Rodolfo Juarez
A maioria das
cidades brasileiras conta com uma unidade de orientação e controle do
desenvolvimento urbano, com o objetivo de evitar desperdício, desarrumação da
ordem urbana e otimizando os recursos, sempre escassos, mas que são importantes
para manter, minimamente, as funções da cidade para que haja “punição” ao
cidadão ou desassistência da administração.
A unidade de
orientação para o desenvolvimento urbano não assume papel de gestão que seja da
prefeitura municipal ou da câmara de vereadores, se trata de um organismo
técnico para observa os problemas da cidade, o crescimento destes problemas, e
que pode, tecnicamente, propor intervenção para que o problema seja contido
antes que se transforme em um daqueles “monstro urbanos” difícil de ser domado
e muito caro para ser eliminado.
Esta semana, os
prefeitos de todas as regiões brasileiras, estiveram em Brasília participando
da 23.ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, apresentando a pauta de
prioridades de cada qual, aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Além
disso, durante o evento, foram debatidas políticas públicas e feita a
apresentação de demandas.
A Marcha é uma
forma de mostrar força política pela quantidade, pois em torno de sete mil
pessoas participam do evento entre prefeitos, vice-prefeitos e assessores
diretos que marcam presença. Mesmo com tanta gente, os resultados, se não são
imediatos, pelo menos forçam a retirada de gavetas de projetos de lei
importantes para o desenvolvimento dos municípios.
A demonstração de
força política não é parelha a força técnica necessária, decisiva na solução
dos problemas diversificados que os prefeitos assumem o compromisso de
resolver.
Uma cidade como
Macapá, considerada de médio porte, onde os problemas começam a fugir do
controle, demonstra que maquiagem já não interessa e que serve apenas para
enfiar, pelo ralo, o rico dinheirinho dos contribuintes ávidos pela solução do
problema do seu bairro, pelo menos.
Os administradores
de uma cidade do tamanho e da importância de Macapá, já percebem claramente,
que a população não espera soluções “meia-boca”, querem algo mais definitivo,
como um escola com professores, pessoal de apoio e segurança; um unidade de
saúde com médicos, paramédicos, medicamentos e correlatos; um serviço de
transporte coletivo regular, com pontos de parada estruturados; um sistema
viário sem buracos na pista; canais do sistema de drenagem pluvial
funcionando; áreas de lazer com
manutenção permanente; distribuição de água potável e de energia elétrica, além
de cuidados com a expansão urbana de modo a não criar problemas mais adiante.
Tudo isso,
certamente, precisa de um plano bem elaborado para ser seguido, caso contrário,
os serviços improvisados, paliativos, continuarão a serem adotados e não
resolvendo e amaciando os problemas que aparecem todos os dias.
Insisto neste tema,
pois, afinal, todos somos moradores dessa cidade e todos precisam compreender
que ela está mudando as suas exigências políticas, administrativas e técnicas.