terça-feira, 29 de dezembro de 2020

No Amapá o sistema de saúde estava nu

Rodolfo Juarez

Que venha 2021.

Precisa e tem que ser melhor que 2020. Chega de tanto sofrimento para a população amapaense, brasileira e mundial.

A pandemia deixou os povos mais atentos e mais precavidos. Custou para que os estudiosos e cientistas reconhecessem que o novo coronavírus merecia um enfrentamento de choque, com armas que ainda não existiam e que a ciência tinha que dispor, pois, de outra forma não se encontrava uma maneira apropriada para a luta.

No Amapá o vírus pegou um grupo de combatentes mal treinados, sem contar com arma eficiente. Virou uma luta de “cabra-cega”. Os primeiros movimentos no sentido de ataque foram desorganizados. Nem a proteção mínima estava à disposição dos “soldados da saúde”.

Mesmo assim, médicos e paramédicos se voluntariaram e partiam para o ataque enquanto os equipamentos de proteção eram providenciados.

Nosso sistema de saúde estava nu.

Vidas começaram a ser perdidas. A grande imprensa do sul do país começou a caçar culpados como se isso fosse a medida mais importante. Não sabiam o que fazer, falar ou escrever; faziam, falavam e escreviam tudo errado.

Nesse ambiente a vaidade de algumas autoridades brasileiras chegaram à frequência máxima, se aproximou da estupidez na defesa de suas opiniões, a maioria delas sem estrutura que protegesse o que faziam ou mandavam fazer.

Lá no começo, quando ainda não se tinha identificado a pandemia, as defesas extremadas defendendo a realização do carnaval, tinham como núcleo da defesa os gastos já feitos para que a “folia” fosse realizada “pois davam uma injeção na cambaleante economia local”.

As autoridades, todas elas, defendiam a tese da realização do carnaval em Macapá, no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Salvador e em tantas outras cidades brasileiras.

Era o ambiente que o vírus precisava.

Depois do carnaval começaram a pipocar os casos que, mais tarde, viriam ser diagnosticado como doença provocada pelo novo coronavírus que iniciara na China e que, dali havia se espalhado por tudo o mundo.

De março em diante, depois do carnaval, é que as notícias vindas da China, Itália, França e de todo o resto do mundo anunciava a gravidade do ataque às pessoas que nada poderiam fazer.

Primeiro a epidemia, depois a pandemia e até esse momento as autoridades, boquiabertas, sem saber o que fazer. A onda atravessou o oceano, chegou às Américas, invadiu o Brasil e desembargou no Amapá.

A estatística virou lição de todos os dias nos jornais. As diversas colunas formavam um macabro noticiário que mais assustava do que orientava. Os números cresciam, o medo crescia.

Desde agosto que os chefes de estado começaram a divulgar que os cientistas haviam isolado o vírus, desenhado a sua forma e passou a ser a marca de todos os noticiários, inclusive aqueles que pregam o caos do quanto pior melhor.

Em outubro se começou falar em vacina e desde lá as populações esperam ser imunizadas para bradar o grito da liberdade.

Que liberdade que nada. Os governos entenderam que as vacinas imunizantes iriam ser paga a “peso de ouro” e a situação virou questão de economia para laboratórios e países.

As ricas economias fizeram as suas reservas. Aqui no Brasil, o governador do Estado de São Paulo reservou para a população do Estado. Queria ser protagonista em uma situação que nada tem a ver com protagonismo ou primazia.

Vai terminar o ano de 2020 e os governantes brasileiros ainda montam a estratégia que pode lhe render votos.

Uma vergonha!

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Fim de ano: tempo de avaliações e planos

Rodolfo Juarez

O ano de 2020 está acabando. É tempo de fazer balanço, avaliações, programações e promessa para o ano que vai começar daqui a pouco. Um ano que desafiou a população, principalmente a população idosa brasileira e de todo o mundo.

Os que moram e trabalham no Estado do Amapá conviveram com exceções sociais, quebra de rotina e modificações de comportamento a cada 15 dias. Parece que a esperança das autoridades que modificaram o dia-a-dia das pessoas, se concentrava na possibilidade de ter uma boa notícia a cada 15 dias.

Que nada! O vírus invisível atacava de todos os lados, inclusive os quase indefesos agentes de saúde que foram para a linha de frente, seguir o que juraram nas solenidades de formatura nas ciências da saúde.

Médicos e paramédicos se armavam com o que tinha à sua disposição para enfrentar o vírus chinês. Levavam a desvantagem porque não conheciam o que tinham que combater, sem informações e, apenas, com indicações que contavam com a compreensão de um da população.

As palavras aglomerações, quarentena, restrições, entre tantas foram repetidas pelas autoridades que assumiram responsabilidades executivas, legislativas, judiciária e de controle procurando criar condições para que a vida das pessoas continuasse sendo vivida com menos riscos.

Para alguns a política entrou no meio de tudo isso e prejudicou todo o processo que tratava da proteção das pessoas contra disseminação do vírus.

A imprensa, muito exigente nos seus direitos, não foi previdente nos seus deveres e criou polo de prejuízo para os interesses da população, assuntando a já assuntada população com a realidade e ainda tendo que absorver informações que colocavam mais medo no povo do que informações para o modo correto de acautelar-se.

O cenário se compunha, sobremaneira, de empresa de comunicação querendo aumentar o faturamento para levar a informação correta e, quando não conseguiu, partiu para informar o outro lado da moeda, sempre dificultando as ações objetivas daqueles que poderiam assumir a responsabilidade pela construção de uma forma de defesa da população.

Não fizeram assim. Preferiram politizar a questão e, nesse ambiente, as decisões ficam dependendo de um entendimento que não existe e com a impossibilidade de acordo pelo que colocaram em jogo – a primazia do apoio do povo.

Até mesmo a vacina para criar ambiente no corpo humano para enfrentar, em combate, o novo coronavírus, se transformou em uma questão política, ignorando que nessa questão de vacinação em massa necessita de estrutura e de ambientes próprios.

As vacinas estão ficando prontas e nada de entendimento. Os noticiantes do outro lado da moeda dão a impressão que têm interesse em alongar a discussão e, se acontecer o cisma, melhor para eles. Não estão interessados na população.

É este desinteresse que pode estar dando fôlego para a população que, aborrecida de tanta incoerência, também se torna incoerente e não obedece às ordens dos administradores que querem uma coisa e a população, além de não querer essa coisa, desafia ficando contra.

As autoridades selecionadas pelo povo para administrar os interesses do povo não percebem também, que elas são parte deste povo e não algo que o vírus evita.

 

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Uso impróprio do horário eleitoral gratuito

Rodolfo Juarez

A campanha eleitoral, no horário gratuito pelo rádio e pela televisão, no segundo turno de votação, para escolha do prefeito do município de Macapá, foi de poucos dias, mas dias que não vão deixar saudades para ninguém.

No tempo em que se completa a segunda década dos anos dois mil, o lógico era esperar respeito aos eleitores, telespectadores e ouvinte de rádios por parte daqueles que estão se propondo a ser o administrador político de uma população que passa, segundo o IBGE, dos 500 mil habitantes.

As alianças oportunistas, como aquelas arranjadas negando todos os seus princípios (se é que têm), disfarçando a frustração de uma derrota em primeiro turno votação.

Alianças que também negam a mais elementar moral, desrespeitando os eleitores e ofendendo aqueles que esperavam dignidade diferenciada ou, pelo menos, postura que é exigida de um candidato para ser o executivo de um município de mais de 500 mil habitantes.

Para um mandato de 4 anos, um candidato a prefeito não deve se permitir ser manipulado em plena campanha, deixando sua própria historia de lado e atacando pessoas que nem mais estão aqui nesse mundo para se defender.

E o candidato Furlan, em uma de suas manifestações mais indignas e nojentas, não mediu palavras para ofender a memória de Alberto Alcolumbre, não porque quando morre fica inatacável, mas porque não merecia ter sua imagem sendo manipulada por pessoas que não conhecem a história e importância dele para a sociedade em todo o seu período ativo de vida.

Mas não se contentou só com isso, também procurou desrespeitar toda uma família. Em troca de que?

Imagino que fez isso, uma vez que não teria conhecimento nem burrice suficiente para assim proceder da sua própria cabeça. Fez, certamente, para atender os seus aliados, inclusive os candidatos derrotados que pensam que são ou foram lideranças capazes de conquistar um posto tão importante, como prefeito do município de Macapá, onde está a capital do Estado.

São políticos sem futuro e que por isso vão ganhar o ostracismo de onde, pelo menos alguns deles, nunca deveriam ter tentado romper.

A fiscalização eleitoral, também responsável pelo acompanhamento dos programas que são exibidos no horário eleitoral gratuito pelo rádio e pela televisão, ou o próprio Ministério Público Eleitoral, poderia responsabilizar, especialmente os que assinam se responsabilizando pela mídia exibida.

Eu que já vivi tantas eleições não imaginava que ainda teria o desprazer de ver desrespeitos tão injustos e informações tão mentirosas, no sentido de fazer disso a conquista do voto, se valendo de informações incorretas e incrivelmente fora dos propósitos e que são pagas com dinheiro do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário.

Isso mesmo: os recursos que são aplicados nesses achaques públicos aos adversários políticos, são parte do que o contribuinte paga, na forma de tributos, e que agora são usados não para uma campanha política, mas para uma campanha de difamação oportunista e que mais tarde será justificada por um “desculpe” por alguns, exatamente aqueles que, agora, não têm limites nas suas próprias expressões e de seus aliados que, mesmo perdedores, estão atrás de uma parte boa na gestão da prefeitura de Macapá.

Em uma campanha política o candidato não precisa comportar-se como um santo, mas também, não precisa comportar-se como um irresponsável, onde o que importa é vencer uma disputa.

Ainda bem que hoje acaba esse horário eleitoral gratuito. Isso vai ser um alívio para o eleitor e para os candidatos que não respeitam o eleitor, a história local, sem argumentos, propostas ou vergonha na cara.

 

 

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

O eleitor precisa acertar na escolha do prefeito

Rodolfo Juarez

Os eleitores do município de Macapá, mais de 292 mil, assistiram de camarote, a corrida pelas adesões dos candidatos que perderam a disputa no primeiro turno de votação e estavam dispostos a qualquer negócio.

De plano o candidato do DEM que ficou em primeiro lugar no primeiro turno de votação, Josiel, tinha que avaliar se as propostas apresentadas para direcionar gestão municipal, de 2021 a 2024, e que foram defendidas pelos candidatos que ficaram do 3.º lugar em diante e que foram rejeitadas pelos eleitores.

As propostas que não se alinhavam com a moderna gestão proposta por Josiel (DEM) não poderiam ser recepcionadas, pois, contrariavam os pilares que estão sendo propostos e que conta com o apoio do prefeito Clécio, do senador Davi e dos presidentes dos 11 partidos, que além do DEM formaram a coligação “Macapá em Primeiro Lugar”.

Consultas rápidas ao eleitorado indicaram que as adesões, a partir dos candidatos que não se habilitaram para o segundo turno de votação, não indicavam uma boa estratégia de campanha. A preferência dos quase 60 mil eleitores que colocaram Josiel (DEM) em primeiro lugar na apuração dos votos da eleição de 2020 fora no sentido de debater mais as propostas da coligação que apoia Josiel/Silvana e procurar convencer os eleitores que tiveram outra preferência no primeiro turno.

Enquanto esperava o tempo para decidir pelas adesões os coordenadores da campanha de Josiel/Silvana conferiam os apoios dos vereadores eleitos.

São 23 vereadores eleitos e que tomam posse em janeiro. Destes, apenas quatro, em princípio não apoiam a chapa da coligação “Macapá em Primeiro Lugar”, os demais 21 estão alinhados com a proposta da coligação.

As redes sociais são importantes para a divulgação do candidato, por outro lado, são a oportunidade que o eleitor precisa para analisar as propostas que o candidato defende.

Ainda, através da internet o eleitor tem oportunidade de conhecer a linha do programa de cada partido e o ideário que terá que ser obedecido pelo candidato.

Restam ainda cinco dias para que o eleitor escolha o candidato que vai votar, considerando a capacidade que cada um tem de aglutinar cooperadores políticos, principalmente aqueles que detêm mandato como deputados estaduais, deputados federais e senadores, além do governador do Estado e as lideranças sociais que podem contribuir com o melhor desempenho na administração.

Essa diferença é muito bem observada pelos eleitores. A eleição é para o executivo municipal exigindo do candidato muito mais do que o discurso político. Precisa ser claro nas propostas, ter na equipe que escalar capacidade e competência, além de conhecer as prementes necessidades da população.

O atual prefeito e um dos que mais tem mostrado a sua confiança no candidato Josiel, pode ter razão quando se manifesta considerando os aspectos administrativos que vê como positivo no Josiel.

O adversário, Dr. Furlan, é uma incógnita no saber lidar com a gestão de um município, que não coso do Amapá, é o município que se mostra como referência para os outros municípios do Estado e o eleitor precisa acertar na escolha.

domingo, 13 de dezembro de 2020

As "convicções" de quem não tem convicção.

Rodolfo Juarez

Os 292.718 eleitores aptos a votar, em segundo turno de votação, para escolher o prefeito e vice-prefeita de Macapá, em eleições adiadas por 42 dias e que depois, viram suspensas sine die e marcadas para o dia 20 de dezembro, estão vendo serem desfeitos projetos defendidos por candidatos que não conseguiram se habilitar para disputar o segundo turno.

Josiel (DEM) que obteve 29,47% dos 201.909 votos válidos apurados e Furlan (CIDADANIA) que obteve 16,03% dos 201.909 votos válidos apurados foram os dois que se habilitam para o segundo turno de votação e têm seus nomes postos para a disputa final pelo cargo de prefeito de Macapá.

O que se vê no momento é uma corrida dos habilitados para buscar apoio dos candidatos que ficaram de fora devido a votação que receberam: Capi (PSB), 14,94%; Cirilo (PRTB), 11.68%; Patrícia (PODEMOS), 11,27%; Guaracy (PSL) 8,51%; Paulo Lemos (Psol), 3,96%; Haroldo (PTC); 1,99%; Marcos (PT), 1,52%; e Gianfranco (PSTU), 0,62%, na tentativa de obter adesão do candidato derrotado.

Se a disputa do segundo turno fosse matemática, bastaria o candidato Josiel (DEM) ter a adesão de candidatos que somassem 20,53% dos votos obtidos no primeiro turno, mais um voto válido, para se eleger prefeito; ou o candidato Furlan (CIDADANIA) ter 33,97% de adesão, mais um voto para se eleger.

Mas a disputa em uma eleição não segue as “leis” da Matemática e sim a proposta dos candidatos.

O candidato que ficou em segundo lugar tem muita dificuldade para obter a adesão dos eleitores: 1) por ter que abrir mão de suas convicções político-administrativas; 2) por assumir compromissos com os candidatos que não se habilitaram para o segundo turno e que, eventualmente, apresentavam propostas, na campanha, que se contrapõem àquelas apresentadas pelo candidato; 3) todas as incompatibilidades comportamentais que o eleitor reprova.

O candidato que se habilitou para o segundo turno de votação, em primeiro lugar, leva a vantagem natural da diferença de votos do segundo turno, além de não precisar mudar o discurso e nem os projetos apresentados ao eleitor e atrair o eleitor que votou por agradecimento ou convicção político-ideológico em quaisquer dos candidatos que não conseguiram a habilitação para o segundo turno.

Mas esclarecidos politicamente o eleitor não se submete ao comando eventual de um candidato, mas às suas convicções e às perspectivas para a melhoria do local onde vive.

Outra vantagem do candidato que ficou em primeiro lugar é a continuidade do voto de agradecimento sem ter que mudar as suas convicções político-ideológico que o levaram a escolher o candidato habilitado, em primeiro lugar, para o segundo turno de votação.

O reagrupamento de candidatos que não se habilitaram para o segundo turno da eleição representa a falta de convicção no que dispôs defender e defendeu durante a campanha que desenvolveu para o segundo turno no sentido de obter o apoio do eleitor. As convicções são abandonadas em troca de promessas de cessão de fatia no poder, uma constante e que, por isso, parece normal e com pudor político, mesmo que contrarie tudo o que defendeu na campanha.

Passa a participação na divisão do poder torna-se, em uma eventual vitoria, o objetivo principal. Uma prática reclamada mas que continua consolidada nas disputas políticas no Brasil todo.

O eleitor, entretanto, já vem interpretando e manifestando-se contra esse comportamento comum entre candidatos aos cargos majoritários. Nas eleições proporcionais essa possibilidade foi deletada do processo eleitoral.

domingo, 6 de dezembro de 2020

Corrida para conquistar aliados para o segundo turno, dia 20.12

Artigo – 08.12.20

Rodolfo Juarez

As últimas pesquisas já demonstravam que o segundo turno de votação, marcado para o dia 20 de dezembro, uma disputa voto a voto, para saber que iria para o segundo turno com o candidato do DEM, Josiel. Dr. Furlan (CIDADANIA), Capi (PSB) e Patrícia (PODEMOS) tinham pouco tempo para avançar e ultrapassar, cada um,  os candidatos que apareciam embolados na pesquisa de intenção de votos.

Tudo indicava que um dos três candidatos seria o adversário do candidato do DEM. Claro que esses candidatos precisariam, em horas, tentar consolidar os seus eleitores como conquistar eleitores, principalmente dos outros dois candidatos que se apresentavam como dos adversários diretos.

A retaguarda, formada pelos aliados, precisavam entrar “de cabeça” na campanha. O Capi tinha a Rede, que indicara o candidato a vice-prefeito Rubem Bemergui; o Dr.Furlan tinha o MDB, que indicara a candidata à vice-prefeita Monica Penha; e a Patrícia 19, não tinha onde buscar reforço, pois não fizera aliança para a campanha.

Quando se analisa esse tipo de concorrência para ser resolvida em curto espaço de tempo, procura-se o potencial que pode alterar o cenário. Sem ter onde buscar reforço em uma campanha administrada pela própria candidata (pelo menos era o parecia claramente), Patrícia 19 não tinha mais o que acrescentar e ainda tinha que defender as suas conquistas.

Os dois que tinham onde buscar reforço e apoio, Dr. Furlan (CIDADANIA) que contava com a militância do MDB, e Capi (PSB) que contava com a militância da Rede Sustentabilidade. Certamente que a militância do MDB e mais ativa do que a militância da Rede Sustentabilidade aqui no Estado do Amapá.

Resultado: Dr. Furlan obteve vantagem, consolidando a sua votação e trazendo a reconhecida (já foi maior) militância do MDB. O resultado foi medido e definido na apuração dos votos a prefeito, no primeiro turno de votação.

Com 10 candidatos é muito difícil alcançar 50% dos votos válidos mais 1 voto válido. Apesar de bem votado, obtendo quase o dobro dos votos dados ao segundo colocado, Josiel (DEM) somou 29,47% (59.511) de todos os votos válidos apurados.

Os eleitores habilitados para votar nas 703 urnas em todo o município de Macapá, nos candidatos ao cargo de prefeito e vice, 292.718 eleitores. Compareceram e votaram 201.909 eleitores e deixaram de votar 75.557 eleitores, provocando uma abstenção de 25,81% neste primeiro turno de votação, um número maior do que os votos obtido pelo primeiro colocado, 59.511 votos.

O mano a mano do segundo turno já tem dia marcado para acontecer. Josiel (DEM) e Dr. Furlan (CIDADANIA), já estão trabalhando novas adesões e para essas negociações, quem tiver negociadores habilidosos leva vantagem. Josiel além da vantagem que já traz da votação do primeiro turno, quase o dobro, e Dr. Furlan na tentativa de, em 14 dias, para, primeiro equilibrar o pleito. 

 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

A eleição de domingo, dia 6 de dezembro, e os favoritos

Artigo – 04.12.20

A ELEIÇÃO DE DOMINGO E OS FAVORITOS

Rodolfo Juarez

Agora a decisão está com o eleitor. Domingo, dia 6 de dezembro, depois de um adiamento, por conta da pandemia, e de uma suspensão por conta de um apagão e falta de segurança, os eleitores do município de Macapá, o maior colégio eleitoral do Estado, mais de 292 mil eleitores, que estão aptos a votar nas eleições de 2020, estão sendo convocados, por toda a sociedade, para exercer o mais simbólico exercício dos exercícios democráticos, pelo voto unitário e universal escolher dirigentes e representantes.

O primeiro prefeito eleito foi Raimundo Azevedo Costa, pelo MDB, que administro Macapá de 1986 a 1988, um mandato de 3 anos, para alinhar com as demais eleições no Brasil, sendo de certa forma, foi o único mandato de 3 anos nestes 35 anos de eleições para prefeito no Amapá. Antes de 1986 os prefeitos de Macapá eram nomeados pelo governador do Território Federal de Amapá.

De la para cá foram eleitos: Capi (1989 a 1992), Papaleo (1993 a 1996), Barcellos (1997 a 2000), João Henrique (2001 a 2005), reeleito para o segundo mandato (2005 a 2008), Roberto Góes (2009 a 2012), Clécio (2013 a 2015), reeleito para o segundo mandato (2015 a 2020. Até a eleição de Annibal Barcellos não era permitida a reeleição, apenas a partir da eleição de João Henrique, que passou a ser permitida a reeleição.

O atual prefeito, Clécio Luiz, que está completando o segundo mandato, foi uma revelação no modo de administrar, soube fazer alianças importantes, especialmente no segundo mandato, quando já na Rede (antes era do Psol) formou uma aliança forte com o DEM e conseguiu manter uma administração equilibrada que possibilitou avanço significativo nos setores da saúde e da educação.

Na eleição de 2012, Clécio disputou como filiado do Psol e o seu principal adversário foi Roberto Góes, que estava no cargo. No primeiro turno Clécio foi o segundo colocado (56.947 votos). Roberto Góes (PDT) foi o primeiro (82,039 votos). A virada veio no segundo turno quando Clécio Luis ficou na frente e se elegeu prefeito de Macapá com 101.261 votos (50,59%) e Roberto Góes, 98.893 votos (49,41%).

Para o segundo mandato, em 2016, o adversário do então prefeito Clécio Luis, que tentava a reeleição, o adversário foi Gilvam Borges (MDB). No primeiro turno 95.129 votos, contra 56.256 votos dados a Gilvam Borges (44,59% x 26,37%). No segundo turno o resultado foi 123.808 votos para Clécio Luis, contra 80.840 votos para Gilvam Borges (60,50% x 29,50%).

Agora, em 2020, 10 candidatos disputam os votos dos eleitores. O candidato Josiel Alcolumbre, filiado ao DEM, que conseguiu juntar 12 partidos em uma coligação forte, aparece como favorito para vencer o pleito. 

No primeiro turno, considerando as pesquisas registradas no Tribunal Regional Eleitoral, 4 dos dez candidatos são favoritos, uns mais outros menos, no primeiro de votação: Josiel (DEM), Patrícia (PODEMOS), Furlan (CIDADANIA) e Capi (PSB). Dois dos deles, os mais votados, irão para a disputa final.

A justificativa para o favoritismo de Josiel (DEM) está apoiada nos apoios do prefeito Clécio que teve que sair do partido Rede Sustentabilidade e ficar sem partido para apoiar Josiel; apoio do Governador Waldez Góes (PDT), que mesmo não sendo bem avaliado no momento tem condições de se recupera na avaliação para os dois seguintes anos de mandato. Além de outras lideranças importantes ligadas ao PSC, PL, PV, PSDB, PPS, SOLIDARIEDADE, PROS, AVANTE, REPUBLICANOS E PP que forma a coligação “Macapá em Primeiro Lugar”.