Rodolfo Juarez
Isso
mesmo, mudou de fase o processo. A partir de agora ganha importância o eleitor
e serão 46 (quarenta e seis) dias de intensa busca pelo voto. Aqueles
candidatos que ainda não experimentaram o processo de uma campanha preparem-se
para um dos mais difíceis processos de convencimento – conquistar a confiança
do eleitor.
Há
quase dois anos, desde as eleições regionais e nacionais, que o eleitor não vê
qualquer forma de prestação de contas daqueles que conquistaram o seu voto nas
eleições que passaram, quando apresentaram um programa de trabalho o qual se
comprometia a executar. Agora é o momento do acolhimento ou não daquele
candidato, que pode ser o mesmo da eleição de 2018 ou anteriores, ou um que o
eleitor nunca tenha visto.
Uma
campanha política hoje é muito diferente das dos outros anos. As fiscalizações
do processo eleitoral são mais intensas e realizadas com maior número de
fiscais, muito embora se reconheça que o fiscal é também um eleitor e, por
isso, tem também a sua preferência eleitoral, tem a sua escolha por um candidato
ou uma candidata.
O
processo eleitoral, na eleição municipal, é o mais fácil de todas as eleições.
São apenas dois votos: um para escolher o prefeito e outro para escolher o
vereador. Então uma votação simples e que pode ser rápida.
Para o
eleitor novo, que vai estreia nessas eleições, o mais difícil é encarar a
novidade. Aliás são tantos os documentos novos com os quais o título de eleitor
concorre, em tão pequeno período com a primeira carteira de trabalho, a
primeira carteira de motorista, a prova do Enem, a primeira boate, o primeira
namoro sério, entre tantas novidades que o adolescente experimenta.
Esse
eleitor novo, nessa nova e complexa bolha da vida, tem que ouvir – ele que tem
pouco tempo – as promessas e os discursos dos candidatos e ainda se proteger e
aos outros contra o novo coronavírus que veio para infernizar a vida dos
brasileiros e que já provocou o adiamento das eleições municipais por 42 dias.
Já
estamos bem próximo do domingo que a Constituição Federal do Brasil já
reservara para as eleições municipais deste ano. A superveniência dos fatos
decorrentes da covid-19 atropelou todo o processo que será cumprido no dia 15
de novembro, o terceiro domingo daquele mês, dia de São Jorge e da Proclamação
da República.
Os
partidos políticos, registrados no Tribunal Regional Eleitoral do Amapá,
realizaram as suas convenções e escolheram para as disputas em Macapá, 10 (dez)
candidatos a prefeito, 10 (dez) candidatos a vice-prefeito e mais de 400
candidatos a vereador à Câmara Municipal de Macapá.
Uma
surpresa foi o número de candidatas ao cargo de prefeito, em Macapá, apenas
uma, o que contraria o que pregam as mulheres que, muito embora tenham
registrados um partido que teria essa representatividade, estranhamente, o PMB
– Partido da Mulher Brasileira, não apresenta candidata quando são realizadas
as eleições.
O fato
é que os 292.718 eleitores aptos a vota em Macapá, e eleger o prefeito do
município têm essa responsabilidade daqui a 46 dias. É pouco tempo para uma
escolha tão séria, mas é o que a regra impõe e já com retardamento das
eleições.
Desde agora é importante encontrar o título de eleitor, rever o número da sessão onde vota e confirmar o local de votação e, no dia, ir votar resguardando-se do perigo de contaminação que ainda pode ser uma realidade no dia 15 de novembro.