segunda-feira, 31 de julho de 2023

Os terminais fluviais de Macapá e Santana são improvisados

Rodolfo Juarez

Há muito que os planos de desenvolvimento urbano, planos de acessibilidade, planos diretor, planos de aproveitamento da orla, entre outros, vêm apontando a necessidade de ser construído terminais de embarque e desembarque, de cargas e passageiros, em Macapá e Santana.

As pesquisas utilizadas para justificar a necessidade de construção dos terminais fluviais nas duas maiores cidades do estado, apontam que, além do atendimento ao direito de acessibilidade para todos, ainda se nota a dificuldade enfrentadas pela segurança pública na seu mister de fiscalizar a saída e chegada de passageiros e cargas nos precários portos das duas cidades.

Traficantes, fugitivos da justiça e drogas, as mais diversas, podem estar entrando na área de responsabilidade fiscalizadora do estado, através dos portos improvisados e de fiscalização dificultada, localizados em Macapá e Santana, em decorrência das condições para serem exercitadas as ações de fiscalização, como aquelas efetivadas no Aeroporto Internacional Alberto Alcolumbre, em Macapá.

Esta semana, a propósito das férias escolares e de dois festivais, o Festival do Vaqueiro, em Chaves, e o Festival do Camarão, em Afuá, escancararam as dificuldades para o embarque e desembarque de passageiros e cargas, inclusive esses passageiros e proprietários de embarcação, se valendo da inconclusa obra do Píer II da Orla do Santa Inês em Macapá e do Porto do Grego, liberado pelas autoridades que cuidam da segurança dos passageiros principalmente, de forma precária.

Com relação aos passageiros, as dificuldades para embarque e desembarque impedem que aqueles que têm dificuldades em locomover-se, ou cadeirantes sendo um deles, de exercer o seu direito constitucional de ir, vir e ficar, pela falta de condições de acesso, por exemplo, às embarcações.

Com relação às cargas, tanto as acompanhadas como as que são envidadas para os locais de destino das embarcações ou de retorno, estas não são, em geral, fiscalizadas ficando, tanto os passageiros como os tripulantes sujeitos aos ricos decorrentes do transporte de cargas não inspecionadas.

Além disso, a população do Amapá é um dos maiores consumidores de Açaí e está e importante exportador desse fruto, muito comum na região Amazônica e que é conhecido no mundo todo. O açaí é considerado um superalimento e possui propriedades muito benéficas para a saúde. No Brasil, o fruto é consumido em diversos pratos doces, salgados e na forma de suco, como no Amapá.

Considerando que o açaí possui propriedades que auxiliam nas funções de memória, reposição energética, prevenção de doenças cardiovasculares e no bom funcionamento do intestino, sendo um alimento rico em proteínas, gordura vegetal, minerais, fibras, vitaminas B1, C e E, entre outros, investir nas melhorias do manejo durante a comercialização, se torna uma questão de saúde, economia e garantia de emprego.

Então, cuidar da infraestrutura portuária fluvial de Macapá e Santana é um dos mais importantes projetos a ser desenvolvido e executado no Estado, com potencial para redirecionar o modo econômico adotado até agora, visando a melhoria da qualidade de vida de tantas outras pessoas que têm condições se juntar àqueles que já mudaram a sua condição de vida para melhor e estão buscando outros participar do crescimento e desenvolvimento da região, sem qualquer possibilidade de se tornar um predador da floresta, mas sim, um agente inteligente que planta e colhe o que a floresta pode dar.

quinta-feira, 27 de julho de 2023

Transplante? Só fora do Amapá!

Rodolfo Juarez

Esta semana quem esteve comigo foi meu colega de turma, anos 60, no Colégio Amapaense, Raimundo Ubiratan Picanço e Silva, para falar sobre a conveniência de buscar um transplante, exatamente o que estou buscando agora.

Desde o começo de março deste ano, quando foi tomada a decisão de que devo buscar fazer o transplante do rim, que tenho recebido incentivo para seguir nesse rumo que, para os especialistas médicos que me assistem e familiares, o mais indicado é o transplante.

A decisão foi tomada e as providências iniciais tomadas.

O setor médico do Estado do Amapá não oferece, até este momento, condições para que transplantes sejam realizados aqui mesmo e, por isso, os pacientes são encaminhados para outros unidades da federação que onde a população conta com hospitais habilitados a fazer transplantes de órgãos. O processo já se tornou prática há tempo. O Amapá é um dos três estados que não faz cirurgias de transplante.

O Brasil, à guisa de informação, é um país referência mundial em transplante. É o 2.º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O morador do Estado do Amapá para passar pelo procedimento precisa ser encaminhado para outro estado onde haja vagas para a cirurgia e doadores de órgãos.

Há dois tipos de doador. O doador vivo: aquele que concorda com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. Neste caso pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Já os doadores falecidos são pacientes com morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, com traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral).

Mas, afinal, o que é um transplante? A literatura médica define transplante como um procedimento cirúrgico que é realizado com o objetivo de repor, trocar e substituir algum órgão do corpo que estava apresentando problemas e impedindo o paciente de ter uma determinada qualidade de vida.

Geralmente, o transplante resulta de uma decisão tomada depois que o paciente já passou por diferentes tratamentos e não obteve sucesso, sendo a solução a única saída para aumentar a expectativa de vida. Esse tipo de procedimento médico é de alta complexidade e só pode ser realizado com o auxílio de um segundo paciente, que faz a doação do órgão ou tecido para que o enfermo se recupere. 

Os órgãos e tecidos doados são encaminhados para pacientes que aguardam a oportunidade em uma fila única, organizada por estado ou região e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). O Brasil conta com uma central nacional e 27 centrais estaduais de transplantes. O SNT inclui 648 hospitais, 1.253 serviços e 1.664 equipes de transplantes habilitados.

Perceba, o Estado do Amapá conta, no organograma da Secretaria de Saúde com uma Central Estadual de Transplante (CET) que não tem para onde encaminhar os pacientes (doadores ou receptores) aqui mesmo no Amapá e, por isso, um processo longo e de muita paciência, que envolve o direito do pacientes à saúde, como está definido na Constituição Federal de 1988, no art. 196 e seguintes, com o comando: “Art.196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.

Dentre tantos os desafios que tenho encarado, colecionar este, é mais um. Haverei de ter ânimo pata tal e depois, prometo, contarei a história, mas contínuo esperançoso de outros pacientes renais crônicos contem com a estrutura médica aqui.

segunda-feira, 24 de julho de 2023

O processo de gestão integrada e os resultados esperados

Rodolfo Juarez

A administração amapaense vive, neste momento, um ponto de inflexão importante tendendo à busca de um ponto de equilíbrio entre o desenvolvimento e os atendimentos às necessidades primárias da população.

Desde o momento em que um legítimo representante do povo amapaense no Parlamento Brasileiro conseguiu entrar no restrito mundo de mando em Brasília, se nota uma diferença, para melhor, na disponibilidade de recurso, de forma panorâmica, tanto com relação às unidades políticas do Estado, com o também nas unidades administrativas da gestão do Governo.

Várias frentes e, em várias núcleos urbanos, fora do binômio Macapá-Santana, foram formadas e entregues ao comando do administrador local. Os prefeitos municipais foram levados a entender o novo tempo e se dedicou aos interesses da população, transformando as oportunidades em realizações, que estão melhorando a autoestima e a confiança dos moradores.

As frentes de trabalho abertas na maioria dos municípios, com a participação direta dos prefeitos, que deixaram de colocar em primeiro lugar a sua ideologia política ou o seu engajamento partidário, para cumprir a sua função de gestor, eleito para cuidar dos interesses da população.

A democratização das arenas de esportes foi a primeira mostra oferecida à população. Projetadas no sentido de mostrar à população de que quando há uma política bem definida, mesmo em fase teste, tem grandes chances de produzir resultados que podem se constituir usufruto de todos de um bairro da cidade ou de uma sede municipal.

Compreendido o teste, avançar com projetos voltados para setores da gerência pública mais complexos e muito mais caro, foi o desafio, dos parlamentares, primeiro para vencer o alinhamento político que ajudou, cada um, a vencer a eleição e depois entender que a fragmentação de ações também fragmentava o prestígio e as potencialidades de cada um.

Os primeiros projeto de acessibilidade para a cidade de Macapá não alcançaram os objetivos. Os resultados frustrantes, tanto para quem propunha a obra, tanto como para a população que chegou a ver projetos concluídos e proibidos de serem usados, par erro de projeto ou de execução.

A tomada de decisão de trabalhar em grupo, sob uma coordenação forte, possibilitou a otimização dos recursos, com concentração em projetos que mais interessavam à população.

O definição do asfaltamento de vias da Capital, abrindo novos eixos de circulação de veículos foi a decisão acertada. A primeira consequência está no desaparecimento do inadequado “Programa de Tapa Buraco”, um remendo na acepção da palavra, que não agradava a ninguém.

O asfalto é caro, para recebê-lo as vias precisam estar preparadas, o asfalto vem de longe, não há tancagem suficiente para atender grande demanda, mas, até agora pelo menos, não foi encontrada uma solução melhor para as cidades amapaenses.

Outros setores da administração pública local estão com perspectiva concretas de  melhorias como: saúde, educação, segurança pública, turismo, entre outros.

Até mesmo a distribuição de energia elétrica, depois da privatização da empresas estatal, tende a melhorar. A distribuição de água tratada está no mesmo caminho. O que ainda patina é a coleta, transporte e tratamento de esgoto.

  

quinta-feira, 20 de julho de 2023

O vale do Araguari é área de atuação da Codevasf

Rodolfo Juarez

Morador de longa data da Avenida Coaracy Nunes, em Macapá, depois de ter passado pela Avenida Mendonça Júnior (equina com a Rua Eliezer Levy) e pela Avenida Antonio Coelho de Carvalho (esquina com a Rua General Rondon), mais uma vez estou satisfeito com o resultado imaginado para a área de influência da Av. Coaracy Nunes.

A primeira vez foi depois do dia 10 de junho de 2006, data da inauguração do Lugar Bonito, assim “batizado” pela população que escolheu aquela área para dizer que era sua e dela tomou conta mesmo, fazendo com que a área se tornasse uma das mais lembradas da população quando o assunto é lazer.

Também, pudera, a área, uma das maiores da cidade, fica margeando o maior Rio do Mundo, de frente para o vento, vendo a maré “encher” e “vazar”, enquanto os filhos brincam soltando pipa, comendo pipoca, batata e banana frita, bebendo água de coco e ainda podendo correr, brincar e andar de bicicleta.

Pois bem, essa área está passando por melhoria e promessa de requalificação para melhor. Ora, se como foi concebida já era muito boa, melhorando vai ficar espetacular.

Um conjunto de homens e máquinas vem atualizando o asfaltamento das vias, melhorando a sinalização, ficando mais bonita e passando pela segunda rampa do Santa Inês, que não vai ficar como no projeto original, cheio de sofisticação, mas vai ficar muito bom, com as simplicidades introduzidas, com mais cores, mais opções.

A natureza tem sido benevolente com os macapaenses. Não é que nasceu do lado desse píer 2 do Santa Inês, um aturiazal que vai receber acessos para que o visitante se encontre no meio deles. Vai ser muito bom!

O asfalto novo, conquista do principal articulador de recursos, muitos recursos para o Estado, o senador Davi, que conseguiu fazer com que o Rio São Francisco, o Velho Chico dos nordestinos, incorporasse a bacia do rio Araguari, no Amapá e, com isso, trazer a Codevasf – Companhia do Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba para integrar, com seu potencial econômico e financeiro, esse momento do desenvolvimento amapaense

A Lei 14.053/202 incorporou à área de atuação da Codevasf as bacias hidrográficas federais dos rios Pardo, Jequitinhonha e Mucuri, bem como as bacias estaduais dos rios Araguari no Amapá e seu homônimo em Minas Gerais.

Assim, a empresa passou a atuar em 3.113.903,78 km², abarcando 36,59% do território nacional, 2.675 municípios, em quinze estados: Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins, além do Distrito Federal

O autor da projeto e seu principal articulador e defensor foi o senador Davi Alcolumbre quando presidente do Congresso Nacional.

Muito do que está se fazendo no Estado do Amapá é decorrência dos recursos vindos da Codevasf e, por dever de ofício, devemos reconhecer de quem foi a iniciativa para que esse grande financiador de obras e serviços públicos, também atuasse nas regiões amapaenses tendo como fundamento a incorporação do Vale do Araguari em sua área de atuação.

 

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Porto fluvial para embarque de passageiros e carga em Macapá e Santana no Amapá

Rodolfo Juarez

É inegável que os representantes e dirigentes, escolhidos pelo povo nas últimas eleições gerais, vivem  um bom momento e experimentam, na avaliação da população local, os reflexos da melhoria da qualidade de vida local, com estabilização da economia e o aproveitamento do que a natureza amazônica oferece para o desenvolvimento.

Mesmo assim, velhos projetos, considerados prioritários, principalmente para os menos favorecidos economicamente, continuam engavetados e  precisando de atualizações importantes.

A referência é para a construção de um porto fluvial para embarque e desembarque de carga e passageiros, que saem e chegam em Macapá e Santana.

Esse oferta de serviço abre espaço de negócio não apenas para aqueles que assumiram as rotas com saídas e chegadas em Macapá ou Santana, mas para uma série de pequenos empreendedores que, com certeza, utilizariam o espaço e seus reflexos para atender às pequenas demanda no apoio àqueles que utilizariam os meios de transporte fluvial para os núcleos urbanos das ilhas próximas, como para Belém do Pará.

Os exemplos estão à mostra para serem observados em Belém, Santarém e em localidades no arquipélago do Marajó.

Essa providência organizaria os embarques e os desembarques de passageiros e cargas, possibilitando inclusive a fiscalização de cargas ilícitas, dificultando o provável

corredor por onde drogas ilícitas poderiam estar escapando da vigilância das forças de segurança, garantindo, assim, tranquilidade para a população.

A construção de um terminal de passageiro e carga possibilitaria mais efetividade no controle da lista de passageiros e romaneio de carga em processo de transporte na embarcação, permitindo mais tranquilidade aos passageiros e aos proprietários ou responsáveis pela embarcação.

A base na iniciativa estatal estaria coerente com as leis a que estão sujeitos os donos das embarcações e permitiria aos órgãos públicos a definição de rotas obrigatórias quando do transporte dos passageiros, com comunicação permanente no momento das orientações, em forma de ordem de atracamento da embarcação e a liberação do processo de desembarque dos passageiros e das cargas.

Há muito tempo que os portos de desembarque e embarque de passageiros e carga no Amapá são autorizados de forma precária, reconhecendo as autoridades públicas que o porto não é adequado ao atendimento das pessoas, tornando tudo mais difícil e menos seguro para os usuários do sistema de transporte fluvial.

Manter um porto fluvial na Amazônia que atenda o transporte de passageiros e de carga corresponde, certamente, a um custo muito abaixo, por exemplo, do Aeroporto Internacional de Macapá Alberto alcolumbre, além do que possibilitaria um cotejo para aferir o uso dos dois modos de transporte.

Grosso modo e considerando a capacidade das embarcações fluviais que transportam cargas e passageiros, mesmo sem considerar os deslocamentos para os núcleos urbanos localizados no arquipélago do Marajó, mas, direto para Belém, Santarém e Manaus, é muito provável que a quantidade de pessoas e cargas transportadas seja maior do que aquelas que, utilizando o transporte aéreo, se destina à Belém e Brasília.

Cuidar desse passageiro que prefere, por preço ou costume, utilizar as embarcações de transporte fluvial, também é muito importante e precisa ser uma prioridade dos governos municipais e estadual, na agenda construída a cada ano.

Vem aí 2024 e, enquanto a coluna da despesa de o orçamento está aberta e o PPA em elaboração, que seja lembrado a construção dos terminais de carga e passageiros, um em Macapá e o outro em Santana, para atender os usuários do sistema de transporte fluvial.

quinta-feira, 13 de julho de 2023

A maioridade da Companhia Docas de Santana

Rodolfo Juarez

No final do ano, no dia 14 de dezembro, a assinatura do Convênio de Delegação n.º 009/2002, celebrado entre a União, por intermédio do Ministério dos Transportes, e o Município de Santana para administração e exploração do Porto de Macapá completa 21 anos.

No Convênio de Delegação, na cláusula décima primeira, ficou estabelecido que o prazo de vigência do convênio é de 25 (vinte e cinco) anos prorrogável na forma da lei.

O extrato do instrumento contratual foi publicado no Diário Oficial do Estado do Amapá n.º 2942, na editoria de publicações diversas.

Para viabilizar o Convenio de Delegação n.º 009/2002, o então prefeito de Santana, Rosemiro Rocha, sancionou a Lei n.º 545, de 19 de outubro de 2001, cujo projeto foi aprovado na Câmara de Vereadores do Município de Santana. A empresa, Companhia Docas de Santana, foi instituída pelo Decreto Municipal n.º 459 de 20 de outubro de 2001.

Depois do Convenio de Delegação assinado ainda ficou estabelecido a necessidade de cumprimento de 9 (nove) fases para poder haver a transferência do Porto de Macapá para a Prefeitura Municipal de Santana, a saber:

1 – Encaminhamento ao Ministério dos Transportes, pela Prefeitura Municipal de Santana, dos documentos exigidos na instrução processual conforme solicitado à Prefeitura no Aviso 1.497-GM/MT, de 12 de novembro de 2001;

2 – Proposta de Cisão Patrimonial elaborada pela diretoria da Companhia Docas do Para (até então responsável pela administração e exploração do Porto de Macapá), com pareceres dos Conselhos de Administração e Fiscal da empresa que servirá de base para avaliação patrimonial do perito;

3 – Indicação pelo diretor da empresa, via processo licitatório, de perito para proceder a avaliação do patrimônio a ser baixado e cedido à Prefeitura Municipal de Santana.

4 – Convocação pelo Conselho de Administração da Companha Docas do Pará (CDP) de Assembleia Geral para aprovar e nomear o perito, para avaliação do patrimônio a ser transferido;

5 – Pareceres do Conselho de Administração e do Conselho Administração e Finanças concordando com o lauto de avaliação do perito;

6 – Decreto Presidencial autorizando a redução do Capital da Companhia Docas do Pará;

7 – Preparação, pela Diretoria da Companha Docas do Pará de minuta de protocolo de cisão e justificação, com parecer do setor jurídico da empresa CDP;

8 – Convocação, pelo Conselho de Administração, de nova Assembleia Geral para aprovar o Laudo de Avaliação e o `Protocolo de Cisão e Justificação; e

9 – Após aprovação pela Assembleia Geral da CDP, pode ser firmado o protocolo de cisão e justificação entre CDP e a Prefeitura Municipal de Santana.

O Laudo de Avaliação foi fechado no valor de R$ 29.000.000,00 (vinte e nove milhões de reais).

O Conselho Nacional de Desestatização, através da Resolução n.º 27 de 9 de dezembro de 2002, aprovou as cláusulas essenciais do Convenio de Delegação do Porto Organizado de Macapá.

Hoje o Porto de Macapá, administrado pela Companhia Docas de Santana, tem a presidência do engenheiro Edival Tork.

segunda-feira, 10 de julho de 2023

O improviso não dá certo e não serve

 

O improviso não deve repetir

Rodolfo Juarez

As dificuldades para atender à crescente demanda por grandes shows em Macapá, revela a falta que está fazendo um arena, nos moldes das que estão funcionando em São Paulo, Curitiba, Goiânia, e em outros centros urbanos, que não nas capitais, como na Paraíba. Por isso, já se justifica o estudo de um espaço que atenda aos grandes shows ou circuitos em condições de não haver necessidades de adaptações ou providências de última hora.

O episódio que levou a mudança do local da realização do show de Wesley Safadão das proximidades da Fortaleza de São José de Macapá para a Praça Barão do Rio Branco, no circuito administrativo do Estado, acende um alerta importante: Macapá não tem espaço próprio para um show da envergadura de um pop star como o Safadão.

E não adianta procurar “piolho em careca” uma vez que a justificativa apresentada pelo Iphan - Instituto do Patrimônio Histórico Nacional, para que o show não fosse realizado naquele local tem seu fundamento específico e está centrado no mesmo caso já ocorrido com o prédio do Shopping Popular, previsto para 8 andares e que foi brecado por uma ação do Ministério Público Federal, onde está a Advocacia Geral da União, responsável pelas iniciativas judiciais visando fazer cumprir a legislação que protege monumentos como a Fortaleza de São José de Macapá.

Não é que a forte vá cair, rachar ou ser abalada pela quantidade de pessoas que se deslocariam para o Lugar Bonito. É que aquele local está previsto para atender outras demandas das sociedade, como, simplesmente, apreciar o vai e vem das marés do rio Amazonas.

O local selecionado, há muito, pela própria Prefeitura Municipal de Macapá fica às proximidades do Zerão e do Sambódromo, onde deveria ser construído um complexo multiuso com possibilidade de receber grandes públicos, afinal de contas a população de Macapá já pode esperar por grandes espetáculos, seja de cantor sertanejo, clássico ou de música popular.

Desde o primeiro uso indevido do espaço, quando foi autorizado a construção de um ambiente para receber o show do Paralamas do Sucesso, houve quem entendesse que ali estava sendo usurpado um direito da população que, desde 2006, se acostumou a frequentar o Lugar Bonito e se sentiu agredido quando não pode usufruir de um espaço que considera seu.

Em seguida foi realizado, no mesmo local, o Forrozão, patrocinado pelo Governo do Estado. A partir daí um foco intenso foi direcionado para o local, até que, chegou a ordem de não usar e, ai, o assunto assumiu o costumeiro contorno da politização.

O fato é que a Praça Barão do Rio Brando, chamada por alguns desavisados de “praça do Barão”, não tem como finalidade receber grandes públicos. É uma praça que não tem espaço para os sanitários públicos e, em consequência, teve o seu ambiente amanhecido no domingo passado com um odor de urina jamais pensado para o local.

É hora de cuidar para que Macapá tenha um espaço multiuso onde caiba as disputas de quadrilha junina, mega shows como os do Macapá Verão e daqueles que são articulados por empresas particulares com ingressos pagos.

Chega de confusão!

 

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Os números do Censo 2022 pordem estar incorretos

Rodolfo Juarez

Passados os primeiros dez dias da divulgação do Censo de 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os prefeitos começam a fazer as contas e percebem que o tamanho da diferença da receita de transferência vai impactar no orçamento anual do município.

Pelo menos 700 municípios, através dos sues prefeitos, já fizeram as contas e perceberam que o prejuízo que terão nas transferências de receitas federais, principalmente a do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), são maiores do que aqueles minimizados pelos técnicos do IBGE.

É importante dizer que ninguém de fora do IBGE fez as contas quando teve que estimar as populações no período de 2011 a 2022. Foram os próprios técnicos do IBGE que elaboraram a equação de extrapolação da população de cada município e, em consequência, de cada Unidade da Federação e da própria nação brasileira.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística não demonstrou capacidade para realizar o censo 2022 desde quando alegou que não tinha recurso para realizar o censo, mesmo assim assumiu o compromisso de realizá-lo.

Por mexer com tantos legítimos interesses econômicos e sociais, precisava executar o projeto do censo com primazia e responsabilidade, o que ficou impossível quando alegou dificuldades para pagar os recenseadores que, em primeira análise, precisariam estar, no momento da contagem, perfeitamente sintonizados com o compromisso do IBGE.

Ainda não ecoam, Brasil a fora, do tamanho que vão ecoar, as reclamações dos governadores de estado e dos prefeitos municipais, referentes ao resultado do Censo 2022.

O Amapá, estado com a segunda menor população do Brasil, deixou de ter 877.613 habitantes para ter 733.508 habitantes. A população de mais de 877 mil foi estimada por conta e, naturalmente risco, do IBGE, que com sua fórmula mágica e sem ser reavaliada pelos seus técnicos, insistia em um padrão de crescimento estabelecido em outras circunstâncias, com outros fundamentos e outras realidades sociais.

A diferença entre o tamanho estimado da população em julho de 2022 (877.613 habitantes), e o tamanho da população divulgada, em junho de 2023, pelo Censo de 2022 (733.508 habitantes) extrapola qualquer situação de erro de estimativa.

A diferença (144.105 habitantes) representa 1/5 (ou 20%) da população divulgada pelo Censo 2022.

Quem é o responsável por esse erro gigantesco?

Claro que são os técnicos do IBGE.

O erro próximo de 20% é inadmissível, mesmo para aqueles que não exercem atividades estatísticas costumeiras, então, para aqueles que têm o seu foco nessa responsabilidade, o erro assume proporções que abalam a credibilidade das informações.

Indo aos detalhes, em dois municípios do Estado do Amapá, Cutias e Itaubal, residem mais eleitores do que moradores, o que seria impossível.

Há duas eleições, pelo menos, que vimos alertando para essa inconsistência (mais eleitores do que moradores residentes) e perguntando: quem está errado o IBGE ou o TSE?

A dúvida se dissipa e dá para confiar mais no TSE.

 

  

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Profissionalismo e eficiência no momento difícil

Rodolfo Juarez

A semana que começou no dia 19 de junho e se estendeu até 26 de junho foi marcada, para mim, pela internação hospitalar, primeiro na Hospital de Emergência Oswaldo Cruz e depois no Hospital de Especialidades Alberto Lima, os dois da rede de atendimento do Governo do Estado.

Na começo da madrugada do dia 19 de junho fui levado para atendimento de emergência no HE com fortes dores no peito, cansaço e pneumonia (esta condição atestada apenas no HE). Cheguei àquela casa de saúde com sinais vitais exigindo atenção da equipe de plantão que, normalmente já atua sob forte pressão das ocorrências que chegam para serem atendidas.

Às 2 horas e 20 minutos, do dia 19 de junho cheguei em estado crítico ao HE e às 4 horas da manhã já estava estabilizado, ainda em emergência, mas fora de perigo de morte.

Já na condição de internado permaneci no corredor, onde tem uma linha de oxigênio disponível, muito embora ficando na linha de trânsito dadeiras, macas e de todas as ocorrências e com a presença de trabalhadores que, mesmo na madrugada, continuavam o trabalho de melhoria nas salas de atendimento (acho que era isso).

Ainda na segunda-feira foi transferido para o HCal, para a Enfermaria de Nefrologia, onde passei a ser atendido pela equipe do Hospital de Especialidades, com um bom atendimento de médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeuta e médicos especializados.

A equipe da Dra. Jêniffer Oleastro, médica residente e toda uma equipe multiprofissional

Já no primeiro dia e com a assistência de um fisioterapeuta, fiz a avaliação da necessidade de ventilação forçada à base de oxigênio, na Enfermaria de Nefrologia. Foi constatado que já não havia necessidade de ventilação forçada.

Vale ressaltar que sou paciente renal crônico desde 2014.

Depois de 8 dias em tratamento, no dia 26, segunda-feira, no começo da noite, recebi alta e fui liberado para voltar para casa com um receituário adequado e necessário á completa recuperação.

Hoje estou bem, graças a Deus, à equipe do pronto atendimento e a equipe do Hospital de Especialidade Alberto Lima.

Uma Observação!

Quero destacar aqui as dificuldades que estão sendo enfrentadas pelo jornalista Humberto Moreira. Ele estava internado no Hospital de Emergência tendo que fazer hemodiálise no Unidade de Nefrologia do HCal.

Não está muito bem!

Huberto moreira é uma referência para a imprensa local, para o jornalismo local, para o esporte local, e para a política local. Apesar de não estar desassistido ele mercê, pelo que foi e é, melhora atenção por parte daqueles que esquecem muito rápido aqueles que estiveram construindo o presente de agora.