segunda-feira, 27 de julho de 2020

Os pré-candidatos de primeira viagem

Rodolfo Juarez
As eleições de 2020, depois da Emenda Constitucional 107, tiveram as datas dos dias de votação adiada por 42 dias para a realização do primeiro turno, quando serão eleitos 174 vereadores em todo o estado, 16 prefeitos e 16 vice-prefeitos. A única possibilidade de segundo turno é no município de Macapá, com mais de 200mil eleitores aptos a votar, e como certa a troca de nome do prefeito atual, Clécio Luis.
É importante considerar que ainda há a possibilidade, destacada na Emenda Constitucional, que a critério do Legislativo, pode ser alongado o prazo da eleição até, no máximo, o dia 27 de dezembro em caso do cenário da pandemia não permitir a realização da eleição no dia 15 de novembro.
A eleição para vereador é considerada pelos cientistas políticos como uma das mais importantes das realizadas no Brasil. É nesta eleição que, em regra, emergem as lideranças políticas do futuro.
Assim, a eleição para vereador, que não admite coligação de partidos, os atuais pré-candidatos podem ser divididos em dois grupos: um formado por pré-candidatos com alguma experiência e aqueles com experiência; e outro grupo formado por candidatos novos, aqueles que ainda não disputaram uma eleição.
Eu quero destacar, aqui, exatamente esses candidatos novos.
Os candidatos novatos ao cargo de vereador podem ter melhores performances a partir de algumas condicionantes, que precisam ser vencidas para que alcance o esperado número de votos que o levem a ocupar uma das cadeiras da câmara de vereadores do município, entre outras que podem ser aproveitadas pelo pré-candidato.
Antes de qualquer coisa o pré-candidato já sabe que teve que filiar-se a um partido político. Naquele momento da filiação, o pré-candidato novato deve ter lido o Estatuto do partido que escolheu. Senão fez, leia-o. Os novatos têm a impressão ou a informação de que os partidos políticos usam sempre a mesma estrutura estatutária. Isso não é verdade. Cada partido tem um estatuto onde as regras são definidas conforme os interesses do partido, além de ter um conteúdo programático para ser seguido e lideranças consolidadas para com as quais precisa conversar, e muito...
Nesse momento, que antecipa a realização das convenções que estão confirmadas para o período entre 31 de agosto a 16 de setembro, o pré-candidato novato tem que identificar e conversar sempre com as lideranças partidárias para que não lhe deixe fora dos candidatos do partido. Não devem pensar que essa situação não pode acontecer. Já aconteceu, e muitas vezes;
O pré-candidato novato também deve saber que precisa ter condições para disputar a eleição. Condições financeiras, disponibilidade de tempo e equipes de rua para enfrentar as equipes de rua dos adversários tanto de outros paridos como dos pré-candidatos que disputam com você a mesma vaga no seu partido.
Qualquer pré-candidato – e o novato também -, precisa definir um plano de ação para chegar até o eleitor sem cometer crime eleitoral ou sem ferir as regras da eleição, senão pode acontecer de, mesmo ganhando a vaga, perde-a por erro de procedimento.
O pré-candidato novato precisa ter propostas claras do que pretende fazer caso seja eleito vereador pelo município onde tem domicílio eleitoral. Não adiante chegar, pessoalmente, ao eleitor ou através de colaboradores de campanha sem apresentar uma proposta que convença ao eleitor de que você é o candidato em quem vai votar. Pode não parecer, mas a relação é muito profissional entre o futuro candidato e o eleitor em condições de voto em 2020.
E não esqueça que seus principais cabos eleitorais são seus familiares.

sexta-feira, 24 de julho de 2020


O BRASIL PRECISA DE PAZ
Rodolfo Juarez
Desde quando Jair Bolsonaro assumiu a Presidência da República, depois de um cenário caótico imposto pela Operação Lava Jato se propondo a desvendar, com forte viés midiático, as supostas irregularidades havidas durante os governos dos presidentes Lula, Dilma e Temer, que o Brasil passou a viver um dilema: de um lado o presidente votado e aprovado nas eleições de 2018 e, de outro lado, aqueles que se diziam injustiçado pela escolha feita pelos eleitores brasileiros.
Esse dilema foi acirrado quando o novo governo, comandado por Jair Bolsonaro, chamou para ministro da Justiça e Segurança Pública o juiz Sérgio Moro, uma das principais referências da Lava Jato, que já havia condenado o ex-presidente Lula e conseguido, com mudanças na interpretação da Constituição Federal pelo Supremo Tribunal Federal, levá-lo ao cárcere.
O inevitável embate atraiu parte da grande imprensa concentrada no sul do Brasil e avolumou a participação das redes sociais, aquela mesma que havia sido responsável pela eleição do presidente e, em consequência, combatido os modos adotados pelos governantes que tinham vindo imediatamente anterior.
Entre aqueles da grande imprensa, que aderiram ao processo de confronto estava e está a Rede Globo, que vinha de um processo que sempre deu certo em outros governos, como no caso da presidente Dilma, onde se constituiu uma espécie de porta-voz da população e dos outros poderes da República que a levou ao impedimento de continuar governando o Brasil.
Os confrontos entre a emissora do plinplin e o então candidato à Presidência da República aconteceram desde a campanha no programa símbolo da emissora, o Jornal Nacional. Como o candidato Jair Bolsonaro decidiu não participar dos debates políticos na televisão, restou à Rede Globo de Televisão fortalecer as entrevistas com os candidatos.
Estas entrevistas acabaram sendo um momento de confrontos e de ásperas discussões de problemas dos dois lados: um candidato desconhecido e uma rede de TV acostumada a ser protagonista exclusiva das discussões nacionais.
Aqueles momentos acabaram funcionando, ao ver do eleitor, de forma contrária aos resultados normalmente esperados pela emissora.
Vieram as eleições em primeiro e segundo turnos e o candidato “rebelde” acabou vencendo com uma votação espetacular, certamente havida muito mais pela fragilidade do adversário do que pelo potencial do vencedor.
Desde o primeiro dia do Governo o confronto entre o presidente e a emissora de TV acirrou agora contando com outros veículos da imprensa escrita. Mesmo assim as redes sociais deram a resposta ao ponto de profissionais, que nada tinham a ver com a abriga entre os dois, serem agredidos em pleno desenvolvimento do seu trabalho.
Veio a pandemia e, ao invés de servir como instrumento para a união, serviu para aumentar a dissensão entre os dois adversários de primeira hora, com reais prejuízos para ambos.
As intervenções de terceiros não funcionaram, mas serviram para mostrar que o Brasil não pode ficar à mercê de um grupo midiático ou de uma administração sem escancaramento do que faz.
Os prejuízos acumulados devem ser compensados com a inteligência das pessoas e o equilíbrio da mídia, mesmo que para isso seja definido legalmente, até onde pode ir cada um com suas intransigências e com as suas raivas ou preconceitos.
O Brasil precisa de paz!
O povo brasileiro pede espaço para que todos se ocupem com o progresso e com a qualidade de vida da população.

terça-feira, 21 de julho de 2020

Dois modos para o desenvolvimento local marcando passo


Rodolfo Juarez
A infraestrutura física de módulos próprios para o desenvolvimento econômico, isso em qualquer regime e em qualquer país, precisa de cuidados permanentes, principalmente dos representantes do povo em cargos públicos, para concretizar o próprio desenvolvimento e, como consequência, a melhoria da qualidade de vida da população.
A população do norte do Brasil tem sido sacrificada, com raras e honrosas exceções, por uma espécie “deixa pra lá” no tratamento da infraestrutura por parte das autoridades no que seria elo importante no desenvolvimento das questões dos portos, tanto para atender a navegação regional, como de cabotagem, como a navegação de longo curso, prejudicando as iniciativas de exportação a partir da norte brasileiro.
Outro descuido, este muito mais concentrado no Estado do Amapá, acontece com outro módulo importante da infraestrutura pra o desenvolvimento – as rodovias, tanto federais como estaduais.
O caso emblemático da BR-156, uma rodovia federal que este mês completa 88 anos que foi iniciada, se constitui na rodovia como maior tempo de construção no Brasil e que só o gasto em manutenção supera, em muito, os custos para a sua conclusão.
Lembre-se que, em manobra administrativa, oportunista e visando comprovar “realizações” não realizadas por iniciativa que continua no anonimato, se coincidiu trechos, das duas rodovias federais no Amapá (BR-156 e a BR-210) e, além disso, se deslocou o marco zero da Rodovia BR-156 para dentro da cidade, no intuito de aumentar o tamanho do trecho asfaltado em determinado momento.
Esta manobra confunde tudo até hoje e deixa ao esquecimento o verdadeiro trecho da BR-210, a Perimetral Norte, que teria o marco zero na entrada de Porto Grade e seguiria para fazer o Arco Norte, até Boa Vista, em Roraima.
Portos e rodovias no Brasil são dois modos da infraestrutura por onde caminha a economia e que no Amapá estão esquecidos, ou sendo mal alimentados tanto administrativamente como politicamente.
O desconhecimento da realidade desses módulos (portos e rodovias) é uma realidade lamentável, pelo descaso dos agentes públicos em declarar a sua imprescindibilidade e urgência.
Recentemente a notícia da conclusão do trecho da BR-163, trecho entre Sinop, no Mato Grosso, e Miritituba, no Pará, trecho pronto e inaugurado em junho pelo residente da República, acabou repercutindo por aqui, com pronunciamentos na imprensa de políticos e de analistas, de maneira distorcida que só confundiu a população e não escamoteou a realidade.
É importante lembrar que a BR-163 é uma rodovia longitudinal das mais extensas do Brasil, com mais de 3.400 km, com o marco zero em Tenente Portela, no Rio Grande do Sul, e chegada a Santarém, no Pará.
O Porto de Macapá, em Santana, administrado pela Companhia Docas de Santana, que tem a concessão para essa administração, foi planejado e construído para ser um porto de contêineres e, por isso tem na sua infraestrutura um dos maiores pátios da região, mas apenas construído dois cais de atracação, sendo que um deles está com a construção pela metade.
A concessão do Porto de Macapá, em Santana, para município de Santana foi assinado em dezembro de 2002 pelo ministro dos Transportes e o prefeito de Santana, com duração 25 anos, podendo ser renovado por mais 25, ou seja, em dezembro de 2027, daqui a sete anos, ou renova a concessão ou devolve o porto para a União.
Isso quer dizer que dos dois modos do sistema de transporte, um está inacabado (faltando asfaltar 50 km entre Macapá e Santana), sem contar com as necessidades urgentes de manutenção em sua pista de rolamento, principalmente no trecho entre Ferreira Gomes e Tartarugalzinho; e outro está precisando também de conclusão ou se tornará útil para o desenvolvimento local. Assim, corre o risco de se transformar em um grande problema e ser devolvido à União, o que seria um grande erro.

sábado, 18 de julho de 2020

Novo endereço


Rodolfo Juarez
Eu ainda não havia informado aos leitores desta coluna que fui mudado do endereço onde sou submetido às sessões de hemodiálise, para enfrentar as dificuldades orgânicas devidas aos meus rins terem entrado em colapso suficiente para não fazer o papel que tinha no funcionamento de todo o meu organismo.
As sessões que era feitas no quarto turno na Unidade de Nefrologia do Hospital de Clínicas Alberto Lima, na Avenida FAB passaram a ser feitas na Uninefro Amapá, clinica de nefrologia situada na Avenida Procópio Rola, 1315, uma clínica especializada contratada pelo Governo do Estado.
O ambiente atual é novo, sendo que os profissionais médicos são os mesmos que atendem ou atendiam na Unidade de Nefrologia do HCAL, bem como a maioria dos profissionais enfermeiros e técnicos em enfermagem, também conhecida e que trabalha ou trabalhou na clínica de nefrologia do Hcal.
Conforme estudos levantados e práticas vividas, tenho formada a concepção que as sessões de hemodiálise são necessárias, mas resultando em menor eficiência do que o trabalho feito pelos rins, com o agravante de provocar a afetação de outros pontos da saúde da pessoa com o trabalho mecânico, trazendo manifestação de deficiência em outros órgãos do corpo, responsáveis, por exemplo, pela anemia e a diabete, com repercussão na pressão arterial, no pulmão e no coração.
O acompanhamento precisa ser qualificado, especialmente no que ser refere à alimentação que, não obstante a essa constatação, o atendimento não é individualizado e nem acompanhado, provavelmente pela disponibilidade de pouquíssimos profissionais de nutrição para fazer esse acompanhamento.
A Clínica Uninefro Amapá conta com 32 máquinas em um salão dividido em 4 ambientes, com oito máquinas em cada, com uma das máquinas destinada ao paciente daquele horário. A capacidade é de 4 turmas de 32 pacientes cada, em quatro horários diferentes, dois pela manhã e tarde de segunda, quarta e sexta; e dois pela manhã e tarde de terça, quinta e sábado. A clínica ainda conta com áreas de atendimento isolado.
Eu estou no horário da tarde (13:00 às 17:30) de segunda, quarta e sexta.
Essa experiência me tem levado a estudos sistemáticos para o enfrentamento da questão com um mínimo de conhecimento.
Tenho presenciado muitos problemas durante esse tempo que já somo fazendo hemodiálise, alguns destes problemas não foram estancados pela equipe e o paciente acabou sendo internado no Hospital do Pronto Socorro de onde não voltou.
A novidade, agora, na Uninefro Amapá é que os acompanhantes do paciente não podem entrar, independentemente da condição física dos que vão à hemodiálise. Os próprios paramédicos servem de acompanhantes para os cadeirantes e para aqueles que têm dificuldade de locomoção.
A atenção médica, durante a sessão, é a mesma que já experimentava na Unidade de Nefrologia do Hcal. Até agora não foi aberto espaço para consulta, conhecimento e avaliação, com o paciente, da evolução ou involução do seu quadro clínico.
Já o atendimento dos paramédicos é dificultado pelo número disponibilizado de profissionais. Para se ter uma ideia, já foi adotada a estratégia de manter apenas dois técnicos em enfermagem para cada oito pacientes. O que não é recomendado devido de vido à questões práticas na ocasião do desligamento. O processo passa a ser uma corrida que coloca em risco a qualidade do serviço, pelas múltiplas operações que são atribuições dos paramédicos, o que, em consequência provoca problemas recorrentes e a espera demasiada dos pacientes para a finalização dos serviços.

terça-feira, 7 de julho de 2020

Rodovia Federal BR-156: A cada verão renasce a esperança de conclusão


Julho: o mês em que a Rodovia BR-156 completa 88 anos em construção.
Rodolfo Juarez

Mais um verão que chega abrindo as comportas das oportunidades para que se complete a construção da BR-156, tramo norte, esta que é a rodovia federal com mais tempo de construção em todo o Brasil.
Imaginada para ser o principal meio de indução do desenvolvimento do Estado do Amapá, acabou se transformando no principal empecilho para esse mesmo desenvolvimento, desenhado nos primeiros planos de interiorização do progresso na área geográfica, primeiro do Território Federal do Amapá e, depois, do Estado do Amapá.
A proposta dos primeiros idealizadores da construção daquela rodovia indicava que mais da metade do território dentro dos limites do agora Estado do Amapá, teria na rodovia o seu principal vetor para implantação do progresso nas áreas que estão sob o domínio dos municípios de Macapá, Porto Grande, Ferreira Gomes, Tartarugalzinho, Pracuúba, Amapá, Calçoene e Oiapoque.
Um seminário realizado pela Associação Comercial e Industrial do Amapá, em fevereiro de 1999, que contou com a participação do empresário Walter do Carmo, do agrimensor Amaury Farias e do jornalista Hélio Penafort, que palestraram e deram um verdadeiro testemunho, quando da apresentação do painel “Histórico do BR-156”, possibilitando aos técnicos do Governo do Estado e do Governo Federal, presentes no evento, uma visão bem próxima do que consideraram uma verdadeira epopeia vivida durante os mais de 45 anos de trabalho na rodovia.
Walter do Carmo narrou que os trabalho de construção da Rodovia BR-156, tiveram início no mês de julho de 1932, sob o comando do Marechal Cândido Rondon, ficando paralisada no km 9 até o ano de 1945, quando foi retomada a sua construção pelo primeiro governador do Território Federal do Amapá, Capitão Janary Nunes. Em 17 de setembro de 1952 os primeiros tratores chegaram a Calçoene e, em dezembro de 1956, na localidade de Lourenço. Em julho de 1964, foram retomados os trabalhos de construção da rodovia e, em 28 de dezembro de 1970, quando governava o Território do Amapá, o general Ivanhoé Gonçalves Martins, foi consolida a ligação pioneira do Rio Amazonas com o Rio Oiapoque por estrada de terra.
Depois de 1970 abriu-se uma discussão técnica sobre a proposta socioeconômica da rodovia BR-156. Antes tida como uma rodovia de penetração, que buscava interiorizar o desenvolvimento, agora passaria a ter uma proposta de rodovia de integração, se transformando em um grande eixo econômico capaz de integrar o Brasil ao Platô das Guianas e de promover a integração dos municípios amapaenses no Projeto Arco Norte que previa a BR-156 chegando ao Oiapoque, possibilitando a ligação com Caiena, de lá até Paramaribo, no Suriname e, daí até Georgetown, na Guina, de onde sairia para Boa Vista (RR), no Brasil, daí até Manaus, por um tronco e por outro, até a Transpacífico, a rodovia que abriu janela para o Oceano Pacífico.
Por enquanto, o tramo norte da Rodovia BR-156, projetado para libar a cidade de Macapá à cidade de Oiapoque e à ponte sobre o Rio Oiapoque, é o mais esperado.
Exatamente o trecho entre Calçoene e Oiapoque, de aproximadamente 110 km de extensão, que foi licitado em dois lotes de, aproximadamente 55 km cada um, ainda é de terra batida, perdendo pavimento a cada inverno e deixando os usuários ou no prejuízo, ou muito aborrecidos pelos problemas que têm que enfrentar a cada viagem.
O Dnit é o órgão do Ministério dos Transportes responsável pela obra passa, no momento, por reestruturação administrativa e técnica, buscando a reinvenção depois das ações da Polícia Federal naquele órgão federal, em operações que levaram ao cárcere os seus dois últimos superintendentes, acusados por corrupção entre outros crimes, e ao encerramento das atividades do órgão em Macapá, retornando o controle do departamento equivalente no Estado do Pará.
Assim, neste mês de julho de 2020, quando a construção da BR-156 completa 88 anos desde seu início, mais uma vez as esperanças se renovam e a expectativa aumenta.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

A Emenda Constitucional da Eleição 2020 sob a influência do vírus


Rodolfo Juarez
Em tempos de grande preocupação da população com o novo coronavírus, que desafia a inteligência dos pesquisadores e a sensibilidade das autoridades do ambiente de saúde pública, homens e mulheres, que estão voltados não apenas para encontrar o antídoto, mas também possibilitar um mínimo de tranquilidade para a população, já podem gerenciar o seu tempo.
A população se vê desprotegida e abandonada por aquelas pessoas que deveriam estar prontas para delas cuidar nesse momento de pânico.
Os erros iniciais daqueles que tomaram as primeiras decisões ou foram incumbidas de assim proceder, contaminou um processo que tem como resultado a perda, pela morte, de pessoas que, noutras circunstâncias ainda permaneceriam contribuindo, com suas inteligências e ações, para a melhoria da qualidade de vida da população local.
Mas cuidar só disso agora não tem sentido. Os motivos para evitar as aglomerações ou o isolamento social não convencem mais as pessoas que estão vendo bater na sua porta problemas que jamais imaginariam enfrentar com alguém da família ou com ele mesmo. São momentos cruciais vividos por cada um e que torna tudo ao redor como um grande descuido das autoridades da saúde.
Nesse ambiente, o Congresso Nacional, promulgou mais uma Emenda Constitucional apresentando como motivo a pandemia do novo coronavírus, a incerteza da possibilidade de aglomeração de pessoas e as definições escolhidas pelos constituintes que discutiram e votaram, em 1988, a Carta Magna vigente e que orienta as ações e os comportamentos de todos os brasileiros.
A Emenda Constitucional promulgada pelo Congresso Nacional modifica a data das eleições municipais de 2020.
Entre algumas mudanças àquela que era a mais esperada pela população e pela maioria dos que estão à frente do combate ao vírus que está virando de cabeça para baixo economias, administrações e países inteiros.
Pelo menos ainda veio a tempo de pacificar uma guerra de interpretações que começava a deixar a todos sem saber o que fazer no processo de obediência às regras novas para o enfrentamento aos coronavírus e as regras de orientação geral que se conflitavam nas leis e na Constituição.
Então, se esse era o problema, agora está resolvido!
As eleições de outubro foram adiadas para novembro, nos dias 15 e 29 daquele mês, dois dos cinco domingos de novembro, o 3.º e o 5.º.
Para os preocupados dirigentes partidários e os inquietos pré-candidatos a definição dessa questão foi um acontecimento que, não só vai acalmar aquelas pessoas como possibilitar a correção de rumos, levando em consideração que, afinal, são mais 42 dias que se ganha para consolidar propostas partidárias ou nomes de candidatos, como dar oportunidade para o eleitor já ir conhecendo os pré-candidatos.
A proibição de coligação nas eleições proporcionais está fazendo com que os dirigentes olhem para dentro dos partidos, uma vez que estavam acostumados a olhar para fora e, ates até de analisar as possibilidades do partido que dirigia ou dirige, tinha a preocupação de saber se o desejado coligado poderia prejudicar o projeto do seu partido ou servir de alavanca para candidatos que planejava eleger.
Agora a regra está posta.
As datas estão definidas e os partidos podem marcar as convenções, os candidatos prepararem a sua estratégia e os eleitores ficarem tranquilos com a definição das nos datas para as eleições: primeiro turno em 15 de novembro de 2020 e o segundo turno no dia 29 de novembro de 2020.