sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

POR QUE NÃO SE ANTECIPAR AOS FATOS?

Rodolfo Juarez
Toda vez que se aproxima a estação das chuvas é “um Deus nos acuda” para os moradores da Capital e de fora da Capital do Amapá. Eles, outra vez, já começaram a se preocupar com a aproximação desse tempo.
Até agora apenas a Defesa Civil veio a público mostrar o seu plano de ação para as necessidades próprias do período que, mesmo assim sendo consideradas, ainda carregam motivos de preocupação para os órgãos que trabalham com os problemas das águas de inverno.
Com relação às estradas, rodovias federais e não federais que interligam as regiões e as comunidades do interior, entre si e com a Capital, nada foi dito.
E sabido que as condições atuais são precaríssimas e, se o período das chuvas vier com grandes precipitações ou se vier com precipitações demoradas, certamente os isolamentos serão os primeiros problemas da equipe da Secretaria de Transporte do Governo do Estado.
Nesse momento já era para se estar orientando a população do interior e fazendo com que essa população conheça os planos de emergência para evitar desespero ou mesmo prejuízos para esses trabalhadores e suas famílias, que em maioria absoluta, não tem condições de ter qualquer prejuízo.
Dois pontos, entre tantos, são considerados críticos e que precisam de serviços urgentes: os ramais que ligam a BR-156 às sedes dos municípios de Pracuúba e Amapá. Apesar de serem dois trechos relativamente curtos, não receberam os serviços que foram aguardados durante toda a estação do sol.
Antes de ser um desleixo é uma falta de atenção ou, até, falta de programação, pois não há qualquer justificativa para não resolver um problema que é grave, mas exige poucos recursos.
As duas populações, a da cidade de Amapá e a da cidade de Pracuúba, estão inquietas e intranqüilas, pois já esperaram, por tanto tempo esse serviço, que nem mais têm onde guardar o resto da paciência que gastaram esperando.
Mas as populações de outros municípios que são interligados por estradas estaduais, estão igualmente preocupadas. Itaubal e Cutias são as duas sedes municipais mais prejudicadas e, sabem todos, que aqueles municípios não têm condições de realizar os serviços que precisam ser realizados nas rodovias.
A BR-210 que interliga a BR-156 às sedes municipais de Pedra Branca do Amapari e Serra do Navio, e segue até às aldeias, não é asfaltada, está com pó sob o leito da rodovia e, nas primeira chuvas haverá a destruição dos pavimentos e todo o serviço realizado será perdido e as condições da estrada prejudicada.
Na parte que segue para o sul, pela BR-156, e que atende as sedes municipais dos municípios de Laranjal do Jari e Vitória do Jari, foi um ano inteiro de sacrifícios para os usuários da rodovia. Um sacrifício que todos sabem que aumenta logo na primeira chuva mais forte.
Os transtornos, nesse trecho, crescem com as condições precárias das pontes de madeira que estão no limite da fadiga e, em alguns casos a ponto de cair e isolar os trechos da rodovia e os que precisam dela para trafegar.
Não pode haver a desculpa da falta de orçamento e, muito menos, de que o orçamento não está “aberto” em janeiro. Essas medidas físico-financeiras precisam estar prontas antes da chuva que todos sabem que vem e sabem, também, como é que ela vem.
Então, porque não se antecipar aos fatos? Porque não tomar as providências agora e garantir tranquilidade para os que precisam, pelo menos, dessa garantia?

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