Rodolfo Juarez
Nem mesmo as
preocupações do Governo do Estado com a melhoria no sistema de saúde pública e
com o atendimento daqueles que procuram o sistema, têm apresentado reflexos que
possam modificar a avaliação feita pelos usuários do sistema, especialmente
considerando o nível de satisfação.
As alegações de que
são os usuários que pagam o funcionamento do sistema não tem gerado o efeito
esperado. Os que pagam os tributos, nas variadas formas, estão querendo e
precisando de um atendimento mais humanizado, especializado e conforme a
urgência que cada caso requer.
Sabemos que as Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite
são espaços intergovernamentais, políticos e técnicos em que ocorrem o
planejamento, a negociação e a implementação das políticas de saúde pública. As
decisões se dão por consenso (e não por votação), o que estimula o debate e a
negociação entre as partes.
Na Comissão Intergestores
Tripartite, são definidas diretrizes, estratégias,
programas, projetos e alocação de recursos do SUS.
Tem composição formada por 15 membros, sendo cinco indicados pelo Ministério da
Saúde, cinco Conass e cinco pelo Conasems.
Conselho Nacional de Secretários de Saúde
(Conass) e Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems),
atualmente, têm encontros sistemáticos e
ocasionais, com a ministra da saúde, Nísia Trindade, para debater a
reorganização das ações de saúde e o fortalecimento das relações
interfederativas para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Todo esse processo é
desenvolvido no sentido de projetar melhorar atendimento a todos os que
precisam do Sistema Único de Saúde (SUS) até nos momentos em que o cidadão vê
que, ele mesmo ou um daqueles por qual é responsável, precisando de atendimento
pelo SUS.
O Conass,
criado em 3 de fevereiro de 1982, como uma associação civil sem fins
lucrativos, de direito privado, com autonomia administrativa, financeira e
patrimonial se pauta pelos princípios que regem o direito público.
Como
artífice de um plano de inclusão social, o Conasems passou a auxiliar
os municípios na formulação de estratégias voltadas ao aperfeiçoamento dos seus
respetivos sistemas de saúde, primando pelo intercâmbio de informações e pela
cooperação técnica.
Do
Conasems fazem parte os representantes das instituições do Governo Federal, do
Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de
Secretários Municipais de Saúde (Conasems) são indicados pelos seus titulares e
presidentes, respetivamente, compondo 8 (oito) das 48 vagas, conforme
Decreto nº 5.839/2006.
Como se
percebe o sucesso do processo depende, muito, do entendimento dos formadores
dos dois conselhos. O Estado do Amapá, com menos de 800 mil habitantes e o
município de Macapá, com uma população em torno de 500 mil habitantes, estão
dependentes dos entendimentos nas comissões Conass e Conasems o que nem sempre
é uma realidade para a população.
O Estado
do Amapá é uma das poucas unidades da Federação Brasileira que não faz
transplante de órgão, entrega resultado de exames clínicos obrigatórios com 60
dias ou mais, as campanhas são movidas a cores que já superam 12, isto implica
ter que colocar um mês com duas cores é a necessidade de agora, não há
sintonia, a qualquer nível, entre a gestão da saúde do município da Capital com
a gestão da saúde do Estado.