Rodolfo Juarez
De
agora em diante os eleitores precisam estar atentos a tudo o que diz repeito ao
seu compromisso do dia 7 de outubro.
Sabem
que esse é um momento delicado quando pessoas lhes assediarão com propostas que
passam longe do processo democrático e que demonstram falta de preparo para
estar disputando um pleito eleitoral.
Os
modos de aproximação são os mais diversos, desde o assédio pessoal até às
mensagens inverídicas expressadas durante os programas do horário eleitoral
gratuito, de responsabilidade dos partidos políticos, veiculados pelo rádio e
pela televisão.
Você
tem percebido candidatos fazendo o que jamais fizeram, dançando, pulando,
desafiando a sua própria condição física, muito embora alguns deles tenham
idade para ser pai de mais da metade do eleitorado amapaense.
Mas
essas estripulias de candidatos também podem ser notadas, vendo e ouvindo
através das redes sociais e dos demais meios de comunicação, especialmente
durante os programas eleitorais, que deixaram de ser um instrumento informativo
e passaram a ser considerado como oportunidade para contar mentira ou
desenvolver propostas que não lhes cabe ou, quando lhes cabe, é completamente
inviável.
Não é
raro, aliás, é bastante comum, durante os programas de exibição obrigatória
pelo rádio e pela televisão, candidatos aparecerem fazendo promessas que jamais
cumprirão pelo simples fato de não lhes caber tomar qualquer medida para
cumprir a proposta que apresentam com veemência costumeira dos que mentem.
Um
exemplo é o caso da energia elétrica. Os que estão dizendo que vão baixar a
tarifa da energia mentem descaradamente e conscientemente, pois sabem bem eles
que este assunto não é para uma pessoa, ou para um governante ou parlamentar. É
um assunto nacional, muito distante das atribuições de qualquer um dos afobados
promesseiros.
A mesma
coisa se pode dizer das propostas do candidato à reeleição que está anunciando
ações que implicam em gastos do governo. Assunto que depende de disponibilidade
de dinheiro e autorização da Assembleia Legislativa, mesmo sabendo que não
dispõe de recurso, sequer para pagar, de uma só vez, o salário dos funcionários
do Estado.
Mesmo
assim segue prometendo gastos que não pode prometer pelo fato de não ter tido a
capacidade de gerenciar, eficazmente, um orçamento público que está beirando o
montante de 6 bilhões de reais.
A
população do Estado precisa que o próximo governante organize os seus gastos,
gerencie os seus projetos, garanta programas sustentáveis dentro da matriz
econômica, ative estruturas que precisem de novos postos de trabalho, atue no
desenvolvimento tecnológico, garanta melhoria na qualidade de ensino, na
prestação do serviço de saúde, entre tantas outras obrigações próprias do
Estado.
O
candidato à reeleição prefere dançar, pular, mostrar que está muito feliz
esquecendo, completamente, das condições do serviço de educação, que não avança
na escala de avaliação do ministério, dos serviços de saúde pública que padecem
com o enfraquecimento sistemático do processo no Amapá, além de saber que a
população vive um momento de insegurança devido às assassinatos e outros crimes
que estão no cotidiano das pessoas, mas que repudiam essa situação.
Ele não
trata disso, como não diz o que vai fazer para resolver o problema das estatais
como Cea, Caesa e Gasap. Problemas reais do Estado e que não são tratados, nem
de longe, pelo candidato à reeleição.