quarta-feira, 30 de agosto de 2017

O que quer a população da área da RENCA

Rodolfo Juarez
Depois de uma semana em que todos tiveram oportunidade de expor o que pensam como alternativa para o desenvolvimento do Estado do Amapá, eis que duvidas foram retiradas enquanto outras revelaram a necessidade mediática que têm algumas personagens de alimentar o seu individualismo e o seu ego.
As voltas e viravoltas experimentadas ou praticadas pelas autoridades brasileiras, no caso da extinção da Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (Renca), localizada parte no Estado do Pará e parte no Estado do Amapá, revelaram o que alguns representantes, detentores de mandato, interpretam o que deve ou não deve ser defendido em nome do Amapá.
Independentemente dos movimentos, das decisões judiciais ou da opinião de figuras internacionais, nacionais ou locais, a Reserva Nacional de Cobre e seus Associados será aberta, pois está evidente desde os decretos que foram anteriormente revogados, que os minerais que se encontram nas áreas exploráveis estão na pauta que evita o desabastecimento dos recursos minerais do país, que precisa do ouro, da platina, cobre, ferro manganês e níquel.
A parte da Reserva que está no Estado do Amapá consta dos territórios dos municípios de Laranjal do Jari, Mazagão, Porto Grande e Pedra Branca e, a prazo razoável, não se oberva outro modo de desenvolvimento para aqueles municípios, que vivem fundamentalmente das transferências constitucionais, como de resto o Estado do Amapá, e que agora podem sonhar com dias melhores para os habitantes do deste Estado que precisa encontrar um modo de desenvolvimento.
Mesmo com essas evidências, políticos com mandato preferiram aderir a outros projetos, pensados e elaborados fora do Brasil, ou que constam dos sonhos de artistas, alguns deles que cobram fortunas para apresentar a sua arte no Amapá e que, neste momento, receberam o afago e afagaram deslumbradas autoridades que preferiram escolher o lado errado, o lado do discurso inconsequente e que acredita que conservar como está, basta para atender os interesses dos países doutros continentes.
O que o senador Randolfe Rodrigues (Rede) fez durante os últimos dias foi, na prática, assumir um lado – o dos artistas, dos que vêm a Amazônia de longe e muito longe, e de seus partidários ideológicos que nunca levantaram uma “palha” pelo povo do Estado do Amapá.
A população dos municípios de Laranjal do Jari, Mazagão, Porto Grande e Pedra Branca experimentam tantas dificuldades, que deverão responsabilizar o senador pela forma como se colocou contra os interesses daquelas comunidades.
Não há desculpa. Não dá mais para comparar o tempo em que a ICOMI explorou o manganês da Serra do Navio com o de agora. Naquele tempo, principalmente no tempo da assinatura do contrato, as autoridades desconheciam a realidade do local. Agora não. Todas as autoridades do setor têm obrigação de saber a situação e, em detalhes, para interpretar a realidade.
Os órgãos de fiscalização, que têm a responsabilidade de fazer cumprir as regras de exploração na floresta, não podem alegar que não têm condições. Ora, senão têm as condições necessárias, que ajam no sentido de dotar as repartições que tomam conta e pela qual é regiamente pago pelo contribuinte, para que exerça uma fiscalização de excelência, fazendo valer o seu poder de polícia.
Foi impressionante também, a ausência dos representantes do Governo Estadual no debate sobre o tema. Ficar calado, ainda é pior do que aqueles que ignoram os interesses dos habitantes da Amazônia e preferem defender a teoria daqueles que, apenas de longe, defendem a Amazônia como “pulmão do mundo”.

Os habitantes da área de influência direta não têm dúvida sobre a oportunidade da extinção da Reserva e sabem da chance que isso representa. Entendo que querem ouvir as justificativas do senador Randolfe Rodrigues lá, no dia em que ele for conhecer a área. Estão supondo que o movimento se concentra em Macapá devido a possibilidade de exercitar os requisitos midiáticos que tanto gosta.

domingo, 27 de agosto de 2017

O desafio: RENCA sem cadeado

Rodolfo Juarez
Dirigentes e alguns influentes ocasionais continuam com medo que o Estado do Amapá se desenvolva.
Não assumem responsabilidades e dão a impressão que estão conformados com o status que o estado sustenta de ser um dos mais dependentes das transferências constitucionais feitas pela União.
As oportunidades têm aparecidas, mas, mesmo assim, a competência e o arrojo, principalmente dos governantes e dos empreendedores locais, tem atuado como âncora que não deixa o “barco” sair do lugar e, no máximo, movimentação de acordo com a maré, ficando sempre como quer a corrente natural.
A lei do menor esforço tem prevalecido de maneira estranhamente solidificada.
Quando os empreendedores se alinham com o pensamento comodista dos governantes, seja pelo convencimento ou aceitando as migalhas que o poder impõe para os fracos, então nesse momento se alcança o extremo do comodismo e da falta de iniciativa.
Mais uma vez governantes e investidores são desafiados!
Os primeiros para aceitar a incumbência que a história está lhe oportunizando e, os segundos, para exigir os limites que os legisladores têm a obrigação de disponibilizar para toda a sociedade.
Temos um monte de riquezas, trancadas em um “galpão” que não nos era permitido sequer saber qual o volume dessa riqueza e, não mais que de repente, a porta é aberta e os vigilantes, ao invés de entrar para saber o que têm, estão pugnando pela reposição do “cadeado”, muito embora saibam que ali dentro estão riquezas que podem ser traduzidas em empregos, renda e melhoria de qualidade de vida.
Basta estabelecer regras e fazer a parte que lhes cabe – fiscalizar de maneira eficiente.
Mas não! Há aqueles que pedem o cadeado fechado com medo que, dali possam surgir, além dos empregos, das riquezas, da qualidade de vida, pessoas que venham com outro discurso capaz de substituí-los nos gabinetes confortáveis das câmaras de vereadores, assembleia legislativa, câmara dos deputados e no senado federal, como também nos gabinetes das chefias dos poderes.
A extinção da Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (RENCA) uma área com mais de 46 milhões de hectares, cuja metade está no Amapá e que se sabe ser rica em ouro, platina, cobre, ferro, manganês e níquel, foi aberta, por um Decreto Federal, para pesquisa e extração em, aproximadamente 30% daquela área, ou seja 13,8 milhões de hectares, onde pelo menos a metade está no Amapá.
Alegar riscos para as áreas de proteção integral, áreas de uso sustentável dos recursos e áreas indígenas, parece ser ter medo do futuro, só porque ele vai exigir trabalho duro e atenção redobrada.
Ao invés de ficar se alinhando às opiniões de top model, de ambientalistas financiados por potências estrangeiras, os governantes, os empreendedores, os amazônidas, especialmente os amapaenses, devem arregaçar as mangas, e garantir que a extinção não afasta a aplicação da legislação específica sobre proteção da vegetação nativa, unidades de conservação da natureza, terras indígenas e áreas de fronteira.

Quem pretende deixar esse monte de riqueza estratégica, da qual o país declara estar precisando, em áreas do Amapá, que busca, urgentemente, um caminho para o seu desenvolvimento, não está jogando no time do Amapá, ou se estiver, pode ter certeza que quer fazer gol contra.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Companheiro de sonhos e lutas

Rodolfo Juarez
Hoje pretendo prestar uma homenagem a um bom companheiro de sonhos e lutas que compreendeu a necessidade e participou de todas as etapas do projeto que tinha o objetivo de desenvolver o então distrito de Santana, município de Macapá, isso nos idos de 1984 e 1985.
Com a incumbência de preparar o distrito para se transformar em mais um município do Amapá, sem deixar de considerar o que a população do local tinha como expectativa e pretendia com a emancipação que precisava ser construída, recebemos a incumbência do prefeito de Macapá, o engenheiro Murilo Pinheiro, e do governador do então Território Federal do Amapá, Annibal Barcellos.
A natural desconfiança, principalmente para a população de Santana, que via todos os seus objetivos apontando para a Capital, e que precisa entender as vantagens socioeconômicas que o projeto anunciava para a nova unidade administrativa que também se preparava para integrar o novo estado que sairia da Constituinte que elaborou e aprovou a Constituição Federal de 1988 e que trouxe a transformação do Território Federal do Amapá em Estado do Amapá.
Vicente Marques formou com Haroldo Oliveira, Vicente Ayala, Miguel Duarte e eu, a equipe que comandava as ações estratégicas de preparação do então distrito de Santana em município de Santana.
A comunidade, através dos seus representantes, presidentes de associação de moradores e de outras organizações civis participou de todo o processo e isso se deveu muito ao empenho e o conhecimento de Vicente Marques, filho de um dos mestres mais respeitados da área portuária de Santana, um exímio construtor de embarcações regionais, no puro talento intuitivo, o Mestre Ambrósio, como era conhecido em toda a região.
Santana, naqueles anos (1984 e primeira metade de 1985), era uma cidade dividida em duas vilas principais (Vila Amazonas e Vila Maia) e outras mais periféricas como Vila Kutaca (não sei até agora a origem do nome).
Do trabalho de convencimento participou o jovem de 28 anos, Vicente Marques, que tinha o respaldo da família Ambrósio para falar diretamente com a população, além do carisma pessoal que desenvolvia dentro do grupo, conquistando a confiança de todos e com os representantes comunitários, sendo o porta-voz das intenções da subprefeitura de Santana.
Os bairros foram definidos com a participação destacada dele e do técnico em edificações e com conhecimento do sistema urbano, Miguel Duarte, que riscou o mapa-base do que viria a ser a sede do município de Santana, hoje, 30 anos depois, com 100 mil habitantes.
Com os demais companheiros de grupo foi decisivo na escolha dos nomes dos bairros da cidade de Santana, que reservou o nome de Bairro do Ambrósio onde se localizava o estaleiro do seu pai, Mestre Ambrósio.
O tempo passou e por cinco vezes, ao final de uma eleição, vibrou com a conquista de um mandato, todos eles exercidos com mesma dedicação. Agora mesmo, com o agravamento da enfermidade que o levou ao túmulo, Vicente Marques conseguia, com seu equilíbrio, experiência e história, conquistas importantes para o município.
De lá, de onde estiver certamente continua querendo o melhor para Santana, o local que sempre defendeu e que deixou uma legião de amigos e uma história para ser contada e reconhecida.
Vicente Marques partiu aos 60 anos, mas com a certeza do dever bem cumprido e que agora terá o reconhecimento, não só pela falta que fará, mas pelas lições que deixou para todos os da sua família e da cidade que sempre amou.
Chegou a hora de descansar. Então, que descanse em paz!

domingo, 20 de agosto de 2017

O juízo dos políticos

Rodolfo Juarez
A semana que passou deixou registrado o nível de indecisão a que estão submetidos os deputados federais quando o assunto é a reforma eleitoral ou, mais praticamente, as eleições de 2018.
Com a proibição, por motivos óbvios, das empresas fazerem doações para partidos ou candidatos financiarem as milionárias campanhas eleitorais, os que estão exercendo o mando enxergaram no orçamento público, que tem a maior parte das receitas oriunda dos contribuintes, o ambiente onde poderiam lançar mão para que tenham chance de continuar com a ordem de representar o povo.
Claro que é um absurdo. Pelo menos para os que entendem que o dinheiro dos tributos é para ser revertido em melhorias da qualidade de vida de toda a população e não de qualquer parte dela, por mais privilegiada que seja.
A reação da população foi de indignação devido a história que ainda está sendo contada pelas operações policias que se sucedem em todo o Brasil e que tem, em regra, como alvo políticos, laranjas de políticos, amigos de políticos, operadores de políticos e empresários que compram procedimentos reservados aos políticos.
Os políticos que estão fora dessa matriz utilizam essa sua atual posição e colocam-se na linha de frente do combate, escolhendo como alvo principal os seus próprios pares, casualmente adversários em suas respectivas bases eleitorais.
De fora a população acompanha todos os movimentos e esboça reação quando observa que estão, aqueles contendores, querendo abocanhar, do pouco que ainda resta, somas bilionárias para que tenham chances de gastar o que não é seu, para manter o status conseguido quando não havia limites para gastar, desde que tivesse um padrinho eleitoral forte.
A população reagiu contra a proposta de financiar a campanha eleitoral de 2018 com dinheiro do orçamento público e no total de três bilhões e seiscentos milhões de reais. Irreal para o contribuinte e absolutamente razoável para os membros da comissão especial de deputados federais que foram indicados pelos partidos.
A derrama havida na eleição de 2014, e noutras pretéritas, ainda está sendo dimensionada, pois, até agora, a cada dia se anuncia que a campanha deste ou daquele parlamentar ou ex-parlamentar foi financiado com dinheiro “sujo”, nome que se tornou sinônimo de propina, caixa 2, ou desvio.
Até o ex-presidente Lula chegou a afirmar que a democracia tem um custo e que o custo apresentado pelo seu aliado, presidente da comissão da reforma eleitoral na Câmara dos Deputados é razoável.
A “perola” veio com justificativas: “não precisaria colocar a dotação no Orçamento da União, uma vez que bastaria uma autorização legislativa para que a previsão para as emendas impositivas virassem fundo de campanha”.
Uma proposta que além de indecente, contraria os interesses da população que mais precisa de uma quadra, de uma creche, de uma rua, de uma ponte, de um trapiche ou simplesmente de carteiras para sala de aula.
O presidente da Câmara Federal deu o final de semana para que os deputados raciocinem, pense, pelo menos por um momento, nos interesses da população.

A Democracia é nosso grande trunfo e é uma conquista e não uma “coisa” para ser custeada.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

No Amapá: Santana enfrenta caos viário

Rodolfo Juarez
As condições das vias da sede do município de Santana estão desafiando o prefeito Ofirney Sadala e os seus auxiliares e funcionários municipais a dar explicações que possam convencer a população de que não tem como enfrentar e resolver os problemas mais urgentes.
A situação atual é de um canteiro de obras mal cuidado e que não atende nem o morador com níveis altos de compreensão ou desfocado das exigências que pode fazer, considerando os tributos que paga e as promessas que foram feitas, não só agora, mas de muito tempo.
As ruas que foram selecionadas para receber as obras de mobilidade urbana que estavam inseridas no Plano de Desenvolvimento Regional Integrado, programados para serem realizados com recurso dos empréstimos que o Estado fez junto ao BNDES e que está sendo pago por toda a população, são, hoje, obstáculos de toda ordem.
Agora mesmo, quando abriu o sol do verão amazônico, a poeira toma conta das vias e as residências são invadidas deixando tudo completamente sujo e os moradores completamente irritados.
As explicações que são dadas pelas autoridades do órgão gestor do projeto acabam não convencendo nenhum morador, principalmente porque a maioria das ruas quebradas estava em melhores condições antes das obras.
A população da sede do município de Santana já percebeu que o plano de execução de obra não existiu e se existiu foi completamente contrariado pelos executores ou mal elaborado pelos autores.
Essa situação está deixando o atual prefeito completamente fora do eixo, tendo que acreditar nas promessas que nunca são cumpridas e enfrentar, todos os dias as reclamações da população e ainda ter que explicar o inexplicável aos vereadores que são cobrados, pela população, todos os dias.
Sem recurso suficiente para atender às necessidades financeiras da administração, o prefeito elabora projetos parciais no sentido de captar recursos de emendas parlamentares, mesmo sabendo que não conta com caixa (ou orçamento) suficiente para bancar a contrapartida do município, uma comum exigências para que haja a consolidação das transferências voluntárias, pela estrada das emendas parlamentares.
Com a atividade econômica capenga devido problemas havidos no porto e na ferrovia, que implicaram na falência de mais de trinta empresas de pequeno porte que empregavam, apenas em Santana, três mil trabalhadores, o baque na arrecadação estimada de tributos foi decisivo para o aperto ainda maior, além do que ainda tem a administração atual de se ajustar às medidas eleitoreiras da gestão anterior que fez aprovar planos de cargos e salários da Câmara Municipal de Santana que, na atual situação orçamentária e financeira da Prefeitura tornou-se impossível cumprir.
Mas o que parece ser mais grave é o pouco caso, por tudo isso, daqueles que prometem executar serviços e prestar apoio financeiro que acabam não se confirmando e, enquanto o tempo passa, a população acaba somando mais problemas e tendo que ouvir justificativas de todos os lados.
A estrutura urbana de Santana precisa de atenção e a população não merece ser enganada por ninguém. Quer apenas a verdade!

domingo, 13 de agosto de 2017

Engenheiros e Agrônomos na Semana Oficial

Rodolfo Juarez
A Engenharia e a Agricultura, como ciência, vêm procurando encontrar a melhor solução para os novos problemas que desafiam o as pessoas na cidade e no campo. Na cidade com os problemas que freiam os trabalhos que estão no rumo da melhoria da qualidade de vida e, no campo, enfrentam a produtividade na busca de condições de competitividade, desviando-se dos limites que a lógica social e econômica impõem aos produtores e negociantes.
Na semana passada aconteceu em Belém do Pará o que foi nominado de Semana Oficial de Engenharia e Agronomia, que tinha como proposta central renovar a interpretação da responsabilidade atual da Engenharia e da Agronomia, tendo como foco o desenvolvimento do País.
Um chamamento importante que levou como principal argumento a necessidade de enfrentar as novas exigências de uma sociedade cada vez mais técnica em um ambiente econômico que regras novas para serem seguidas.
Observa-se também que o engenheiro e o agrônomo estão sendo cobrados pelos projetos que assumem a responsabilidade técnica. No novo cenário não é mais possível deixar de entender o papel do profissional das áreas de engenharia e agronomia.
O tamanho do Brasil ainda dá condições diferentes para que sejam alcançados os objetivos esperados, isso não quer dizer, entretanto, que um Estado com o Amapá pode negligenciar nas modernas e rápidas tomadas de decisão por parte do profissional como por parte do próprio Conselho Profissional. Da parte do profissional a exigência é cada vez mais técnico-legal e do lado dos conselhos, cada vez mais gerencial e administrativo.
Os órgãos de controle, depois das operações policias que levaram grandes empresas de engenharia a acordos de leniência e altos dirigentes daquelas empresas à firmarem acordos de colaboração premiada, têm motivos para jogar luz sobre os profissionais e os conselhos profissionais, em nome do superior interesse da coletividade, algumas vezes de forma exagerada, mas sempre para demonstrar que, desta feita, as regras vigentes serão cumpridas.
Enquanto isso o avanço tecnológico não para. A cidade e o campo experimentam novas exigências e os engenheiros e agrônomos têm sido exigidos fortemente para apresentar as soluções que só poderão vir deles.
Por isso temas como “A agropecuária no Brasil”, “Mineração no Brasil”, “Desenvolvimento Sustentável” e “Atualização da Legislação que envolve o exercício profissional” ganharam espaços maiores do que noutros tempo.
Além disso, debater a inserção internacional do Sistema Confea/Crea passou a ser matéria urgentes, para evitar descompassos entre a realidade atual e a possibilidade de inserir-se nesse universo.
Hoje não se pode deixar de fortalecer a forma de inserção do jovem engenheiro e do jovem agrônomo na estrutura operacional da moderna tecnologia, garantindo início e sequência de providências rápidas para necessidades emergentes.
Inovação, ciência e tecnologia, área pouco incentivada pelo Sistema Confea/Crea surgem como necessidade atual e, por isso, precisando constar dos orçamentos dos conselhos e do próprio Confea, para que seja desenvolvido de forma a oferecer condições de equacionar os problemas que desafiam aos profissionais, ao sistema Confea/Crea e à sociedade.
A matriz básica montada para as discussões dos temos relevantes elencados na Programação da 74ª SOEA, apesar dos entremeios e das interpretações políticas havidas, pode ser considerada um marco que deve abrir condições para o desenvolvimento da Engenharia, da Agronomia, dos profissionais, do Sistema Confea/Crea, tudo em favor de uma sociedade tecnológica que precisa assumir o seu papel na comunidade brasileira.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

A reforma política e a atualidade

Rodolfo Juarez
Em épocas de “salve-se quem puder” os políticos acabam sendo ainda mais inventivos e atrevidos, tendo como único objetivo manter-se com mandato e, se possível, na área de influência do Poder.
A Reforma Política que está sendo trabalhada na Câmara Federal está se tornando um labirinto onde só as “raposas” da política saberiam caminhar. E estamos apenas a menos de dois meses para que as regras sejam definidas com validade para as eleições de 7 de outubro de 2018.
O cuidado como estão sendo colocadas as palavras no texto que pretendem aprovar, em dois turnos, na Câmara e dois turnos no Senado, com quorum qualificado, precisam ser bem entendidas. As barreiras estão sendo propostas para que os que atuais detentores de mandato assim continuem.
A criação do “distritão” e o aumento do financiamento público de campanha são dois pontos que, possivelmente não terão problemas para serem aprovados por aqueles que, hoje, detêm o mandato parlamentar.
São regras que dificultam a ação do eleitor. São equações complicadas que precisam ser resolvidas e que estarão confundindo a cabeça de todos, devido a dificuldade que têm os partidos, em suas bases estaduais e municipais, para explicar o que realmente está acontecendo.
Falo dos partidos que têm nesse momento, maior número de parlamentares nas casas congressuais em Brasília. Os “nanicos” continuarão com a sua missão, quase inglória, de fragilizar a democracia pelo favorecimento que permite aos partidos considerados grandes, a fazer a “democracia” que lhes interessam.
É uma pena que as eleições no Brasil sejam realizadas nestas bases, pois, assim, as modificações que muitos pregam e até querem, não têm chances de serem conseguidas em conquistas tão densas quando o momento precisa.
Ora, daqui a 50 dias as regras deverão estar, todas elas, aprovadas.
Até agora permanecem em “fogo brando” deixando a decisão para última hora e, assim, definir apenas os pontos que interessam a poucos, ficando a maioria sem sequer entender o quanto parcial e contra os interesses coletivos foram tomadas.
A população, o eleitor e a imprensa clamam por mudanças radicais nas representações que o eleitor manda para as cadeiras em Brasília e, também para as assembleias legislativas, os comandos dos governos e o senado, mas com esses freios de mão puxados, sem tempo para que as regras sejam compreendidas por todos, esse clamor não será atendido.
Aliás, as eleições suplementares que estão em andamento no Estado do Amazonas é um retrato disso: os dois candidatos que se habilitaram para concorrer em segundo turno de votação são duas daquelas “raposas” que são “repudiadas” e que, na hora do voto, têm a preferência do eleitor.
Isso indica que a eleição será para os mesmos e, aqui e acolá, em casos bem específicos, aqueles que são indesejados como candidatos ou eleitos, durante o período que não seja de eleição, são aqueles que estarão, no período da eleição, vencendo as disputas para os principais cargos decorrentes de mandatos eletivos.
Mesmo com esse cenário e com os primeiros sintomas demonstrados pelos eleitores amazonenses, ainda há quem acredite em mudanças radicais em 2018, principalmente nos parlamentos.
O eleitor se puder, - e se os candidatos deixarem -, poderá mudar essa história, mas é preciso saber que muitos políticos, com e sem mandado, “remam” em outra direção.

domingo, 6 de agosto de 2017

BR-156: Ninguém está satisfeito.

Rodolfo Juarez
Sei que não é malhar em ferro frio. As evidências são tantas que as necessidades passam a ser um detalhe importante, mas um detalhe, pelo menos assim considerado pelos agentes públicos que continuam insensíveis aos apelos das comunidades, aqueles que são os que mais se interessam pela realização dos serviços e a conclusão, ou pelo menos, a satisfação sobre a obra da BR-156.
Pouco importa já o tramo. Pouco importa o trecho. Todos os que esperam por aquela rodovia federal estão no limite de suas paciências. Tanto o povo do norte, como do sul do Estado, já não aguentam as justificativas que estão sendo apresentadas ao longo dos anos.
Certamente que nem os pioneiros, responsáveis pela abertura das picadas que, mais tarde, se tronariam caminhos de serviço e, em seguida, estrada de chão, imaginaram que, nos tempos atuais, seriam alegados tantas dificuldades, mesmo gastando milhões de reais.
O fato da rodovia não estar pronta não é questionado. O que os usuários e as populações diretamente atendidas não compreendem é a demora em começar os serviços.
Os mais experientes já informavam, desde o começo, a estratégia que poderia ser utilizada na construção da rodovia. As sucessivas trocas de comando e o aumento acelerado da população das localidades afetadas pressionam os dirigentes do órgão gestor, a Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura no Estado do Amapá – DNIT/AP, que, pelo menos até agora, têm o mantido o padrão que se mostra absolutamente ineficiente, injusto e caro, entregando lotes da construção para empresas que não conhecem a realidade dos locais de obra.
A entrada de mais órgãos, tanto da esfera estadual como federal, para pressionar os agentes públicos responsáveis pela construção daqueles trechos da rodovia, pode representar mais uma mudança no comando, mas, mesmo assim, é incerta a ação devido às peculiaridades locais que precisam ser consideradas de antemão, para que as surpresas não se tornem barreiras que mais uma vez ser perca o tempo certo, como o que agora começa – o verão amazônico.
Os pouco mais de cem quilômetros no rumo de Oiapoque e os quase trezentos quilômetros no rumo de Laranjal do Jari precisam ganhar uma gestão especial, dentro do padrão da Amazônia, mesmo que tenha que ser mudada a estratégia construtiva, quem sabe instalando canteiros de fiscalização próximos das frentes de serviço e deixar de entregar o comando das ações para as empresas contratadas.
O fato é que ninguém está satisfeito com o que está acontecendo.
Não é possível se permitir os confrontos entre a Polícia Rodoviária Federal e os moradores das comunidades. O resultado desses confrontos é prejuízo certo para a comunidade e para os interesses do Estado, mesmo se dando razão para os comunitários e para os responsáveis pela disciplina e garantias constitucionais.
Aderir à resultados de licitações (ou realizá-las), selecionar empresas, contratratar e dar ordem de serviço, não tem sido suficiente ao longo dos últimos cinco anos, então que ser mude o protocolo, se ajuste os comportamentos e se estenda a solução conforme a realidade do local.

Já se tem a garantia que a solução não vem se não houver uma mudança de estratégia, mesmo que para isso tenham que ser substituídos os profissionais que até agora tentaram e não conseguiram avançar na realização dos trabalhos.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Semana Oficial de Engenharia e Agronomia 2017 - SOEA 2017

Rodolfo Juarez
De 8 a 11 de agosto, Belém do Pará sediará a 74.ª Semana Oficial da Engenharia e Agronomia (SOEA), um dos maiores eventos das profissões tecnológicas do País, que terá como tema central “A responsabilidade da Engenharia e da Agronomia para o desenvolvimento do País”.
É a terceira vez que a capital paraense recebe a programação que faz parte da programação anual do Conselho Federal de Engenharia e que é realizado em diferentes estados da Federação. Belém, por exemplo, vai receber a programação pela terceira vez. A primeira foi em 1971, a segunda em 1985 e, agora, depois de trinta e dois, recebe mais uma edição da SOEA.
A Semana Oficial é uma ótima oportunidade para mostrar a evolução da área tecnológica nacional, a evolução dos próprios profissionais, e a evolução do Sistema Confea/Crea, sempre comprometido com temas de abrangência nacional e de interesse comum.
Como parte da Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia é realizado o Congresso Técnico Científico promovendo debates com riqueza de conteúdo, além da divulgação dos trabalhos técnicos e científicos desenvolvido objetivando a apresentação no evento ou que já está nos canteiros ou nos laboratórios de alguma parte do Brasil.
A Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA, todos os anos oportuniza que muitos profissionais participem do evento, ao assinar contratos de patrocínio com os Creas de vários estados.
Este ano se estima que participarão do evento perto de três mil entre profissionais e estudantes de engenharia, emprestando suas mentes e mãos para escrever uma página da história da área tecnológica brasileira que busca soluções para ajudar a melhorar o desenvolvimento de cada estado e do País.
Todos os participantes da 74.ª SOEA, de certa forma, também estarão comemorando os 40 anos da Mútua, seu jubileu de rubi. São quatro décadas de amparo aos profissionais da área tecnológica e seus familiares. Há testemunhos de centenas de relatos referentes aos projetos que a Mútua ajudou a tirar do papel e outras centenas de histórias de apoio em momentos difíceis. A SOEA é o melhor lugar para aplaudir os 40 anos da Caixa de Assistência. O grande espaço de reunião de profissionais registrados no Crea e o evento sempre contou com a participação da Mútua.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amapá – CREA/AP participará da 74.ª edição da SOEA com uma delegação formada por profissionais e por funcionários do Conselho. Os profissionais atuando diretamente no Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia (Contecc) e os funcionários no apoio logístico e na prestação de informações no estande especialmente montado pela Crea/AP no Hangar: Centro de Convenções da Amazônia local do evento.

Assim, no período de 8 a 11 de agosto, Belém do Pará se transformara na capital do desenvolvimento tecnológico do Brasil.