Rodolfo Juarez
A eleição para
presidente da República, em segundo turno de votação, polariza tanto a atenção
do eleitor que, mesmo com a importância que tem a eleição para governador de
Estado, tem o seu apelo eleitoral prejudicado pela grande importância que a
mídia dá e as confusões que a polarização obrigatória chama.
Foi a eleição das
diversas facetas dadas para o que deveria ser apenas e tão somente um espelho –
a DEMOCRACIA.
Cada Poder,
federação de partidos (a nova invenção!), ou partido instalou um conceito
independente e diferente para o certo e o errado, e passou a defender com todo
o conhecimento que tem e o que não tem e se valendo do poder que recebeu, do
próprio eleitor, para colocar dúvidas e tornar a campanha eleitoral complicada,
irracional e cheias de direitos de resposta.
Aliás, o direito de
resposta foi uma forma para punir as mentiras mais deslavadas e irresponsáveis,
animadas pelas coordenações de campanha e sustentadas pela importância que
ganhou entre nós de que uma mentira dita várias vezes se torna verdade para
aqueles que assim querem.
A campanha
eleitoral para escolha do presidente da República do Brasil ficou muito aquém
do que poderia e deveria ter sido. Tomara que a lição tenha servido para que se
instrumente melhor o mando e a obediência às regras.
Alguns pontos já
chamaram a atenção daqueles que podem e devem propor mecanismos com o objetivo
de devolver aos candidatos aos cargos eletivos – todos eles -, a civilidade e a
responsabilidade que não foram as qualidades desenvolvidas durante a campanha.
Tudo feito tendo
como complemento indispensável a palavra democracia, pouco importando se a
tomada de decisão fosse ou não parte do conceito que todos tem de que
democracia é como se lê no dicionário como “governo em que o povo exerce a sua
soberania” ou “sistema político em os cidadãos elegem ou seus dirigentes por
meio de eleições periódicas”.
Desde a Proclamação
da República, em 1989, o Brasil tem sido governado por três Poderes: o Legislativo,
o Judiciário e o Executivo, no qual o chefe é o presidente da República, eleito
a cada quatro anos pelo voto popular em eleições diretas, desde 1989.
Os eleitores, nas
eleições de 2022, decidiram por maioria superior a dois milhões de votos que o
presidente da República é o petista Luiz Inácio Lula da Silva que, na qualidade
de chefe do Executivo, vai precisar do Legislativo para ajustar as regras,
inclusive das próximas eleições, resolvendo questões como reeleição,
entendimento público e responsabilidade com a verdade.