Rodolfo Juarez
O mundo deste ano,
está muito complicado. O cenário internacional está mais uma vez
abalado por conflitos armados. Mais de dois anos após o início da invasão da
Ucrânia pela Rússia, o mundo está dividido e submetido em outro conflito, de
Israel contra o Hamas, depois dos ataques dos grupos islâmicos a uma comunidade
em festa no território israelense em 7 de outubro, se confere aos milhares o
número de mortos e outro tanto de feridos.
À medida que bombardeios e ataques
israelenses na Faixa de Gaza se ampliam, em diferentes partes do mundo algumas
nuances começaram a aparecer em relação às posições assumidas no início do
conflito.
A grande imprensa brasileira, ideologicamente
comprometida, acaba não transmitindo a realidade dos acontecimentos e, apenas
tão somente, os resultados informando o número de mortos em determinado confronto e em determinado
dia.
Falando sobre este assunto para uma plateia
experimentada, sai de lá com a impressão de que as pessoas estão mais
interessadas em saber o número de mortos do que, rezando ou orando, alertando
para a necessidade de paz.
A quantidade de recursos financeiros e de
matérias (que custaram muito dinheiro) é extraordinária, daria para acabar com
as dificuldades de todos os brasileiros que passam fome ou não comem o
suficiente. Daria para transformar todos os habitantes da Amazônia em
preservadores da floresta, fiscais do solo e de subsolo, cuidar de toda a fauna
regional.
Enquanto isso, o próprio Governo Federal se
apoia em ONGs para fazer o que demonstra não ter vontade ou capacidade de
fazer, gastando o dinheiro dos tributos arrecadados de todos os brasileiros, em
propostas irreais e em ações improdutivas.
Ainda não compreendi a decisão de destruir
máquinas, motores e equipamentos que são apreendidos nos que chamam de
“garimpos ilegais”. Enquanto queimam esse equipamentos, pequenas prefeituras
(são mais de 5 mil pequenas prefeituras em todo o Brasil) não conseguem comprar
carrinho-de-mão.
A vida segue com justificativas policiais
para questões sociais e econômicas, desvirtuadas pelo enfoque que é dado para
os casos e as justificativas que são feitas para aqueles que ainda se
interessam por essas violências injustificadas, a não ser pela necessidade de
parecer bruto, porque assim, “têm” o respeito.
Também, enquanto isso, mesmo gastando uma
fábula de dinheiro, os índios continuam passando os dias em dificuldades, vendo
os seus filhos sucumbirem por diferentes males, com o governo dando o caniço,
mas, fazendo questão de não ensinar a pescar. Assim a vida segue, a população
indígena diminui de tamanho e, de vez em quando, uma tribo “misteriosamente”
desaparece.
Mas tem o Dia do Índio e é hoje, dia 19 de
abril.
Apesar da comunidade indígena ter um
ministério em Brasília, nada melhorou a vida daqueles que aqui já estavam
quando Cabral chegou em mil e quinhentos, aliás, pioraram as condições de vida
de todos os índios que estão vendo suas tribos em dificuldades e, nem percebem,
servindo de massa de manobra para justificar gastos que não se transforma em
saúde, educação, melhoria da qualidade de vida.
A turma que está com a incumbência de cuidar
dos habitantes que já estavam aqui antes de
mil e quinhentos deve botar a mão na consciência, pois, por mais
incrível que pareça, o Exercito Brasileiro transmite mais segurança e confiança
do que aqueles que estão no governo para cuidar dos índios.
Quem achar o contrário, que se explique!