segunda-feira, 3 de abril de 2023

Prefeitão ou prefeitinho?

Rodolfo Juarez

Em Macapá, esta semana, dois professores-doutores da Universidade Federal do Amapá, José Alberto Tostes, professor titular da Unifap, atuando no curso de Arquitetura e Urbanismo, nas áreas de Projeto, Projeto Urbano, Urbanismo, e Marco Antônio Augusto Chagas, atuando na coordenação do Curso de Ciências Ambientais, dedicando-se à pesquisa, se manifestaram sobre o tapume da Beira Rio, a obra que já deveria estar terminada e os prejuízos que a situação causa para a cidade e a população, sob as vistas do principal responsável, o prefeito de Macapá.

Os dois professores-doutores que estavam em passeio de bicicleta pela cidade, resolveram acessar à parte interna do canteiro da obra e foram surpreendidos pelo que viram.

Obra completamente paralisada, placa de obra informando que a obra já deveria, há bastante tempo, estar concluída e foram instados a avaliar os prejuízos que a população e a própria cidade estão tendo com aquela situação.

Os dois professores, com formação profissional em urbanismo e meio ambiente, se viram no compromisso de atestar a situação e denunciar a quem interessar, as condições como a obra, importante para a cidade, vem sendo cuidada pelo seu principal responsável, o prefeito de Macapá.

Depois de lamentar a situação e mostrar alguns dos prejuízos que estão afetando a vida da população macapaense, rebaixam a “patente” ou “nome político” do atual prefeito de Macapá, que se esforça para emplacar o aumentativo de “prefeitão” e que os professores-doutores, com toda autoridade que têm, preferem identificá-lo como “prefeitinho”.

Assim se manifestam no vídeo:

Dr. professor Marco Chagas: pessoal, estamos aqui na frente da Praça do Coco, entramos aqui no local da obra onde está o tapume, aqui atras a placa da obra, que já deveria ter encerrado, essa é uma obra da prefeitura, do prefeitão, mas aqui para a gente ele é um prefeitinho, não consegue terminar as obras. Então, prefeitinho, nós estamos aqui para mostrar para a população que as obras não estão andando. Então, botaram o tapume aqui, receberam a primeira parcela, a tal da instalação do canteiro da obra, e a obra não está tendo andamento.

Dr. professor Tostes: Bom, nos estamos aqui em frente à placa relativa a essa obra, ela deveria ter iniciado no dia 8 de abril de 2021 e encerrado em outubro do mesmo ano e nos já estamos em abril de 2023. O fato deste lugar estar tudo cercado gera um prejuízo enorme para a sociedade, pois, como se pode perceber não tem nenhuma movimentação de obra após dois anos de instalada a placa e fechada a área. Isso gera um prejuízo para todos os vendedores do entrono e da população que não tem acesso. Se a obra não está andando pelo menos a prefeitura tem, ao menos, que responsabilizar quem ganhou a licitação para executar esses serviços para tomar as providências. Como podemos mostrar nas imagens não tem nada, absolutamente nada, de movimentação de obra, de atividades durante todo esse período. Apenas, entulho, lixo e o prejuízo gerado para todos. Esse é o cenário do lado de dentro do tapume na Beira-Rio, ao lado do Trapiche.

Dr. professor Marco Chagas: se toca aí prefeitinho.

(Encerra o vídeo).

Nesse momento, várias áreas estão cercadas, por tapume, na cidade de Macapá, ao que parece, escondendo ou não querendo que ninguém veja, que nada ou pouquíssima coisa ali está se fazendo.

Pertinente, sobre todos os aspectos, a manifestação e a consciente revolta daqueles que esperam a melhoria da cidade, em velocidade adequada à necessidade que tem a população.

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