Rodolfo Juarez
Quando nasci, em
19 de maio de 1946, já havia se passado 124 anos do dia em que o príncipe
regente, D. Pedro I, às margens do rio Ipiranga, na cidade de São Paulo, deu o "Grito da Independência", no
dia 7 de setembro de 1822 marcando a Proclamação da Independência do Brasil de
Portugal.
De lá para cá outros 79 anos se seguiram e há 71 anos venho
participando diretamente, desde os 9 anos de idade, das comemorações desse
acontecimento, como marco histórico fundamental para a nação brasileira,
celebrando o dia em que foi proclamada a separação do Brasil de Portugal e a
instauração do Brasil como uma nação independente, marcados por desfiles
cívicos-militares, celebrações cívicas e momentos de reflexão sobre a história
do país, a cidadania e a identidade nacional.
Hoje, como antes, se sabe que D. Pedro de Alcântara, o
Príncipe Regente, não chegou sacando da espada, gritando “independência ou
morte”, houve antes um longo processo iniciado por D. João VI, pai de D. Pedro
de Alcântara, especialmente depois da designação de José Bonifácio de Andrade e
Silva, funcionário da Coroa Portuguesa, para assessorar D. Pedro, seu filho.
José Bonifácio de
Andrada e Silva foi decisivo na independência do Brasil por sua influência
sobre D. Pedro I, a quem aconselhou a ficar no Brasil e romper com Portugal em
1822 o que foi declarado no dia 9 de janeiro de 1822 no episódio conhecido como
“o Dia do Fico”. Por sua liderança política e militar, José Bonifácio passou
para a História com o codinome de Patriarca da Independência
Ele foi o
arquiteto do projeto de independência, defendendo a manutenção da monarquia
constitucional com D. Pedro I no poder com o objetivo de evitar fragmentação do
território brasileiro, tendo sido fundamental na organização da defesa do país,
inclusive com o apoio do Almirante Cochrane.
Em
1821, a Corte Portuguesa exigiu o retorno de D. Pedro a Lisboa e foi José
Bonifácio, a pedido do príncipe regente do Brasil, quem escreveu uma carta que
o influenciou a permanecer no Brasil, o que culminou no episódio do "Dia
do Fico" e na decisão pela independência.
Após
a independência, José Bonifácio foi nomeado ministro de Negócios Estrangeiros
quando organizou as ações militares para combater os focos de resistência à
separação de Portugal, contando com a ajuda de importantes figuras como o
almirante Thomas Cochrane.
Thomas Cochrane defendeu e consolidou a independência na
Bahia, no Maranhão, no Pará e no Piauí, trabalhando para expulsar as forças
portuguesas e restabelecer a ordem política e administrativa naquelas
províncias do Brasil contra os grupos que ainda eram leais a Portugal.
Foi
José Bonifácio que, em 1823, propôs a construção de uma capital no Planalto
Central para a sede do governo, ideia que visava a integração do território,
algo que só se tornou realidade mais de um século depois, com a construção de
Brasília.
Passados todos esses anos, estudando regimes
para conhecer ou convivendo com eles, conhecendo estadistas como Juscelino Kubitschek, entreguistas como João
Gulart, presidentes do período da ditadura militar, presidente da transição e
que fez de tudo para permanecer no cargo, até chegar no atual estágio de um
presidente que não se preocupa com a base de uma nação feliz – a paz social.
Estamos
em um momento de extrema preocupação política com a desobediência conveniente
da Constituição Federal vigente, com brasileiro agindo contra o Brasil para
enfrentamento de um governo que age contra a população brasileira.
Por outro lado, o
Brasil é uma grande nação, muito maior que os sonhos dos candidatos a déspota
ou aproveitadores de suas riquezas. Há 203 anos o Brasil é um país com vocação
democrática e isto tem que ser honrado e mantido a qualquer custo.

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