quinta-feira, 13 de agosto de 2009

MAIS UMA VEZ A POLÊMICA DOS PROJETOS

O governador Waldez Góes de vez em quando tem uma decepção com um dos seus auxiliares diretos. E até é natural que seja assim.
Afinal de contas nem sempre as pessoas em quem se confia respondem sempre às expectativas, resultados da sua aparente dedicação e de comprovada competência ou aptidão para esse ou aquele cargo na Administração.
O que fica difícil de entender, mesmo sendo com o governador do Estado, é a repetição dos mesmos fatos em esferas diferentes de importância. Quando o registro é feito dentro de uma área circunscrita de baixa exigência, as consequências, tanto econômicas como políticas, podem até não ser sentidas. Agora, quando o registro acontece em uma área muito sensível da vida política ou da vida administrativa, ou da vida político-administrativa do Estado, os contornos da questão ganham coloridos muito intensos e as consequências são desagradáveis demais.
Não há qualquer intenção de escancarar o que aconteceu em Brasília, no inicio desta semana, no Ministério dos Transportes, em uma reunião de trabalho da qual participaram, além do governador Waldez, senadores da República, deputados federais, deputados estaduais e vereadores do município de Laranjal do Jarí, tendo um único item na pauta de discussão com o ministro e os diretores do DENIT – O trecho sul da Rodovia Federal BR -156.
É claro que uma discussão desse porte tem significativa importância política, mas, certamente, a sustentação está nos elementos técnicos que constam das planilhas, das descrições e das plantas, constituindo o projeto, onde são retratados todos os pontos que constituem o ambiente da obra.
Havia uma grande expectativa com relação a essa audiência das autoridades amapaenses com as autoridades do Ministério dos Transportes. Esperava-se, inclusive, ao término da reunião, uma decisão que se sustentaria em um cronograma onde todos pudesse se agarrar e anunciar o que vai acontecer naquele trecho da BR e quando isso aconteceria.
Todos os aspectos políticos funcionaram tanto que, o número de pessoas, entre políticos e técnicos superava a trinta.
A pergunta mais óbvia sobre as obras devia ser esperada: Como está o projeto para que o serviço possa ser avaliado e valorado?
Quando a pergunta saiu, começaram as controvérsias, com afirmações desencontradas e tendo os técnicos do Governo do Estado dificuldades para provar que enviaram o que diziam ter enviado. Nem mesmo um protocolo ou uma cópia para mostrar para os técnicos do Ministério que o dever de casa tinha sido cumprido. Houve até o esquecimento de pedir, via fax ou por e-mail, um fax-símile do original recebido que estaria em Macapá.
Daí para a frente as discussões derivaram para outros focos e dificultaram a objetividade da reunião, além de criar muitos embaraços para algumas autoridades locais que, mutuamente, elegiam os culpados e foi preciso entrar a turma do “abafa” para não permitir que o “vatapá azedasse de vez”.
Decididamente a elaboração dos projetos de obras tem sido o nó que os técnicos que da área técnico-tecnológica não têm conseguido desatar e, de vez em quando, são testados e reprovados nos testes. Seja nas discussões entre os técnicos do governo e os técnicos de grandes empresas; seja nas discussões entre os técnicos do governo e os técnicos da Caixa Econômica Federal e, agora, nas discussões com os técnicos do Ministério dos Transportes.
Já está sendo organizado o segundo tempo da luta e, tomara que os projetos daqui estejam conforme foi dito, pois, do contrário, a destituição dos responsáveis pelos erros será uma necessidade.
(Publicado no Jornal do Dia, em 16.08.09)

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