domingo, 28 de agosto de 2022

Os candidatos têm 32 dias corridos para convencer o eleitor

Rodolfo Juarez

Ainda repercute o resultado da pesquisa de intenção de voto que foi publicada na semana passada pele Rede Amazônica. E repercute porque veio trazer preocupação para todos e não apenas para aqueles que pontuaram o insuficiente para animar o eleitor, o cabo eleitoral, ou a coordenação de campanha.

É certo que todo candidato, com raríssimas exceções, entra em uma campanha eleitoral com a convicção, primeiro de que tem chances reais e depois de que vai ganhar.

Faz conta de todo jeito. Mantém contato com lideranças que entende decisivas para o sucesso da sua campanha, chama a atenção da coordenação, avisa o seu partido de que espera contar com mais dinheiro para desenvolver o trabalho e, convicto, afirma para todos de que as chances de ser eleito são reais.

O candidato, em regra, é um visionário, isto é, tem ideias inovadoras, mesmo não sabendo que para ser um visionário precisa apresentar conhecimento profundo do tema que anuncia; desenvolver a criatividade; cultivar relacionamentos; adotar perspectivas de alguém de fora.

Sabe que para isso tem que confiar em si mesmo, blindar-se emocionalmente e ser persistente nas suas tentativas, mesmo quando a primeira não dá certo, precisa insistir para encontrar a melhor solução para a dúvida que sugere.

O eleitor sendo informado, ou se informando do resultado de uma pesquisa, também precisa estar pronto para analisar e não ser envolvido em teses às quais não conhece. Precisa estar atento ao cenário e exercitar a sua cidadania.

Na pesquisa citada no começo deste artigo vê-se que, na corrida para os cargos de govenador e senador, as vantagens numéricas dos candidatos, nas eleições majoritárias, são aquelas da coligação “Amapá para Todos”: Clécio (77) na disputa pelo governo e Davi (444) na disputa pela vaga no Senado.

A diferença fundamental para qualquer análise, inclusive a de cada eleitor, é de que a eleição para governador do Estado pode ter dois turnos caso nenhum dos candidatos alcance 50% dos votos válidos + 1 voto; enquanto, na eleição para o representante do Estado do Amapá na renovação de 1/3 dos senadores, é de um turno só, ou como mais conhecido entre os próprios eleitores, “de um tiro só”.

Assim a análise do resultado da pesquisa, se mantida a confiabilidade de 95% expressada no projeto, estaria deixando quase tranquilo os candidatos da coligação Amapá para Todos e muito preocupados os candidatos da coligação Eficiência e Trabalho.

Restam apenas 32 dias de campanha e, desde sexta-feira, com o eleitor tendo outras informações, aquelas que vêm pela propaganda eleitoral gratuita.

Por falar nisso, a propaganda eleitoral gratuita, o eleitor já percebeu que os candidatos a governador do Estado apresentados pelo PSTU, PRTB e PCO, não têm tempo para a propaganda de televisão e rádio; o mesmo acontece com os candidatos ao cargo no Senado, apresentados pelo PRTB e pelo PCO. 

 

domingo, 21 de agosto de 2022

Os habitantes de Macapá e as suas dificuldades primárias

Rodolfo Juarez

Venho insistindo necessidade de haver um rápido estudo para encaminhar soluções para problemas que estão se agigantando para a administração municipal do município de Macapá e, especialmente, para a cidade de Macapá.

Ao atingir 500 mil habitantes a cidade passou a ter exigências que não são mais atendidas com medidas paliativas e, muito menos, sem uma estratégia diferente do que vem sendo adotada até agora para resolver problemas que ficam mais aparentes e que são percebidos por todos, como o sistema viário, o de coleta de águas pluviais, o sistema de coleta de esgoto sanitário, o de distribuição de energia elétrica e o de distribuição de água tratada.

O sistema viário de Macapá se esgotou em si mesmo. A sistemática utilização do tapa buraco, foi transformado em um programa que não tinha qualquer possibilidade de dar a resposta adequada para os usuários. A grande carga do trânsito nas principais vias e os conflitos causados pelos veículos automotores, inclusive motos, com os ciclistas e pedestres transformam, principalmente na hora do pico, o trânsito de Macapá em um verdadeiro caos. Não pode ser assim.

O sistema de coleta de águas pluviais, aquelas decorrentes das chuvas, algumas de grande intensidade, e que, por enquanto segue alagando ruas e casas, inclusive em bairros comerciais. Esse programa tem soluções que já foram estudadas, mas que não estão sendo adotadas, como tratamento imediato dos principais canais, dando condições para escoar, com a velocidade adequada, as águas da chuva, com a interligação do sistema de coleta por tubos, com os canais.

O sistema de coleta de esgoto sanitário é insuficiente, coletando a menor quantidade de esgoto quando comparado com qualquer cidade brasileira de até 200 mil habitantes. No momento são coletados apenas 2% do esgoto gerado, que vai para uma estação de tratamento primário. Esse trabalho é difícil, mas precisa ser feito.

A distribuição de energia elétrica passou recentemente por uma guinada de rumo no sentido de buscar a regularidade e eficiência do fornecimento de energia elétrica, entretanto, pelo menos até agora, os que compraram os direitos e obtiveram a concessão para distribuir energia, passados 8 meses, ainda não conseguiram despertar confiança e a credibilidade nos consumidores que padecem com interrupções que foram prometidas em passar por extinção primária.

A distribuição de água tratada, outro viés dos serviços públicos que, como o da distribuição da energia elétrica, deveria melhorar. Essa melhora não foi sentida pelo consumidor. Dá a impressão de que as novas empresas concessionárias, tanto do serviço de distribuição de energia elétrica, como do de água tratada, estão mais preocupados em cobrar dívidas dos moradores, mesmo continuando com o atendimento ruim, até pior do que aquele que vinha sendo realizado pela empresa pública local.

Tudo isso sem falar no transporte coletivo urbano (apenas por ônibus) literalmente estacionado há mais de 20 anos, como a inexistência de áreas de expansão para atender as necessidades do crescimento vegetativo e dos migrantes, o que empurra a população para invasões nas baixadas, além de planos para não deixar o trabalhador ficar tão distante do local de trabalho.

Administrar uma cidade como Macapá, com mais de 500 mil habitantes, não pode ser uma aventura política, precisa ter os seus limites nas recomendações técnicas, uma vez que, em pleno tempo do 5G, a população ainda se defronta com problemas de coleta de esgoto, água tratada, transporte público, energia elétrica, moradia e tantos serviços que já deviam estar resolvidos.

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Macapá, capital do Amapá, sente os efeitos do seu tamanho.

Rodolfo Juarez

Venho há tempo destacando que a cidade de Macapá, ao completar 500 mil habitantes começaria a sentir os efeitos de seu tamanho.

As razões para esses avisos, feitos com fito absolutamente contributivo, são as experiências e os estudos que apontam os parâmetros mínimos que uma cidade com esse porte precisa ter e dispor para não ser virada de cabeça para baixo nos seus objetivos ou, pelo menos, naqueles objetivos pregados pelos seus governantes.

Depois de destacarmos os problemas primários no transporte coletivo urbano, extremamente prejudicado pelo uso e disponibilidade de apenas um modo de transporte, o ônibus, que empurra a população ao obrigatório do transporte individual, transformando o trânsito de Macapá em um dos mais atrapalhados das cidades brasileiras.

Agora mesmo, anteontem e ontem, o caos se instalou na cidade, primeiro pela falta de água no dia 17, e depois, no dia 18, pela falta de energia elétrica.

Há muito tempo que esses problemas poderiam estar eliminados do cardápio de problemas das autoridades da cidade, ainda mais pelo recente negócio feito, privatizando os serviços e repassando para empresas “experientes”, o que coloco entre aspas por já estar duvidando de sua capacidade ou do seu conhecimento com relação ao setor, principal indicador de que a distribuição de energia e água tratada iria melhorar.

Agora se entende por que a Eletronorte se negou a assumir a distribuição de energia. Conhecia o âmago do problema e, mesmo sem revelar, se absteve: primeiro assumir por decisão administrativa da Eletrobrás e, depois, por não se interessar pela licitação que culminou com a privatização das empresas de energia e água.

Os compradores já perceberam que o “buraco é mais em baixo” e que, no caso, não adiante apenas experiência ou competência para domar o sistema, precisa de muito trabalho para atingir índices que possam cultivar a satisfação dos consumidores.

É absolutamente inadmissível continuar, depois da privatização, com os problemas que remontam há mais de 10 anos, com incerteza no fornecimento, desconfiança na medição e, principalmente, não satisfazendo o consumidor que passa a ser um cliente insatisfeito e com direitos que podem ser cobrados da empresa.

Água tratada e Energia elétrica, Energia elétrica e Água tratada, dois direitos que a Constituição Federal incumbe o serviço público de oferecer à população de forma satisfatória e a preço justo.

O Estado do Amapá gera mais de um milhão de MW para o sistema nacional e consome 300 mil MW, mesmo assim, é o estado que tem a população que paga uma das energias mais caras do Brasil.

Por outro lado, o Macapá, a capital do Amapá está às margens do maior rio do Mundo em volume d’água e, nem por isso, oferece água mais barata para a população da cidade de Macapá, além de não atender a metade da população.

Um bom debate poderia encaminhara, os que tem responsabilidade porá resolver essas questões. 

domingo, 14 de agosto de 2022

Transporte coletivo em Macapá: atendimento ao usuário em crise

Rodolfo Juarez

Os serviços públicos, todos eles, são o resultado dos filtros que a sociedade consegue instalar na sua sabedoria em decorrência de suas necessidades básicas, diárias e para as quais paga os tributos que os governos arrecadam para devolver, exatamente prestando aqueles serviços.

O elenco é muito conhecido e, todos os dias, se fala muito neles. As necessidades primárias elencadas então pelo menos 6 títulos que precisam ser cuidados com zelo e presteza, considerando a importância que tem para todos os que formam a sociedade local.

Saúde, educação, mobilidade, energia elétrica, fornecimento de água tratada e transporte coletivo urbano estão, não necessariamente nesta ordem, na lista de prioridades de serviços públicos que precisam ser prestados, com um mínimo de qualidade para a população.

Faz tempo que as gestões municipais, aqui no Amapá, têm adotado um critério estranho para escolha dos seus auxiliares, onde o principal indicador é de ter sido um aliado na campanha eleitoral, mesmo que tenha participado apenas nos últimos dias antes do segundo turno de votação.

Basta rememorar e olhar os prejuízos que a administração e, em consequência, a população, acabou tendo com os critérios de recompensa adotado pelo prefeito de Macapá eleito em 2018.

Depois do primeiro turno de votação e vendo que teria poucas chances na disputa com o adversário, no afã de ganhar a eleição a qualquer preço, o candidato que ficara em segundo lugar, transformou a sua proposta de gerência pública em uma grande pizza e prometeu uma fatia para todos os que quisessem vir.

Os chamados e as promessas foram feitos especialmente para aqueles que haviam ficado fora da disputa. Ora, não custava nada aceitar. E aceitaram!

Vencida a eleição pelo atual prefeito, a população é quem paga o preço da promessa política, considerado um grave erro.

A questão do transporte coletivo urbano é um caso destes. A população é quem está enfrentando o problema pela falta de gestão e por não conseguir, sequer, realizar uma licitação sem vícios ou ajustar a tarifa para um preço real sem que para isso tenha que contrariar a todos, inclusive o usuário do transporte coletivo.

Para mostrar que é responsável (coisa que todos sabem) o prefeito de Macapá usou de um artifício previsto, para circunstâncias extremas na Lei Orgânica Municipal, e decretou estado de emergência no transporte coletivo.

A decisão, tomada em momento errado, não poderia dar certo!

Não estavam os agentes públicos municipais preparados para a tarefa que teriam que realizar, nem a companhia municipal que cuida do trânsito na Capital, nem a administração da prefeitura, nem o próprio usuário.

Se antes havia emergência, depois da decretação do estado de emergência, a situação piorou.

Agora está a administração em um beco sem saída, não podendo recuar pelo momento políticos e não tendo condições de melhorar por lhes faltarem condições de logística para substituir as empresas que atuam no setor.

A situação piorou e o que era para ser um “golpe de mestre” em um momento político, passou a ser um desastre administrativo, provocando desgastes, inclusive nos políticos que o prefeito apoia.    

  

 

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Os duzentos anos da independência do Brasil

Rodolfo Juarez

Em um tempo em que a Democracia recebe tantas definições e é injustamente moldada para caber em qualquer discurso, muitos se preparam para exercer, no dia 2 de outubro, o sagrado direito de votar, uma conquista democrática verdadeira e simbólica, muito diferente das justificativas que muitos, inclusive autoridades em postos importantes, usam para justificar o que dizem ou o seu ideário lógico.

Até mesmo o respeito a uma luta que levou à independência política do país tem sido entendido diferente do que, mesmo em tempos de governos de exceção, no 7 de setembro todos estavam prontos a homenagear aqueles que tiveram a honra de participar dos movimentos da independência e que culminaram, no dia 7 de setembro de 1822, com o grito símbolo de “independência ou morte”.

Uma só pessoa fez a declaração, mas o momento teve antecedentes importantíssimos quando honrados brasileiros abriram o caminho porá a declaração da Independência do Brasil no dia 7 de setembro de 1822.

Lembro ainda quando das comemorações do sesquicentenário (150º ano) da Independência.

Houve mobilização nacional, comandada por uma rede de televisão que instalou em Macapá e noutras capitais brasileiras, um relógio que informava a aproximação do momento exato em que D. Pedro I, há 150 anos, fez “o brado retumbante”.

Bem, depois abandonou o relógio que passou a marcar a hora errada até parar e ser levado para sucata.

Agora, por circunstâncias políticas – não há outra explicação diferente – muitos brasileiros, não patriotas, estão procurando boicotar ou atrapalhar, uma comemoração justa para aqueles que, nesse momento, têm a sorte de ver o Brasil completar 200 de independência daqueles que os colonizaram por muito tempo e, daqui levaram riquezas que deram condições de vida fidalga a membros de outros povos.

Ao invés de estarem juntando informações para entregar à população sobre a luta (quase guerra civil) que antecedeu o movimento e prosseguiu e prossegue até hoje, ajustando esse Brasil que todos nós deveríamos querer próspero, em condições de atender todos os seus moradores, brasileiro natos ou naturalizados, para poder experimentar uma qualidade de vida que é possível, muito embora existam aqueles que não cooperam com  o processo e dificultam que o melhor patamar seja alcançado.

Não se trata de ufanismo, se trata de oportunidade para fazer, outra vez, o grito de independência ecoar, também por aqui, pelo Amapá e por toda a Amazônia que é avaliada, todos os dias, por “analistas” que nunca aqui viveram ou que não estão dispostos a conhecer pelo menos o valor que essa parte do Brasil agrega à nação.

Tomara que o 7 de setembro de 2022 também entre para a História do Brasil como um momento de rara união do povo, mesmo que para isso contrarie interesses políticos e ideológicos daqueles que preferem o caos e o desajuste de uma população que se mostra ordeira, colaborativa e interessada no Brasil.     

domingo, 7 de agosto de 2022

Ato autoritario do prefeito revela despreparo gerencial

Rodolfo Juarez

Há muito que venho oferecendo pontos para que sejam considerados nas decisões estratégicas da cidade de Macapá, que acaba de entrar em emergência por decisão unilateral e pessoal do prefeito da capital do Amapá.

Qualquer gestor, como um mínimo de cuidado, entende que um núcleo urbano cresse de complexidade juntamente com o crescimento da população.

Não adianta querer confundir a gestão administrativa com gestão com base em interesses políticos ou decisões que colocam em posição de prevalência a política partidária, ou acreditar que se dispor de recursos para gastar vai fazer uma boa administração.

Macapá já supera, em população, capitais como a do estado de Santa Catarina, Florianópolis. Esta condição já exige uma administração organizada, com as decisões estratégicas de longo prazo e com os seus planos bem elaborados e conhecidos, em todos os seus detalhes pela população.

Não há espaço, em uma cidade como Macapá, para que um prefeito faça o que fez quando decretou emergência, interpretando à sua conveniência, a Lei Orgânica do Município, sob os olhares passivos e impotentes de uma Câmara de Vereadores que não está fazendo o papel que o povo lhe outorgou – representar os seus interesses junto à administração municipal.

A decisão do prefeito, que afeta empresas, pessoas e empregos, não foi tratada com o devido respeito à função que o eleitor do município deu para cada um daqueles que estão na Câmara Municipal de Macapá. Parece mais preocupados em manter os seus apadrinhados nos cargos que lhes foram oferecidos em troca das suas opiniões e dos seus votos.

Os dirigentes, o prefeito seus auxiliares diretos, como os vereadores, inclusive os que estão na Mesa Diretora da Câmara Municipal, sabem dos grandes problemas que precisam ser enfrentados e que, todos os dias são listados, principalmente pela parte da população diretamente afetada.

Entre esses problemas estão a coleta e destino do lixo, a oferta de água tratada, a coleta de esgoto sanitário, destinação de áreas para ser oferecida à queles que, são obrigados a invadir áreas, inclusive de ressacas, para construir a moradia que permita esconder-se do sol e da chuva, mesmo não tendo perspectiva de contar com água tratada, energia elétrica e transporte coletivo público.

O prefeito, ao declarar emergência no transporte coletivo, deixa de contar com colaboradores importantes que precisam saber das regras para melhorar os serviços, uma vez que a prefeitura e o prefeito não definem, sequer, os pontos de parada obrigatória, além de não conseguir concluir as licitações que inicia e que são proposta para organizar o transporte público no município de Macapá.

O ato autoritário só vai complicar, ainda mais, a gestão do prefeito, o atendimento ao usuário do transporte coletivo, deixando de agir nas áreas mais sensíveis como a abertura de vagas de emprego na iniciativa privada, pois não pode mexer nas verbas carimbadas que recebe.

 

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

O globo da democracia

Rodolfo Juarez

A definição da Democracia ganha contornos que chegam, e as vezes ultrapassam, a raia da imprudência, da provocação e do respeito.

Os detentores do conhecimento provocam um ao outro, e cada um, rebuscando definições para esse paradigma conceitual que, antes, por si só, se defendia e que nestes tempos se encontra dentro de uma gigante circunferência de definições, cada uma parecendo mais distante do eixo e, sem dúvida, do ponto central da bola.

As autoridades não se conformam em falar o que sabem e desandam em interpretações que deixam dúvidas até para o leigo, imaginando, conforme o cargo que ocupa, que dali pode se colocar como um mestre a dar lição de comportamento democrático a “Deus e ao mundo”.

Isso é um grande e grandíssimo, absurdo!

Mesmo assim, seguem eles dando definições, interpretações e chegando a conclusões completamente desalinhados com as suas próprias definições de democracia quando, noutros cenários, havia acumulado outros indicadores do que é esse modo de compreender os direitos de cada um e a máxima de que “o meu direito começa onde termina o seu”.

O que se observa é que, até mesmo as pessoas que teriam a responsabilidade de dar a palavra final, são aquelas que fogem dessa palavra final, deixando boquiaberto aqueles que esperavam outro comportamento.

Chegam ao ridículo de se fazer reunião para mostrar ao povo como é, de verdade, a definição de democracia. No primeiro momento, quando estão essas autoridades com as portas fechadas, chegam a uma conclusão, a um “modelo” de pronunciamento, mas quando abre a porta e vêem o sol, muda tudo ou quase tudo.

Será que o astro rei, o Sol, é o responsável pelo “amolecimento daquelas moleiras”? Ou é o sol que, com sua majestade faz os “entendimentos” entabulados se desfazerem como pó ao vento?

Não possível que todos falem da mesma democracia!

São mulheres e homens experimentadas e experimentados que acumulam falas e definições sobre democracia. Chega uma hora que a confusão é tão grande que não têm condições de chegar a uma conclusão e, nesse momento, vai tudo a perder, ou então a democracia é mesmo uma grande bola, onde se distribuem a parte.

É como se a democracia fosse igual ao globo terrestre, onde estão localizados vários países e cada país com um governo. Para identificar quem é o chefe se elege um presidente, ou se aceita um ditador, ou seja lá o que for.

Assim como os países estão distribuídos no globo terrestre, os que opinam sobre democracia, estão distribuídos o globo da democracia. Ocorre que, nessa hipótese os argumentos não se tornam vitoriosos porque não tem regra, cada um faz a sua.