Rodolfo Juarez
O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou no
último dia 27 agosto de 2020, a estimativa da população brasileira no dia 31 de
julho deste ano.
Os censos
demográficos são planejados para serem executados nos anos de final zero, ou
seja, a cada dez anos o censo é realizado pelo Instituto. Desta forma o último
censo foi realizado no Brasil foi em 2010 e o próximo estava programado para
este ano (2020). Previsto para ser realizado
entre agosto e outubro de 2020.
Pelos planos do IBGE seriam visitados todos os domicílios do país e
qualquer morador capaz de fornecer as respostas às perguntas do questionário
poderia responder ao recenseador por todos os demais moradores daquele
domicílio.
Mas veio o novo coronavírus e mudou o plano do IBGE que teve que adiar a
coleta de dados na forma que se tornou regra através da estimativa da população
como nos anos de não coleta e sempre apurados em julho com divulgação em
agosto.
A estimativa da população é feita por fórmulas aritméticas relativamente
simples, tomando por base os números apurados em 2010. A distância do ponto
zero da realização do censo de 2010 para o ano de 2020 tem possibilidade muito
forte de definir números que estão fora da atualidade populacional real do
município, com severa implicação nos números da população brasileira.
O adiamento do Censo de 2020 obrigou o IBGE a programar o censo para
2021 tendo como referência a data de 31 de julho de 2021. A coleta está prevista para ser realizada
entre 1º de agosto e 31 de outubro daquele ano de 2021. O concurso com 208 mil
vagas destinado para a realização do levantamento em 2020 foi suspenso.
No Censo 2010, mais de 190 mil recenseadores visitaram 67,6 milhões de
domicílios nos 5.565 municípios brasileiros.
Por que o
censo é importante?
O censo é
importante para que cada um possa conhecer melhor o país, os estados e os
municípios. Os dados de um censo permitem responder, em um nível geográfico
detalhado, a perguntas como "Quantos somos?", "Como
somos?", "Onde vivemos?", "Como vivemos" etc.
Com as
informações do censo, o Governo pode, por exemplo: 1) identificar os locais onde é mais importante investir em saúde, educação,
habitação, transportes etc.; 2) descobrir lugares que necessitam de programas
de incentivo ao crescimento econômico, como instalação de pólos industriais; 3)
distribuir melhor o dinheiro público, dos Fundos de Participação dos Estados e
dos Municípios.
A sociedade em
geral também usa as informações do censo: 1) para escolher onde instalar suas fábricas, supermercados, shopping centers, escolas, cinemas
etc.; 2) para conhecer melhor os trabalhadores brasileiros - quem são, o que
fazem, como moram etc. Essa informação é muito importante para os sindicatos,
associações profissionais e entidades de classe; 3) para pedir a atenção dos
governos para problemas específicos, como a expansão da rede de água e esgoto,
a instalação de postos de saúde e assim por diante.
Quanto mais afastado do ponto zero do último censo, mais defasados ficam
os dados populacionais e podem suscitar dúvidas ou erros como a que está posto
no Estado do Amapá, onde o município de Itaubal, por exemplo, apresenta essa
impossibilidade: sua polução em 2020, pelo IBGE, é menor que o número de
eleitores inscritos para votar em 2020, pelo TSE. O IBGE afirma que são 5.617
moradores no município e o TSE conta 7.365 eleitores aptos a votar no dia 15 de
novembro.
Isso é impossível!
Nenhum comentário:
Postar um comentário