Rodolfo Juarez
A fala
do presidente brasileiro na abertura da Assembleia Geral da Organização das
Nações Unidas (ONU) foi previsível, considerando as posições que o governo vem
adotando quando trata de temas como a Amazônia, especialmente sobre as
queimadas, a demarcação de terras indígenas e à soberania nacional.
Mas foi
surpresa o tempo dedicado aos temas ideológicos, não poupando referências aos
governos de países de tendência esquerdista, pelo resultado que apresentam,
como Cuba e Venezuela.
A
leitura da carta da índia Ysani Kalapalo foi uma boa decisão, pois, além de
refutar as críticas sobre as demarcações de terras indígenas, constituiu-se num
bom recurso para prender a atenção dos ouvintes e manter a atenção de todos os
que estavam na plateia ou acompanhando pelo rádio, pela televisão ou pelas
redes sociais.
Sabia
também o presidente do Brasil que, independente da linha que escolhesse para o
discurso seria criticado. Talvez por isso, se ateve apenas aos temas
obrigatórios, considerando o clima beligerante que antecedeu o encontro e que
não interessava ser reacendido exatamente durante aquela assembleia geral.
O
importante para nós da Amazônia é que o presidente deu a linha que vai adotar
daqui para frente, não tolerando questões como internacionalização da Região e,
com isso, limitando as organizações não governamentais ao exercício do que está
previsto no seu documento de nascimento.
O
aumento do aquecimento global é uma realidade. O efeito estufa é associado a
problemas decorrentes da poluição provocada pelas indústrias, pelos
combustíveis fósseis usado para movimentar os motores, principalmente dos
carros nas grandes cidades de todo o mundo.
A
preocupação que demonstrar ter a adolescente e ativista, Greta Thunberg, de 16
anos, é o resultado da teimosia dos dirigentes das nações mais evoluídas do
mundo que, preocupados com o bem estar local não percebem que criam problemas
para os seus e outros povos ao redor da Terra.
A
Suécia, pátria de Greta, tem como capital Estocolmo. É uma nação escandinava
com milhares de ilhas costeiras e lagos interiores, além de florestas boreais e
montanhas glaciais. A população total da Suécia é de 10,17 milhões de
habitantes, com o 7.º IDH do mundo (0,933) e o 11.º PIB per capita e que
corresponde a US$ 58.345.
A
Noruega, colada com a Suécia, tem como capital Oslo e é dona da Hydro, a maior
empresa norueguesa fora da Noruega, localizada no Estado do Pará, no coração da
Amazônia, com faturamento médio de US$ 19 bilhões anuais, tem uma extensa linha
costeira de frente para o Atlântico Norte, e como capital Oslo. São 5.323.933
habitantes com o 1.º IDH do mundo e o 3.º PIB per capita chegando a US$
101.271.
O Fundo
Amazônico, de tantas confusões pouco entendimento e compreensão, tinha promessa
de abastecimento financeiro, por parte da Noruega, no equivalente da 92% do
total, com plano de aplicação conforme o interesses do governo norueguês e que
não teve o modo de aplicação conforme os financiadores planejaram.
Na
Amazônia, 517 das 15.900 ONGs, afirmaram que atuam nas áreas de meio ambiente,
proteção animal, defesa dos direitos de grupos e minorias. As informações estão
na publicação, deste ano, do IBGE, no documento denominado “As Fundações
Privadas e as Associações sem Fins Lucrativos mo Brasil – 2016”.
Precisamos
tirar conclusões desse cenário, exatamente o que está em questão.