sábado, 10 de dezembro de 2011

A REPROVAÇÃO

Rodolfo Juarez
As Instituições de Ensino Superior (IES) do Estado do Amapá precisam rever, rapidamente, as suas estratégias de conquista de confiança.
Os resultados apurados no último Enade e em outros critérios de avaliação para os cursos de biomedicina, fisioterapia e nutrição e que compuseram o CPC – Conceito Preliminar de Curso de 2010, se constituíram no pior resultado para as IES amapaenses que ficaram com notas 2, a maioria e 1 apenas uma das faculdades.
Tanto a nota 2, como a nota 1 indicam que o ensino ministrado naquela instituição avaliada é considerado insatisfatório, no conceito do Ministério da Educação e que, quando isso acontece a Instituição de Nível Superior (IES) precisa ser reavaliada e corre o sério risco de perder as condições para continuar ofertando os cursos.
Em todo o Brasil foram 2.794 vagas de cursos na área da saúde que o MEC resolveu cortar. Baseado no índice apurado que varia em uma escala de 1 a 5 e avalia especificamente os cursos - e não as instituições. São levados em conta a nota dos alunos no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), a infraestrutura e a titulação dos professores.
Os maiores cortes anunciados foram nos cursos de fisioterapia, que perderão 1.211 vagas a partir do próximo ano letivo. Desse total, 527 estão em universidades ou centros universitários e as demais, 684, estão em faculdades, escolas ou institutos.
As portarias publicadas no Diário Oficial da União no começo do mês, também determinaram o corte de 811 vagas em biomedicina e 772 em nutrição.
Além do corte de vagas, essas instituições terão suspensos todos os processos de regulação de cursos no MEC (como abertura de novas vagas que já estavam em andamento) e vão passar por um processo de supervisão, que envolve uma auditoria e um plano para sanar as dificuldades.
O MEC já havia anunciado o corte de outras 3.986 vagas nos cursos de odontologia, enfermagem e farmácia. No dia 18 de novembro, o corte já havia atingido 514 vagas de medicina por todo o Brasil.
Em Macapá foram cortadas as vagas de Biomedicina em duas Faculdades e um Instituto; Fisioterapia, nas mesmas duas Faculdades e do mesmo Instituto; e, Nutrição, em uma das Faculdades
Essas três instituições deveriam dar explicações para os seus alunos e, até, já informar os motivos do baixo conceito conferido e as providências que estão sendo tomadas para que as falhas sejam corrigidas.
A responsabilidade social dessas Instituições de Ensino Superior não pode se colocar ao contrário do que esperam os acadêmicos que, cada vez mais sentem que precisam obter conhecimento, com muito mais necessidade do conhecimento do que do “canudo”. Os concursos apuram conhecimento e não dão muita atenção para o diploma.
A Universidade Federal do Amapá – Unifap, ficou fora das instituições que tiram nota 2 na aferição do curso, entretanto, ficou no limite, com nota 3, e isso deve exigir dos dirigentes da Instituição um esforço redobrado para recuperar o tempo perdido e caminhar dentro dos novos limites que também lista as avaliações do Ministério da Educação.
Ainda há tempo. Os diretores e os mantenedores, entretanto, precisam entender que há necessidade de investimentos em todas as áreas da IES. Já está provado que não basta entregar aos acadêmicos a responsabilidade pelo resultado do Enade.
As informações já mostram que “Enade” já “virou matéria da grade”. Mas é preciso mais que isso, é preciso qualificação dos professores e investimento na infraestrutura que não só a física do prédio.

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