Rodolfo Juarez
O tema
“Macapá do Presente” reflete uma realidade que poderia ser melhor, mais
organizada, com aproveitamento melhor do meio em que todos nós vivemos, quando
se analisa que essa cidade já poderia oferecer aos seus habitantes uma melhor
qualidade de vida e um sentimento moldado pela satisfação de viver.
O
artigo anterior cuidou de mostrar as dificuldades que a população se submete
com os serviços precários oferecidos por duas autarquias estaduais: a Companhia
de Eletricidade do Amapá (CEA) e a Companhia de Água e Esgoto do Amapá (CAESA).
A
Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) é uma sociedade de economia mista,
cujo acionista controlador é o Estado do Amapá. Atualmente, a CEA é a prestadora
designada à prestar os serviços de uma concessionária até que o Ministério de
Minas e Energia (MME) defina, através de leilão, um novo concessionário.
A
Companhia de Água e Esgoto do Amapá (CAESA) é a empresa responsável pelo
abastecimento de água tratada e saneamento básico no Estado do Amapá. Criada em
4 de março de 1969 e constituída em 24 de abril 1973. E uma empresa de economia
mista, com sede em Macapá, sendo o Estado do Amapá o acionista majoritário.
Criada para atender aos 16 municípios do Estado.
As duas
empresas além de apresentar resultados insatisfatórios ainda são
responsabilizadas por momento de incalculáveis prejuízos à população, como foi
caso do apagão do ano passado, no caso da CEA e o pífio índice de tratamento de
esgoto na Capital, que com seus 4% de índice deixa o Estado como aquele que tem
o pior indicador em todo o Brasil nesse item.
O tema
“Macapá do Presente” apresenta outras tantas dificuldades e uma dessas
dificuldades é de ordem geral: escassez de um programa de longo prazo que é
diferente daquele que está em desenvolvimento – Macapá 300 anos.
O
planejamento é para esta década, com metas bem definidas, inclusive de valores,
com um claro cronograma. A quantidade de obras inacabadas poderia ser a
principal preocupação dos dirigentes do município e do estado.
Dentre
as obras inacabadas estão a de diversos setores da administração: saúde,
educação, segurança, transporte, saneamento, entre outros. Salta aos olhos as
obras inacabadas do complexo do Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL), que
desde o final de 2013 estão completamente paralisadas.
Em
saneamento pode-se destacar o Canal da Mendonça Junior que teve com toda a sua
superestrutura destruída, com a justificativa que seria modernizada, mas a
única etapa realizada foi a da destruição do calçamento, da proteção com a
retirada das árvores. Pode ser visto por todos uma vez que fica no centro da
cidade.
Nessa
escala tem o terminal que foi definido e iniciado, depois abandonado, a partir
da segunda rampa da orla Santa Inês. Muitas outras obras iniciadas estão
inacabadas como estrutura urbana da parte da orla que é a continuidade do
prédio abandonado da Casa do Governador.
O
interior, além das rodovias estaduais definidas apenas por estrada de chão, tem
obras inacabadas em todas as sedes municipais.
É ou
não é motivo para a elaboração de um planejamento objetivo até para que as
bancada federal pudesse orientar as emendas parlamentares de forma organizada.
Um
levantamento expedido feito em 2011 indicou que, naquele momento havia
necessidade de uma dotação de R$ 1,4 bilhão de reais para executar um plano de
“ataque” às obras inacabadas. Até mesmo o empréstimo de R$ 1,1 bilhão junto ao
BNDES, efetivado em 2012 acabou gerando mais obras inacabadas.
A
avaliação dessas propostas é urgente, senão as obras nunca serão terminadas e a
população continuará insatisfeita.
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