sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

2023, ano difícil: 10 guerras pelo mundo e um aquelcimento globla que avança...

Rodolfo Juarez

Eita! Como este ano foi difícil para tanta gente. O Mundo não deu trégua para ele mesmo. Os governantes continuam desafiando a sorte dos povos que governam, dando espaço para suas ambições que ultrapassam as fronteiras dos países e avançam sobre o território de países vizinhos.

Quantos países tem o mundo?

A resposta é de que o Mundo tem 195 países. Para chegar a este número, é necessário que a Palestina e o Vaticano, o menor país do mundo, sejam contados como países observadores, não-membros, ou seja, que podem participar e observar, mas não votar na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

A Suécia e a Suíça são duas nações independente uma da outra e famosas por sua neutralidade armada, que mantiveram durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Os suíços e os suecos têm uma longa história de neutralidade: não estão em estado de guerra internacional desde 1815 e 1814, respetivamente.

O Brasil teve participação modesta na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), já que não possuía grandes recursos bélicos. Assim, o país limitou-se a fornecer apoio pontual, em colaboração nos combates aéreos e marítimos, bem como no auxílio aos feridos nos campos de batalha.

Na segunda guerra mundial a participação brasileira deu-se a partir de 1942, com o rompimento das relações diplomáticas com o Eixo Roma-Berlim-Tokio e o envio de tropas, em junho de 1944. O Brasil foi o único país da América do Sul a enviar soldados sob sua bandeira para a guerra.

Atualmente a mídia destaca as guerra de Israel contra o Hamas e a guerra protagonizada pela Rússia invadindo a Ucrânia. Mas além dessas o mundo tem ao menos mais 8 guerras sangrentas. Etiópia, Iêmen, Mianmar, Síria, Sudão do Sul, Militantes Islâmicos na África, Afeganistão e Nagorno-Karabakh estão em guerra. Milhares de vidas, inclusive de civis, são perdidas todos os dias.

É esse mesmo mundo que tem os líderes nacionais reclamando das temperaturas altas, dos degelos nos polos, das queimadas e derrubadas de florestas, da fome e de tantas outras mazelas, mas que se esquecem de que são eles mesmo que protagonizam a morte de tantas pessoas, a maioria inocentes.

São casos clássicos de que os fins são obtidos com o sacrifício de inocentes, meios que são cruelmente usados por líderes que já não sabem que a liderança deveria se posicionar a favor da vida e não contra a vida.

Há 80 dias, o mundo acompanha a escalada da violência na guerra entre Israel e Hamas, no Oriente Médio. O conflito teve início com o mais grave ataque já promovido pelo grupo Hamas contra os israelenses, no dia 7 de outubro de 2023.

Já caminha para completar 2 anos a invasão da Rússia ao território ucraniano no dia 24 de fevereiro de 2022, com o aviso de que, em 30 dias os russos teriam alcançado o seu intento, anexando os território ucranianos desejados.

A guerra da Ucrânia provocou uma grande mobilização internacional como poucas vezes se viu. Mas, apesar dos esforços diplomáticos para resolver a situação, o conflito continua a ser uma fonte de instabilidade na região.

São tantas vidas perdidas e são tantos os alinhamentos feitos, que o mundo se divide no campo de batalha, sem justificativas, a não ser a ganância e a prepotência de governantes ambiciosos e sem limites. Verdadeiros ditadores na ditadura ou na democracia, e que usam suas próprias mídias para justificar o injustificável, vetam as medidas dos organismos internacionais, aquelas que não lhes favorecem, mesmo sabendo que o resultado são mais inocentes mortos a cada dia.

Os governantes precisam ter juízo e o povo assumir o seu verdadeiro papel.

 

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

No estado no Amapá não se faz trnasplante de órgãos. Bem que se poderia fazer...

Rodolfo Juarez

O ano de 2023 está terminando. Faltam menos de 15 dias. O que deu para fazer, foi feito; o que não deu, foi adiado.

Aliás, muita coisa continua sendo adiada, mesmo todos sabendo da necessidade de urgente realização, mais um ano o Amapá vai ter que ficar fora da lista das Unidades da Federação que não fazem transplante de órgãos mesmo seus técnicos da área da saúde, e o próprio Sistema Único de Saúde – SUS, compreendendo a necessidade e sabendo da urgência para tomada das providências necessárias.

A lista dos estados onde não se realiza transplante é muito menor do que a lista daqueles estados que isso fazem há muito tempo. Em 2021, foram feitos mais de 23,5 mil procedimentos, desse total, cerca de 4,8 mil foram transplantes de rim, 2 mil de fígado, 334 de coração e 84 de pulmão, entre outros.

Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Em números absolutos, o Brasil é o 2.º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA.

Segundo o Ministério da Saúde, no primeiro semestre de 2023 foram realizados 206 transplantes de coração no pais, aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Ministério da Saúde, os pacientes, por meio do SUS, recebem assistência integral, equânime, universal e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante. 

O Ministério da Saúde, também, gerencia a lista de espera por transplantes no Brasil e divulga dados atualizados diariamente. Atualmente, mais de 60 mil pessoas no Brasil aguardam por um órgão para transplante. Dessas, mais de 37 mil aguardam um transplante de rim.

A lista para transplante é única e vale tanto para os pacientes do SUS quanto para os da rede privada. A lista de espera por um órgão funciona baseada em critérios técnicos, em que a tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem transplantados.

Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica.

Além disso, algumas situações de extrema gravidade com risco de morte e condições clínicas de um paciente aguardando transplante também são determinantes na organização da fila do transplante.

São eventos determinantes de prioridade na fila de doação: a impossibilidade total de acesso para diálise (filtração do sangue), no caso de doentes renais; a insuficiência hepática aguda grave, para doentes do fígado; necessidade de assistência circulatória, para pacientes cardiopatas; e rejeição de órgãos recentes transplantados.

A disposição gratuita de tecidos, órgãos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento é permitida pela Lei n.º 9.434/1997, de fevereiro de 1997, regulamentada pelo Decreto n.º 9.175/2017 de outubro de 2017. Já, os critérios que organizam a fila da transplante de órgãos são estabelecidos na Portaria de Consolidação n.º 4, de 28 de setembro de 2017, que aprovou o Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes.

Atualmente, além da Central Nacional de Transplantes, há 27 estaduais, além de 625 hospitais; 1.208 serviços; 1.559 equipes de transplantes autorizadas; 78 organizações de procura por órgãos; 516 comissões intra-hospitalares de doação de órgãos e tecidos para transplantes; 50 bancos de tecidos oculares; 13 câmaras técnicas nacionais; seis bancos de multitecidos; além de 45 laboratórios de histocompatibilidade.

No Amapá não se faz transplante de órgão! Bem que podia fazer, assim ficaria mais fácil para os mais de 500 renais crônicos que fazem hemodiálise três vezes por semana. O transplante de órgãos pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam da doação. 

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Federação das Indústrias do Estado do Amapá completa 33 anos com choro e sem vela

Rodolfo Juarez

A Federação das Indústrias do Estado do Amapá (Fieap), um entidade sindical de grau superior vive, atualmente, um dos seus momentos mais difíceis desde a sua fundação, há 33 anos, em 14 de dezembro 1990.

Sem ter o que comemorar, vendo a usurpação dos direitos como entidade sindical local de grau superior, direitos que lhes foram sacados desde julho de 2013, como uma intervenção que não termina e se constitui, de muito, na história de todas as federações de indústria do Brasil, como a mais longa já perpetrada.

Desde o começo do segundo semestre de 2013, a Federação das Indústrias do Estado do Amapá (Fieap) perdeu a confiança dos conselhos nacionais do SESI e do SENAI e dela foi retirada a administração dos departamentos regionais das duas organizações que passaram a ser administradas diretamente pelos respectivos departamentos nacionais.

A condição atual dos dois departamentos regionais (DR-SESI/AP e DR-SENAI/AP) está influindo no desenvolvimento da indústria local, de forma negativa, devido a dissintonia  dos programas e projetos daqueles organismos executivos e que deveriam ser para atender as necessidades de aprendizagem e as necessidades sociais dos trabalhadores da indústria, além de manter a indústria local em sintonia fina com o desenvolvimento da indústria nacional.

Apesar das regras de intervenção preverem que esse procedimento (intervenção) deve ser, obrigatoriamente, por tempo determinado, essa condição não foi observada para o caso das intervenções do SESI e do SENAI no Amapá.

O trabalhador amapaense, aquele que exerce as suas atividades na indústria local, está pagando dobrado para a manutenção do DR-SESI/AP e DR-SENAI/AP uma vez que não dispões da aprendizagem que necessita e nem da assistência social (saúde, educação e lazer) que é obrigação.

Como parâmetro a mensalidade para um aluno cursar a segunda série do Ensino Fundamental I, em 2023, foi de R$ 713,00. Observe-se que cada ano tem um valor de mensalidade diferente e sempre maior que o ano anterior.

Para 2024 as mensalidades da Escola Visconde de Mauá, que inexplicavelmente está sendo chamada de SESI – Escola de Referência, as mensalidades inviabilizam a matrícula dos alunos filhos de pais que trabalham na indústria amapaense e que têm direito ao ensino gratuito. Este ano o SESI oferece ensino gratuito para quem tem sorte uma vez que promete fazer sorteio de vagas e não diz quantas.

A mensalidade cobrada para um aluno estudar na Escola Visconde de Mauá, do Departamento Regional do SESI/AP, varia de R$ 880,00 até R$ 1.402,00.

A Centro de Formação Profissional Francisco Leite, a escola do DR-SENAI/AP, também não é lembrada, como se fosse um trabalho direcionado para esquecimento daqueles que estruturaram a federação das indústrias e os departamentos regionais do Sesi e do Senai no Amapá.

No momento a Federação das Indústrias do Estado do Amapá (Fieap) tem presidente, diretoria e conselhos, mas não tem o Poder, muito embora tenha voz e voto em conselhos locais e no próprio Conselho de Representantes da Confederação Nacional da Indústria (CR-CNI), Tipo rei da Inglaterra...

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

11 de dezembro, Dia do Engenheiro

Rodolfo Juarez

Na próxima segunda-feira, dia 11 de dezembro, os engenheiros celebrarão o seu dia, o Dia do Engenheiro. A data é uma homenagem aos profissionais formados em Engenharia, uma das profissões mais tradicionais e que atrai mutas pessoas interessadas em atuar em atividades de gerenciamento e execução de obras e serviços de engenharia.

Foi no dia 11 de dezembro, no ano de 1933, que a profissão foi regulamentada através do Decreto Federal n.º 23.569, que também criou o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura e os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura, responsáveis pela fiscalização do exercício da profissão.

O Crea do Estado do Amapá (Crea-AP) é o sucedâneo da Inspetoria do Crea-PA, instalada em 1964, tornando-se autônomo em 11 de dezembro de 1992, pela Resolução 371 que institui o Conselho Regional do Estado do Amapá. O primeiro presidente do Crea-AP foi o engenheiro civil José do Rosário Pastana, que teve como missão básica a instalação do Conselho e, para tanto, lhe foi dado o prazo de 10 meses.

Foram, portanto, 29 anos de Inspetoria Regional do Crea-AP, de 1964 a 1992 e agora, em 2023, o Crea-AP completa 31 anos de regular funcionamento. Ainda em dezembro deste ano (2023), o atual presidente, engenheiro civil, Edson Kuwahara, dará posse ao novo presidente, eleito no mês de novembro, engenheiro civil Amarildo Magalhães, para um mandato de três nãos. 

Hoje, os arquitetos têm o seu próprio Conselho Federal e seu próprio Conselho Estadual e, por conseguinte, estão desligados dos Creas estaduais.

O engenheiro é um profissional que aplica os conhecimentos científicos, técnicos de engenharia, com base na matemática e usa a criatividade para atuar na resolução de problemas técnicos. Os engenheiros são responsáveis por projetar materiais, estruturas, desenhar projetos técnicos de forma lógica, prática e observando as regras e normas técnicas e de segurança.

A palavra engenharia vem do latim ingeniare que significa inventar, assim muitos inventores, de certa forma, poderiam ser considerados engenheiros.

Desde a revolução industrial, passando pelo avanço da tecnologia, a profissão de engenheiro ganhou muito destaque. A principal formação em engenharia era a de engenheiro civil, que se tornou uma das profissões fundamentais do mundo moderno, atuando como responsável por novas construções e obras civis.

Agora, com as novas demandas da sociedade, a necessidade de atuação dos engenheiros foi ampliada para a indústria metalúrgica, elétrica, aeronáutica, computação, química, meio ambiente, entre outras, que necessitavam de mão de obra especializada para seu desenvolvimento e acabaram por consolidar diversos ramos da engenharia.

O Brasil é um dos países que apresenta alta demanda por engenheiros, uma vez que com a perspectiva e oportunidade de crescimento a médio e longo prazo, aumenta a necessidade de mão de obra qualificada em diversos setores. Infelizmente o índice de engenheiros formados a cada ano ainda está abaixo do necessário, cerca de 40 mil, enquanto a demanda é de 60 a 80 mil por ano. Países asiáticos e desenvolvidos formam cerca de 3 a 4 vezes mais engenheiros que o Brasil.

Este ano, no dia 17 de dezembro, completo 52 anos de formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Pará, neste período exerci a profissão como funcionário público federal e estadual e, por vezes, cedido para a esfera municipal de Macapá e Santana. Também atuei na esfera privado, seja como dirigentes de empresa privada, seja como empregado de empresa privada.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

O meio ambiente não está em risco apenas na Amazônia

Rodolfo Juarez

O governo federal, os governos estaduais, os parlamentares federais, os parlamentares estaduais, os prefeitos e vereadores, como os estudiosos da movimentação da população  precisam ficar atentos com o que pode acontecer com a despopulação da Amazônia Brasileira, com a redução ou o extermínio da população garimpeira, sem criar meios para que grupos desejados ocupem a região.

O contrário significa que as áreas desocupadas e despopulacionadas podem ser ocupadas por grupos indesejados e, quem sabe, mais perigosos, como traficantes, milicianos, traficantes-milicianos, milicianos-traficantes, ou grupos assemelhados e com o mesmo qualificativos.

As organizações não governamentais, identificadas como do Terceiro Setor, são compostas pelas pessoas jurídicas de direito privado, não possuem finalidade lucrativa e exercem atividade de interesse social, podem frear esses grupos. Entretanto, nem todas as ONGs têm buscado à risca os seus objetivos, bem poucas, geram excedentes econômicos no exercício de suas atividades, sem ser o seu objetivo principal.

As empresas multinacionais que, também, têm a parte de sua produção no Brasil não têm mostrado a sua capacidade de cuidar do meio ambiente, à semelhança como exigido dos garimpeiros ou dos povos habitantes da floresta. O que está acontecendo em Maceió, no Estado de Alagoas, demonstra que o descuido ambiental, ou o desconhecimento técnico, não está localizado apenas na Amazônia.

A Braskem, com 35 minas de extração de sal-gema, mineração apontada como principal causa do afundamento do solo em Maceió, afetando, diretamente, cinco bairros e 52 mil pessoas, é um empresa criada em agosto de 2002 pela integração de seis empresas da Organização Odebrecht e do Grupo Mariani. A Braskem é, hoje, a maior produtora de resinas termoplásticas nas Américas e a maior produtora de polipropileno nos Estados Unidos.

Como se não bastasse, o rompimento da barragem de Fundão, no Complexo Industrial de Germano, no Município de Mariana, em Minas Gerais, ocorrido em 5 de novembro de 2015, deixou 19 pessoas mortas, destruiu comunidades e contaminou o Rio Doce e, ainda hoje, os reassentamentos não foram concluídos, e pessoas atingidas ainda esperam pela indenização prometida.

Por aqui já registramos o “nosso” desastre decorrente da indústria e da ganância de empresários sem senso de escrúpulo. Na madrugada do dia 28 de março de 2013 ocorreu o desabamento do Porto de Embarque da Icomi, em Santana. A mineradora Anglo América, detentora dos direitos de extração, transporte, embarque e exportação do minério de ferro e manganês nas minas de Serra do Navio à época e, também detentora, da gestão do Porto da Icomi, em Santana, anotou que 6 dos seus funcionários morreram no desabamento e, até agora, sem explicação convincente. Dois dos seis funcionários desaparecidos não foram encontrados. As autoridades encerram as buscas depois de dois meses e cinco dias do desabamento.

Em setembro de 2013 a Anglo American, empresa inglesa, anunciou a venda das minas de ferro no Amapá por 136 milhões de Dólares, equivalente hoje a R$ 656,6 milhões. Uma transação que, até agora, surpreende os familiares dos mortos e desaparecidos uma vez que até as obras de recuperação da área portuária não foram concluídas e nem as deformações provocadas ao meio ambiente foram recuperadas.

Está acontecendo em Dubai, nos Emirados Árabes, no período de 30 de novembro a 12 de dezembro, o encontro de Cúpula, a COP28, para discutir, basicamente, o meio ambiente no mundo. Durante os encontros bilaterais, o governo e autoridades brasileiras com o presidente da França, o presidente francês anunciou que vai destinar ao Fundo Amazônia, administrado pelo BNDS, R$ 2,7 bilhões de reais, nos próximos 3 anos. O governo do Reino Unido está avisando que já destinou R$ 215 milhões para o mesmo funcho.

Esses recurso são administrados pelo BNDE e operado, a sua maior parte, por ONGs.