domingo, 26 de outubro de 2025

A saúde pública no Estado do Amapá continua assim:"trocando pneu com carro andando".

Rodolfo Juarez

O Governador do Amapá, Clécio Luis, já propunha em seu Plano de Governo, isso durante a campanha eleitoral de 2022, documento que integra, obrigatoriamente, o rol de documentos que devem ser apresentados quando do pedido registro da candidatura para concorrer àquele cargo naquele ano, já deixava claro e entendia que o setor saúde pública do estado merecia uma atenção especial, necessitando de imediatos socorros e medidas urgentes para que o setor não colapsasse.

Depois de vencer as eleições no primeiro turno de votação teve oportunidade de analisar, profundamente, a situação e concluir que a situação era mais grave e mais urgente de que havia sido imaginado durante a elaboração do Plano de Governo, juntado quando do registro da candidatura.

Decidiu então, ouvido os auxiliares que havia escolhido para participar da transição de governo, que o mais eficaz seria instalar, desde o primeiro dia como chefe do Governo do Amapá, o seu gabinete de trabalho no ambiente mais complicado que receberia do governo que saia – a saúde pública.

E assim fez!

Reformas estruturais, funcionais, de método de atendimento, de modo de relacionamento, de aspecto e tudo o que era possível fazer no modo “trocando pneu com o carro andando” buscando dar uma resposta rápida ao que elegeu para receber prioridade urgentíssima e emergencial, apresentando como fator demonstração a desocupação dos corredores do Hospital de Emergência Oswaldo Cruz, o HE.

Foram 30 messes de ininterruptas obras, com melhorias significativas no controle de entrada, nas avaliações estratificadas, na qualificação do pessoal, na modernização dos equipamentos, mas, tudo isso, não foi suficiente para acabar com a ocupação dos corredores do HE, como se fosse uma estação de espera por uma vaga em um dos leitos de uma clínica especializada.

Nesse tempo mudou o modo de gestão para setores específicos, aumentou o número de leitos no HE e no HCAL, garantiu o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, transferindo a gestão de alguns módulos da saúde para empresas sem fins lucrativos, assinando contratos de prestação de serviços com as OSs.

No começo de outubro deste ano de 2025, entretanto, se instalou um vendaval na gestão da saúde com os prestadores de sérvios, os mais diversos, resolvessem, quase que simultaneamente, cobrar dívidas decorrentes de contratos com o atual governo como de governos anteriores, desde Camilo Capiberibe, passando pelos dois mandatos de Waldez Góes.

Sociedade Beneficente São Camilo São Luis, Uninefro Amapá, e tantos outros comunicaram que iriam paralisar o atendimento na semana seguinte ao comunicado. O caos se instalou, desespero total dos pacientes e familiares, oposição dançando sobre as dificuldades e querendo respostas.

O fato é que as dificuldades no setor continuam como antes. Agora com a espera pela ampliação do atendimento emergencial com a construção do novo pronto socorro, o efetivo funcionamento do Hospital Universitário.

Por enquanto, o velho e disponível Hospital de Clinicas Alberto Lima, o HCAL é aquele que vem atendendo, com os funcionários do estado e equipes contratadas e uma programa que chamam de Zera Fila, a qual parece interminável e cada vez maior. 

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