quarta-feira, 1 de setembro de 2010

OS ENGENHEIROS ESTÃO PREJUDICADOS

OS ENGENHEIROS ESTÃO PREJUDICADOS
Já faz algum tempo que os profissionais engenheiros vêm tendo dificuldades no item confiança dos gestores púbicos que ficam à frente dos executivos do Estado e do Município de Macapá.
Os governadores do Estado e os prefeitos do município têm encontrado ao que parece, muitas dificuldades para depositar confiança nos engenheiros, sejam aqueles que pertencem aos diversos quadros públicos, sejam aqueles engenheiros que não têm qualquer vínculo com o serviço público.
Desde o começo da administração do governador Waldez Góes que as secretarias de transporte e de infraestrutura não tiveram como titular um engenheiro e desde os tempos do prefeito João Henrique, que a secretaria de obras do município de Macapá não era ocupada por um profissional engenheiro.
Alcir Matos, arquiteto, comandou a secretaria de infraestrutura do Governo do Estado por quase todo o tempo em que Waldez esteve como governador. Da mesma forma, um bacharel em direito, Rodolfo Torres, comandava a Secretaria de Estado dos Transportes sem uma explicação convincente para os engenheiros.
Os resultados apurados a partir desses comandos não foram indicadores que justificassem a escolha. Com reação à cidade de Macapá, quando o protético João Trajano foi secretário de obras do município, se alcançou a maior crise urbana que a Capital do Amapá experimentara em toda a sua história.
Também foi constatada a maior dificuldade para o desenvolvimento do plano de obras do governo, gerenciado pela Secretaria de Infraestrutura, que foi sumindo, sumindo, até que desapareceu completamente, deixando uma lista incrível de obras inacabadas e outras com problemas de gerência que até agora padecem ao relento e sem qualquer perspectiva de ser concluída em curto prazo.
Na Secretaria de Transporte os resultados também não foram os melhores e nem se colocaram entre os períodos razoáveis de outros governos. Também os relatórios anuais sempre vinham cheios de justificativas para explicar o “porque” na não conclusão de pontes, asfaltamento de estradas, melhoria nos acessos em terra de chão e no transporte intermunicipal.
E para piorar a situação, a relação desses secretários com os engenheiros que formavam na hierarquia das secretarias acabavam por não ter oportunidade de fazer valer a técnica em prejuízo aos resultados nas finalizações das obras, como aconteceu com as obras do PAC/AMAPÁ e de outros setores sociais como as obras no Estádio Estadual Milton de Souza Correa, o Zerão; da Cidade do Samba; e de importantes escolas estaduais, entre outras.
Nem mesmo o acidente ocorrido durante a construção da ponte sobre o Rio Vila Nova, quando morreram quatro operários depois do deslocamento e queda de duas vigas sobre as pessoas, em um provável erro na técnica construtiva ou nas atribuições preventivas que deviam ser exercidas pela fiscalização da obra.
E os desafios aos engenheiros continuam.
Agora mesmo, depois da exoneração do bacharel em direito, Rodolfo Torres, do cargo de Secretário de Estado de Transporte do Governo do Estado, nenhum engenheiro foi chamado e para lá foi nomeado, mesmo que interinamente, um profissional que não tem a habilitação suficiente para responder por aquele órgão eminentemente técnico. Pode ser anúncio de novos erros, de outros resultados ruins.
As entidades como Sindicato dos Engenheiros, Clube de Engenharia, Conselho Regional de Engenharia, precisam buscar informações para responder, não aos engenheiros, mas à população, o que está acontecendo e o “porque” da discriminação.

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