Rodolfo Juarez
Estão, outra vez, os que moram e trabalham em Macapá, sendo
desafiados a reagir ante uma pesquisa nacional, publicada em revista de
circulação também nacional e que deixa nossa capital como uma das piores
cidades para se viver.
Claro que isso é ruim, mesmo com a informação chegando na
esteira em uma pesquisa aparentemente séria, mas que tem potencial para machucar e nos deixar, a todos, muito
chateados.
É importante, entretanto, antes de procurar dar menor peso
para a informação, entender que a população faz o seu papel a cada dois anos, elegendo
dirigentes para a Capital e para o Estado, os dois entes que precisam
responder, com trabalho, ao que nos é agora mostrado, muito embora indesejado.
Haveremos de amar sempre Macapá! Afinal de contas ela é a
nossa cidade, nela moramos, dela fazemos parte e com ela estamos nesse lugar
incômodo, mas que precisa incomodar, antes de tudo, o prefeito do município e o
governador do Estado para que, tendo esse sentimento, trabalhe no sentido de
acabar com esse vexame.
Certamente que não merecemos essa situação. Não pagamos os
tributos que nos cobram - o Município, o Estado e a União -, para ter em troca
a pior capital do Brasil para se morar.
Queremos ser mais bem avaliado, queremos ser admirados pela
cidade que somos, com todas as vantagens de estarmos na posição geográfica que
despertar emoções tipicamente urbanas, mas com intensidade de um ambiente
saudável e autossustentável.
Os que já passaram pela administração e não conseguiram
fazer nada só lhes cabe a culpa. Os que agora dirigem o nosso sitio urbano
principal é que precisam agir, trabalhar, deixar de “inventar” e passar a
definir os caminhos que precisam ser definidos.
O atual prefeito de Macapá deveria estar envergonhado desse
resultado e iniciar um processo de recuperação que motivasse a todos, com
exemplo, objetividade e metas. Como da mesma forma os seus auxiliares,
principalmente aqueles que têm a maior confiança do prefeito e da gestão.
Da mesma forma, o atual governador também deveria estar
envergonhado e procurando saber de tudo o que deixou de fazer para que a
herança atual da população fosse esse último lugar. Os auxiliares, que mesmo
recebendo parcelado, podem ser considerados bem pagos para fazer o que precisa
ser feito e não o que fazem, sem zelo, sem rumo e consumindo todo o orçamento.
Não culpe a cidade nem seu povo, culpe esses dirigentes.