Rodolfo Juarez
Uma luz, ainda
distante, começa a aparecer no fim do túnel. As autoridades, ao que parece,
começam a se interessar pela realidade socioeducacional instalada no sistema,
muito embora indesejada por todos.
Os recentes
acontecimentos havidos em diversas localidades pelo Brasil e, pelo menos um
desses acontecimentos abortados aqui em Macapá, quando jovens e não tão jovens,
em ações suicidas ou sem explicação razoável, invadem escolas públicas e
particulares, para assassinar alunos, alunas, professores e aqueles que
estivessem à sua frente no momento.
Estarrecidos, na qualidade
de telespectador, ouvinte de rádio, ou ativos em redes sociais, as pessoas
acompanham as notícias, sofrem com o que recebem como informação e ficam sem
saber o que fazer.
Esses mesmos
telespectadores, ouvintes ou usuários das redes, se apercebendo da gravidade do
assinto e querendo fazer alguma coisa, contribuindo, agindo, ou movimentando-se
no sentido de definir de quem seria a responsabilidade para que, agindo
preventivamente, pudesse intervir no planejamento dessas ações criminosas.
As pessoas usuárias
das redes sociais já perceberam que, pelo menos os preparativos das últimas
ações criminosas foram divulgados, se não diretamente, mas indiretamente,
exigindo conhecimentos adicionais tecnológicos e interpretativos para ser
eficaz na cessação do plano criminoso, ainda na fase de planejamento.
A evidência, o medo
e o sentido de responsabilidade, já despertados até o ano passado, com o
episódio de Blumenau (SC), quando 4 crianças foram mortas e outras 5 lesionadas
por um maníaco de 25 anos de idade, colou um alerta no cérebro e no coração de
cada pessoa.
A movimentação das
autoridades, pelo Brasil e, também aqui no Amapá, no sentido de encontrar um
meio de ser mais eficiente e ágil do que os criminosos, criando condições de
conhecer os planos assassinos antes da sua consumação e intervir evitando a
morte de inocentes, no mais puro sentido da palavra, e deixando famílias
completamente destruídas para todo o tempo em que ainda viver.
É preciso que haja
uma interpretação dos fatos e uma rápida intervenção na organização daqueles
que estão responsáveis, não apenas pela segurança nas escolas e em todas as
repartições e ambientes públicos, mas que tenham a capacidade de construir uma
estratégia capaz de ser eficiente.
O Batalhão de
Operações Especiais da Polícia Militar do Amapá, surgir por uma necessidade
social, agora a sociedade amapaense precisa de um Batalhão de Operações
Especiais para as redes sociais, onde se sabe, planos são divulgados e que
permanecem publicados, sem chamar a atenção daqueles que são responsáveis pelo
sistema de segurança pública do Amapá.
Seria um BOPE
diferente, com mais tecnologia do que arma, mais análise do que ação, mais
precaução do que mira. Seria um pelotão da Segurança Pública voltado para as
redes sociais, acompanhando tudo, selecionando as ações que podem evitar os
massacres que estão acontecendo.
É urgente e
necessário!
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