domingo, 25 de outubro de 2020

Uma hora vai ter que mudar

Rodolfo Juarez

O eleitor amapaense é incrivelmente participativo e sabendo que, em algum lugar tem uma “urna” aberta, lá vai ele para participar daquele “processo” “votando” ou, simplesmente dando sua opinião. Às vezes o simples fato de colocar o voto naquela urna basta, mas doutras vezes não. Quer saber quem está fiscalizando, quando vai ser aberta e avisando que quer estar presente.

Sabe que essas consultas são socialmente interessantes?

Não fosse não chamaria a atenção. Como é, merece a consideração do organizador e a participação do eleitor.

Os candidatos são os mesmos que os partidos inscreveram para disputar o pleito no dia 15 de novembro. Candidatos a prefeito são: em Macapá, 10; em Santana, 9. E ainda tem mais 14 municípios onde estão em torno de 30% dos eleitores aptos a votar.

Mas é na televisão que se tem a parte hilária da campanha. O espetáculo fica por conta dos candidatos. Mas, o candidato a vereador é o mais notado. Alguns, ao invés de dizer que são candidatos a vereador, estão, ao que parece, em campanha para ser secretário ou coordenador na Prefeitura de Macapá.

O tempo e a dificuldade para passar a mensagem que imaginou desde o dia em que decidiu ser candidato, não combinam. É muito texto para pouco tempo! Mesmo assim lá vai ele, o candidato, disposto a aproveitar o máximo daquele tempo que lhe deram e do texto que não consegue decorar.

São tantas vezes que repete a gravação para o exigente diretor, que alguns vão para casa sem gravar a sua minúscula mensagem, brabo, tendo convicção que se o deixasse a gravar tudo o que pensou, estaria eleito.

Mesmo assim, depois de muitas repetições, consegue gravar o seu “pronunciamento” e vai para casa, esperar pelo dia em que vai aparecer na TV.

Convida o pessoal da campanha, os membros da família que acreditam no seu potencial na eleição e amigos que juram que vão votar naquele candidato. E os cinco segundos passam, a fala do candidato acontece, todos levantam e ele, ansioso pela avaliação, fica chocado: ninguém quer falar.

O pessoal começa a sair, são mais de 10 pessoas, e a esposa dele faz o primeiro comentário e confessa: “não gostei”!

Basta isso para que o candidato desconfie dele mesmo, de seu potencial eleitoral e que todo o dinheiro que tem para a campanha que poderia ser resevado para outras coisas. Mas agora está comprometido com o partido. Ufa!

Essa é a saga do candidato a vereador que ainda não foi votado e que desconfia de tudo e de todos, principalmente quando não tem “padrinho forte” para abençoa-lo depois das decepções principalmente a do programa de TV. Tanta esperança que se esvai em pouquíssimo tempo.

Esse quadro é o resultado da falta de criatividade do Tribunal Superior Eleitoral quando, pelas suas regras, autoriza 13 candidatos para uma vaga na Câmara de Macapá, e dá um tempo menor que um segundo para se apresentar e pedir o voto.

Depois quer prestação de contas igual para todos os candidatos, mesmo sabendo que a maioria deles não vai exercer o direito de aparecer na TV e falar no rádio.

Isso uma hora vai ter que mudar.

domingo, 18 de outubro de 2020

Não vote pelo fígado, pelo coração ou pelo estômago.

Rodolfo Juarez

Estamos a menos de trinta dias de uma eleição que deve passar para história das eleições no Brasil, como a Eleição da Covid-19 ou eleição da pandemia. A pandemia, entre as mudanças que provocou em todo o mundo, está aquelas que afetaram as eleições municipais deste ano no Brasil, com novos procedimentos para o eleitor, os mesários e os fiscais.

Mas, além disso, também provocou jogos em estádios vazios, uso obrigatório de máscara, retrocesso na identificação do eleitor, que volta a assinar a folha de votação ou coisa que o valha, sem poder usar a digital para não contaminar o ambiente e as pessoas que nele estão.

Os eleitores deixarão de ser iguais perante a lei no dia da eleição, uma vez que o TSE separou um horário para os maiores de 60 anos, afastou a possibilidade do cochicho devido ao afastamento mínimo, afastou, também, conversa na fila sem ser aos gritos devido a distância obrigatória e ainda mandou quem apresentar qualquer sintoma de contaminação pelo coronavírus, a partir do dia 2 de novembro, que fique em casa. E não vote! Essa é uma precaução, dentro da preocupação.

Ora, se todos estarão protegidos por máscaras e os mesários por máscara e face shield, mantendo a distância mágica de metro e meio, com o eleitor usando a sua própria caneta para assinar e, a cada verificação de necessidade o ambiente seja higienizado, então por que o eleitor está sendo orientado a ficar em casa e não votar?

A abstenção registrada nas últimas eleições, sem qualquer restrição, já é grande, pois, há dificuldade de convencer o eleitor a sair de casa e ir até a sua sessão eleitoral e votar. Certamente será maior a abstenção com a propaganda do TSE, durante o horário eleitoral gratuito, quando manda que o eleitor fique em casa.

Como esperar uma abstenção comportada ou pelo menos na média contabilizada nos últimos anos de eleição? Mais é assim. O eleitor tem que ser uma pessoa que compreenda tudo isso, inclusive as dificuldades de terceiros para cumprir a sua  própria obrigação.

Nessas circunstâncias me parece que cresce a responsabilidade do eleitor, principalmente daquele que não é engajado politicamente com qualquer ideologia, ou como oportunista, como devedor de favor, ou mesmo daqueles que se apresentam como mercadoria, estando a venda para quem pagar mais.

Deixando sem contabilizar esses que são presos ideológicos, oportunistas e se apresentam como mercadoria, há os eleitores que vão decidir a eleição. São aqueles aparentemente não engajados, anônimos, mas que prestaram a atenção em tudo e se prepararam para dar a resposta na hora de votar. O eleitor anônimo é a grande maioria. São os eleitores anônimos ou invisíveis que decidem a eleição.

Além de esses eleitores formarem a maioria, ninguém sabe, antecipadamente, em qual candidato vai votar. É por isso que uma campanha não pode ser apenas resolvida pelos clamores do fígado ou o coração, ou mesmo do estômago. A maioria das soluções para os problemas de uma campanha passa, obrigatoriamente, pelo cérebro.

Já foi o tempo que os coordenadores de campanha não tinham o planejamento da campanha como suporte, como também já foi o tempo de os candidatos a prefeito não considerarem na campanha o seu plano de governo, dos candidatos a vereador apresentar-se como secretários municipais, querendo fazer coisas com as quais não vai lidar.

É para isso que ainda serve o horário eleitoral gratuito: para o eleitor avaliar o candidato, no que falam no rádio e na TV e o que escrevem nos seus planos de futuro. Aliás, no caso de Macapá, o eleitor não tem de se queixar por falta e alternativa: são dez os candidatos. Mas o desejo é no sentido de que o eleitorado macapaense e dos demais municípios, compreendam que são eles que vão decidir.

Então, que assuma essa responsabilidade e se tiver dificuldade, vá por eliminação. É um bom método.

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

As celebrações da terceira semana de outubro

Rodolfo Juarez

Esta semana foi recheada de acontecimentos sociais importantes e que foram inibidos pela caminhada destrutiva do novo coronavírus, que provoca a Covid-19, e que insiste em não ir embora, mesmo com a expulsão desejada pela população.

A semana começou no domingo com um Círio de Nazaré diferente, deixando os devotos da milagrosa Santa buscando uma forma de não permitir que o Dia Santo não tivesse as tradicionais homenagens à Santa que leva multidões em suas procissões do Círio, por onde se realize.

As alternativas experimentadas não foram suficientes para deixar os tradicionais romeiros satisfeitos. Eles, os romeiros, foram para Belém do Pará, vieram para Macapá, em respeito à Nossa Senhora de Nazaré. Rezaram onde deu para rezar. Rezaram para agradecer o que receberam da Santa.

No dia 12, segunda-feira, dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, uma celebração muito mais sulista do que nortista, mesmo assim os devotos sentiram o vazio, quando percebiam que, mesmo no Santuário em Aparecida do Norte, os fiéis tiveram que fazer malabarismos para agradecer o que havia recebido da milagrosa Santa.

O dia 12, também, foi marcado pelo Dia da Criança. Os empresários comerciantes fizeram de tudo para atrair os pequeninos para os departamentos de brinquedos que, apesar de caros para os tempos de pandemia, ainda fazem brilhar os olhos dos pequeninos e a secar as carteiras, bolsas e cartões dos pais e das mães.

No Dia da Criança também foram lembrados os direitos delas. Promotores, juízes, conselheiros e ONGs assistenciais aproveitaram para ter sua vez na mídia e anunciaram estatísticas da faixa etária e as principais providências que foram tomadas ao longo dos anos e aqueles que ainda precisam ser tomadas.

Completando os eventos do mês de outubro, na quinta-feira, dia 15, foi comemorado o Dia do Professor.

É um belo momento para a sociedade e os dirigentes públicos, principalmente, refletirem sobre a importância do professor neste e em outros tempos.

Falando um pouco de mim posso dizer que fui, pela primeira vez, para uma sala de aula, na qualidade de professor, em fevereiro de 1965. A primeira escola a me ter como professor foi o Ginásio Santa Bartolomea Capitânio que tinha como madre superiora a Irmã Rosa e como diretora da Escola a Irmã Tereza.

Fiquei naquele educandário religioso, onde o professor tinha como obrigação funcional rezar antes do início de cada aula, por dois anos, uma vez que no final de 1966 tive que deixar a atividade de professor em Macapá, pois tive que ir para Belém, onde, no período de 1967 a 1971 cursei os 5 anos de Engenharia Civil, na Escola de Engenharia da Universidade Federal do Pará.

Durante o curso de Engenharia Civil continuei lecionando em Belém em escolas públicas, como o Colégio Santo Afonso, no bairro do Perpétuo Socorro, e em escolas particulares.

Depois da volta, em 1972, continuei como professor do segundo grau nos educandários do Estado, como Colégio Amapaense, e no então Núcleo da Universidade Federal do Para, no Amapá, mais tarde Universidade Federal do Amapá.

Por isso quero que se sintam homenageados por este artigo os romeiros, as crianças e os professores, grupos sociais dos quais, ou participo ou participei, com belas lembranças.

 

domingo, 11 de outubro de 2020

Cuidado com a bala perdida!

Rodolfo Juarez

Era um tarde de sábado, como tantas outras na região do centro comercial em Macapá. O movimento diferente, para melhor, certamente provocado pela expectativa do Dia da Criança que aconteceria na segunda-feira, 12 de outubro.

Já passava das quatro horas da tarde, quase cinco, quando uma movimentação estranha foi observada, em uma loja especializada em prestar serviços. Homens e mulheres corriam e faziam correr todos que estavam às proximidades.

Mais um assalto, com possibilidade de roubo a mão armada, estava em curso.

No meio da correria um homem ia contra a corrente, corria no rumo do problema como uma arma na mão, atirando a esmo, dando mais motivo para as interrogações que estavam na cabeça de todos os que corriam.

Era mesmo um assalto a mão armada.

No mesmo local, há poucos dias houvera uma tentativa frustrada pelo fato de, no momento da invasão pelos bandidos, na loja estar um policial armado que rechaçou os três assaltantes que desceram as escadas e desapareceram da vista dos atacados.

Frustrado o assalto. Assunto encerrado!

Nada disso. Voltaram no sábado. E mais afoitos e agressivos.

Os formadores do trio – um adulto, com passagem e mandado de prisão em aberto -, um menor de 16 e outro de 14, certamente aliciados pelo adulto, entram no estabelecimento e renderam os funcionários que estavam trabalhando, dois homens e uma mulher.

A audácia em perpetrar um assalto, a plena luz do dia, na área do comércio da cidade, em um momento de grande movimentação de clientes e de pessoas que passam pela Avenida Coaracy Nunes, fazendo o entra e sai das lojas, ou simplesmente indo na direção do Lugar Bonito, acabou por ser o fator decisivo para que o assalto fosse observado por pessoas que, a todos os pulmões gritou: um assalto, um assalto!

Logo a polícia foi chamada e uma viatura do 6.º Batalhão, que é responsável pela área, chegou e foi recebi à bala pelos assaltantes, que não tinham por onde passar.

Os policiais, enquanto mantinham os assaltantes encurralados, chamaram apoio que logo chegou e os bandidos, vendo que não tinha saída, tomaram os empregados que mantinham sob mira, como reféns e fizeram essa informação chegar aos policiais que, então acionaram o Batalhão de Operações Especiais, o BOPE, para resolver a questão.

Já passava de sete e meia da noite quando os assaltantes liberaram o primeiro refém, um homem, que estava passando mal por tem deficiência cardíaca. Socorrido pelos paramédicos e médicos do corpo de bombeiros militar, que estavam na área, recebeu os primeiros atendimentos e foi levado para o Pronto Socorro para receber atendimento especializado.

As negociações continuavam e, 20 minutos depois, foram liberados os outros dois reféns, um homem e uma mulher, para se entregarem em seguida, depois de quase quatro horas de negociação, na presença da imprensa e familiares dos assaltantes, dos reféns e o dono do empreendimento.

Por segurança e orientação dos policiais, o comércio fechou as portas desde o início do incidente e os transeuntes receberam orientação para fazerem outro trajeto pois o quadrilátero formado pelas avenidas Antônio Coelho de Carvalho e Mendonça Júnior, e as ruas Tiradentes e Candido Mendes precisam ficar isolados pelo risco de bala perdida e hipótese de fuga dos assaltantes.

Os moradores, como eu e minha família, tivemos que nos proteger dentro de casa. Ninguém sabia o que podia acontecer.

Ainda bem que ninguém entrou em pânico. Apenas os mais curiosos insistiam em querer saber o que estava acontecendo.

O assaltante de 30 anos foi para a delegacia se submeter à identificação de mais esse crime e, em seguida, enviado para o Instituto de Administração Penitenciária do Estado para cumprir a ordem de prisão em aberto, e os dois menores forma encaminhados para a delegacia especializada.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Um Círio diferente

Rodolfo Juarez

Este ano vamos experimentar um dia do Círio de Nazaré diferente. A pandemia declarada pela OMS devido à quantidade de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, transmissor da Covid-19, está sendo apontado como a causa única da tomada de decisão pelas autoridades religiosas desses dois importantes centro da Amazônia: Macapá, no Amapá, e Belém, no Pará.

Parece-nos muito certo, coerente, oportuna e razoável a medida tomada pelas autoridades da Igreja Católica no Amapá, suspendendo a procissão do Círio.

Com essa medida, o que fazer com os pagadores de promessa?

Sabe-se que é forte o sentimento religioso do povo brasileiro e, especialmente, dos povos da Região Nordeste e da Região Norte. Dificuldades enfrentadas no dia a dia levaram aos homens e mulheres destas duas regiões a acreditarem, sem qualquer dúvida, que alguém está zelando por cada um de nós em algum lugar e elegeu onde haveria de acertar as contas.

Para o amapaense e o paraense um dos momentos públicos preferidos é o da procissão do Círio de Nazaré. E têm os seus motivos, construídos pela formação religiosa adquirida nas paróquias ou mesmo em casa, com os pais, até a adolescência, depois fica por conta de cada um.

É na procissão do Círio que estão os descalços voluntários, os carregadores em sacrifício, os anjos no sol quente, o cordeiros procurando um lugar para segurar a corda milagrosa que, depois da procissão, é dividida, em pedaços, para todos aqueles que, além de ser um cordeiro durante a procissão, ainda precisa levar um pedaço da corda para cada como amuleto.

Outros, também, seguem a procissão andando de joelhos no asfalto quente, de pés descalços, carregando um filho, arrastando uma moto, vestido das mais diferentes maneiras para deixar público a sua fé, o motivo da sua promessa, e a disposição para pagá-la independentemente do sacrifício.

Bem. Não vamos ter a procissão do Círio de Nazaré neste segundo domingo de outubro, este ano, no dia 11, mas, isso não vai abalar a fé de quem tem fé. As promessas serão pagas de outra forma ou adiadas para serem pagas no segundo domingo de outubro de 2021.

Mesmo assim os administradores da procissão do Círio estão contando com as celebrações que não exigem, obrigatoriamente, aglomeração e estão confirmadas para sábado e domingo.

Missas, procissão fluvial, solenidades religiosas, momentos de reflexão serão realizados principalmente nas Igrejas de Macapá e de Belém.

A fé também nos vai indicar a indulgência de Nossa Senhora de Nazaré na sua infinita misericórdia e disposição para perdoar erros, absolvendo os fiéis de suas culpas, ofensas ou desacertos através do perdão.

Viva Nossa Senhora de Nazaré!

A padroeira da Amazônia.

 

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Dada a Largada

Rodolfo Juarez

Começou a corrida eleitoral. No próximo dia 15 de novembro o eleitor amapaense vai eleger 16 prefeitos, 16 vice-prefeitos e 174 vereadores, dos quais 23 para o município de Macapá, 15 para o município de Santana, 13 para o município de Laranjal do Jari, 11 para os municípios de Mazagão, Oiapoque e Porto Grande e 9 para os cada um dos outros 10 municípios do Estado do Amapá.

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitora (TSE) são 517.502 eleitores aptos no dia 15 de novembro de 2020 nas 10 Zonas Eleitorais, em 1.700 Seções com urna. A maior concentração de eleitores seta no município de Macapá, nas 2.ª e 10ª Zonas Eleitorais. A 6.ª Zona Eleitoral, em Santana, vem em segundo lugar na concentração de eleitores.

Os candidatos a prefeito tem o limite de gastos durante a campanha eleitoral de 2020 limitado conforme a tabela de “Limite de Gastos” apresentada pela Justiça Eleitoral e que varia de município para município. Os candidatos a prefeito de Macapá tem o maior limite de gastos: R$ 1.347.441,65 e o menor limite está estipulado para os municípios de Amapá, Cutias, Ferreira Gomes, Itaubal, Laranjal do Jari, Oiapoque, Pedra Branca do Amapari, Porto Grande, Pracuúba, Serra do Navio, Tartarugalzinho e Vitória do Jari, onde cada candidato a prefeito pode gastar até R$ 123.077,42. Os gastos dos candidatos a prefeito nos  municípios tem o máximo de gastos entre esses valores: Calçoene (R$ 291,368,78), Mazagão (R$ 329.640,21) e Santana (R$ 471.039,58).

Já com relação a cada candidato a vereador, a maioria tem o teto de gastos estipulado em R$ 12.307,75 que são aqueles que disputarão as vagas nos municípios de Amapá, Calçoene, Ferreira Gomes, Itaubal, Oiapoque, Porto Grande, Pracuúba, Serra do Navio e Tartarugalzinho. Os outros sete municípios variam a previsão de gasto máximo por candidato sem qualquer lógica. Assim os candidatos a vereador por Macapá têm previsão de gastos máximos em R$ 151.743,53; Santana R$ 60.946,23; Mazagão R$ 24.149,88; Pedra Branca do Amapari R$ 22.138,52; Cutias R$ 21.333,19; Laranjal do Jari R$ 16.660,31; e Vitória do Jari R$ 15.860,38.

No momento esses são os principais números que serão usados para o planejamento de campanha tanto para o cargo de prefeito como o cargo de vereador.

O financiamento da campanha, para a maioria dos candidatos será feito com dinheiro público advindo do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário. A regra de distribuição teria que ser decidido durante a convenção de cada partido que indicou os candidatos, que ainda podem engordar a sua conta com seus próprios recursos e os recursos de doação segundo o limite estabelecido em lei e baseado na declaração de ajuste do imposto de renda, pessoa física, exercício 2020, tendo como ano-base 2019.

Em todo o Estado do Amapá são 93 os candidatos a prefeito, 94 candidatos a vice-prefeito, 2.253 os candidatos a vereador, sendo que a maior concentração está no Município de Macapá.

O eleitor, naturalmente é o agente procurado por todos os candidatos. Até mesmo aqueles que adotam o comportamento da não aglomeração e, o distanciamento social, estes serão, também, os alvos dos candidatos nessa campanha diferente que precisa muito das redes sociais para poder apresentar o seu plano de campanha e poder vencer as eleições pelo município em que é candidato.

O cuidado desta campanha é não cometer erros estratégicos e nem praticar ações consideradas proibidas e que tem chance de repercutir em foram de prejuízo para a candidatura que implique na sua condição de candidato e nas punições previstas na legislação e nas resoluções que estão valendo para as eleições de 2020.