Rodolfo Juarez
Esta semana, a
bordo de um dos taxis que faz ponto no “escritório” da Rua São José com a
avenida Coaracy Nunes, quando ia visitar um cliente, conversávamos, eu e o
taxista, sobre o dia a dia nosso e de todos.
Falávamos sobre o
presidente da República, o Governador do Estado e o prefeito de Macapá. Eu
aproveitando a sabedoria do taxista e ele me indagando querendo saber a minha
opinião.
Ambos francos e
falantes quando nos aproximávamos do sinal luminoso do cruzamento da Rua São
José e a Avenida FAB.
No cruzamento
destas duas importantes vias do sistema viário macapaense, duas situações nos
chamaram a atenção e acabou sendo objeto de comentário: uma a manobra que os
ônibus fazem quando deixam a “parada” da Praça Barão do Rio Branco, em frente a
uma loja de departamentos; em outra situação, membros de uma família portando
cartazes com fotografias de uma paciente renal, pedindo ajuda para deslocamento
para outro centro, que não Macapá, para, como estava escrito nos cartazes,
“fazer um transplante de rim”.
Naquele momento o
carro-taxi, em que estavam o taxista e eu, foi espremido por um ônibus
naquela manobra maluca e que persiste há um bom tempo. Reclamações daqui e
dali, entraram em um acordo, o taxista e o condutor do coletivo, depois que
ambos e eu, colocamos a culpa na CTMac. Valha-nos Deus!
A outra questão,
aquela em que os familiares pediam ajuda para o paciente fazer transplante de
rim, mereceu maior atenção de minha parte, principalmente depois que o taxista
foi informado por mim, que estou com 75 anos e que sou Paciente Renal Crônico
desde 2014 e que faço hemodiálise às segundas, quartas e sextas-feiras, desde
aquele ano, para suprir a necessidade do meu organismo que precisa funcionar
sem os rins estarem em atividade.
Quando ia informar
para um dos familiares da pessoa que estava nos cartazes pedindo de ajuda, o
sinal abriu e só deu tempo de falar rapidamente com o rapaz do cartaz. Disse
eu: “procura a Unidade de Nefrologia do Hospital das Clínicas Alberto Lima que
o paciente será assistido por médicos nefrologistas, enfermeiros e técnicos em
enfermagem, além de psicólogos e fisioterapeutas. Não ouviu mais quando gritei:
“Esse pessoal está preparado para receber os pacientes e encaminhá-los para a fila
dos transplantes, mantida e financiada pelo SUS”.
Não deu tempo. Logo
em seguida estávamos “entrando” na Av. FAB, levando a preocupação por não ter
podido melhor orientar os familiares do rapaz das fotos que estavam ali desde o
começo da manhã.
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