Rodolfo Juarez
Nem mesmo a
seleção brasileira conseguiu dar uma trégua na desconfiança geral que
experimenta a população brasileira nos dias atuais devido às manchetes do
petrolão, da inflação, da recessão, do desemprego e da corrupção.
Era tudo o que
os administradores brasileiros, especialmente da União e da Confederação não
queriam. Mas a mediocridade prevaleceu, a falta compromisso predominou e o
resultado foi a desclassificação de uma competição continental. Nada daquelas
que tem representante do outro lado do Atlântico ou dos países que ficam acima
da Linha do Equador.
Os brasileiros
da seleção de futebol foram incompetentes. E logo no momento de que tanto
precisavam os que mandam no Brasil e no futebol brasileiro.
O placar, a
forma ou as condições pouco importam nesse momento. Não há desculpa da
altitude, de melhor condicionamento dos adversários ou da falta de mimos para
os jogadores selecionados.
Foi ruindade
mesmo!
E onde começa
tudo isso?
Naturalmente que
os problemas começam na estrutura administrativa do futebol, cheia de cartolas
descomprometidos, onde a honestidade não é o forte.
O acontecido
recentemente na Suíça, na sequência da Copa do Mundo realizada no Brasil, onde
o povo espera pelo prometido e que foi catalogado como o “legado da Copa” para
a população, é uma consequência.
Não teve
legado nenhum para o povo. Mas se soube do “legado” que manteve o representante
da administração do futebol brasileiro na Fifa preso em Genebra e a saída do
ambiente da conferência do presidente da Confederação Brasileira, vindo se
homiziar no Brasil, tomando a grande providência de mandar tirar o nome da
“autoridade retida” da fachada do prédio que abriga – ou se esconde -, a CBF.
No campo o que
se viu na Copa América, antes de começar a competição, foi um amontoado de
jogadores, cada qual querendo aparecer individualmente, para garantir alguns
euros a mais, de preferência.
O Brasil não
se deu bem, mas o jogador Roberto Firmino, esse sim, não tem do que reclamar.
Dunga não
conseguiu comandar a equipe. Preferiu olhar para trás no tempo e ver os jogos
amistosos que havia ganhado e para cima, para ver nas cabines da TV Globo o seu
parceiro: Galvão Bueno e seus miquinhos amestrados.
No campo um
time indisposto, não reconhecendo a bola como instrumento de trabalho e
aprimorando os acenos para os torcedores confiantes que sempre estão prontos à
aplaudir.
Até a
Venezuela que não tem o futebol como prioridade em seu amadorismo ou mesmo no
profissionalismo bolivariano, ofereceu tanta resistência que só não ganhou o
jogo e desclassificou o Brasil logo ali, porque não tinha confiança nas suas
possibilidades e nem as informações da mediocridade do time brasileiro.
Os
comentaristas que falam a verdade e não fantasiam para justificar as inverdades
dos “donos” das transmissões exclusivas dos jogos, estão agradecendo aos
paraguaios pelo que poderia ser a repetição do vexame havido na Copa da Fifa
quando a seleção foi desmoralizada pela Alemanha.
A vez seria da
Argentina. Pronta – ou quase – para tentar repetir a ocorrência daquela outra
semifinal.
O vexame verde
e amarelo não vai se repetir. Antes tinha uma seleção com razoáveis jogadores e
muita disposição – a do Paraguai.