Rodolfo Juarez
No sábado passado,
dia 25 de setembro, tomei a terceira dose da vacina com a esperança de ficar
imunizado e poder ter devolvida a confiança que me foi tirada há quase dois
anos. Desta feita o imunizante tem o rótulo da Pfizer, sendo que a segunda dose
foi aplicada no dia 10 de abril deste ano e a primeira, no dia 19 de março,
ambas com rótulo da Coronavac.
Eu tenho 75 anos e
fui carimbado para grupos de risco pelos curiosos e pelos cientistas. A idade
me fez o favor de ter sido levado para receber a aplicação do imunizante, como
já disse, em março do ano passado.
Na real, fui
acometido da Covid-19 logo no começo da pandemia, conseguiu suportar os
castigos que aquele mal impõe, mas superei todas as consequências que se
manifestavam mais fortemente, entretanto, não conseguiu fazer o tratamento
completo e ficaram no corpo as sequelas da doença.
No final de abril e
começo de maio deste ano, depois de “imunizado” pelas duas doses de Coronavac,
se manifestaram as sequelas deixadas pela Covid-19, principalmente nos meus
pulmões. Passei muitas dificuldades!
A respiração
difícil não me deixou dormir e aos meus filhos e esposa, por três dias. Fiz
todos os exames possíveis. Um, pelo menos, serviu muito: tomografia
computadorizada do tórax, exatamente aquele que mostrou os pulmões enxarcados.
Fui assistido por
bons médicos, em casa, pois não permiti que me mandassem para UTIs,
principalmente a do HU. Tinha cisma que não voltava para casa.
Em casa foram
instaladas “balas” de Oxigênio, respiradores artificiais e contei com uma
fisioterapeuta experiente e o calor da minha família, mas, mesmo assim, passei
por maus bocados.
Sobrevivi, estou
aqui ainda firme e forte e, agora, com dose de Pfizer, mas, reconheço, estive
na “fila”.
Daqui a pouco,
começa o mês de outubro, o 10.º mês do ano, marcando o início do último
trimestre e mesmo tendo que fazer três sessões de hemodiálise por semana, me
sinto em condições de continuar trabalhando e colaborando com aqueles que confiam
no meu trabalho.