A
população do Amapá está vivendo um momento onde, simultaneamente se anima e se
preocupa. Anima-se quando toma conhecimentos do volume de recursos federais,
provenientes de emendas parlamentares ou do orçamento de ministérios do Governo
Federal; fica preocupada quando olha para as cidades daqui do Estado e vê que
pouca coisa está sendo feita e, quando em andamento, a velocidade com que o
serviço é executado não transmite confiança e não está de acordo com o
entusiasmo das autoridades durante os anúncios.
Os
exemplos estão aos olhos de todos e podem ser enumerados dando um passeio pela
cidade de Macapá, que completa 262 anos no dia 4 de fevereiro. Nem essa data
anima os responsáveis pela execução para mudar o ritmo e alentar a população da
cidade que quer ver mais ânimo no trato dos contratos com os governos estadual
e municipal.
Tudo
demora muito, mesmo dizendo que o dinheiro está disponível. Mesmo quando o
contrato está assinado e a ordem de serviço dada, o ritmo das obras não muda e
desafia a paciência dos moradores da região de influência onde se realiza a
obra ou serviço e daqueles que precisam passar por perto.
A
exceção, para confirmar a regra, está refletida nas obras que estão sob a
gestão dos profissionais da Secretaria de Segurança Pública, através de um
grupo de trabalho especialmente formado para acompanhar as obras que tem, na
prática, a mesma origem das outras: são provenientes de emendas de bancada,
emendas individuais, orçamento de fundos próprios e do ministério afim (Justiça
e Segurança Pública).
A
regra, infelizmente, fica por conta de outras importantes obras, como a que
está com os serviços sendo executada na Avenida Feliciano Coelho que, apesar de
para execução dos serviços ser necessário fechar vias importantes do Bairro do
Trem, a morosidade com que é tratada a obra irrita aos moradores das
proximidades e a todos os que precisam utilizar aquela importante avenida.
Outra
obra que também entra na mesma lista daquelas que andam com a mesmo velocidade
da preguiça real é a que está sendo realizada na Avenida Cora de Carvalho que,
aliás, constou da lista das obras que vão custar 83 milhões de Reais, fazendo
binário com a Avenida Padre Júlio.
Nessa
obra da Avenida Cora de Carvalho, depois do lançamento das manilhas para coleta
de águas pluviais, os serviços pararam e alguns desavisados da população já
começaram a jogar lixo no começo da linha o que, certamente, dependendo de uma
chuva mais forte, vai levar o lixo para o meio da tubulação e prejudicar o
funcionamento de toda a linha.
Outras
obras estão por ai, completamente paradas ou quase parando, como as obras
complementares do Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL), no centro da cidade
que, desde 2015, quando assumiu o atual governador para cumprir o terceiro
mandato, não avançam e se transformam em um problema para a população que não
entende o motivo pelo isso ainda acontece em Macapá.
Em
tempo em que a China constrói um hospital para mil leitos em nove dias, aqui no
Estado do Amapá, muitas obras começaram há mais de 10 anos e ainda não estão
prontas. Algo muito errado está incluído no processo de construção e execução
de serviço de Engenharia no Estado do Amapá.
Até as
obras urgentes perderam o sentido. Quem se lembra do prazo de 120 dias para
executar a obra da ponte sobre a Lagoa dos Índios. E do preço inicial?