o Brasil venceu as duas partidas contra o adversário de hoje. A primeira jogando em La Paz, o Brasil venceu por 4 x 0; a segunda, jogando no Brasil, a seleção venceu por 5 x 0.

Nos últimos 10 jogos, a derradeira vitória da Bolívia aconteceu em 11 de outubro de 2009, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, e a empate mais recente foi um 0 x 0 registrado no dia 5 de outubro de 2017, em jogo válido pelas eliminatórias da copa do mundo de 2018. Nos últimos 10 jogos entre Basil x Bolívia estão anotados 6 vitórias do Brasil, 3 empates e 1 vitória da Bolívia.

Durante os 8 anos sob o comando de Tite a seleção não chegou a uma final de Copa, ficando em 6.º lugar na Copa de 2018 e em 7.º lugar, na Copa de 2022, no Qatar. Agora a esperança da torcida brasileira é que o Brasil, depois de 24 anos, em 2026, volte ao topo.

Fernando Diniz é tido, havido e anunciado pela própria Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como técnico interino, enquanto aguarda a definição de um técnico europeu.

Fernando Diniz chamou seis profissionais para os trabalhos com a seleção brasileira para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Diniz contará com os auxiliares Eduardo Barros e Wagner Bertelli, além do preparador físico Marcos Seixas, todos do Fluminense, onde o treinador também atua.

Eduardo e Wagner devem fazer parte da comissão fixa de Diniz na seleção brasileira. Marcos, a princípio, foi chamado para as duas primeira partidas das eliminatórias sul-americanas. Fernando Diniz também convidou o auxiliar Dado Cavalcanti, técnico que está sem clube, o preparador de goleiros Marcelo Carpes, do Corinthians, e o fisiologista Luis Fernando de Barros, do São Paulo.

Depois de enfrentar a Bolívia hoje a 21h45, a seleção brasileira vai à Lima, no Peru, enfrentar a seleção peruana no dia 12 de setembro. Esse jogo começa às 23:00 horas, no horário de Brasília.

Nem tudo é novo na seleção brasileira. Os convocados para esses primeiros dois jogos já são conhecidos da torcida jogando pela seleção ou por terem seus nomes cogitados ou em lista de convocação para os recentes jogos.

Os brasileiros, depois de tantos fracassos nas competições mundiais, estão ressabiados com a seleção, entretanto, bastará um bom jogo ou um placar folgado para tudo vire a favor do técnico estreante e os jogadores já conhecido pela maioria.

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Dia da Raça

Rodolfo Juarez

Hoje, 5 de setembro, Dia da Raça, nos remete aos tempos de grande participação sociopolítica dos estudantes amapaenses do então Território Federal do Amapá, muito embora boa parte desse tempo tenha sido contado em tempos da ditadura militar, entre 1964 e 1984.

O dia 5 de setembro representava a abertura da Semana da Pátria que começa com o Dia da Raça (5 de setembro), continuava com o Dia da Pátria (7 de setembro) e culminava com o Dia do Território (13 de setembro).

A grade e especial participação dos diversos educandários, como o Colégio Amapaense, o Instituto de Educação, o Ginásio de Macapá, a Escola Gabriel de Almeida Café e outros de igual relevância, vinham para a Avenida FAB, apresentar o que tinham preparado para o desfile do dia 13 de setembro, não só com relação às referências escolares, mas também para o posicionamento técnico, científico e político, este com especial referência à emancipação política administrativa da Unidade Federal, o que viria com a promulgação da Constituição Federal de 1988.

O Dia da Raça, hoje lembrada, foi idealizado pelo ministro espanhol Faustino Rodrigues-San Pedro. Em 2014 essa data foi comemorada como Festa da Raça Espanhola e, em 2015, foi usada pela primeira vez o termo Dia da Raça.

A ideia dessa comemoração era exaltar uma raça comum criada entre os conquistadores espanhóis e os navios americanos, produto dos trabalhos civilizadores dos europeus, além disso, buscava favorecer as relações diplomáticas entre as nações americanas e a Espanha.

O Dia da Raça foi chegou a ser festejado, em países latino-americanos, no dia da descoberta da América por parte de navegantes espanhóis que ocorreu em 12 de outubro de 1492.

A aqui no Amapá foi integrado à Semana da Pátria, abrindo as comemorações da Independência do Brasil (7 de setembro) e da criação do Território Federal do Amapá (13 de setembro).

Cabia aos estudantes amapaenses transformarem esta semana de tempo quente em algo festivo e que levava milhares de estudantes, com os seus uniformes de gala, para a avenida, em uma disputa sadia e construtiva do patriotismo de respeito aos professores, à família e às autoridades, sem destas se tornar ou se mostrar dependentes e com as obrigações que não servem de exemplo para o momento amapaense.

Como regra, no dia 5 de setembro, as escolas infantis levavam para a avenida as crianças das diversas escolas públicas e particulares, para mostrar o civismo infantil; no dia 7 de setembro, os militares, inclusive do Exercito Brasileiro, iam para a avenida mostrar o compromisso assumindo com a Pátria; no dia 13 de setembro, os grandes colégios iam para a avenida mostrar, em um desfile temático, como viam a escola em que estudavam e, também, para mostrar a forma como interpretavam o momento político brasileiro e, principalmente do Território Federal do Amapá, suas avaliações e o que gostariam de viver no futuro próximo.

A requisição mais comum feita durantes os desfiles do dia 13 de setembro, fora com relação a área que gerenciava a educação local e os alunos. No trato social, o mais comum era o pedido de transformação do Território Federal do Amapá em Estado.

O Dia da Raça perdeu a importância ao longo do tempo e hoje pouco se fala tanto no Dia da Raça, como na Semana da Pátria. Esse comportamento gera, ao ver de muitos, perda da oportunidade de acionar o gatilho do amor ao Brasil e pelo Amapá.

As forças sociais que se instalaram parecem estar mais preocupadas com as suas identificações, pouco importando se terão ou não suficiente força para contribuir com o desenvolvimento sociopolítico econômico do Estado do Amapá e do Brasil.