quinta-feira, 31 de outubro de 2019

História da Federação das Indústrias do Estado do Amapá - Parte II


Rodolfo Juarez
No segundo semestre de 1991, houve a regionalização do Sesi e do Senai, com a transformação de cada uma das delegacias em Departamento Regional do Sesi e Departamento Regional do Senai.
Durante a última reunião ordinária de 1991 do Conselho Nacional do Sesi, e a última reunião ordinária do mesmo ano do Conselho Nacional do Senai, foi encaminhada e aprovada a regionalização dos dois departamentos: o Departamento Regional do Sesi e o Departamento Regional do Senai, vinculados à Federação das Indústrias do Estado do Amapá.
O Serviço Social da Indústria (SESI), criado pela Confederação Nacional da Indústria em 1.º de julho de 1946, por ordem do presidente da República Eurico Gaspar Dutra constante no Decreto-Lei 9.403, de 25 de junho de 1946, com a finalidade de planejar e executar medidas que contribuíssem para o bem estar social dos trabalhadores na indústria e nas atividades assemelhadas. 
Mais tarde foi aprovado o Regulamento do Serviço Social da Indústria (SESI) pelo Decreto Federal n.º 57.375, de 2 de dezembro de 1965. Nos 70 artigos do Regulamento do Sesi estão todas as regras que devem ser observadas e praticadas pelos seus gestores. No artigo 5.º do Regulamento está listado o rol dos principais objetivos o Sesi, quais sejam: alfabetização do trabalhador e seus dependentes, educação de base, educação para a economia, educação para a saúde (física, mental e emocional), educação familiar, educação moral e cívica, e educação comunitária.
O art. 37 do Regulamento do Sesi define que nos estados onde houver federação de indústrias, oficialmente reconhecidas e filiadas à Confederação Nacional da Indústria será constituído um Conselho Regional e instalado um Departamento Regional do Sesi com jurisdição em toda o Estado e  que os órgãos regionais, embora sujeitos às diretrizes e normas gerais estabelecidas, no que se refere à administração dos seus serviços, gestão dos seus recursos, regime de trabalho e relações empregatícias.
O presidente da Federação das Indústrias é o presidente do Conselho Regional do SESI e Diretor do Departamento Regional do SESI, por ordem dos artigos 38 e 44 do Regulamento daquela instituição.
Já o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) foi criado diretamente pelo presidente da República, Getúlio Vargas, em 22 de janeiro de 1942, com a competência para organizar e administrar, em todo o país, escolas de aprendizagem dos industriários. A ordem está no Decreto-Lei n.º 4.048, publicado no diário Oficial da União, em 24 de janeiro de 1942.
O SENAI, tanto a nível nacional como regional, é orientado por dois organismos: um encarregado do planejamento e definição política organizacional, os conselhos nacionais e regionais, como órgãos normativos; e o departamento nacional com os departamentos regionais, órgãos de administração, encarregados da execução do que é planejado pelos respectivos conselhos.
O presidente da federação das indústrias do Estado será o presidente do Conselho Regional do SENAI ou um representante indicado pelo presidente. Já o Departamento Regional do SENAI será dirigido por um diretor nomeado, mediante entendimento com o presidente do Conselho Regional, pelo presidente do Conselho Nacional do SENAI, é o que orientam os artigos 32 e 37 do Regimento do SENAI.
Observando as ordens decretadas e os regimentos tanto do SESI como do SENAI, o presidente da Federação das Indústrias do Amapá, Francisco Leite da Silva, ouvido pelo presidente do Conselho Nacional do SENAI, concordou com a nomeação do primeiro Diretor Regional do SENAI/AP, o professor Helito Hora Fontes Menezes.
Foi, também, designado para primeiro superintendente do Departamento do SESI/AP o professor José Figueiredo de Souza, que já vinha atuando como professor de educação física da Delegacia do SESI do Pará, no Amapá (continua no próximo artigo).

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

A história da Federação das Indústrias do Estado do Amapá - Parte I


Rodolfo Juarez
A Federação das Indústrias do Estado do Amapá (Fieap), fundada no dia 14 de dezembro de 1990, com o nome de Federação das Indústrias do Amapá (Fiap), pelos presidentes e delegados dos sindicatos que se constituíram no grupo de sindicatos fundadores da atual Federação das Indústrias do Estado do Amapá (Fieap), ou seja: Sindicato das Indústrias de Produtos Gráficas do Amapá (SIGAP), Sindicato Estadual das Indústrias de Alfaiataria, Confecção, Tapeçaria e Estofados (SEIACTE), Sindicato Estadual das Indústrias de Alimento, Panificação e Confeitaria (SEIAPC), Sindicato Estadual das Indústrias de Madeira e Artefatos de Madeira (SEIMAM) e Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amapá (SINDUSCOM/AP), representados pelos seus respectivos presidentes e delegados.
Os presidentes e delegados de sindicatos que participaram da reunião de fundação da Federação das Indústrias do Amapá (Fiap) foram os empresários: Francisco Leite da Silva (construção civil), Rodolfo dos Santos Juarez (costura industrial), Gilberto do Carmo Pinto (construção civil), Walter Sampaio Cantuária (indústria gráfica), Pierre Alcolumbre (construção civil), Claudionor Soares Barbosa (construção civil), Nilson Matos (construção civil), Izaias Matias Antunes (oleiro cerâmico), Ladislau Pedroso Monte (construção civil) e Joferson Costa de Araújo e Silva (indústria da madeira).
Atuou, secretariando a reunião de fundação da Federação das Indústrias do Amapá (Fieap), Roberto Coelho do Nascimento (Roberto Gato). A reunião de fundação aconteceu na Avenida Mendonça Furtado, n.º 1526, em Macapá/AP, no salão de reuniões da empresa L.C.L - Leite Construções e Comércio Ltda.
Logo em seguida à fundação da Federação das Indústrias do Amapá foi aprovado o Estatuto da entidade que passaria a orientar a eleição da primeira Diretoria que ficou assim composta: Presidente, Francisco Leite da silva; Vice-Presidente, Rodolfo dos Santos Juarez, e mais 4 vice-presidentes, 4 diretores adjuntos, o primeiro e o segundo secretário e o primeiro e o segundo tesoureiro.
A nominata foi apresentada em cartório para registro da primeira diretoria e do conselho fiscal (também eleito na reunião de fundação), no final do ano de 1990.
A primeira sede da Federação das Indústrias do Amapá (Fiap) foi um prédio alugado e localizado na Avenida Independência, hoje Binga Uchoa, onde permaneceu por dois anos, até o final de 1992.
Com os registros cartoriais, os documentos de apresentação de toda a Diretoria e do Conselho Fiscal e outros documentos constante do rol de exigências da CNI, o presidente Francisco Leite e eu, o vice-presidente, fomos a Brasília para solicitar a filiação da Federação das Indústrias do Amapá (Fiap) na Confederação Nacional da Indústria (CNI) o que aconteceu na reunião ordinária do Conselho de Representantes da CNI, realizada no final do mês de março de 1991.
A meta seguinte era a regionalização dos departamentos regionais do Sesi e do Senai. O que veio a acontecer no segundo semestre de 1991, depois das reuniões havidas no Conselho Nacional do Sesi e Conselho Nacional do Senai com a transformação de cada uma das delegacias regionais respectivas em Departamento Regional do Sesi e Departamento Regional do Senai.
Naquele momento a estrutura física tanto do Sesi como do Senai, no Amapá, não estavam adequadas ao padrão observado nos departamentos vinculados às federações de indústria de outros estados, precisando de melhorias tanto na estruturação como nos projetos voltados para a comunidade industrial do Amapá, justificado por serem delegacias de departamentos de uma federação de indústria de outro estado.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na época, era o senador Albano Franco, eleito pelo Estado de Sergipe e com mandato de senador até 1994, que demonstrava grande interesse nas respectivas regionalizações (continua no próximo artigo).

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Competitividade: Amapá fica com zero nos pilares Educação e Máquina Pública.


Rodolfo Juarez
Saiu na semana passada o Ranking de Competitividade dos Estados, Edição 2019, publicada pelo Centro de Lideranças Públicas que, desde 2008, desenvolve líderes públicos empenhados em promover mudanças transformadoras por meio da eficácia da gestão e da melhoria da qualidade de políticas públicas.
Segundo a mesma publicação, a necessidade de mais líderes no setor público é notada em todas as hierarquias. O setor público tem dificuldades na mobilidade, por estar mergulhado em burocracias, exige ações objetivas que, por sua vez, só podem ser tomadas por verdadeiros líderes públicos.
As marcas dessa crise de lideranças se fazem presentes na falta de uma agenda local e nacional de desenvolvimento, na grande burocracia e nos projetos sem fim, que tanto marcam a política de infraestrutura nos estados e nacionalmente.
A divisão da análise em 10 pilares temáticos possibilita identificar, dentro de cada um dos 10 pilares, quais os pontos fortes e os pontos fracos que posicionam em um ranking nacional, permitindo a classificação de cada estado considerando 69 indicadores que são avaliados na pesquisa.
Aliado à vontade política, essa análise se constitui em uma poderosa ferramenta para balizar as ações dos governos estaduais e garantir a melhoria de padrões socioeconômicos pela atração de capitais que implicarão na oferta de empregos e o desenvolvimento fiscal do estado.
É certo que a competitividade de um Estado está diretamente ligada à capacidade de ação dos seus líderes públicos, partindo da base para a construção do legado da competitividade para aqueles governos que assim desejarem fazer.
Um ambiente onde existe competição saudável entre pessoas, equipes e organizações, é natural que ocorram maiores incentivos para a melhoria de resultados, bem como para a inovação em instrumentos e métodos que possibilitam a superação de desafios.
O setor privado é uma esfera social competitiva por natureza. Já o setor público, tornou-se, para muitos, um ambiente não competitivo e, por isso, não ser regido por leis de mercado, o setor público deveria ser guiados por critérios como justiça e equidade,  princípios que não são objetos fins do setor privado.
O elemento competitivo é compatível com a ideia de uma república federativa, como a que se propõe o Brasil. A competição saudável faz com que estados e municípios busquem melhorar seus serviços públicos, atraindo empresas, trabalhadores e estudantes para ali viverem e se desenvolverem social e economicamente.
Em suma, as comparações entre estados e entre municípios possuem grande potencial para melhorar a eficácia das políticas públicas, fornecendo um mapeamento dos fatores de competitividade e de fragilidade em cada unidade da federação ou mesmo em cada município de um mesmo estado.
A seleção de indicadores e dos pilares de sustentação é uma escolha que deve estar na estratégia para obtenção dos resultados desejados.
O Estado do Amapá, no Ranking de Competitividade dos Estados brasileiros, como os outros estados, foi avaliado em 10 pilares e 69 indicadores, agora em 2019, e ficando em 24.º lugar entre os 27 estados da Federação.
Foram considerados, para essa análise, 10 pilares. São eles: segurança pública, sustentabilidade social, infraestrutura, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, inovação, potencial de mercado e sustentabilidade ambiental.
O Estado do Amapá obteve as seguintes posições na comparação com todos os estados brasileiros: Infraestrutura, 19.ª posição (26,1%); sustentabilidade social, 25.ª posição (17,2%); segurança pública, 18.ª posição (50,4%); Educação, 27.ª posição (0,0%); solidez fiscal, 7.ª posição (81,4%); eficiência da máquina pública, 27.ª posição (0,0); capital humano, 3.ª posição (66,7%); sustentabilidade ambiental, 16.ª posição (47,8%); potencial de mercado, 21.ª posição (14,5%); e Inovação, 15.ª posição (29,7%).
Na classificação utilizada o maior percentual é de 100% e o menor 0%. O Amapá ficou na 27ª (0,0%) posição em dois pilares, Educação e eficiência da máquina pública. Duas sustentações decisivas para as aspirações de competitividade no mercado.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Eleições municipais 2020: o que os pré-candidatos a vereador precisam ficar sabendo.


Rodolfo Juarez
As eleições municipais de 2020 serão realizadas, o primeiro turno de votação, no primeiro domingo de outubro (4) e o segundo turno de votação no quarto domingo (25).
No primeiro turno serão conhecidos os vereadores eleitos e, no segundo turno, caso não haja maioria absoluta de votos válidos, no primeiro turno, de um candidato a prefeito em município com mais de 200 mil eleitores, haverá a necessidade o segundo turno entre os dois candidatos a prefeitos mais votados.
No Amapá, apenas o município de Macapá tem mais de 200 mil eleitores, aptos a votar nas eleições municipais de 2020. Assim, os outros 15 municípios do estado conhecerão os seus prefeitos também no dia 4 de outubro.
Tem novidades para as eleições municipais de 2020 e que devem criar dificuldades para muitos candidatos e alguns partidos, é a ordem contida na Emenda Constitucional 97 que veda as coligações partidárias nas eleições proporcionais e estabelece normas sobre acesso dos partidos políticos aos recursos do fundo partidário e ao tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão.
Então são duas as principais novidades que precisam ser conhecidas, e muito bem, por todos aqueles que estão com a intenção de disputar as eleições municipais de 2020 e, também, aqueles que planejam, através dos partidos, o sucesso na campanha eleitoral, com dirigente partidário ou orientador desse dirigente.
A primeira novidade é a proibição de coligação na eleição proporcional para vereador. Diz o texto do parágrafo primeiro do artigo 17 da CF (EC 97) que é “vedada a celebração de coligação nas eleições proporcionais”.
Ora, para pleitear uma candidatura o eleitor precisa estar regular perante a Justiça Eleitoral e filiado a um partido político. Antes da proibição de coligação nas eleições proporcionais, os pré-candidatos, com raras exceções, não procuravam saber quais regras o partido político tinha para que o eleitor pré-candidato seguisse e participasse da convenção, a reunião de escolha dos candidatos.
Pois bem, a mesma Emenda Constitucional 97 assegurou aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre a escolha, formação de seus órgãos permanentes e provisórios, sua organização funcional e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações majoritárias.
O pré-candidato a vereador, portanto, precisa conhecer a estrutura interna do partido ao qual está filiado ou pretende se filiar, e tudo que diz respeito às regras de escolha de candidatos, por aquele partido, para disputar as eleições proporcionais, já que não haverá coligação.
A segunda novidade é com relação ao recurso do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na TV. A Emenda Constitucional 97 define que somente terão direito a recurso do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão os partidos políticos que têm determinado número de representantes (deputados federais) na Câmara dos Deputados.
Então o eleitor pré-candidato precisa saber se o partido escolhido tem a representação suficiente na Câmara dos Deputados para ter dinheiro do fundo partidário e tempo de televisão, elementos quase que indispensáveis para as pretensões de qualquer candidato.
As regras básicas, contidas na Emenda Constitucional 97, referente ao fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão estão no inciso I, do parágrafo primeiro, do artigo terceiro. Uma das condições é de que o partido tenha elegido, nas eleições de 2018, pelo menos nove deputados federais distribuídos em pelo menos 9 unidades da Federação.
O candidato a vereador nas eleições municipais de 4 de outubro de 2020 fica ciente de que não haverá coligação nas eleições proporcionais e que não está assegurado a todos os partidos o dinheiro do fundo partidário e o acesso à propaganda gratuita no rádio e na televisão.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

O professor e o dia a dia na sala de aula


Rodolfo Juarez
Assumi as primeiras salas de aula, como professor, em 1966 com 20 anos de idade, depois de ser habilitado em exame de suficiência para magistério do ensino médio, em Matemática, no 1.º ciclo, habilitado pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade Federal do Pará.
Ser professor, naquela época, na Escola Santa Bartolomea Capitânio, com as atividades de todo o corpo diretivo exercido por freiras, exigia muitos predicados que, aparentemente eu não os acumulava para apresentar. Então me vali das recomendações daqueles professores que tinham me habilitado e das promessa que pude fazer.
Ser professor naquela época exigia predicados que decidiam os rumos do profissional conforme a sua avaliação no desenvolvimento do seu trabalho. Sabendo disso me valendo dos conhecimentos que tinha e do treinamento dado pela equipe da UFPA, me esforcei para fazer o melhor. Precisa ter o apoio da direção da Escola, dos pais das alunas (a turma só de meninas) das próprias alunas.
Depois de um mês de trabalho e das primeiras reuniões na escola, vi que tinha acertado na decisão e que estava muito satisfeito com o resultado até aquele momento e com perspectiva de melhoria. Tinha autonomia para buscar o melhor resultado da aprendizagem das alunas, esse um dos principais indicadores da avaliação.
Passados 53 anos muita coisa mudou na relação entre professores, alunos, família e empregador. Infelizmente não melhorou e os resultados não aparecem e, quase na totalidade dos casos a cobrança é feita sobre a atuação do professor no contexto. As famílias chegam a imaginar que a educação dos próprios filhos-alunos é da escola ou, em última análise do professor.
Ser professor nos dias atuais virou uma profissão de amor e coragem, isso devido às inúmeras dificuldades que um docente passa ao longo de sua carreira profissional. Dentre as reclamações estão à superlotação nas salas, ausência dos pais nas escolas, falta de autonomia, violência, baixo salário entre outros.
A profissão de professor está com dificuldade para ser reconhecida não apenas por  não ter um salário digno, mas com ações que beneficiasse professor, aluno e a relação com as famílias e os contratantes.
A violência tem sido um dos principais motivos desistência da profissão. Já são inúmeros os casos de abdicação por medo, com agressões vindas dos alunos, tanto verbais como físicas, além das agressões consumadas pelas redes sociais que maltratam e entristecem os professores vocacionados.
O professor de hoje precisa ter em seu acervo de conhecimento uma quantidade enorme de informação, e ainda procurar transformar tudo isso em práticas diárias. Seu tempo é curto: ele precisa preparar aulas, provas, corrigir testes e exercícios, participar de reuniões, atender a pais e alunos, manter-se informado, fazer cursos de atualização. Isso tudo sem contar o tempo que passa dentro da sala de aula.
Quando trazemos as questões para o Estado do Amapá o cenário não muda, as dificuldades aumentam, os problemas se agigantam e as soluções ficam cada vez mais difíceis. O dia a dia da sala de aula está imprevisível e, de certa forma, perigoso.
Tempo ruim para comemorar o Dia do Professor.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

O tempo é curto, mas... nem tanto.


Rodolfo Juarez
O comportamento político-administrativo do senador Davi Alcolumbre tem surpreendido aqueles que não conhecem o zelo que tem quando da elaboração do cronograma de ação e o cumprimento da agenda decorrente.
Não haveria logística que suportasse a diversidade de compromissos se não fosse com uma estratégia obediente a todos os pontos de uma programação para permitir que, mesmo num momento tão delicado em Brasília, onde todas as palavras têm que ser calculada, não trata diferenciado do que é importante para o Estado do Amapá, mesmo entendendo as dificuldades e a comodidade que os agentes públicos estaduais têm para acompanhar o empenho e o desempenho do senador.
Depois de uma semana em Brasília, que exigiu argumentações e justificativas que levaram à votação e aprovação, em primeiro turno da reforma da Previdência, restou encaminhar as providências para a votação, no Senado, em segundo turno daquela reforma, que acabou sendo adiada por não ver atendida uma de suas bandeiras mais tremulantes desde quando tomou posse na Presidência da Mesa do Senado, a da alteração no Pacto Federativo.
Todas as indicações apontavam para a permanência do presidente do Congresso em Brasília para que, no final de semana fosse fechado o compromisso da votação em segundo turno da reforma da Previdência.
Mas já havia agendado compromissos no Estado e um deles desafia, há muitos anos, a capacidade técnico-administrativa do Dnit para concluir 110 km de estrada na Rodovia BR-156 – Tramo Norte, no trecho entre Calçoene e Oiapoque, onde se constatou a frustração da execução dos serviços, mesmo com a assinatura e publicação da Ordem de Serviço para a empresa selecionada em processo licitatório conduzido pelo próprio Dnit.
Os usuários daquele trecho da BR-156 conhecem muito bem o que é enfrentar uma estrada intrafegável quando tem na carreta mercadoria perecível, no ônibus como passageiros, crianças e adultos que, perplexos, se propõe ajudar o condutor, em um esforço que sabe insuficiente para vencer os atoleiros.
Davi sabe desse drama diário durante todo o inverno para os que precisam chegar a sede do município de Oiapoque ou dela voltar.
Tendo a tiracolo o ministro da Infraestrutura e o diretor do Dnit, com o testemunho de colegas da bancada federal do Amapá em Brasília, o governador do Estado, a prefeita de Oiapoque, entre outras responsáveis em administrar os interesses dos que há anos reclamam das condições da rodovia.
Ficou a impressão que ninguém, nem o ministro, nem o diretor do Dnit, saiu de lá sabendo que serão pressionados em Brasília para que, finalmente se conclua a obra mais antiga rodovia do Brasil.
Dinheiro tem (já teve mais), mas foi apresentado o que está disponível e recebida a promessa de que não faltará dotação para a conclusão dessa rodovia de indução ao desenvolvimento de uma das regiões de fronteira do Brasil.
E essa foi apenas um dos pontos da agenda que ainda contou com regularização de área urbana na cidade de Oiapoque, aplicação do material do desmonte do antigo aeroposto de Macapá para melhorar as condições do aeroporto de Oiapoque e mais uma série de compromissos agendados e cumpridos no domingo e segunda-feira, pois tarefa igualmente importante, desta vez para o Brasil, espera do presidente do Congresso, em Brasília, na terça-feira.

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Algumas facetas das ONGs na Amazônia


Rodolfo Juarez
As organizações não governamentais, contadas às centenas na Região Amazônica, estão percebendo que o governo brasileiro está disposto a organizar a atuação dessas organizações de tal forma a ter ciência de que o que dizem fazer corresponde com o que realmente fazem.
As notícias desencontradas e os interesses de governos estrangeiros para com as questões da região mais preservada do Brasil, a região Amazônica, precisa de um mínimo de controle, se não vai parecer que estão inseridos em um país onde as questões de interesse nacional estão descontroladas.
A região amazônica tem riquezas que atraem aventureiros, verdadeiros depredadores do ambiente, justificando seu comportamento pela forma como chegam às riquezas entranhadas na região, tanto às da biodiversidade como aquelas classificadas como minerais nobres e raros no mundo.
Empresas instaladas e pertencentes a governos estrangeiros, como a gigante Hidro, no estado do Pará, que já encontraram o que queriam e se transformaram em gigante entre aquelas operando no mercado mundo, precisam encontrar uma forma de continuar as suas pesquisas, isso é obvio, e não podem deixar de manter no território da região, técnicos, os mais preparados, para continuar as pesquisas e garantir o domínio sobre áreas da Amazônia, não só detendo o conhecimento técnico como passar a impressão que estão atuando na preservação que propalam na imprensa europeia.
E qual a melhor foram de fazer isso e parecer que está contribuindo com o desenvolvimento sustentado da Amazônia?
Patrocinando ou criando ONGs, com os mais diversos objetivos, porque diversos são os seus interesses na região. Então se identifica incursões para relacionamento amistoso com os índios, sua principal fonte de informação, com o detalhe de que pode ser, essa informação, fornecida na língua do país interessado e, assim, ensinar o índio a falar inglês ou francês, ou qualquer outra língua, desde que seja mantido o segredo sobre o que estão fazendo na região.
Um exemplo é relevante quantidade de pesquisadores que estão no norte do Estado do Amazonas, na região onde se sabe estão grandes minas de Nióbio.
Descoberto em 1801 pelo inglês Charles Hatchett, o Nióbio, o mais leve dos metais refratários, é utilizado principalmente em ligas ferrosas. É tão poderoso que é utilizado na escala de 100 gramas para cada tonelada de ferro criando aços bastante resistentes que são utilizadas em tubos de gasodutos, motores de aeroplanos, propulsão de foguetes e em outros chamados supercondutores, além de soldagem, indústria nuclear, eletrônica, lentes ópticas, tomógrafos, entre outras aplicações.
Com 99% das reservas do mundo e mais de 90% da comercialização mundial, o Brasil explora muito pouco, quando comparado com a da capacidade disponível.
O nióbio é o ele­mento metálico de mais baixa con­cen­tração na crosta ter­restre, sendo encontrado na natureza a uma pro­porção de 24 partes por mil­hão. Cada vez mais essencial à tecnologia atual por ser altamente resistente às altas temperaturas e à corrosão, o Nióbio, número 41 na tabela periódica, é alvo de muitas polêmicas.
Em relatos vazados o governo americano caracteriza o Nióbio como um recurso estratégico e imprescindível para os planos americanos e outros países.
Com bilhões de toneladas já confirmadas do minério em solo brasileiro e centenas de anos de extração (somente em uma das minas), caso mantenha-se a extração atual, o país exporta cerca de 70 mil toneladas por ano.
Mas por que tão pouco? Para elevar o preço? Não, pois segundo alguns, estamos vendendo uma das maiores riquezas brasileiras à preço de banana, gerando variados apontamentos de fraude e uma forte atuação das ONGs patrocinadas por governos estrangeiros.
Preservar de verdade e centrar os interesses conforme as aspirações da população brasileira e, em especial da Amazônia, só com labor dos ribeirinhos e das comunidades regionais, sem qualquer influência estrangeira. Nota-se, entretanto, que apesar da abertura que os dirigentes brasileiros sempre deram para as ONGs, elas evoluíram para pedir a internacionalização da região mais rica e mais preservada do mundo.