Rodolfo Juarez
Temos
muitos olhos para Macapá, afinal de contas por aqui vivem o que corresponde a
56% da população do Estado e mais de 80% da concentração do comércio, prestação
de serviços e, afinal, da economia local, mas outras sedes municipais estão
enfrentando grave situação na prestação dos serviços urbanos para a população
residente e, mais, essa população está enfrentando grandes dificuldades para se
deslocar do interior para a Capital e daqui para o interior.
Até
mesmo Santana, outrora tida como cidade pronta para servir de modelo para
outras de igual ou menor porte, nesse momento está pedindo socorro de todos
aqueles que, um dia, já viram Santana diferente, mais humana, mais agradável e
muito, mas muito mais cheirosa.
Nas
cidades menores, sedes dos outros municípios, os problemas se agigantam, tomam
forma que não podem sem domadas pelas ações locais e, por isso, os prefeitos,
como última esperança, se lançam para a Capital do Estado ou para Brasília no
sentido de ser ouvido e ter os problemas que elenca resolvidos.
O
sistema viário de Macapá precisa de urgente restauração. A necessidade não é de
serviço de tapa buraco, mas de uma hierarquização de vias que permita
selecionar aquelas que precisam de urgentes serviços para não entrar em
colapso, principalmente aquelas vias que constituem os principais corredores
viários da cidade.
Mais
aqui na Capital também se precisa de outros serviços que poderiam ser
realizados em conjunto com o Estado e aporte de recursos especiais que precisam
ser tratados pelos representantes do povo amapaense no Parlamento Brasileiro,
como o serviço de tratamento de água, de coleta e tratamento do esgoto.
Santana,
mesmo depois de receber os serviços financiados pelo PDRI com recursos do
empréstimo do BNDES, pouco melhorou e, em alguns setores, a situação ficou pior
do que já estava.
O
sistema de transporte coletivo teve mudanças importantes e que contrariam
muitos dos usuários e não fizeram a satisfação dos outros.
Também
vias que estão, mesmo em bairro do centro da cidade, completamente imprestável
para o trânsito de veículos automotores ou não motorizados, bem como pedestres
que, em muitos casos, ficam isolados sem poder sair de casa.
Para
quem foi, este ano ou ano passado, às sedes dos municípios do interior percebeu
a paralisia econômica em que se encontram. Em muitas não há serviço regular de
internet e por isso ficam prejudicados os serviços de correio e de bancos e
loterias.
A
similitude das dificuldades acaba por considerar o interior do estado todo na
mesma situação, muito embora entre os municípios haja, além das dificuldades
comuns, aqueles que são peculiares, como enchentes, desabrigos e pobreza.
Os
municípios abandonaram as suas unidades de engenharia que cuidavam das estradas
municipais, especialmente as de indução ao desenvolvimento. Sem equipamentos,
dependem de favores de unidades estaduais que nem sempre estão dispostas a
resolver os problemas da área rural, seja pela falta de conhecimento da
situação ou pela inexistência de um programa conjunto para esse fim.
Desatrelado
e com muitos novos problemas que se juntos aos velhos problemas, segue o Estado
sem poder atender às necessidade de sua população que sobrevive como pode e
fica na esperança de um milagre.