Rodolfo Juarez
O ano
de 2020 está acabando. É tempo de fazer balanço, avaliações, programações e
promessa para o ano que vai começar daqui a pouco. Um ano que desafiou a
população, principalmente a população idosa brasileira e de todo o mundo.
Os que
moram e trabalham no Estado do Amapá conviveram com exceções sociais, quebra de
rotina e modificações de comportamento a cada 15 dias. Parece que a esperança
das autoridades que modificaram o dia-a-dia das pessoas, se concentrava na
possibilidade de ter uma boa notícia a cada 15 dias.
Que
nada! O vírus invisível atacava de todos os lados, inclusive os quase indefesos
agentes de saúde que foram para a linha de frente, seguir o que juraram nas
solenidades de formatura nas ciências da saúde.
Médicos
e paramédicos se armavam com o que tinha à sua disposição para enfrentar o
vírus chinês. Levavam a desvantagem porque não conheciam o que tinham que
combater, sem informações e, apenas, com indicações que contavam com a
compreensão de um da população.
As
palavras aglomerações, quarentena, restrições, entre tantas foram repetidas
pelas autoridades que assumiram responsabilidades executivas, legislativas,
judiciária e de controle procurando criar condições para que a vida das pessoas
continuasse sendo vivida com menos riscos.
Para
alguns a política entrou no meio de tudo isso e prejudicou todo o processo que
tratava da proteção das pessoas contra disseminação do vírus.
A
imprensa, muito exigente nos seus direitos, não foi previdente nos seus deveres
e criou polo de prejuízo para os interesses da população, assuntando a já
assuntada população com a realidade e ainda tendo que absorver informações que
colocavam mais medo no povo do que informações para o modo correto de
acautelar-se.
O
cenário se compunha, sobremaneira, de empresa de comunicação querendo aumentar
o faturamento para levar a informação correta e, quando não conseguiu, partiu
para informar o outro lado da moeda, sempre dificultando as ações objetivas
daqueles que poderiam assumir a responsabilidade pela construção de uma forma
de defesa da população.
Não
fizeram assim. Preferiram politizar a questão e, nesse ambiente, as decisões
ficam dependendo de um entendimento que não existe e com a impossibilidade de acordo
pelo que colocaram em jogo – a primazia do apoio do povo.
Até
mesmo a vacina para criar ambiente no corpo humano para enfrentar, em combate,
o novo coronavírus, se transformou em uma questão política, ignorando que nessa
questão de vacinação em massa necessita de estrutura e de ambientes próprios.
As
vacinas estão ficando prontas e nada de entendimento. Os noticiantes do outro
lado da moeda dão a impressão que têm interesse em alongar a discussão e, se
acontecer o cisma, melhor para eles. Não estão interessados na população.
É este
desinteresse que pode estar dando fôlego para a população que, aborrecida de
tanta incoerência, também se torna incoerente e não obedece às ordens dos
administradores que querem uma coisa e a população, além de não querer essa
coisa, desafia ficando contra.
As
autoridades selecionadas pelo povo para administrar os interesses do povo não
percebem também, que elas são parte deste povo e não algo que o vírus evita.
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